Eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 1982
O artigo ou secção Eleições estaduais do Rio Grande do Sul de 1982 deverá ser fundido aqui. (desde novembro de 2021) Se discorda, discuta sobre esta fusão na página de discussão deste artigo. |
← 1978 1986 → | ||||
Eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 1982 | ||||
---|---|---|---|---|
15 de novembro de 1982 (Turno único) | ||||
Candidato | Jair Soares | Pedro Simon | ||
Partido | PDS | PMDB | ||
Natural de | Porto Alegre, RS | Caxias do Sul, RS | ||
Vice | Cláudio Strassburger | Odacir Klein | ||
Votos | 1.294.962 | 1.272.319 | ||
Porcentagem | 38,16% | 37,49% | ||
Candidato mais votado por município (244):
Jair Soares (114) | ||||
Titular Eleito | ||||
As eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 1982 ocorreram em 15 de novembro como parte das eleições gerais em 23 estados brasileiros e nos territórios federais do Amapá e Roraima.[nota 1] Foram eleitos o governador Jair Soares, o vice-governador Cláudio Strassburger, o senador Carlos Chiarelli, 32 deputados federais e 56 deputados estaduais, além de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. À época as eleições majoritárias possuíam apenas um turno e em Porto Alegre e outros vinte e quatro municípios não houve eleição para prefeito.[nota 2] Foi a primeira eleição direta para o executivo estadual desde Ildo Meneghetti em 1962.
Natural de Porto Alegre o advogado e dentista Jair Soares logrou a única vitória do PDS ao Palácio Piratini embora o Rio Grande do Sul tenha sido governado pela ARENA ao longo do Regime Militar de 1964. Porém a presença do MDB trouxe certo equilíbrio a esse cenário haja vista as eleições para senador vencidas pela oposição em 1974 e 1978, contudo a divisão entre o PMDB do senador Pedro Simon e o PDT do deputado federal Alceu Collares permitiu o triunfo dos governistas cujo candidato obteve sua dupla graduação na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Outrora jogador de futebol entrou no serviço público via Secretaria de Obras Públicas do Rio Grande do Sul em 1952, ano onde aderiu ao PSD nele permanecendo até a criação da ARENA.[1]
Deslocado para servir na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul trabalhou no gabinete da presidência da casa e com a segunda vitória de Ildo Meneghetti ao governo em 1962 foi para a chefia de gabinete do Instituto Rio Grandense do Arroz e nos governos de Peracchi Barcelos e Euclides Triches foi, respectivamente, Secretário de Administração e Secretário de Saúde, mantido nesse último cargo por Sinval Guazzelli. Eleito deputado federal em 1978 licenciou-se para assumir o Ministério da Previdência Social no governo João Figueiredo.[1]
O novo senador gaúcho é Carlos Chiarelli nascido em Pelotas e formado em 1962 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul com pós-graduação no exterior e doutorado pela instituição onde se formou. Professor e vice-reitor da Universidade Católica de Pelotas deixou o cargo quando Arnaldo Prieto o convidou para ocupar a Secretaria das Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho no primeiro ano do Governo Ernesto Geisel até a decisão do governador Sinval Guazzelli em nomeá-lo Secretário do Trabalho e Ação Social.[2] Eleito deputado federal pela ARENA em 1978 migrou para o PDS e venceu a disputa para senador ao impedir a reeleição de Paulo Brossard e uma vez empossado ficou ao lado de Pedro Simon e Tarso Dutra, este último falecido pouco depois e substituído por Otávio Cardoso.
Em 1982 foram observados o voto vinculado, a sublegenda, impediram as coligações partidárias e foi ainda o último pleito onde os gaúchos domiciliados no Distrito Federal tiveram seus votos remetidos ao Rio
Grande do Sul por meio de urnas especiais.[3] Como informação derradeira temos que os três derrotados ao governo chegariam ao Piratini em disputas posteriores.
Eleição para o Senado no Rio Grande do Sul em 1982 | ||||
---|---|---|---|---|
Líder | Carlos Chiarelli | Paulo Brossard | ||
Partido | PDS | PMDB | ||
Natural de | Pelotas, RS | Bagé, RS | ||
Votos | 906.791 | 1.209.432 | ||
Porcentagem | 27,82% (Candidato)
39,02% (Sublegenda) |
37,11% | ||
Carlos Chiarelli
Paulo Brossard
Getúlio Dias
Alberto Hoffmann
| ||||
Titular(es) Eleito(s) | ||||
Resultado da eleição para governador
[editar | editar código-fonte]Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul houve 334.125 votos em branco (8,80%) e 71.348 votos nulos (1,88%), calculados sobre o comparecimento de 3.799.013 eleitores. Tendo 3.393.540 votos válidos (89,32%).[4]
Candidatos a governador do estado |
Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Jair Soares PDS |
Cláudio Strassburger PDS |
||||
Pedro Simon PMDB |
Odacir Klein PMDB |
||||
Alceu Collares PDT |
Otávio Rocha PDT |
||||
Olívio Dutra PT |
Geci Prates PT |
||||
Fontes:[5] |
Resultado da eleição para senador
[editar | editar código-fonte]Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul houve 456.659 votos em branco (12,02%) e 83.247 votos nulos (2,19%), calculados sobre o comparecimento de 3.799.013 eleitores.[4][6]
Candidatos a senador da República |
Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Paulo Brossard PMDB |
Temperani Pereira PMDB Thereza Noronha PMDB |
||||
Carlos Chiarelli PDS |
José Rubens Pillar PDS [nota 3] [7][8][9] |
||||
Getúlio Dias PDT |
Zulmira Cauduro PDT Homero Simon PDT |
||||
Alberto Hoffmann PDS |
Colorinda Sordi PDS [nota 3] [7][8][9] |
||||
Raul Pont PT |
Avani Keller PT José Losada PT |
||||
Fontes:[5] |
Deputados federais eleitos
[editar | editar código-fonte]São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados. Conforme os dados do Tribunal Superior Eleitoral o PDS conseguiu treze vagas, o PMDB doze e o PDT sete.[10][11][12]
Deputados estaduais eleitos
[editar | editar código-fonte]São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Assembleia Legislativa[4][11]
- ↑ Por força de um casuísmo político a eleição direta em Rondônia excluiu o cargo de governador enquanto os territórios federais elegeram apenas quatro deputados federais cada e em Fernando de Noronha não havia eleições.
- ↑ As capitais dos estados e certas categorias de municípios só foram contempladas com eleições diretas para prefeito em 1985 e até lá ficaram sob o comando de prefeitos nomeados.
- ↑ a b Se a convenção partidária escolher dois candidatos a senador, cada sublegenda indicará um suplente por candidato. Depois da eleição, o primeiro suplente será o candidato não eleito e o segundo suplente será aquele originalmente inscrito com o vencedor.
- ↑ Licenciou-se para exercer o cargo de secretário de Transportes no governo Jair Soares, fato que possibilitou a convocação de Irineu Colato.
- ↑ Faleceu na cidade chilena de Punta Arenas vítima de pneumonia em 29 de março de 1986 e em seu lugar foi efetivado Erani Müller.
- ↑ a b «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Jair Soares». Consultado em 8 de junho de 2019
- ↑ «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Carlos Chiarelli». Consultado em 8 de junho de 2019
- ↑ «BRASIL. Presidência da República: Lei nº 6.091 de 15/08/1974». Consultado em 27 de julho de 2013
- ↑ a b c «Banco de dados Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul». Consultado em 16 de julho de 2013
- ↑ a b BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Dados estatísticos: eleições federais, estaduais e municipais realizadas em 1982. Brasília: Tribunal Superior Eleitoral, 1988. v.14 t.1.
- ↑ «UFRGS»
- ↑ a b BRASIL. Senado Federal. «Decreto-Lei n.º 1.541 de 14/04/1977». Consultado em 3 de março de 2023
- ↑ a b BRASIL. Presidência da República. «Decreto-Lei n.º 1.543 de 14/04/1977». Consultado em 3 de março de 2023
- ↑ a b BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 6.534 de 23/05/1978». Consultado em 3 de março de 2023
- ↑ BRASIL. Câmara dos Deputados. «Página oficial». Consultado em 23 de abril de 2024
- ↑ a b BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 8 de junho de 2019
- ↑ BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 8 de junho de 2019