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Senai - Desenho Técnico - 2024

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Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Serviço Nacional de

Aprendizagem Industrial de
Santa Catarina
DESENHO TÉCNICO MECÂNICO

ELIZEU FERREIRA DOS SANTOS


Desenho Técnico
Definição de Desenho Técnico
• é uma forma de expressão gráfica que
tem por finalidade a representação de
forma, dimensão e posição de objetos de
acordo com as diferentes necessidades
requeridas pelas diversas modalidades de
engenharia e também da arquitetura.
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Razão e importância
• Recebendo a descrição verbal da peça
• Recebendo uma fotografia da peça
• Recebendo um modelo da peça
• Recebendo um desenho da peça
Desenho Técnico
• Recebendo a descrição verbal da peça
Desenho Técnico
• Recebendo uma fotografia da peça
Desenho Técnico
• Recebendo um modelo da peça
Desenho Técnico
• Recebendo um desenho da peça
Desenho Técnico
A Origem do Desenho Técnico
• Conforme histórico feito por HOELSCHER,
SPRINGER E DOBROVOLNY (1978) um dos
exemplos mais antigos do uso de planta e
elevação está incluído no álbum de
desenhos na Livraria do Vaticano
desenhado por Giuliano de Sangalo no
ano de 1490.
Desenho Técnico
• Século XVIII, o sistema criado por Gaspar
Monge, publicado em 1795 com o título
“Geometrie Descriptive” é a base da
linguagem utilizada pelo Desenho Técnico.
• No século XIX, com a explosão mundial do
desenvolvimento industrial, foi necessário
normalizar a forma de utilização da
Geometria Descritiva para transformá-la
numa linguagem gráfica que, a nível
internacional, simplificasse a comunicação e
viabilizasse o intercâmbio de informações
tecnológicas.
Desenho Técnico
• A Comissão Técnica TC 10 da International
Organization for Standardization – ISO
normalizou a forma de utilização da
Geometria Descritiva como linguagem
gráfica da engenharia e da arquitetura,
chamando-a de Desenho Técnico.
Desenho Técnico
O Desenho Técnico e a Engenharia
• Nos trabalhos que envolvem os
conhecimentos tecnológicos de
engenharia, a viabilização de boas idéias
depende de cálculos exaustivos, estudos
econômicos, análise de riscos etc. que, na
maioria dos casos, são resumidos em
desenhos que representam o que deve ser
executado ou construído ou apresentados
em gráficos e diagramas que mostram os
resultados dos estudos feitos.
Normas para Desenho Técnico

American Deutsches Society of


Society Institut für Automotive
for Testing and Normung Engineers
Materials
Normas para Desenho Técnico
• NBR 6158 – Sistemas de tolerâncias e ajustes;
• NBR 6409 – Tolerâncias geométricas;
• NBR 8196 – Emprego de escalas;
• NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos;
• NBR 10068 – Folha de desenho;
• NBR 10126 – Cotagem de desenhos técnicos;
• NBR 13142 – Dobramento de cópias;
• NBR 14646 – Tolerâncias geométricas;
• NBR 10067 – Princípios gerais de representação de desenho técnico;
• NBR 10582 – Apresentação da folha de desenho técnico;
• NBR 12298 – Representação de Area de corte;
• NBR ISO 2768-1 – Tolerâncias gerais;
Desenho Técnico
Folha de desenho layout e dimensões
(NBR10068)
• Objetivo é padronizar as dimensões das
folhas utilizadas na execução de desenhos
técnicos e definir seu layout com suas
respectivas margens e legenda.
Desenho Técnico
• Os tamanhos das folhas seguem os Formatos
da série “A”, e o desenho deve ser
executado no menor formato possível,
desde que não comprometa a sua
interpretação.
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Caligrafia Técnica
• Na maior parte das legendas dos
desenhos técnicos empregam-se letras de
traço simples, de rápida execução e bem
legíveis. O traçado destas letras pode ser
vertical ou com inclinação para a direita
de 65 a 75º com a horizontal, executado à
mão livre ou com auxílio de instrumentos.
Desenho Técnico
Caligrafia Técnica

• Correto posicionamento e traçado com a


lapiseira.
Desenho Técnico
Caligrafia Técnica
• As letras e os algarismos normalizados,
verticais e inclinados, são mostrados a seguir.
Desenho Técnico
Figuras Geométricas
• Tudo ao nosso redor tem forma, tamanho
e características próprias.
• As figuras geométricas foram criadas a
partir da observação das formas existentes
na natureza e dos objetos criados pelo
homem.
Figuras Geométricas
• Ponto – é a figura geométrica mais simples.
No desenho o ponto é representado pelo
cruzamento de linhas, para identifica-lo
usa-se letras do alfabeto latino.
Figuras Geométricas
• Linha – a linha tem apenas uma dimensão,
o comprimento. Você pode imaginar a
linha como um conjunto infinito de pontos
dispostos sucessivamente.
• Linha reta ou reta – a reta é ilimitada, não
tem inicio e nem fim, são identificadas por
letras minúsculas.
Figuras Geométricas
• Semi-reta – tomando um ponto qualquer de
uma reta e dividindo em duas chamamos de
semi-retas. As semi-retas tem um ponto de
origem, mas não tem fim.
Figuras Geométricas
• Plano – é formado por um conjunto de
retas dispostas sucessivamente numa
mesma direção ou como o resultado do
deslocamento numa mesma direção.
Figuras Geométricas
Figuras Geométricas
Figuras Geométricas Planas

• Uma figura qualquer é plana quando


todos os seus pontos se situam no mesmo
plano.
Figuras Geométricas Planas
Figuras Geométricas Planas
Sólidos Geométricos
• O solido geométrico tem pontos em
diferentes planos. Os sólidos geométricos
tem três dimensões: comprimento, largura
e altura.
Sólidos Geométricos
• Prisma – é um sólido geométrico limitado
por polígonos. Ele é constituído por vários
elementos.
Sólidos Geométricos
• Pirâmide – também é um sólido
geométrico limitado por polígonos. O
nome da pirâmide e o numero de faces
depende do polígono de sua base.
Sólidos de Revolução
• Os sólidos de revolução, são assim
chamados por serem formados pela
rotação de figuras planas em torno de um
eixo.
• Os principais sólidos de revolução são o
cilindro, o cone e a esfera.
Sólidos de Revolução
• Cilindro – é um sólido geométrico, limitado
lateralmente por uma superfície em curva.
Sólidos de Revolução
• Cone – também é um sólido geométrico,
limitado lateralmente por uma superfície
em curva.
Sólidos de Revolução
• Esfera – é um sólido geométrico limitado
por uma superfície em curva chamada
superfície esférica.
Desenho Técnico
• Tipos de Linhas
• De acordo com a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), são as seguintes
as linhas básicas recomendadas para o
desenho técnico, segundo norma NBR
8403/1984.
Desenho Técnico
Linha para arestas e contornos visíveis
• É contínua larga e indica todas as partes
visíveis do objeto, determinando-lhe o
contorno.
Desenho Técnico
Linha para arestas e contornos não visíveis
• Para ser bem compreendido, o desenho
deve apresentar linhas mostrando todas as
arestas e interseção das superfícies de
uma peça.
• Muitas destas linhas não são visíveis para o
observador porque estão encobertas por
outras partes da peça.Para a indicação
destas partes não visíveis, usa-se uma linha
tracejada estreita.
Desenho Técnico
• Linha para arestas e contornos não visíveis
Desenho Técnico
Linhas de centro e eixo de simetria
• Trata-se de uma linha estreita, formada por
traços e pontos alternados.
Desenho Técnico
Linha Auxiliar
• Uma linha contínua e estreita, auxiliar para a
linha de cota.
Desenho Técnico
Linha de cota
• Trata-se de uma linha estreita e contínua
limitada por flechas agudas. Em casos
especiais, usam-se pontos ou traços no
lugar das flechas. As pontas das flechas
devem tocar as linhas auxiliares.
Desenho Técnico
Linha de cota
Desenho Técnico
Identificação de vistas
• Uma peça que estamos observando ou
mesmo imaginando, pode ser desenhada
(representada) num plano. A essa
representação gráfica se dá o nome de
“Projeção”.
Desenho Técnico
Identificação de vistas
• O plano é denominado “plano de
projeção” e a representação da peça
recebe, nele, o nome de projeção.
• Podemos obter as projeções através de
observações feitas em posições
determinadas. Podemos então ter várias
“vistas” da peça.
Desenho Técnico
Identificação de vistas
Desenho Técnico
Vista Frontal
• Para representar a caixa vista de frente,
consideramos um plano vertical e vamos
representar nele esta vista.
Desenho Técnico
Vista Superior
• O observador quer representar a caixa,
olhando-a por cima.
• Então usará um plano, que
denominaremos de plano horizontal, e a
projeção que representa esta “vista de
cima” será denominada projeção
horizontal vista de cima ou planta.
Desenho Técnico
Vista Superior
Desenho Técnico
Vista Lateral
• O observador poderá representar a caixa,
olhando-a de lado. Teremos uma vista
lateral, e a projeção representará uma vista
lateral que pode ser da direita ou da
esquerda.
Desenho Técnico
Vistas Principais
• O desenho pode ter até seis vistas;
entretanto, uma peça deve ser
representada por um número de vistas
essenciais para representá-la a fim de que
possamos entender qual é a forma e quais
as dimensões da peça. Estas vistas são
chamadas de “vistas principais”.
Desenho Técnico
Vistas Principais
• As três vistas, frontal, superior e vista lateral
esquerda, dispostas em posições
normalizadas pela ABNT nos dão as suas
projeções.
• A vista frontal e a vista superior alinham-se
verticalmente.
• A vista frontal e a vista de lado alinham-se
horizontalmente.
Desenho Técnico
Vistas Principais
• Finalmente, temos a caixa de fósforos
desenhada em três projeções.
Desenho Técnico
• Por esse processo podemos desenhar
qualquer peça.
Desenho Técnico
Exemplos
Desenho Técnico
Exemplos
Desenho Técnico
Exemplos
Desenho Técnico
Exemplos
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Cotas
• tem por objetivos principais determinar o
tamanho e localizar exatamente os detalhes
da peça.
Desenho Técnico
Para cotagem de um desenho são necessários
três elementos:
- Linhas de cota.
- Linhas de extensão.
- Valor numérico da cota.
Desenho Técnico
Regras de cotagem.
• Em desenho técnico normalmente a
unidade de medida é o milímetro, sendo
dispensada a colocação do símbolo junto
ao valor numérico da cota.
• Se houver o emprego de outra unidade,
coloca-se o respectivo símbolo ao lado do
valor numérico, conforme indicado na
figura a seguir.
Desenho Técnico
Desenho Técnico
• As cotas devem ser colocadas de modo
que o desenho seja lido da esquerda para a
direita e de baixo para cima, paralelamente
à dimensão cotada.
Desenho Técnico
• Cada cota deve ser indicada na vista que
mais claramente representar a forma do
elemento cotado.
• Devemos evitar a repetição de cotas.
Desenho Técnico
• As cotas devem ser colocadas dentro ou
fora dos elementos que representam,
atendendo aos melhores requisitos de
clareza e facilidade de interpretação.
Desenho Técnico
• Devemos evitar o cruzamento das linhas de
extensão com as linhas de cota.
• As linhas de extensão são traçadas
perpendicularmente à dimensão cotada.
• Em casos particulares, podem ser traçadas
obliquamente, porém conservando o
paralelismo entre si.
Desenho Técnico
• Evite a colocação de cotas inclinadas nos
espaços inclinados a 30º conforme
indicados na figura a seguir.
Desenho Técnico
• Não utilize as linhas de centro e eixos de
simetria como linhas de cota. Elas não
devem substituir as linhas de extensão.
Desenho Técnico
• Utilize a cotagem por meio de faces de
referência (face A e B), conforme ilustrado
na figura abaixo.
Desenho Técnico
• A cotagem de círculos é feita indicando o
valor do seu diâmetro por meio dos recursos
apresentados nas figuras abaixo, que são
utilizados conforme o espaço disponível no
desenho.
Desenho Técnico
Desenho Técnico
• Para cotar em espaços reduzidos, colocamos
as cotas como nas figuras abaixo:
Desenho Técnico
Símbolos e convenções
• A ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas), em suas normas NB-8 e NB-13,
recomenda a utilização dos símbolos
abaixo, que devem ser colocados sempre
antes dos valores numéricos das cotas.
Desenho Técnico
Desenho Técnico
• Quando na vista cotada for evidente que se
trata de diâmetro ou quadrado, os
respectivos símbolos podem ser dispensados.
Desenho Técnico
Hachuras
• São linhas finas paralelas utilizadas para
representar a parte cortada de uma peça.
Todos os cortes executados devem sempre
conservar o mesmo tipo de representação
de hachura.
Desenho Técnico
• Nos desenhos de conjunto, peças
adjacentes devem figurar com hachuras
diferindo pela direção ou pelo
espaçamento.
Desenho Técnico
Cortes
• São utilizados para facilitar a interpretação
de detalhes internos que, através das vistas
convencionais, seriam de difícil
entendimento para execução.
Desenho Técnico
• Se empregamos o corte, tais detalhes
internos passarão a ficar visíveis. Imaginemos
que uma peça seja cortada no sentido
longitudinal e a parte da frente seja retirada.
Na projeção, teremos a elevação em corte.
Desenho Técnico
Desenho Técnico
• Agora a peça é cortada no sentido
transversal.
• Na representação, teremos a vista lateral
em corte.
Desenho Técnico
• A peça foi cortada por um plano horizontal, e a
parte de cima foi retirada.
• Na representação teremos a planta em corte.
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Tipos de Corte
Corte Total
• Ocorre quando a peça é cortada em toda
sua extensão. Deve ficar claro que, para o
traçado da vista em corte, imaginamos
retirada a parte da peça que impedia a
visão.
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Meio Corte
• Quando uma peça é simétrica, não há
necessidade de empregarmos o corte
total para mostrar seus detalhes internos.
• Podemos utilizar o “meio corte” mostrando
a metade da peça em corte, com seus
detalhes internos, e a outra metade em
vista externa, conforme os exemplos
abaixo.
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Corte Parcial
• Corte parcial é o corte utilizado para
mostrar apenas uma parte interna do
objeto ou peça, possibilitando esclarecer
pequenos detalhes internos sem
necessidade de recorrer ao corte total ou
meio corte.
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Seções
• As seções indicam, de modo prático e
simples, o perfil ou parte de peças, evitando
vistas desnecessárias que nem sempre
identificam a peça.
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Rupturas
• Rupturas são representações
convencionais utilizadas para o desenho
de peças que, devido ao seu
comprimento, necessitam ser encurtadas
para melhor aproveitamento de espaço
no desenho. De acordo com a sua forma,
obedecem as convenções abaixo.
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Omissão de Corte
• Nervuras e braços de peças não são
atingidos pelo corte no sentido longitudinal,
conforme os exemplos:
Desenho Técnico
• Nos desenhos de conjunto, eixos, pinos,
rebites, chavetas, parafusos e porcas
também não são considerados cortados
quando atingidos prelo corte no sentido
longitudinal, conforme os exemplos:
Desenho Técnico
Corte em Desvio
• A direção do corte, normalmente, passa
pelo eixo principal da peça, mas pode
também, quando isso se fizer necessário,
mudar de direção (corte em desvio), para
passar por detalhes situados fora do eixo e
que devem ser mostrados em corte.
Desenho Técnico
• A mudança de direção do corte é feita
mediante dois traços grossos em ângulo.
Desenho Técnico
Escala
• É a razão existente entre as medidas no
papel de desenho e as medidas reais do
objeto.
Desenho Técnico
• Para facilitar a interpretação da relação
existente entre o tamanho do desenho e o
tamanho real do objeto, pelo menos um
dos lados da razão sempre terá valor
unitário, que resulta nas seguintes
possibilidades:
• 1 : 1 – Escala Natural
• 1 : n > 1 – Escala de Redução
• n > 1 : 1 – Escala de Ampliação
Desenho Técnico
• A norma NBR 8196 da ABNT recomenda,
para o Desenho Técnico, a utilização das
seguintes escalas:
Desenho Técnico
Indicação de Estado de Superfície
• Acabamento é o grau de rugosidade
observado na superfície da peça. As
superfícies apresentam-se sob diversos
aspectos, a saber:
• bruto,
• desbastadas,
• alisadas,
• polidas;
Desenho Técnico
Superfície em bruto
• É aquela que não é usinada, mas
limpa com a eliminação de rebarbas e
saliências.
Superfície desbastada
• É aquela em que os sulcos deixados
pela ferramenta são bastante visíveis,
ou seja, a rugosidade é facilmente
percebida.
Desenho Técnico
Superfície alisada
• É aquela em que os sulcos deixados pela
ferramenta são pouco visíveis, sendo a
rugosidade pouco percebida.
Superfície polida
• É aquela em que os sulcos deixados pela
ferramenta são imperceptíveis, sendo a
rugosidade detectada somente por meio
de aparelhos.
Desenho Técnico
Rugosidade
• Com a evolução tecnológica houve a
necessidade de se aprimorarem as
indicações dos graus de acabamento de
superfícies.
• Com a criação de aparelhos capazes de
medir a rugosidade superficial em µm
(micrometro; 1µm = 0,001mm), as
indicações dos acabamentos de
superfícies passaram a ser representadas
por classes de rugosidade.
Desenho Técnico
• Os graus de acabamento das
superfícies são representados pelos
símbolos indicativos de rugosidade
normalizados pela norma NBR 8404 da
ABNT, baseada na norma ISO 1302.
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Desenho Técnico
Desenho Técnico
TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA

As tolerâncias geométricas podem ser definidas


como variações permissíveis dos limites dentro dos
quais os desvios ou erros de forma e posição
devem estar compreendidos sem prejudicar o
funcionamento de uma peça ou equipamento.

Isso ocorre por que durante o processo de


fabricação, podem acontecer erros que fazem
com que os planos não sejam tão planos, as retas
não sejam tão retas e os círculos não sejam tão
círculos.
TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA

• De acordo com a norma NBR 6409, as


tolerâncias geométricas podem ser de forma,
orientação, posição e de batimento. Ela
também determina os símbolos, definições e
indicações em desenho.

• Devem ser utilizadas quando as tolerâncias


dimensionais não foram suficientes para a
total compreensão das necessidades do
projeto, quando houver processos de
fabricação e disponibilidade de
equipamentos e quando os custos de
fabricação forem compatíveis com as
necessidades do produto.
DESVIOS GEOMÉTRICOS

Podem ser causados por:


• Material da peça
• Meio de medição
• Máquina ferramenta
• Mão de obra
• Meio ambiente
TOLERÂNCIAS DE FORMA

• Estão relacionados aos


desvios na geometria de
uma peça, quando não
se especifica um valor de
tolerância, admite-se que
ela pode variar, desde
que não ultrapasse os
limites previstos pela
tolerância dimensional.
Tolerância de Retilinidade

• Uma linha indicada deve


estar situada entre duas
retas paralelas, distanciadas
uma da outra pelo valor da
tolerância.
• Um cilindro deve estar
compreendido em uma
zona cilíndrica especificada.
Desvios de Planeza
• Condição na qual toda superfície deve
estar limitada pela zona de tolerância “t”
compreendida entre dois planos
paralelos.
Desvio de Circularidade
• Circularidade é uma condição na qual
um circulo deve estar compreendido
entre dois círculos concêntricos distantes
distanciados um do outro pelo valor de
tolerância especificado.
Desvio de Cilindricidade
• Condição pela qual a zona de tolerância
especificada é a distancia radial entre
dois eixos coaxiais.
Forma de um perfil qualquer

• O campo de tolerância é especificado por


duas linhas envolvendo círculos cujos
diâmetros sejam iguais as tolerâncias
especificadas.
Forma de uma superfície qualquer

• O campo de tolerância é limitado por duas


superfícies envolvendo círculos cujos
diâmetros sejam iguais a tolerância
especificada.
TOLERÂNCIA GEOMETRICA DE ORIENTAÇÃO

Esse tipo de tolerância se torna necessária


quando há interação entre dois ou mais
elementos, assim pode-se determinar a
orientação precisa de um em relação ao
outro.
são consideradas desprezíveis as diferenças
de forma, medindo apenas o erro entre os
elementos.
Desvio de Paralelismo
• Paralelismo é uma condição de uma linha ou
superfície ser equidistante em todos os pontos do
plano de um plano ou eixo de referencia.
• Na tolerância de paralelismo o eixo do furo
superior deve estar compreendido dentro de uma
zona cilíndrica de diâmetro definido pelo valor da
tolerância e paralelo ao eixo do furo inferior
Perpendicularidade
• O campo de tolerância é limitado por dois
planos paralelos, perpendiculares à reta
de referencia.
Inclinação
• O plano ou a reta deve situar-se entre planos
distanciados pelo valor da tolerância e
inclinados de acordo com o plano de
referencia e a especificação do desenho.
TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA DE POSIÇÃO

• A tolerância de posição estuda a relação


entre dois ou mais elementos, estabelecendo
um valor permissível de variação em relação
à sua posição no desenho.
• As tolerâncias de posição devem ser
indicadas sempre em relação a uma
superfície de referência na peça.
DESVIO DE LOCALIZAÇÃO
• A tolerância para o desvio de localização é expressa
como um cilindro concêntrico ao furo da peça
CONCENTRICIDADE
• Concentricidade é a condição na qual os
eixos de duas ou mais figuras geométricas,
são coincidentes.
• Ha sempre uma variação de do eixo de
simetria de uma das figuras em relação a
um outro eixo tomado como referencia,
isso chama-se excentricidade.
DESVIO DE SIMETRIA
• A tolerância de simetria é semelhante à
posição de um elemento, porem não
leva em cinta o grandeza do elemento,
o campo de tolerância é formado por
duas retas ou dois planos paralelos.
DESVIO DE COAXILIDADE

• A tolerância de
Coaxilidade de
uma reta em
relação á outra,
é definida por
um cilindro de
raio t, tendo
como geratriz a
reta de
referencia
BATIMENTO
• Variação nas formas e posições de sólidos
de revolução provocando erros como
ovalização, conicidade e excentricidade.
TOLERÂNCIA DIMENSIONAL
 É muito difícil executar peças com dimensões
exatas porque todo processo de fabricação
está sujeito a imprecisões.
Sempre acontecem desvios nas cotas
indicadas nos desenhos.
Entretanto, é necessário que peças
semelhantes, sejam intercambiáveis, sem que
haja necessidade de reparos e ajustes.
As medidas das peças podem variar, dentro
de certos limites para mais ou para menos,
sem que isto prejudique a qualidade.
Esses desvios aceitáveis caracterizam o que
chamamos de tolerância dimensional.
O QUE É TOLERÂNCIA DIMENSIONAL

 As cotas indicadas no desenho técnico


são chamadas de dimensões nominais.
E como já foi dito é impossível executar as
peças com os valores exatos dessas
dimensões, isso porque as peças são
submetidas aos processos de fabricação
os quais estão responsáveis por falhas e
imprecisões, então, procura-se determinar
desvios, dentro dos quais a peça possa
funcionar corretamente. Esses desvios são
chamados de afastamentos.
AFASTAMENTOS
 Os afastamentos são desvios aceitáveis
das dimensões nominais, para mais ou
menos, que permitem a execução da
peça sem prejuízo para seu
funcionamento e intercambialidade.
TOLERÂNCIA
 Tolerância é a variação entre a dimensão
máxima e a dimensão mínima. Para obtê-la,
calculamos a diferença entre uma e outra
dimensão. Acompanhe o cálculo da
tolerância, no próximo exemplo:
AJUSTES
Eixos e furos de formas variadas podem
funcionar ajustados entre si.
Dependendo da função do eixo, existem
várias classes de ajustes.
AJUSTES
 Se o eixo se encaixa no furo de
modo a deslizar ou girar livremente,
temos um;

 Se encaixa no furo com certo


esforço, de modo a ficar fixo, temos;

 Em situações em que o eixo pode se


encaixar no furo com folga ou com
interferência, temos:
AJUSTE COM FOLGA
Ajuste com folga:
Quando o afastamento
superior do eixo é menor
ou igual ao afastamento
inferior do furo, temos um
ajuste com folga.

Dimensão nominal (eixo e furo): 25 mm.


A dimensão máxima do eixo é: 25 mm - 0,20 mm = 24,80 mm;
A dimensão mínima do furo é: 25,00 mm - 0,00 mm = 25,00 mm.
A folga é 25,00 mm - 24,80 mm = 0,20 mm.
AJUSTE COM INTERFERÊNCIA

O afastamento
superior do furo é
menor ou igual ao
afastamento inferior
do eixo.

O afastamento superior do furo é : + 0,21 mm


O afastamento inferior do eixo é: + 0,28 mm.
Exemplo: A peça pronta ficou com as seguintes medidas
efetivas: Eixo com Ø25,28 mm e furo com Ø25,21 mm.
A interferência corresponde a: 25,28 mm - 25,21 mm = 0,07
mm.
AJUSTE INCERTO

 É o ajuste intermediário.
O afastamento superior
do eixo é maior que o
afastamento inferior do
furo, e o afastamento
superior do furo é maior
que o afastamento
inferior do eixo.

 Não sabemos, de antemão, se as peças acopladas vão


ser ajustadas com folga ou com interferência. Isso vai
depender das dimensões efetivas do eixo e do furo.
Sistema de tolerância e ajustes ABNT/ISO
 A norma brasileira prevê 18 qualidades de trabalho.
As qualidades são identificadas pelas letras: IT seguidas de
numerais.
A cada uma delas corresponde um valor de tolerância.

É o caso dos calibradores, que peças isoladas, que não


são instrumentos de alta precisão. requerem grande precisão

Peças que funcionam acopladas a outras.


Se forem eixos -> entre IT 4 e IT 11
Se forem eixos -> entre IT 5 e IT 11.
Sistema de tolerância e ajustes ABNT/ISO

 Nos desenhos técnicos, a qualidade de trabalho


vem indicada apenas pelo numeral, sem o IT. Antes
do numeral vem uma ou duas letras, que
representam o campo de tolerância no sistema ISO.
Veja um exemplo.

A dimensão nominal da cota


é 20 mm.
A tolerância é indicada por
H7.
Campos de tolerância ISO

Os campos de tolerâncias das duas peças

Os campos de
tolerância para eixo
são representados por
letras minúsculas, e
os furos por letra
maiúscula conforme
a ilustração.
Campos de tolerância ISO
• O sistema ISO estabelece 28 campos de
tolerâncias, identificados por letras do
alfabeto latino. Cada letra está associada a
um determinado campo de tolerância.

• Eixos;

• Furos.
Campos de tolerância ISO

Sistema furo -base

Entre os dois
sistemas, o
Sistema eixo -base furo-base é
o que tem
maior
aceitação.
Interpretação de tolerâncias
no sistema ABNT/ISO
A letra H representa tolerância
de furo padrão; o número 7
indica a qualidade de trabalho,
que no caso corresponde a uma
mecânica de precisão.
Interpretação de tolerâncias
no sistema ABNT/ISO

Superior = – 9µm = - 0,009mm.


Inferior = - 25 µm = - 0,025mm.
Interpretação de tolerâncias
no sistema
A tolerância do furo é J7 e a
tolerância do eixo é h6. O h indica
que se trata de um ajuste no sistema
eixo-base.
TOLERÂNCIA
DIMENSIONAL
 Forma
 Posição
 Orientação
 Batimento
Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial de Santa Catarina
Rodovia Admar Gonzaga, 2765
Itacorubi - 88034-001 - Florianópolis, SC

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