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Corpo e Saúde No Trânsito Dos Saberes

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Gustavo Costa
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CORPO E SAÚDE NO TRÂNSITO DOS SABERES

- O texto sugere a equidade na interdisciplinaridade ao tratar desse campo dos


saberes, utilizando a antropologia da saúde para compreender o sujeito e os seus
corpos, a partir do ponto de vista das ciências humanas, que, no estudo das relações
sociais e da relação dos agentes humanos com o planeta e a natureza, objetiva
destituir a dominação biomédica da supremacia operacional sobre os conceitos de
corpo e saúde no trânsito dos saberes entre populações e indivíduos particulares.

- É admitida a importância dos conhecimentos biomédicos e das contribuições e


impactos desses para a vida do ser humano, todavia, é crítica das ciências humanas,
em voga, da antropologia da saúde, a autoridade exclusivista da medicina ocidental
que tende a anular cosmovisões dos sujeitos sobre o próprio corpo e a própria vida.

- Dessa forma, faz-se necessário repensar a forma medicalizadora de relacionar corpo


com processo de saúde e adoecimento, elevando o debate sobre a vida e as formas
de se viver, com a agregação de outros campos de saber e produção científica, que
são historicamente deslegitimados pela construção academicista-mercadológica
institucionalizada como verdade absoluta. Pois, assim, adquire-se outras
perspectivas sobre as possibilidades de compreensão da relação entre o ser humano
e a sua experiência corpórea-material, abarcando as dimensões que formam-nos em
especificidades múltiplas criadoras de diversidade e ampliadoras de complexidade
discursiva na produção de conhecimento sobre as categorias corpo e saúde.

- É importante ressaltar, que a autora não destitui as contribuições biomédicas,


positivistas e quantitativas sobre os conceitos de saúde e doença das mãos da
medicina ocidental, mas invoca que a existência de outras conceituações promove
naturalmente um necessário processo de descentralização da propriedade privativa
do estabelecimento da verdade a partir da ciência, ao elencar a existência de
investigação científica nos conhecimentos abissais às províncias responsáveis pelo
processos de colonização e cooptação de sabedorias.

- Além disso, é citado pela autora o processo de desintegração entre corpo e sujeito
na tratativa do objeto “corpo” em relação com a categoria “saúde”, onde o cunhar da
narrativa destitui a experiência sensível e real da vida humana para tratar do corpo
vegetativo-motor como única conclusão material relevante para estudo científico das
ciências biomédicas.

- Sendo assim, a antropologia da saúde promove tensionamentos no trato do


conhecimento sobre o processo de saúde e doença acometido aos corpos vivos da
sociedade contemporânea, a partir de legitimar o discurso dos sujeitos, de forma que
a posse sobre as suas narrativas sejam agregadas de forma interdisciplinar à
produção científica, de maneira que transformem o conhecimento científico
hegemônico da biologia consolidado até os dias atuais, em novas formas de abarcar
a experiência complexa e acometida por fatores múltiplos, que extrapolam o deferido
como relevante pela academia biomédica.

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