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Ana Cristina Cesar

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ana Cristina Cesar
Nascimento 2 de junho de 1952
Rio de Janeiro
Morte 29 de outubro de 1983 (31 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileira
Ocupação Escritora, tradutora e professora
Principais trabalhos Poética (2013) "A teus pés" (1982)
Assinatura
[Ana Cristina Cesar], [Ana Cesar], [A.C.C]

Ana Cristina Cruz Cesar (Rio de Janeiro, 2 de junho de 1952 — Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1983)[1] foi uma poetisa, crítica literária, professora e tradutora brasileira,[2] conhecida como Ana Cristina Cesar (ou Ana C.). É considerada um dos principais nomes da geração mimeógrafo, conhecida também como a poesia marginal[3] da década de 1970. Em 2016, pela colaboração da sua obra dentro da historiografia literária brasileira, foi homenageada na Festa Literária Internacional de Paraty.[3]

Filha do sociólogo e jornalista Waldo Aranha Lenz Cesar e da professora Maria Luiza Cruz, Ana Cristina Cruz Cesar nasceu em uma família culta e protestante[4] de classe média carioca. Irmã de Flávio Cesar (viúvo de Gabriela Leite, fundadora da Daspu) e de Filipe Cesar.

Antes mesmo de ser alfabetizada, aos seis anos de idade, já ditava poemas para sua mãe.[5] Em 1969, Ana Cristina Cesar viajou à Inglaterra em intercâmbio pela Rotary Fundation e passou um período em Londres,[6] onde travou contato com a literatura em língua inglesa. Quando regressou ao Brasil, com livros de Emily Dickinson, Sylvia Plath e Katherine Mansfield nas malas,[7] dedicou-se a escrever e a traduzir,[3] entrando para a Faculdade de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), aos dezenove anos.

Cesar começou a publicar poemas e textos de prosa poética na década de 1970 em coletâneas, revistas e jornais alternativos.[8] Seus primeiros livros, Cenas de Abril e Correspondência Completa, foram lançados em edições independentes.[6] As atividades de Ana Cristina não pararam: pesquisa literária, mestrado em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), outra temporada na Inglaterra para um mestrado em tradução literária (na Universidade de Essex),[8] em 1980, e a volta ao Rio, onde publicou Luvas de Pelica, escrito na Inglaterra.[7] Em suas obras, Ana Cristina Cesar mantém uma fina linha entre o ficcional e o autobiográfico.[6] Neste meio tempo, colaborou com críticas jornalísticas em revistas e jornais brasileiros e internacionais.

Cometeu suicídio aos trinta e um anos, atirando-se pela janela do apartamento dos pais, no sétimo andar de um edifício da rua Toneleros, em Copacabana.

Armando Freitas Filho, poeta brasileiro, foi o melhor amigo de Ana Cristina Cesar, para quem deixou a responsabilidade de cuidar postumamente das suas publicações.[6][8] O acervo pessoal da autora está sob tutela do Instituto Moreira Salles.[1] A família fez a doação mediante a promessa de os escritos ficarem no Rio de Janeiro.

Principais obras

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  • Cenas de abril (1979)
  • Correspondência completa (1979)
  • Luvas de pelica (1980)
  • A Teus Pés (1982)
  • Inéditos e Dispersos (1985)
  • Novas Seletas (póstumo, organizado por Armando Freitas Filho)
  • Poética (obra completa, 2013)
  • Literatura não é documento (1980)
  • Crítica e Tradução (1999)
  • Correspondência Incompleta (organização: Heloisa Buarque de Hollanda e Armando Freitas Filho, selo HB, e-galáxia)
  • Escritos no Rio (póstumo, organizado por Armando Freitas Filho)
  • Escritos em Londres (póstumo, organizado por Armando Freitas Filho)
  • Antologia 26 Poetas Hoje, vários autores (organização: Heloisa Buarque de Hollanda)
  • Ana Cristina Cesar – O sangue de uma poeta, de Italo Moriconi (selo HB, e-galáxia)
Referências
  1. a b «Acervo Ana Cristina Cesar no IMS». Instituto Moreira Salles. Consultado em 27 de março de 2021 
  2. «Ana Cristina Cesar - Grupo Companhia das Letras». www.companhiadasletras.com.br. Consultado em 27 de março de 2021 
  3. a b c «Ana Cristina Cesar». www.flip.org.br. Consultado em 27 de março de 2021 
  4. «Ana Cristina Cesar: biografia, estilo, obras». Mundo Educação. Consultado em 27 de março de 2021 
  5. Almeida, Elizama (29 de outubro de 2013). «As palavras da menina Ana C.». Instituto Moreira Salles. Consultado em 24 de maio de 2020 
  6. a b c d Cultural, Instituto Itaú. «Ana Cristina Cesar». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 27 de março de 2021 
  7. a b Freitas Gomes, Adriana. «Ana Cristina Cesar - tradução como exercício de recriação». UFJF. Revista Gatilho: https://periodicos.ufjf.br/index.php/gatilho/article/view/26872 
  8. a b c «Sobre Ana Cristina Cesar». Instituto Moreira Salles. 1 de junho de 2017. Consultado em 27 de março de 2021 

Ligações externas

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