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Avenida do Estado

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Avenida do Estado
São Paulo, Brasil
Avenida do Estado
Cruzamento da Avenida do Estado com a Rua Pedro Vicente. Ao centro o Canal do Rio Tamanduateí.
Avenida do Estado
mapa da Avenida do Estado
Avenida do Estado
Nomes anteriores Avenida Tamanduateí
Inauguração 3 de abril de 1914 (110 anos)
Extensão c. 16 km
Início Avenida Assis Chateubriand (sentido centro)/ Avenida Presidente Castelo Branco (sentido bairro)
Bairro(s) Lado par: Bom Retiro, , Cambuci e Ipiranga
Lado ímpar: Pari, Brás, Mooca e Vila Prudente
Fim Avenida Doutor Francisco Mesquita.

A Avenida do Estado é uma avenida de fundo de vale, sendo uma das vias mais importantes da cidade de São Paulo. Aberta em 1914, faz parte de um corredor viário que liga o centro da cidade à Região do Grande ABC, sempre margeando o Rio Tamanduateí.[1]

Nas últimas décadas, a via tem sofrido com a decadência urbana do Centro Histórico de São Paulo com vários imóveis vazios, terrenos abandonados e enchentes.[2]

Ao longo do século XIX São Paulo enfrentou várias epidemias de cólera, malária, entre outras doenças, sendo a mais grave a epidemia de febre amarela de 1889-1896, que se espalhou para o estado e quase dizimou a cidade de Campinas. Para enfrentar esses problemas, o governo do estado criou através do Decreto nº 56-A em 30 de abril de 1892 a Comissão de Saneamento do Estado. Entre os projetos apresentados por essa comissão, encontrava-se a canalização de rios e córregos. Um dos primeiros a serem parcialmente canalizados foi o Rio Tamanduateí, que recebeu obras de canalização entre 1892 e 1894 desde o ponto de deságue no Rio Tietê até a Várzea do Carmo (próximo da Avenida Rangel Pestana). O alto custo dessas obras exauriu os cofres públicos e a comissão foi desfeita em 1898.[3][4]

Década de 1910

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A realização desse projeto de canalização deixou desocupadas vastas áreas ao redor dos canais do Tamanduateí. Na década de 1910, o governo do estado resolveu investir na construção de uma nova avenida, margeando os canais. Aberta em abril de 1914, essa avenida foi batizada de Avenida do Estado. Entre 1912 e 1913, a canalização do Rio Tamanduateí foi ampliada da Várzea do Carmo até a confluência do Tamanduateí com o Córrego Ipiranga, permitindo a ampliação da avenida. Com isso, em menos de dez anos, as áreas então alagadiças e ermas das margens do Tamanduateí foram ocupadas por loteamentos, agora facilmente acessáveis pela Avenida do Estado, criando-se assim bairros como o Cambuci e a parte oeste da Mooca.

Década de 1920 até década de 1950

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Avenida do Estado, na altura do Mercado Municipal

Aos poucos a Avenida do Estado se consolidou como uma das principais vias de São Paulo, com a instalação em suas margens do Parque Dom Pedro II (1922), Palácio das Indústrias (1924), Mesquita Brasil (aberta em 1929, sendo a mais antiga do Brasil), Quartel do Segundo Batalhão de Guardas (remodelado em 1930), Mercado Municipal de São Paulo (1933), Sede da Byington e Cia. (anos 1940), Parque Shangai (aberto em 1943, sendo o primeiro parque de diversões de São Paulo), Conjunto Habitacional da Várzea do Carmo (IAPI, 1950) e Mesbla Veículos (anos 1950).

Com o problema das enchentes e a desvalorização do Centro Velho, a Avenida do Estado foi perdendo importância econômica.[5][1]

Década de 1960 até os dias atuais

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A avenida foi prolongada nos anos 1960 da foz do Rio Ipiranga até a foz do Ribeirão dos Meninos com a retificação do rio Tamanduateí nesse trecho. Uma parte da avenida recebeu o nome de Avenida Francisco Mesquita. Foi construído o Viaduto Grande São Paulo interligando a Avenida do Estado com a Avenida Francisco Mesquita.

Trecho da avenida atendido pelo Expresso Tiradentes, conhecido popularmente como Fura-fila

Entre o Parque Dom Pedro e a Praça Alberto Lion foi construída no final dos anos 1970 e início dos anos 1980 uma via expressa no tamponamento sobre o rio Tamanduateí. Mais tarde entre os anos 1990 e os anos 2000 a avenida recebeu o Expresso Tiradentes, que foi prolongado nos anos 2010 com o novo ramal para Vila Prudente.

Atualmente há a Operação Urbana Bairros do Tamanduateí que prevê a criação de uma faixa de domínio de preservação nos lados da avenida, o destamponamento do rio Tamanduateí entre o Parque Dom Pedro e a Praça Alberto Lion, a extensão de algumas ruas como alternativa à avenida incluindo a duplicação da Rua Silveira da Mota.[6][7]

Referências
  1. a b Sérgio Quintella (1 de novembro de 2019). «Avenida do Estado sofre à espera de projeto de reurbanização». Veja-SP. Consultado em 27 de fevereiro de 2020 
  2. «Avenida do Estado sofre à espera de projeto de reurbanização». VEJA SÃO PAULO. Consultado em 11 de maio de 2024 
  3. «Decreto Estadual 56-A». Assembléia Legislativa de São Paulo. 30 de abril de 1892. Consultado em 27 de fevereiro de 2020 
  4. Giovani Santa Rosa (9 de outubro de 2013). «Do outro lado do rio: retificações, canalizações e projetos abandonados dos rios de São Paulo». Gizmodo. Consultado em 27 de fevereiro de 2020 
  5. Prefeitura do Município de São Paulo (3 de abril de 1914). «Ato 619». Correio Paulistano, edição 18213, página 6/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 27 de fevereiro de 2020 
  6. https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/OUCBT_min-ilu_B_22_visualizacao.pdf Operação Urbana Bairros do Tamanduateí
  7. https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/estruturacao-territorial/operacoes-urbanas/oucbt/ Operação Urbana Bairros do Tamanduateí
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