Alexandrino Faria de Alencar
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Alexandrino Faria de Alencar | |
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Alexandrino Faria de Alencar | |
Dados pessoais | |
Nome completo | Alexandrino Faria de Alencar |
Nascimento | 12 de outubro de 1848 Rio Pardo, Rio Grande do Sul |
Morte | 18 de abril de 1926 (77 anos) Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Ana Faria de Alencar Pai: Alexandrino de Alencar |
Cônjuge | Amália Murray Simões e Santos |
Ocupação | Militar, Político |
Assinatura | |
Serviço militar | |
Lealdade | Brasil |
Serviço/ramo | Marinha do Brasil |
Graduação | Almirante |
Condecorações | Imperial Ordem de São Bento de Avis Ordem do Mérito Militar |
Alexandrino Faria de Alencar (Rio Pardo, 12 de outubro de 1848 — Rio de Janeiro, 18 de abril de 1926) foi um almirante e político brasileiro, senador durante a República Velha (ou Primeira República). Casou com Amália Murray Simões e Santos e teve duas filhas e um filho, o ministro Armando de Alencar, do Supremo Tribunal Federal do Brasil.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Filho do capitão do Exército Brasileiro Alexandrino de Alencar e de Ana Faria de Alencar. Bisneto do general francês Pedro Labatut e sobrinho-bisneto de Bárbara Pereira de Alencar, participante da Revolução Pernambucana de 1817 e da Confederação do Equador. Formou-se em engenharia naval pela Escola Naval.
Em 1893, ainda capitão de fragata, participou como um dos comandantes da Revolta da Armada, uma revolta de oficiais contra a pouca atenção dada à Marinha pelo então Presidente da República, marechal Floriano Peixoto. A revolta foi liderada pelo ex-ministro da Marinha, o contra-almirante Custódio de Mello. Alexandrino de Alencar comandou o encouraçado Aquidabã na última batalha, próxima à ilha de Anhatomirim nos arredores da cidade de Desterro, hoje Florianópolis. Ao fim da rebelião, em Abril de 1894, e por ter o ex-ministro se refugiado na Argentina, largando-o sozinho na batalha, viu-se derrotado por um cerco dos navios do marechal, incluindo o cruzador Andrada comandado pelo então capitão-tenente João Batista das Neves [2], e teve também de se refugiar fora do país, retornando mais tarde, anistiado, sendo em seguida promovido a almirante da Armada brasileira.
Por esta época, recomendou o menino negro João Cândido Felisberto, que convivia com ele, à escola de Aprendizes da Marinha. João Cândido seria em 1910 o líder inconteste da Revolta da Chibata.
Alexandrino de Alencar foi ministro da Marinha sucessivamente nos governos Afonso Pena, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Venceslau Brás e Artur Bernardes, ativando a reforma geral da Armada do Brasil. Foi ministro do Supremo Tribunal Militar. Tendo servido na Guerra do Paraguai, foi condecorado tanto pelo Brasil como pela Argentina. Senador da República em 1906 e 1921.
Foi o reorganizador das forças navais brasileiras, quando à nova esquadra incorporam-se os mais poderosos navios da época, os encouraçados "São Paulo" e "Minas Gerais", os cruzadores "Rio Grande do Sul" e "Bahia" e dez contratorpedeiros. Foi o criador de vários institutos de ensino, como a Escola de Aviação Naval, em 1916.
Recebeu, também, a medalha do Mérito Militar e foi, no Império, cavaleiro da Imperial Ordem de São Bento de Avis.
Foi sepultado com honras de chefe de Estado.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- ↑ Biografia na página do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)
- ↑ CASTRO E SILVA, Alexandre. A Batalha Naval do Anhatomirim em 16 de Abril de 1894 (Revolta da Armada). in: Revista Marítima Brasileira, v. 115 ns. 7/9, jul/set 1995. p. 61
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- MARTINS, Hélio Leôncio. A Revolta dos Marinheiros - 1910. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha, 1997.
- CASTRO E SILVA, Alexandre. A Batalha Naval do Anhatomirim em 16 de Abril de 1894 (Revolta da Armada). in: Revista Marítima Brasileira, v. 115 ns. 7/9, jul/set 1995. p. 61.
Ligações externas
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Precedido por Júlio César de Noronha |
Ministro da Marinha do Brasil 1906 — 1910 |
Sucedido por Joaquim Marques Batista de Leão |
Precedido por Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva |
Ministro da Marinha do Brasil 1913 — 1918 |
Sucedido por Antônio Coutinho Gomes Pereira |
Precedido por João Pedro da Veiga Miranda |
Ministro da Marinha do Brasil 1922 — 1926 |
Sucedido por Arnaldo de Siqueira Pinto da Luz |
- Nascidos em 1848
- Mortos em 1926
- Brasileiros de ascendência francesa
- Brasileiros de ascendência portuguesa
- Cavaleiros da Imperial Ordem de São Bento de Avis
- Engenheiros do Rio Grande do Sul
- Militares do Rio Grande do Sul
- Ministros do Governo Afonso Pena
- Ministros do Governo Artur Bernardes
- Ministros do Governo Hermes da Fonseca
- Ministros do Governo Nilo Peçanha
- Ministros do Governo Venceslau Brás
- Ministros da Marinha do Brasil
- Naturais de Rio Pardo
- Pessoas da Guerra do Paraguai
- Senadores do Brasil pelo Amazonas