Heineken Brasil
Heineken Brasil | |
---|---|
Razão social | Heineken Brazil B V |
Empresa de capital fechado | |
Atividade | Bebidas |
Gênero | Subsidiária |
Fundação | 28 de maio de 2010 (14 anos) |
Sede | São Paulo, SP |
Área(s) servida(s) | Brasil |
Proprietário(s) | Heineken |
Presidente | Mauricio Giamellaro[1] |
Produtos | cerveja, refrigerante, suco, água mineral, energético |
Valor de mercado | EUR 1,025 bilhão (2017)[2] |
Faturamento | R$ 3,706 bilhões (2016)[2] |
Antecessora(s) | Cervejarias Kaiser Brasil Kirin |
Website oficial | www |
Heineken Brasil, é uma empresa brasileira de bebidas fabricante de cerveja, refrigerantes, energéticos e água mineral, sendo controlada pela cervejaria holandesa de nome homônimo. É proprietária das marcas Kaiser, Schin, Glacial, Cintra, Baden Baden, Devassa, Eisenbahn e Amstel.[3]
Fundada em 2010, a empresa ampliou suas operações em 2017 com a aquisição das operações da Kirin Company no pais.[3] É a segunda maior cervejaria do Brasil com 15 indústrias, 29 centros centros de distribuição e uma indústria de concentrados para refrigerantes em Manaus.[4][5]
História
[editar | editar código-fonte]Introdução no mercado brasileiro
[editar | editar código-fonte]A Heineken chegou ao Brasil em 1990, através da parceria com a Kaiser, quando a cervejaria brasileira firmou um contrato de licenciamento de produção e distribuição com a supervisão da Heineken de Amsterdã.[6][7]
Compra da Femsa
[editar | editar código-fonte]Em 2010 a Heineken compra a Femsa, fabricante da marca Kaiser, o que possibilitou estender sua presença no mercado brasileiro, com a utilização do sistema Coca-Cola no país.[8] O valor esteve avaliada em 3,8 bilhões de euros, cerca de US$ 5,5 bilhões dólares. Se contabilizadas dívidas e pensões, o valor da operação vai a 5,3 bilhões de euros, aproximadamente US$ 7,6 bilhões.[9][7]
Aquisição da Brasil Kirin
[editar | editar código-fonte]Em fevereiro de 2017 a cervejaria Heineken anunciou um acordo com a Kirin Company para a compra da sua subsidiária brasileira, a Brasil Kirin.[3]
O valor do acordo e de 664 milhões de euros (equivalente a 704 milhões de dólares estadunidenses ou 2,2 bilhões de reais).[2] Segundo analista a expectativa que o acordo seja concluído ainda no primeiro semestre de 2017.[3]
Em maio de 2017, o CADE aprovou a venda da Brasil Kirin para Heineken, com isso esta última tornou-se a segunda maior cervejaria brasileira.[10]
Expansão
[editar | editar código-fonte]Em 2020, a Heineken Brasil investiu 865 milhões de reais na ampliação da planta de Ponta Grossa. Com a desistência de construir uma nova unidade industrial em Minas Gerais, o grupo anunciou no final de 2021 a ampliação da capacidade de produção da unidade de Ponta Grossa.[11][12]
Produtos
[editar | editar código-fonte]A Heineken Brasil possui em sua linha de produtos:[13]
- Cervejas: Schin, Malta (Pilsen, Malzbier, Munich e Zero Álcool), Glacial, Cintra, Baden Baden, Devassa e Eisenbahn
- Refrigerantes: Schin (citrus, uva, limão, laranja, guaraná, cola), Itubaína, Maçã, Tônica, Fibz Kirin (refrigerante com fibras) de cola e também de guaraná.
- Refrigerantes light: Guaraná Zero e Cola Zero
- Suco de frutas: Skinka e Fruthos
- Água mineral Schincariol (com e sem gás)
- Energéticos: ecco! "K" energy drink
Controvérsias
[editar | editar código-fonte]Em 2021, a Heineken Brasil desistiu de construir uma fábrica em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.[14][15] O projeto estimado em 1,8 bilhão de reais, foi barrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[16] A planta industrial estaria localizada próximo da caverna Lapa Vermelha IV, local que integra o sitio arqueológico da Área de Proteção Ambiental Carste de Lagoa Santa, região onde foi encontrado o crânio da ancestral Luzia, um dos fósseis mais antigo do continente americano. Essa área compreende ainda os lençóis freáticos de onde teria a água captada, podendo gerar impactos nos complexos de grutas e cavernas, que segundo o parecer do instituto, correria o risco de haver soterramento.[11][12]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- ↑ Época. «Os desafios do novo presidente da Heineken Brasil». Consultado em 14 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c Cibelle Bouças (13 de Fevereiro de 2017). «Heineken compra dona da Schincariol por 664 milhões de euros». Valor Econômico. Consultado em 13 de Fevereiro de 2017
- ↑ a b c d «Heineken compra Kirin e se torna segunda maior cervejaria do Brasil». epocanegocios.globo.com
- ↑ «Em Itu, Grupo HEINEKEN inaugura novo escritório». Sabor à Vida. Consultado em 15 de fevereiro de 2021
- ↑ «Minas deverá ganhar fábrica da Heineken». Diário do Comércio. Consultado em 15 de fevereiro de 2021
- ↑ Caseratto. «Fique por dentro do mundo Heineken». Consultado em 15 de fevereiro de 2020
- ↑ a b Origem das Marcas. «Cervejaria Heineken». Consultado em 15 de fevereiro de 2020
- ↑ Isto é Dinheiro. «Pedala, Heineken». Consultado em 15 de fevereiro de 2020
- ↑ O tempo. «Heineken compra dona da Kaiser e Bavária». Consultado em 15 de fevereiro de 2020
- ↑ «Cade aprova negócio, e Heineken se torna a 2ª maior cervejaria no Brasil». Folha de S.Paulo
- ↑ a b Fernando Rogala (21 de dezembro de 2021). «Heineken conclui aporte e se prepara para nova expansão». A Rede. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑ a b Daniele Madureira (13 de dezembro de 2021). «Heineken desiste de fábrica próxima a sítio arqueológico em Minas». Folha de S.Paulo. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑ SCHINCARIOL. «Produtos». Consultado em 1 de junho de 2010
- ↑ Maria Luiza Reis (13 de dezembro de 2021). «Heineken desiste de erguer fábrica perto de sítio arqueológico em MG». R7. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑ Raquel Brandão; Cibelle Bouças (13 de dezembro de 2021). «Heineken desiste de fábrica em local próximo de onde foi achado o esqueleto mais antigo das Américas». Valor Econômico. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑ Daniel Camargos (21 de setembro de 2021). «Por ameaçar sítio arqueológico, fábrica da Heineken em MG é embargada após multa de R$ 83 mil». Repórter Brasil. Consultado em 22 de dezembro de 2021