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Países Baixos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Koninkrijk der Nederlanden
Reino dos Países Baixos
Bandeira dos Países Baixos Brasão dos Países Baixos
(Imagem Ampliada) (Imagem ampliada)
Lema: Je Maintiendrai
(Francês, Manterei)
Língua oficial Neerlandês

Línguas minoritárias:

Frísio na Frísia

Limburgio no Limburgo

Baixo saxão na Groninga, Frísia, Drenthe, Overijssel, e Guéldria.

São línguas oficialmente reconhecidas e protegidas como minoritárias. As línguas são protegido pela União Europeia.
Capitais Amsterdão e A Haia¹
Maior cidade Amsterdão
Rainha Beatriz
Primeiro-ministro Jan Peter Balkenende
Área
- Total
- % água
131º maior
41,526 km²
18.41%
População
- Total (2003)
- Densidade
59º mais populoso
16,150,511
477 hab/km²
Independência
- Declarada
- Reconhecida
Guerra dos Oitenta Anos
26 de Julho de 1581
Tratado de Münster, 1648
Moeda Euro², moedas de euro neerlandesas
Fuso horário UTC+1
Hino nacional Het Wilhelmus
TLD (Internet) .NL
Código telefónico 31
(1) Sede do governo
(2) Antes de 1999: florim (guilder)

Este é o artigo sobre o país, se procura a página sobre a região dos Países Baixos chamada Holanda consulte Holanda (região)

Os Países Baixos (Nederland em neerlandês) são a parte européia do Reino dos Países Baixos, uma monarquia constitucional membro da União Européia. Localizado no noroeste da Europa, limita a norte e a oeste com o Mar do Norte, a leste com a Alemanha e a sul com a Bélgica. Embora isto seja tecnicamente incorreto, os Países Baixos são freqüentemente referidos como Holanda, que é o nome comum às suas duas principais províncias, Holanda Setentrional e Holanda Meridional.

O país é um dos mais densamente povoados do mundo; surpreendentemente, estão também entre os de altitude média mais baixa (um quarto do território fica abaixo do nível do mar). Os neerlandeses são conhecidos por seus diques, suas tulipas, seus moinhos, seus tamancos e sua tolerância social. Suas políticas liberais são freqüentemente mencionadas e usadas como (bons ou maus) exemplos nos demais países.

O Tribunal Internacional de Justiça tem sua sede na Haia; embora Amsterdã seja a capital constitucional, é aquela cidade que sedia o governo, a residência real e a maior parte das embaixadas.

História

Artigo principal: História dos Países Baixos

A presença antiga do homem nesta região é atestada por monumentos megalíticos (dólmens) e túmulos da idade do bronze e por campos de urnas funerárias da idade do ferro. Na época da ocupação romana, que se mantém até ao século IV, a Holanda era povoada por tribos célticas e germânicas. Os Saxões estabelecem-se a leste dos futuros Países Baixos e os Francos ocupam os territórios meridionais. A cristianização só se completa no final do século VIII, com a submissão destes povos a Carlos Magno. A administração carolíngia permite o desenvolvimento da actividade económica, enquanto nasce uma indústria têxtil.

No reinado de Carlos V, Sacro Imperador Romano e rei de Espanha, a região era parte das Dezessete Províncias dos Países Baixos, abrangendo a maior parte do que hoje é a Bélgica. À proclamação da independência (União de Utreque, 1579; abjuração da soberania espanhola, 1581), no reinado de Filipe II, seguiu-se a guerra de independência. A assinatura, sob Filipe IV, do Tratado de Münster pôs fim à Guerra dos Oitenta Anos. O império espanhol reconheceu a República Holandesa dos Países Baixos Unidos, governados pela casa de Orange-Nassau e os Estados Generais, que anteriormente foram uma província do império espanhol. A Holanda tornou-se assim a primeira nação européia a assumir uma forma de governo republicana.

Ainda que o novo Estado exercesse autonomia apenas sobre as províncias do norte, a República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos desenvolveu-se e tornou-se uma das mais importantes potências navais e econômicas do século XVII. Neste período, conhecido como a Idade de Ouro neerlandesa, os Países Baixos estenderam suas redes comerciais por todo o planeta, estabelecendo colônias em lugares tão distantes quanto Java e o nordeste brasileiro (Brasil neerlandês).

Eclipsada pela ascensão britânica durante o século XVIII, a região foi mais tarde incorporada ao império francês sob Napoleão Bonaparte. Após o Congresso de Viena (1815), o Reino dos Países Baixos foi criado, incluindo os atuais Bélgica e Luxemburgo. A Bélica conseguiu sua independência em 1830; o Luxemburgo, que seguia regras sucessórias distintas, seguiu seu próprio caminho após a morte do rei Guilherme III. Já no século XIX, os Países Baixos industrializaram-se mais lentamente do que os países vizinhos.

Neutro na Primeira Guerra Mundial, o país foi ocupado pela Alemanha nazista em maio de 1940, sendo libertado somente em 1945. No pós-guerra, a economia reergueu-se, e o país ingressou em organizações como o Benelux, a Comunidade Económica Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Sediando, em Maastricht, a assinatura do Tratado da União Européia, o país foi um de seus membros fundadores, e aderiu ao euro em 1999, com as moedas e cédulas circulando a partir de 2002.

Geografia

Artigo principal: Geografia dos Países Baixos

Ficheiro:Nl-map.gif

Um aspecto notável do país é o fato de ser extremamente plano. Aproximadamente metade do território fica a menos de 1 metro acima do nível do mar, e boa parte das terras estão de fato abaixo do nível do mar. O ponto mais alto, Vaalserberg, na fronteira sudeste, localiza-se a uma altitude de 321 m. Muitas áreas baixas estão protegidas por diques e barragens. Partes dos Países Baixos, inclusive quase toda a moderna província da Flevolândia, foram conquistadas ao mar - estas áreas são conhecidas como pôlderes.

O país é dividido em duas partes principais pelos rios Reno (Rijn), Waal e Mosa (Maas). Há muitos dialetos falados a norte e sul desses grandes rios.

Os ventos predominantes no país são de sudoeste, o que causa um clima marítimo moderado, com verões agradáveis e invernos suaves.

Veja também Parques nacionais (Países Baixos), Obras do Zuiderzee.


Províncias

Os Países Baixos estão divididos em 12 regiões administrativas também chamadas províncias , cada uma tem à sua frente , um governador que é chamadoComissário do Rei ou da Rainha) :

Todas as províncias por sua vez se subdividem em municípios. gemeenten), que são 467;

Economia

Artigo principal: Economia dos Países Baixos

Os Países Baixos têm uma economia próspera e aberta na qual o governo tem reduzido com sucesso seu papel desde os anos 1980. Os principais setores industriais são o processamento de alimentos, a química e petroquímica e o maquinário elétrico. Uma agricultura altamente mecanizada emprega apenas 4% da força de trabalho mas fornece grandes excedentes para a indústria de alimentos e para a exportação; o país é o terceiro maior exportador agrícola mundial em valor, atrás apenas dos Estados Unidos da América e da França. Os neerlandeses conseguiram solucionar a questão das finanças públicas e da estagnação do crescimento do emprego muito antes de seus parceiros europeus.

Membro fundador do Euro, os Países Baixos substituíram sua antiga moeda, o florim, em 1 de Janeiro de 1999 com os outros países membros da zona do euro; as moedas e notas de euro vieram em 1 de Janeiro de 2002.

Demografia

Artigo principal: Demografia dos Países Baixos

Pirâmide populacional neerlandesa
(em % da população total)
% Homens Anos Mulheres %
0.36     85+     1.05
0.60     80-84     1.18
1.14     75-79     1.74
1.55     70-74     1.95
1.93     65-69     2.13
2.30     60-64     2.33
2.77     55-59     2.69
3.73     50-54     3.60
3.65     45-49     3.54
3.93     40-44     3.81
4.27     35-39     4.08
4.25     30-34     4.05
3.63     25-29     3.54
3.04     20-24     2.93
2.96     15-19     2.83
3.11     10-14     2.97
3.20     05-09     3.06
3.11     00-04     2.98
                                                                                             
Dados: Base de Dados Internacional (2000)

Com mais de 450 habitantes por quilômetro quadrado, o país é um dos mais densamente povoados do mundo. Há duas línguas oficiais, ambas germânicas, o neerlandês e o frísio; este só se usa na província setentrional da Fryslân. Além destas, vários dialetos do baixo-saxão são usados em boa parte do norte, sem reconhecimento oficial.

Nas fronteiras meridionais, os falares têm variedades baixo-franconianas e alemãs, sendo possível que sua melhor classificação seja, em vez de neerlandês, flamengo ocidental ou alemão.

A maioria da população (63% em 1999) não se considera parte de igreja alguma. A minoria restante se divide principalmente entre o catolicismo, (18%) mais forte o sul dos grandes rios, e o protestantismo, ao norte (15%). A maior parte destes protestantes pertence à Igreja Reformada Neerlandesa.

Talvez porque sua guerra de independência tenha estado intimamente relacionada aos conflitos religiosos desencadeados pela Reforma, o país tem uma tradição de tolerância e liberalidade. Mais recentemente, as políticas nacionais sobre drogas recreacionais, prostituição, o casamento homossexual e a eutanásia atraem atenção internacional; Amsterdã tende a ser vista como uma cidade onde "pode tudo".

Veja também Política sobre drogas dos Países Baixos, Casamento homossexual nos Países Baixos.

Cultura

Artigo principal: Cultura dos Países Baixos

Os Países Baixos têm uma forte tradição na pintura. O século XVII, quando a república neerlandesa era próspera, foi a era de mestres como Rembrandt van Rijn, Johannes Vermeer, Jan Steen e muitos outros. Pintores famosos do XIX e XX incluem Vincent van Gogh e Piet Mondriaan. Maurits Escher é um conhecido artista gráfico. Um famigerado mestre dos Países Baixos é Han van Meegeren.

Na filosofia, o país deu ao Renascimento Erasmo de Roterdã; mais tarde, a tolerância religiosa permitiu que os talentos de Baruc de Spinoza e René Descartes florescessem.

Na Idade de Ouro, a literatura neerlandesa também floresceu, com Joost van den Vondel e P. C. Hooft como os nomes mais famosos. No século XIX, Multatuli descreveu o mau tratamento dos nativos nas colônias neerlandesas. Autores importantes do último século incluem Harry Mulisch, Jan Wolkers, Simon Vestdijk, Cees Nooteboom, Gerard van het Reve e Willem Frederik Hermans. O Diário de Anne Frank também foi escrito nos Países Baixos.

Veja também: Lista de museus#Países Baixos, Esporte nos Países Baixos, Música dos Países Baixos, Lista de neerlandeses

Feriados

Data Nome em português Nome local Observações
1 de Janeiro Dia de Ano-Novo Nieuwjaar  
Março/Abril Páscoa Pasen Nos Países Baixos, se celebram dois dias de Páscoa.
30 de Abril Dia da Rainha Koninginnedag Originalmente, o Koninginnedag era celebrado no aniversário da rainha, mas hoje se comemora no aniversário da falecida Rainha-mãe Juliana, porque o tempo na época é melhor.
4 de Maio Lembrança dos mortos Dodenherdenking Este dia é dedicado à memória dos que morreram durante a Segunda Guerra Mundial.
O significado deste feriado tem-se expandido, já que também se rememora as pessoas mortas em missões das Nações Unidas.
5 de Maio Dia da Libertação Bevrijdingsdag Celebração da capitulação alemã na Segunda Guerra Mundial.
40 dias após a Páscoa Dia da Ascensão Hemelvaartsdag  
7 semanas após a Páscoa Pentecost Pinksteren Os neerlandeses celebram dois dias de Pentecostes.
5 de Dezembro Noite de São Nicolau Sinterklaas Um precursor do Papai Noel, Sinterklaas dá presentes às crianças.
25 de Dezembro,
26 de Dezembro
Natal Kerstmis Os neerlandeses celebram dois dias de Natal:
o primeiro (Eerste Kerstdag) e o segundo (Tweede Kerstdag).

Réplicas de prédios neerlandeses encontram-se na Vila Holandesa, em Nagasaki, Japão. Uma Vila Holandesa similar está sendo construída em Shenyang, China.

Veja também

Referências externas

Predefinição:OCDE Predefinição:OTAN