Li Minqi
Li Minqi | |
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Nascimento | 1969 (55 anos) |
Cidadania | China |
Alma mater | |
Ocupação | economista, professor universitário |
Empregador(a) | Universidade de Utah, Universidade Iorque |
Página oficial | |
http://www.econ.utah.edu/~mli | |
Minqi Li (nascido em 1969) é um economista político chinês, voltado a teoria do sistema-mundo, cientista social, e atualmente professor de Economia na Universidade de Utah.[1] É tido como um dos grandes nomes da Nova Esquerda Chinesa.[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Entre 1987 e 1990, Li Minqi foi aluno do Departamento de Gestão Econômica da Universidade de Pequim. Durante seu periodo de estudo tornou-se simpatizando do neoliberalismo em especial da Escola de Chicago e se envolveu com a ativismo estudantil e protestos contra o sistema Chinês.
Foi detido em 1990 após se envolver novamente em conflito com autoridades locais e levado a um centro de reeducação onde estudou textos de Karl Marx, Mao Zedong e outros pensadores marxistas até completar sua pena em 1992.[3] No período seguinte viajou pela China debatendo com defensores do liberalismo e formulando seu próprio pensamento sobre o desenvolvimento político, social e econômico da China. Sua visão tornou-se diametralmente oposta ao corrente entre muitos membros do governo chinês não vendo vendo Mao Zedong como: "um legado revolucionário, e não um fardo histórico para futuros socialistas revolucionários".[4] Se tornando um marxista radical e um grande critico do governo chinês e das reformas liberais implementadas por este.
Em 1994, ele escreveu o livro Desenvolvimento Capitalista e Luta de Classes na China,[5] Sobre o desenvolvimento econômico da China na período maoista e pós reformas de Deng Xiaoping, também com uma breve analise marxista sobre os protestos de 1989, argumentando sobre como os protestos haviam sido abandonados pelos intelectuais liberais, levando a um massacre físico e ideológico da classe trabalhadora e a vitória do capitalismo burocrático. Ele tentou mostrar como isso abriu o caminho para a transição da China em direção ao capitalismo. Criticando a economia neoliberal e sua relação com a racionalidade econômica, suas contradições com a democracia e o crescimento da China com uma conclusão focando no capitalismo de estado.[6] Advogando em favor da democracia socialista.
Após completar sua ruptura política com a corrente dominante da China e seus pares. Li chegou aos Estados Unidos em 25 de dezembro de 1994 e tornou-se um estudante de pós-graduação na Universidade de Massachusetts Amherst [Universidade de Economia de Delaware (1996)]. Desde então, ele está entre os principais promotores da "Nova Esquerda" Chinesa.[7]
Li passou a ser um ativo escritor para Monthly Review por algum tempo, escrevendo diversos artigos, entre eles "After Neoliberalism: Empire, Social Democracy, or Socialism?".[8]
Em 2001, o foco de Li mudou para a Teoria do Sistema-mundo essa mudança também gerou uma nova visão sobre a economia chinesa e seu desenvolvimento. Influenciado pelo trabalho de Immanuel Wallerstein escreveu o artigo, “Reading Wallerstein’s Capitalist World-Economy—And the China Question in the First Half of the 21st Century” em chinês, sendo o primeiro economista a vincular a "ascensão da China" ao definhamento do capitalismo. O artigo ganhou popularidade entre a Nova Esquerda na China e sem o seu conhecimento foi publicado no livro Correntes do Pensamento: Nova Esquerda da China e Suas Influências, que ele encontrou enquanto passava por uma livraria chinesa na Filadélfia.[9] No final de 2001, ele expandiu seu estudo da China em relação aos Sistemas Mundiais, em uma crítica à teoria de estratos sociais chineses de Jiang Zemin, em seu artigo "China’s Class Structure from the World-System’s Perspective". Li argumenta que a ascensão econômica da China de fato desestabilizaria enormemente a economia mundial capitalista de diversas formas e contribuiria para seu fim, posteriormente ampliou os conceitos em um novo artigo: "The Rise of China and the Demise of the Capitalist World-Economy: Historical Possibilities of the 21st Century.".[10] De 2003 a 2006, ele ministrou cursos de graduação e pós-graduação em economia política na Universidade de York, em Toronto, Ontário, Canadá, e depois ensinou na Universidade de Utah, onde atualmente leciona.
Em 2009, ele reune diversos de seus artigos e publica como o livro "The Rise of China and the Demise of the Capitalist World-Economy",[5] na qual ele argumenta, com base em uma análise de dados em relação a economia do mundo capitalista, que a única maneira de evitar o inevitável colapso da civilização é adotar um governo socialista mundial em meados do século XXI.
Mais tarde, ele trabalhou na tradução de "Power and Money" de Ernest Mandel para o chinês com Meng Jie, e foi analista de questões chinesas em 2008 no The Real News.[11]
Trabalhos selecionados
[editar | editar código-fonte]- A ascensão da China e o fim da economia mundial capitalista. Londres: Pluto Press ; Nova Iorque: Monthly Review Press (novembro de 2008/janeiro de 2009).
- The Rise of China and the Demise of the Capitalist World Economy. NYU Press. [S.l.: s.n.] Março de 2009. ISBN 978-1-58367-182-5 The Rise of China and the Demise of the Capitalist World Economy. NYU Press. [S.l.: s.n.] Março de 2009. ISBN 978-1-58367-182-5 The Rise of China and the Demise of the Capitalist World Economy. NYU Press. [S.l.: s.n.] Março de 2009. ISBN 978-1-58367-182-5
- Três ensaios sobre empresas estatais da China: em direção a uma alternativa à privatização. Hamburgo: VDM Verlag (outubro de 2008).
- 'Socialismo, capitalismo e luta de classes: a economia política da China moderna', Economic and Political Weekly, XLIII (52): 77-96, 27 de dezembro de 2008 - 2 de janeiro de 2009.
- 'Mudança climática, limites ao crescimento e o imperativo para o socialismo', Monthly Review, 60: 3 (julho-agosto de 2008), pp. 51-67.
- 'Uma era de transição: Estados Unidos, China, Pico do Petróleo e o fim do neoliberalismo', Monthly Review, 59:11 (abril de 2008), pp. 20-34.
- «A Dialogue on the Future of China». New Left Review. I.
- 'Resposta à China: Reforma Trabalhista e o Desafio da Classe Trabalhadora', ' Capital and Class, 65 (1998).
Veja também
[editar | editar código-fonte]- ↑ https://faculty.utah.edu/u0533475-MINQI_LI/hm/index.hml
- ↑ Grassroots political reform in contemporary China. Elizabeth J. Perry, Merle Goldman
- ↑ Preface: My 1989 to: Li, Minqi. The Rise of China and the Demise of the Capitalist World Economy. Monthly Review Press, 2009. Print.
- ↑ Page xvi, Li, Minqi. The Rise of China and the Demise of the Capitalist World Economy. Monthly Review Press, 2009. Print.
- ↑ a b http://www.econ.utah.edu/~mli/index.htm
- ↑ Li, Minqi. "CAPITALIST DEVELOPMENT AND CLASS STRUGGLES IN CHINA." 1993-1996. 6 de agosto de 2009 Arquivado em 2012-07-01 no Wayback Machine
- ↑ Page xvii, Li, Minqi. The Rise of China and the Demise of the Capitalist World Economy. Monthly Review Press, 2009. Print.
- ↑ http://www.monthlyreview.org/0104li.htm
- ↑ Page xviii, Li, Minqi. The Rise of China and the Demise of the Capitalist World Economy. Monthly Review Press, 2009. Print.
- ↑ ‘The Rise of China and the Demise of the Capitalist World-Economy: Exploring the Historical Possibilities in the 21st Century,’ Science & Society, 69:3 (2005), pp. 420-448.
- ↑ http://therealnews.com/t/index.php?option=com_content&task=view&id=34&Itemid=74&jumival=minqi+li&search=search