Hippoboscidae
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Subfamília | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
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Hippoboscidae Samouelle, 1819 é uma família de moscas (Diptera) constituída por espécies que são parasitas obrigatórios de diversas espécies de mamíferos e aves. A família inclui espécies aladas, com boa ou razoável capacidade de voo, e espécies com asas vestigiais ou mesmo ausentes, incapazes de voar e com forte apomorfia. Como é comum entre os restantes membros da superfamília Hippoboscoidea, a maior parte do desenvolvimentos das larvas ocorre no interior do corpo materno, com a pupação a ocorrer quase de imediato.[2]
Descrição
[editar | editar código-fonte]A família Hippoboscidae inclui espécies com características morfológicas muito diferenciadas, reflexo da adaptação aos diversos hospedeiros, já que todas as espécies são ectoparasitas obrigatórios hematófagos de mamíferos e aves.
A espécie Melophagus ovinus (Linnaeus), que parasita ovelhas, é áptera (sem asas), com coloração castanho avermelhada. A espécie neotropical Lipoptena mazamae (Rondani), é um ectoparasita comum do gamo Odocoileus virginianus no sueste dos Estados Unidos.
No grupo coexistem espécies aladas e ápteras. Um espécie alada comum é Hippobosca equina, uma mosca que parasita equinos, comum em cavalos domésticos. Algumas espécies são parasitas comuns de aves, como por exemplo Ornithomya bequaerti Maa que foi recolhida em aves do Alaska. Duas espécies de Hippoboscidae – Ornithoica (Ornithoica) podargi e Ornithomya fuscipennis são parasitas frequentes de Podargus strigoides, da Austrália.
Pseudolynchia canariensis (Macquart) parasita frequentemente pombos e rolas, podendo servir de vector da malária dos pombos. Existem indícios que apontam para os Hippoboscidae como vectores de doenças dos mamíferos.
Sistemática
[editar | editar código-fonte]O nome Hippoboscidae foi aplicado ao grupo actualmente conhecido por Pupipara, que corresponde à delimitação presentemente aceite para a família, mas largada aos grupos Nycteribiidae e "Streblidae" (moscas parasitas de morcegos). Apesar dessa delimitação estar obsoleta face aos conhecimentos taxonómicos disponíveis, continua a ser utilizada em algumas obras. Foi demonstrado que duas das três subfamílias tradicionalmente consideradas, as subfamílias Hippoboscinae e Lipopteninae, eram agrupamentos monofiléticos, pelo menos quando considerados de forma alargada. A análise cladística de várias sequências de DNA mostrou que para fazer o agrupamento Ornithomyinae monofilético, a tribo Olfersini deve ser também considerada como uma família de pleno direito.[3][4] Com base nessas considerações, a família Hippoboscidae assume a seguinte delimitação:
- Subfamília Ornithomyinae Bigot, 1853
- Género Allobosca Speiser, 1899 (1 espécie)
- Género Austrolfersia Bequaert, 1953 (1 espécie)
- Género Crataerina von Olfers, 1816 (8 espécies)
- Género Icosta Speiser, 1905 (52 espécies)
- Género Microlynchia Lutz, 1915 (4 espécies)
- Género Myophthiria Róndani, 1875 (13 espécies)
- Género Olfersia Leach, 1817 (7 espécies)
- Género Ornithoctona Speiser, 1902 (12 espécies)
- Género Ornithoica Róndani, 1878 (24 espécies)
- Género Ornithomya Latreille, 1802 (29 espécies)
- Género Ornithophila Róndani, 1879 (2 espécies)
- Género Ortholfersia Speiser, 1902 (4 espécies)
- Género Phthona Maa, 1969 (3 espécies)
- Género Proparabosca Theodor & Oldroyd 1965 (1 espécie)
- Género Pseudolynchia Bequaert, 1926 (5 espécies)
- Género Stilbometopa Coquillett, 1899 (5 espécies)
- Subfamília Hippoboscinae
- Género Hippobosca Linnaeus, 1758 (7 espécies)
- Género Struthibosca Maa, 1963 (1 espécie)
- Subfamília Lipopteninae
- Género Lipoptena Nitzsch, 1818 (30 espécies)
- Género Melophagus Latreille, 1802 (3 espécies)
- Género Neolipoptena Bequaert, 1942 (1 espécie)
- ↑ Maa, T. C. (1969). «A Revised Checklist and Concise Host Index of Hippoboscidae (Diptera)» (PDF). Honolulu: Bishop Museum, Honolulu, Hawaii. Pacific Insects Monograph. 20: 261–299
- ↑ Hutson, A.M (1984). Diptera: Keds, flat-flies & bat-flies (Hippoboscidae & Nycteribiidae). Col: Handbooks for the Identification of British Insects. 10 pt 7. [S.l.]: Royal Entomological Society of London. p. 84
- ↑ Petersen, Frederik Torp; Meier, Rudolf; Kutty, Sujatha Narayanan & Wiegmann, Brian M. . (outubro de 2007). «The phylogeny and evolution of host choice in the Hippoboscoidea (Diptera) as reconstructed using four molecular markers.». Molecular Phylogenetics and Evolution. 45 (1): 111–122. PMID 17583536. doi:10.1016/j.ympev.2007.04.023
- ↑ Dick, C. W. (20 de dezembro de 2006). «Checklist of World Hippoboscidae (Diptera: Hippoboscoidea)» (PDF). Chicago: Department of Zoology, Field Museum of Natural History. Consultado em 19 de janeiro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 13 de fevereiro de 2012
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- [Jackson S. Whitman, Nixon Wilson (abril–junho de 1992). «Incidence of Louse-flies (Hippoboscidae) in Some Alaskan Birds» (PDF). North American Bird Bander. 17 (2): 65–8
- Sheep Ked
- Pigeon Louse Fly
- Pseudolychia canariensis as Vector of Pigeon Malaria
- Halos L, Jamal T, Maillard R; et al. (outubro de 2004). «Role of Hippoboscidae flies as potential vectors of Bartonella spp. infecting wild and domestic ruminants». Appl. Environ. Microbiol. 70 (10): 6302–5. PMC 522062. PMID 15466580. doi:10.1128/AEM.70.10.6302-6305.2004
- Photograph of A Louse Fly
- Images from Diptera.info.[1]
- Images from BugGuide [2]
- Pseudolychia canariensis, pigeon louse fly on the UF / IFAS Featured Creatures Web site
- Lipoptena mazamae, Neotropical deer ked on the UF / IFAS Featured Creatures Web site