Geografia de Timor-Leste
Geografia de Timor-Leste | |
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Mapa de Timor-Leste | |
Localização | |
Continente | Ásia |
Região | Sudeste Asiático |
Coordenadas | 8°50′S 125°55′E |
Área | |
Posição | 154.º maior |
Total | 14.874 km2 |
Terra | 706 |
Fronteiras | |
Total | |
Países vizinhos | Indonésia |
Linha costeira | 700 km |
Altitudes extremas | |
Ponto mais alto | Monte Ramelau (ou Foho Tatamailau): 2.963 m |
Ponto mais baixo | Mar de Timor, Mar de Savu e Mar de Banda: 0 m |
Relevo | Montanhoso |
Clima | Clima tropical quente e úmido |
Recursos naturais | Petróleo, gás natural, manganésio, mármore, ouro |
Perigos naturais | Cheias, derrocadas, terremotos, maremotos, ciclones tropicais |
Problemas ecológicos | Queimadas e a agricultura intensiva têm levado à desflorestação e à erosão dos solos |
Timor-Leste é um país localizado na Ilha de Timor, a maior das pequenas Ilhas da Sonda e situa-se entre a Indonésia, a Oeste e a Austrália, a Sul, alongando-se no sentido sudeste-nordeste. A sua área total é de aproximadamente 15.007 quilómetros quadrados.
Localização
[editar | editar código-fonte]Localiza-se no Sudeste Asiático[1], a noroeste da Austrália, no arquipélago das Ilhas de Sonda na ponta oriental do arquipélago indonésio; ocupando a metade oriental da ilha de Timor, o enclave de Oecusse, a ilha de Ataúro e o ilhéu de Jaco.
É banhada a sul pelo Mar de Timor, que a separa da Austrália; a noroeste pelo Mar de Savu, que a separa das ilhas de Sumba, Flores e Solor, e a norte pelo Estreito de Wetar, separando-a da ilha com o mesmo nome.
Geotectónica
[editar | editar código-fonte]A Ilha de Timor faz parte do Arco de Banda. A crosta continental australiana estende-se até o norte da costa norte de Timor e pensa-se que esteja a levantar Timor[2].
Fronteiras terrestres
[editar | editar código-fonte]- Apenas a Fronteira Indonésia-Timor-Leste, com 228 km
Relevo
[editar | editar código-fonte]Timor-Leste é muito acidentado, tendo vários picos com mais de 2000 metros: Tata Mai Lau, Matabian, Boicau, Cateral Cabiac, etc,.
A cadeia montanhosa de Ramelau divide o país em norte e sul, sendo o seu pico mais elevado o Monte Tatamailau, com 2.963 metros acima do nível médio das águas.
Mais de 40% do país tem declives inclinados de 40%, sendo por isso muito vulneráveis à erosão e ao desgaste provocado pelas chuvas de monção.
Hidrografia
[editar | editar código-fonte]São numerosas as ribeiras de carácter intermitente, que secam na estação seca e formam grandes torrentes na época das chuvas. Não existem, assim, grandes sistemas estuarinos.
Existem, no entanto, algumas ribeiras de curso permanente, como por exemplo a de Lacló e a Lois.
Possui um clima tropical quente e úmido, com distinção clara entre estações seca e chuvosa.
Fauna
[editar | editar código-fonte]A figura ancestral da cultura timorense é o crocodilo, verificando-se a existência do Crocodilo-de-água-salgada (Crocodylus porosus) principalmente na costa sul da ilha.
Os habitats marinhos de Timor Leste são habitados por diversos tipos de megafauna:
- Cetáceos, muito comuns nas águas de Timor Leste, particularmente em Manatuto, Carimbala, Liquiçá e Tutuala em Lospalos. São treze espécies de cetáceos: baleia-azul, cachalote, baleia-sei, baleia-piloto-de-aleta-curta (Globicephala macrorphyncus), falsa-orca (Pseudorca crassidens), orca-pigmeia (Feresa attenuata), golfinho-cabeça-de-melão (Peponocephala electra), baleia-bicuda-de-cuvier (Ziphius cavirostri), golfinho-de-risso (Grampus griseus), golfinho-pintado-pantropical (Stenella attenuata), golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensis) e golfinho-rotador (Stenella longirostris);
- Cinco espécies de tartarugas: tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-comum (Caretta caretta) e a tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea);
- Outras espécies comuns são os dugongos, mantas, Myliobatidae, tubarões-baleia, orcas e mantas.
Ecossistemas
[editar | editar código-fonte]Timor Leste caracteriza-se pela diversidade de ecossistemas, nomeadamente:
- Manguezal - Os manguezais ocupam um pequena área de Timor Leste (1.802 ha) quando comparado com as regiões vizinhas como a Indonésia (3.062.300 ha) ou a Austrália (1.451.411 ha). Isto deve-se à configuração costeira e fisiografia de Timor Leste que, ao contrário das outras ilhas do arquipélago da Indonésia e da costa norte da Austrália, não possui contornos costeiros salientes, características fisiográficas e processos costeiros suficientes para o desenvolvimento significativo de manguezais[2].
- Ecossistemas marinhos - Com uma localização na região do Triângulo do Coral e adjacente a um grande corredor migratório de vida selvagem (Estreito de Wetar - Mar de Savu), Timor Leste possui um hotspot oceânico de vida selvagem marinha pelágica e migratória.
Foi criado o Sistema Nacional de Áreas Protegidas (Decreto-Lei n.º 56/2016[3]) que define 46 Áreas Protegidas, nomeadamente:
- Parque Nacional Nino Konis Santana
- Monte Legumau
- LagaoMaurei
- BeMatanIrabere
- Monte Matebian
- Monte Mundo Perdido
- Monte Laretame
- Monte Builo
- Monte Burabo'o
- Monte Aitana
- Monte Bibileo
- Monte Diatuto
- Monte Kuri
- Parque Nacional Kay Rala Xanana Gusmão
- Ribeira de Clere
- Lagoa de Modomahut
- Lagoa Welenas
- Monte Manucoco
- Cristo Rei (Díli)
- Lagoa Tasitolu
- Monte Fatumasin
- Monte Guguleur
- Lagoa Maubara
- Monte Tatamailau
- Monte Talobu/Laumeta
- Monte Loelako
- Monte Tapo/Saburai
- Lagoa BeMalae
- Korluli
- Monte Lakus/Sabi
- Monte Taroman
- Reserva Tilomar
- Cutete
- Monte Manoleu/Área Mangal Citrana
- Oebatan
- Ek Oni
- UsMetan
- Makfahik
- Área Mangal Metinaro
- Área Mangal Hera
- Lagoa HasanFoun&OnuBot
- Lagoa BikanTidi
- SamikSaron
Áreas Marinhas Protegidas
[editar | editar código-fonte]- ↑ «United Nations». United Nations. Consultado em 25 de agosto de 2018. Cópia arquivada em 2 de abril de 2010
- ↑ a b Arafura and Timor Seas Experts Forum (22 de Novembro de 2012). «Marine & Coastal Habitat Mapping in Timor Leste (North Coast) -Final Report» (PDF). Consultado em 8 de Março de 2018
- ↑ Jornal da República de Timor Leste (16 de Março de 2016). «Sistema Nacional de Áreas Protegidas» (PDF). Consultado em 7 de Março de 2018