Arthur Hailey
Arthur Hailey | |
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Nascimento | Arthur Frederick Hailey 5 de abril de 1920 Luton |
Morte | 24 de novembro de 2004 (84 anos) Nassau |
Cidadania | Reino Unido, Canadá, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda |
Ocupação | escritor, romancista, roteirista, prosista |
Obras destacadas | Hotel, Airport |
Religião | agnosticismo |
Causa da morte | enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral |
Arthur Hailey (Luton, 5 de abril de 1920 – Nassau, 24 de novembro de 2004) foi um romancista britânico / canadense / norte-americano / bahamiano.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido na cidade de Luton, Bedfordshire, Inglaterra, filho de um casal de operários, Hailey começou a trabalhar aos catorze anos, interrompendo seus estudos após concluir o curso primário. Apesar disso, lia com avidez tudo o que lhe vinha às mãos, e logo viria a descobrir que essa é a melhor escola para quem deseja escrever. Com a deflagração da II Guerra Mundial, Hailey alistou-se na RAF (pt: Força Aérea Real), tendo sido mandado ao Canadá para adestramento. Serviu até o final do conflito como Tenente Aviador, cumprindo missões na América do Norte, Oriente Médio e Extremo Oriente. Durante os breves intervalos das ações militares, aproveitava o tempo para escrever poemas, peças teatrais e contos, que foram publicados depois em pequenos jornais e revistas.[2]
Entre 1944 e 1950 esteve casado com Joan Fishwik. Nessa época, em 1947, emigrou para o Canadá. Em 1951 casou-se com Sheila Dunlop, com quem teve três filhos.
Em 1956, viajando num avião comercial em meio a uma tempestade, Hailey, até então diretor de vendas e publicitário, se perguntou o que aconteceria se a tripulação sofresse um colapso e ele, ex-piloto, fosse chamado a assumir o comando do aparelho. Pensando nisso, começou a fazer o esboço de uma peça para a televisão, a que deu o nome de Flight into Danger (Voando para o Perigo). A novela foi aceita pela CBC, de Toronto, e levada ao vídeo com grande sucesso no Canadá, Estados Unidos e Inglaterra. Foi posteriormente reescrita como romance Runway Zero-Eight. Nos anos seguintes ele escreveu mais dez peças e diversos roteiros de cinema, como Zero Hora (1956), Time Lock (1957) e Os Jovens Médicos (1961), tornando-se o escritor canadense de maior sucesso internacional, tendo recebido, durante dois anos consecutivos, o prêmio de Melhor Escritor Teatral da televisão canadense. Em 1958, abandonou seus interesses comerciais para dedicar-se exclusivamente à carreira de escritor.
Em 1965 mudou-se para a Califórnia, Estados Unidos, mas em 1969 tornou a emigrar, desta vez para as Bahamas, como forma de evitar os escorchantes impostos cobrados por Canadá e Estados Unidos, que já chegavam a 90% de seu rendimento
Em 1979, após a publicação de Colapso, anunciou a sua aposentadoria, por sentir-se muito cansado. Estava disposto a viajar, pescar, relaxar ouvindo música. O que ele não sabia é que estava próximo da morte, com seis obstruções nas coronárias. Após ser diagnosticado e fazer cirurgia de colocação de quatro pontes de safenas, sentiu-se tão revigorado, a ponto de sua esposa Sheila recomendar-lhe escrever outro livro. O que efetivamente aconteceu com Remédio Amargo, que ainda foi seguido por outros romances.
Morreu em 2004, aos 84 anos, nas Bahamas.[3]
Curiosidades
[editar | editar código-fonte]Suas obras possuem entre si elementos comuns, como, por exemplo, a impressionante precisão com que são descritos ambientes familiares somente aos profissionais da área. Esses elementos eram pesquisados durante aproximadamente oito meses para cada livro. O próprio Hailey descrevia sua profissão "como um trabalho duro. É como soldar um cano ou empilhar tijolos".
Considerava-se "mais um contador de histórias do que um escritor" e se descrevia como um homem prático, que nada mais fazia que tirar proveito de seu talento, como o faz um cantor, um pianista ou um piloto de corridas. O que pretendia era provocar o interesse do leitor pela história que narrava.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]Número sequencial | Título em Portugal | Tradutor(a) para Portugal | Título no Brasil | Título original em inglês | Tradutor(a) para o Brasil | Lançamento |
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01 | Voando para o perigo | Runway Zero-Eight | Arnaldo Viriato de Medeiros | (1958) | ||
02 | Hospital | Marisa Murray | Hospital | The Final Diagnosis | Marisa Murray | (1959) |
03 | O Primeiro Ministro | In High Places | Edilson Alkmim Cunha | (1960) | ||
04 | Hotel | Hotel | Affonso Blacheyre | (1965) | ||
05 | Aeroporto | Daniel Gonçalves | Aeroporto | Airport | Milton Persson | (1968) |
06 | Mundo automóvel | Daniel Gonçalves | Automóvel | Wheels | Milton Persson | (1971) |
07 | Os traficantes de dinheiro | José António T. de Aguiar | Dinheiro | The Moneychangers | Maria Thereza Correia de Mello | (1975) |
08 | Catástrofe | Luísa Feijó | Colapso | Overload | A. B. Pinheiro de Lemos | (1979) |
09 | Um minuto para morrer: histórias para a televisão (*) | Close-up on writing for television | Milton Persson | (1980) | ||
10 | Remédio Amargo | Strong Medicine | A. B. Pinheiro de Lemos | (1984) | ||
11 | O jornal da noite | The Evening News | A. B. Pinheiro de Lemos e Carlos Sussekind | (1990) | ||
12 | Detetive | Detective | A. B. Pinheiro de Lemos | (1997) |
As datas das primeiras edições e os nomes dos tradutores estão de acordo com o que consta do sítio da Biblioteca Nacional[4] ou de consulta formulada às próprias obras.
(*) "Um minuto para morrer..." compreende os textos:
Um minuto para morrer;
Voando para o perigo;
A fechadura-relógio;
O diário de uma enfermeira;
Sombra de suspeita e
Rota de colisão.
- ↑ «Arthur Hailey morre nas Bahamas». A Tribuna (Santos), ano 111, edição 246, página B8/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 26 de novembro de 2004. Consultado em 7 de maio de 2023
- ↑ Ricardo Gomes Leite (4 de março de 1972). «Arthur Hailey: escreveu e disse». Manchete, ano 20, edição 1037, páginas 40-44/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 7 de maio de 2023
- ↑ https://www.theguardian.com/news/2004/nov/27/guardianobituaries.books
- ↑ «Serviços | Biblioteca Nacional». www.bn.gov.br. Consultado em 3 de março de 2017