Ludgero
São Ludgero | |
---|---|
Apóstolo da Saxônia | |
Nascimento | ca. 742 Zuilen, próximo a Utreque, Países Baixos |
Morte | 26 de março de 809 (67 anos) Billerbeck, distrito de Coesfeld, região de Münster, Alemanha |
Veneração por | Igreja Católica |
Festa litúrgica | 26 de março |
Atribuições | Bispo segurando uma catedral; recitando seu breviário; com um cisne em cada lado |
Padroeiro | Província de Groningen, Deventer, Frísia Oriental |
Portal dos Santos |
Ludgero (em latim: Ludger; Zuilen, próximo a Utreque, ca. 742 — Billerbeck, 26 de março de 809) foi um missionário entre os frísios e os saxões, fundador da abadia de Werder e primeiro bispo de Münster na Vestfália.
Vida e ordenação
[editar | editar código-fonte]Os pais de São Ludgero, Thiadgrim e Liafburg, eram ricos frísios cristãos de ascendência nobre. Era irmão dos Santos Gerburgis e Hildegrin.[1] Em 753 Ludgero viu o grande apóstolo da Alemanha, São Bonifácio, cujo martírio causou-lhe profunda impressão. Solicitou então ser enviado para a Escola da Catedral de Utreque (Martinsstift), fundada por São Gregório de Utreque em 756 ou 757.
Em 767 Gregório, que não queria receber a consagração episcopal, enviou Aluberto, que havia chegado da Inglaterra para auxiliá-lo no trabalho missionário, a Iorque, a fim de ser consagrado bispo. Ludgero acompanhou-o, a fim de ser ordenado diácono (por Etelberto de Iorque) e estudar com Alcuíno de Iorque, mas depois de um ano retornou a Utreque. Algum tempo depois foi-lhe concedida nova oportunidade de continuar seus estudos na mesma escola, quando então desenvolveu-se uma amizade com Santo Alcuíno que duraria então pelo resto da vida.
Em 772 ocorreram atritos entre os anglo-saxões e os frísios, e Ludgero, a fim de proteger-se, abandonou sua moradia, levando junto diversos livros. Permaneceu então na Martinsstift até a morte de Gregório, em 775, em memória do qual escreveu a biografia Vita Gregorii. Foi então enviado a Deventer, a fim de restaurar a capela destruída pelos saxões pagãos e encontrar as relíquias de Lebuíno, que havia trabalhado lá como missionário, construído o referido templo, e onde morreu em ca. 775. Ludgero cumpriu sua missão e retornou para ensinar em Martinsstift.
Países Baixos
[editar | editar código-fonte]Após ser ordenado em Colônia em 7 de julho de 777, as missões de Ostergau foram comprometidas com sua acolhida, às quais pertencia Dokkum, onde São Bonifácio foi martirizado, tornado então um centro. Em todo outono Ludgero retornava a Utreque para lecionar na escola da catedral. Trabalhou desta maneira durante sete anos, até que em 784 Viduquindo persuadiu os frísios a expulsar os missionários, queimar as igrejas e retornar aos deuses pagãos.
Ludgero escapou com seus discípulos, e em 785 visitou Roma, onde foi bem recebido pelo Papa Adriano I, que lhe deu muitos conselhos e atribuiu faculdades especiais. De Roma ele seguiu para a Abadia do Monte Cassino, onde viveu de acordo com a Regra de São Bento, mas não obrigou-se mediante votos.
A notícia da submissão de Viduquindo e a chegada de Carlos Magno em Monte Cassino em 787 puseram fim a seu retiro meditativo. Ludgero foi indicado missionário de cinco distritos a leste do rio Lauwers, ao redor dos estuários dos rios Hunze, Fivel e Ems, região ainda ocupada quase inteiramente por pagãos. Então começou seu trabalho com sua energia característica e fé em Deus, com a vantagem significativa de conhecer a língua e o hábito das pessoas, e usou seu conhecimento para conseguir a conversão de seu rebanho.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Börsting, Heinrich, Borger, Hugo, Elbern, Victor H.: Sankt Liudger 809-1959. Gedenkschrift zum 1150. Todestage des Heiligen, Essen-Werden 1959
- Börsting, Heinrich and Schröder, Alois (eds): Liudger und sein Erbe, 2 vols (= Westfalia Sacra, Bd.1-2), Münster 1948-1950
- Boser: Am Grabe des hl. Ludger (Münster, 1908).
- Buhlmann, Michael: Liudger an der Ruhr, in: Ich verkünde euch Christus. St. Liudger, Zeuge des Glaubens 742-809 [1998], pp 22–42
- Buhlmann, Michael: Liudger und Karl der Große, in: Ich verkünde euch Christus. St. Liudger, Zeuge des Glaubens 742-809 [2001], pp 5–48
- Buhlmann, Michael: Liudger in den Münsteraner Chroniken des Mittelalters und der frühen Neuzeit, in: Ich verkünde euch Christus. St. Liudger, Zeuge des Glaubens 742-809 [2002], pp 76–100
- Buhlmann, Michael: Liudger und sein bischöfliches Wirken in der Zeit. Sächsischer Missionsbezirk und Münsteraner Bistum Liudgers in der Kirchenorganisation des karolingischen Frankenreichs, in: Seid Zeugen des Glaubens [2005], pp 55–89
- Diekamp, Wilhelm (ed): Die Vitae sancti Liudgeri (= Die Geschichtsquellen des Bistums Münster, Bd.4), Münster 1881
- Ficker, Julius (ed): Die Münsterischen Chroniken des Mittelalters (= Die Geschichtsquellen des Bistums Münster, Bd.1), Münster 1859
- Freise, Eckhard: Vom vorchristlichen Mimigernaford zum "honestum monasterium" Liudgers, in: Geschichte der Stadt Münster, ed F-J Jakobi, Bd.1: Von den Anfängen bis zum Ende des Fürstbistums, Münster, 3rd ed, 1994, pp 1–51
- Freise, Eckhard (ed): Liudger, in: Lexikon des Mittelalters, vol 5, Sp.2038
- Gerchow, Jan (ed): Das Jahrtausend der Mönche. KlosterWelt - Werden 799-1803 (exhibitin catalogue), Essen-Köln 1999
- Kaus, Eberhard: Zu den Liudger-Viten des 9. Jahrhunderts, Westfälische Zeitung, 142 (1992), pp 9–55
- Levison, W: England and the Continent in the Eighth Century (1946)
- Löwe, Heinz: Liudger als Zeitkritiker, in: HJb 74 (1955), pp 79–91
- Pingsmann: Der hl. Ludgerus (Freiburg, 1879)
- Revue Benedictine, III, 107; VII, 412
- Schrade, H: Die vita des hl Liudger und ihre Bilder (1960)
- Senger, Basilius (ed): Liudger in seiner Zeit. Altfrid über Liudger. Liudgers Erinnerungen, Münster, 4th ed, 1986
- Stadler: Heiligenlexikon
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]