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Hemorragias

O documento aborda o atendimento inicial em casos de hemorragias, definindo hemorragia como o extravasamento de sangue que pode ser externo ou interno, e destacando a importância da avaliação da severidade do sangramento. São apresentados sinais e sintomas, tipos de hemorragias, métodos de controle e primeiros socorros, incluindo o uso de torniquetes e cuidados específicos para hemorragias nasais, gástricas, pulmonares e ginecológicas. A classificação das hemorragias em quatro classes baseadas na perda de volume sanguíneo é detalhada, enfatizando a necessidade de intervenção rápida para evitar complicações graves.

Enviado por

eduardacapello8
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© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Hemorragias

O documento aborda o atendimento inicial em casos de hemorragias, definindo hemorragia como o extravasamento de sangue que pode ser externo ou interno, e destacando a importância da avaliação da severidade do sangramento. São apresentados sinais e sintomas, tipos de hemorragias, métodos de controle e primeiros socorros, incluindo o uso de torniquetes e cuidados específicos para hemorragias nasais, gástricas, pulmonares e ginecológicas. A classificação das hemorragias em quatro classes baseadas na perda de volume sanguíneo é detalhada, enfatizando a necessidade de intervenção rápida para evitar complicações graves.

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ATENDIMENTO

INICIAL NAS
HEMORRAGIAS
Profª Edilaine
Hemorragia
■ Hemorragia é o extravasamento de sangue dos vasos
sanguíneos ou das cavidades do coração, podendo
provocar estado de choque hipovolêmico (diminuição
de volume sanguíneo) e óbito.

■ A hemorragia pode ser externa (sangue sai para fora


do corpo) ou interna (sangue sai de dentro dos vasos
sanguíneos, porém fica preso no corpo)
■ Sangramento descontrolado.

■ Perda sanguínea consequente ao rompimento de um


ou mais vasos.
Severidade do sangramento

■ Rapidez com que o sangue flui do vaso


■ Tamanho do vaso
■ Artéria ou veia
■ Origem do sangramento
■ Idade e peso da vítima
■ Condição física ou geral da vitima
■ Sangramento e ameaça a respiração
■ Adulto cerca de 4-6 litros de sangue ( 60 ml/kg)
■ Funções: defesa, equilíbrio de distribuição de H2O,
oxigenação e coagulação.
Classificação Clínica
■ Hemorragia externa: ocorre devido a ferimentos abertos,
onde o sangue é eliminado para o exterior do organismo.
■ Quando o corpo perde sangue, ou seja, está com uma
hemorragia, o corpo exerce um efeito compensatório
redistribuindo o fluxo sanguíneo para os órgãos mais
importantes como o coração e o cérebro.
■ Dessa forma, as regiões periféricas (rins, pele e outros
órgãos) sofrem com a falta de sangue e
consequentemente oxigênio e nutrientes
O pulso ou frequência cardíaca fica aumentada, tentando
compensar o volume de sangue reduzido, ou seja, o coração
bate mais vezes para tentar atender a demanda do corpo por
nutrientes e oxigênio pela falta de sangue.
Sinais e sintomas de hemorragia
externa
■ - Agitação;
■ - Palidez;
■ - Sudorese;
■ - Pele fria;
■ - Pulso acelerado e fraco (acima de 100 bpm);
■ - Hipotensão;
■ - Sede;
■ - Fraqueza;
■ - Alteração do nível de consciência; e
■ - Estado de choque
Interna- sangramento decorre do rompimento de um vaso
dentro do corpo, sem que haja solução de continuidade da pele.

❑ Podendo haver perda sangue por cavidades naturais: boca,


reto, ouvido.

❑ Presença de tosse e ou vomito com sangue

❑ Presença de manchas arroxeadas na região do abdome e


tórax

❑ Rigidez da parede abdominal ou tórax, sinais indicativos de


choque (inquietação, ansiedade, pele fria, taquicardia,
taquipneia, hipotensão arterial).
Ocorre quando há lesão de um órgão interno e o sangue se
acumula em uma cavidade do organismo, como: peritônio
(cavidade abdominal), pleura (reveste o pulmão), pericárdio
(reveste o coração), meninges (reveste o cérebro) ou se difunde nos
interstícios dos tecidos. Geralmente não é visível.

Sinais e sintomas de hemorragia interna podem ser os mesmos


encontrados na hemorragia externa, e, ainda:

- Contusões;
- Dor abdominal;
- Rigidez ou flacidez dos músculos abdominais;
- Eliminação de sangue através dos órgãos que se
comunicam com o exterior, como:

nariz e/ou pavilhão auditivo, vias urinárias,


vômito ou tosse com presença de sangue.
Tipos de hemorragias
■ Arterial – apresenta coloração vermelho vivo e sua
velocidade é rápida ( pulsando ou jorrando).

■ Mais difícil de controlar.


■ Venosa- coloração vermelho escuro, o fluxo
sanguíneo é estável, ocorrendo de forma
uniforme.
■ Capilar- coloração avermelhada, lenta, fluxo
uniforme ou gotejamento estável.
Geralmente coagula de forma rápida.
■ Ex: escoriações
Controle do sangramento

■ Determine a causa e fonte do sangramento


(de onde o sangue vem) e condições da
vitima
■ Coloque a vitima em uma posição que
menos a afeta
■ Mantenha as VAS desobstruidas
■ Verifique SSVV e reavalie a vitima
■ Utilize EPIs
De acordo com o volume de sangue perdido, pode-se classificar
as hemorragias em 4 classes:
• Hemorragia Classe I: perda de até 15% do volume
sanguíneo.
Neste caso os sintomas e sinais são mínimos. Nas situações
menos complicadas, pode ocorrer discreta taquicardia, PÁ
estável e frequência respiratória inalteradas.

• Hemorragia Classe II: perda de 15% a 30% do volume


sanguíneo.
Em um adulto de 70 Kg uma Hemorragia Classe II corresponde
a perda de 750 a 1500 ml de sangue. Ocorre taquicardia
(FC > 100 batimentos por minutos em adulto), aumento da
frequência respiratória.
Há, também, alterações do Sistema Nervoso Central como
ansiedade, frequentemente caracterizada como hostilidade.
(agressivo, rude, oposição ao que está acontecendo)
Hemorragia Classe III: perda de 30% a 40% do volume
sanguíneo.
Corresponde a perda de aproximadamente 2 litros de sangue em
adultos. Nesses casos, existem sinais e sintomas de uma
insuficiente perfusão tecidual.
Assim, verifica-se um acentuado aumento da frequência
cardíaca e respiratória, queda da pressão sistólica e
intensificação das alterações mentais.

Hemorragia Classe IV: perda de mais de 40% do volume


sanguíneo.
Requer imediata reposição sanguínea e pode causar a morte.
Há acentuado aumento da frequência cardíaca e respiratória,
queda intensa da pressão sistólica e muita dificuldade na
detecção da diastólica.
Ocorre choque hipovolêmico (taquicardia, taquipneia e
hipotensão severa)
Primeiros Socorros
■ Manter o paciente calmo, deitado com a cabeça de
lado

Aplicar compressas frias ou gelo no local suspeito de


hemorragia

Afrouxar a roupa

Providenciar transporte urgente

Não oferecer líquidos e alimentos

Avaliar nível de consciência


Primeiros socorros

■ Avaliar a gravidade da hemorragia

■ Manter a área afetada elevada

■ Cobrir a vitima para evitar resfriamento

■ Estancar a hemorragia
Métodos de hemostasia
■ Compressão direta
➢ Coloque gaze estéril ou pano limpo seco
diretamente sobre o ferimento ( em torno de 10
minutos) pressionando bem – curativo
compressivo.

➢ Eleve a região e mantenha a pressão no local, a


menos que haja suspeita de fratura, objeto
cravado.

➢ Diminuição do retorno sanguíneo.


■ Talas infláveis: cria uma bandagem de pressão e
controla sangramento em um membro, deixando a
mão do socorrista livre.

■ Pode se usar um manguito do esfigmomanômetro.


Uso torniquete
• Medida utilizada em ultimo recurso (protocolos
militares ou civis)

• Somente em hemorragias de membros


( braços e pernas)

• Rompimento de grande artéria

• Membro parcial ou totalmente decepado.

• Hemorragia maciça
Se o torniquete for usado, deverá ser aplicado de forma correta, ou
seja:

• Uma bandagem larga deve ser dobrada até que fique com
aproximadamente 10 cm de largura. Amarre esta atadura larga,
duas vezes ao redor da extremidade lesada;

Dê um nó firme na atadura. Coloque um bastão de madeira ou


outro material similar sobre o nó e amarre novamente com um
segundo nó firme;
• Utilize o bastão de madeira como uma manivela para rodar e
apertar a atadura;
• Aperte o torniquete até o sangramento cessar. Uma vez
controlada a hemorragia, não rode mais o bastão e mantenha-o
firme no lugar.
Como fazer um torniquete

Enrole o pano acima do local


machucado ( cerca de 10 cm da axila
ou virilha)

Depois, dê um meio nó
nas duas pontas do
pano
Sobre o meio nó, coloque um
pedaço de pau,
um lápis ou uma caneta

Termine de dar o nó e gire o pedaço de pau até que a hemorragia


estanque.
Cuidados no uso de torniquete:
■ O torniquete é feito acima da área com hemorragia
■ Anote, com uma caneta, batom, carvão ou um
fósforo queimado, em qualquer parte visível do
corpo da vítima, as letras TQ (torniquete) e a hora
em que foi colocado.

■ Não use o torniquete próximo de articulações.

■ Tempo
■ Entre 120 minutos com o torniquete.
O torniquete só deve ser feito se a técnica de
compressão direta e elevação do membro
ferido não surtir efeito
Hemorragias especificas

■ Nasal – epistaxe
- Causas- traumas, temperaturas extremas,...
- Conduta: colocar vitima sentada, inclinar a
cabeça p frente, colocar compressas frias
sobre o nariz, pressionar a face lateral da
narina sangrante contra o septo.
■ Não assoar o nariz
■ Hemorragia gástrica ( hematêmese)
- Colocar a vitima em decúbito dorsal
-Jejum absoluto
- Colocar bolsa de gelo na região epigástrica
- Procurar serviço de emergência
■ Hemorragia dos pulmões (hemoptise)
■ Após um acesso de tosse, o sangue sai pela boca em
golfadas, vermelho vivo e com bolhas de ar.

■ coloque a vitima em repouso com a cabeça mais


baixa que o corpo e lateralizada- bronco aspiração

■ não deixe falar e procure assistência medica


imediatamente.
■ Hemorragia ginecológica
■ Perda sanguínea pela vagina
■ Mantenha a vitima deitada de barriga para
cima
■ Cabeça mais baixa que o restante corpo,
elevando os MMIIs
■ Atendimento hospitalar indispensável
Questões de Aprendizagem
1- Define hemorragia.

2- Explique hemorragia interna e hemorragia externa.

3- Descreva os tipos de hemorragias.


4- Quais os sinais e sintomas da hemorragia
externa?

5- Quais os primeiros socorros na hemorragia


externa?

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