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A Carta de Bolonha

A Carta de Bolonha é o documento mais antigo da Maçonaria, datado de 1248. Foi redigido em latim e registrava a estrutura hierárquica da associação de construtores de Bolonha. Incluía uma lista de 371 membros de 1272, incluindo nobres e clérigos, indicando a transição da Maçonaria operativa para a especulativa no século XIII. A Carta apoia a teoria de que a Maçonaria tem origens anteriores aos templários e à Revolução Francesa.

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A Carta de Bolonha

A Carta de Bolonha é o documento mais antigo da Maçonaria, datado de 1248. Foi redigido em latim e registrava a estrutura hierárquica da associação de construtores de Bolonha. Incluía uma lista de 371 membros de 1272, incluindo nobres e clérigos, indicando a transição da Maçonaria operativa para a especulativa no século XIII. A Carta apoia a teoria de que a Maçonaria tem origens anteriores aos templários e à Revolução Francesa.

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A CARTA DE BOLONHA

Kennio Ismail

O mais antigo documento comprovadamente maçônico no mundo é


conhecido como “Carta de Bolonha” e data de 1248. Seu nome
original é “Statuta et Ordinamenta Societatis Magistrorum Tapia et
Lignamilis”. Foi redigido originalmente em latim por um escrivão
público, sob ordem do Prefeito de Bolonha, Bonifaci di Cario, no dia
08 de Agosto de 1248. Em seu conteúdo fica claro que essa
Maçonaria Operativa Italiana já era tradicional, antiga, contendo
sólida estrutura e hierarquia, bem anterior à data de registro da Carta.

Reflitamos: Bolonha fica a pouco mais de 300Km de distância de


Roma. Há alguma razão para duvidarmos de que essa antiga
Associação de Construtores de Bolonha seja a evolução de uma das
principais Guildas Romanas?

A Carta de Bolonha é anterior em 142 anos ao “Poema Regius”


(1390), 182 anos ao “Manuscrito de Cooke” (1430), 219 anos ao
“Manuscrito de Estrasburgo” reconhecido no Congresso de
Ratisbona de 1459 e autorizado pelo Imperador Maximiliano em
1488, e 59 anos ao “Preambolo Veneziano dei Taiapiera” (1307).
Todos esses documentos maçônicos antigos não somente
comprovam a existência da Maçonaria Operativa e sua evolução
histórica, mas principalmente sua evolução social, incluindo a
atenção especial de reis e o interesse crescente de intelectuais e
nobres.

A Carta possui anexos. Entre eles, conserva-se uma “lista de


matrícula” registrada em 1272, que contém 371 nomes de Mestres
Maçons (Maestri Muratori), dos quais 2 eram escrivães públicos,
outros 2 eram freis e 6 eram nobres. Essa é a prova histórica mais
clara de que, em pleno século XIII, a transformação da Maçonaria de
Operativa em Especulativa já estava iniciada.

A existência desses e de outros documentos antigos descartam


completamente as teorias de que a Maçonaria teria nascido com o
fim da Ordem dos Templários ou quando da Revolução Francesa ou
mesmo com o Iluminismo. Os documentos comprovam que a
Maçonaria é bem anterior ao século XIII e reforçam a teoria da origem
egípcia, aprendida pelos judeus quando em cativeiro no Egito, e
espalhada ao mundo quando os descendentes desses estavam sob
domínio e influência romana, incorporados nas Guildas.

A “Carta de Bolonha” confirma o texto das Constituições de


Anderson, 1723, quando Anderson diz tê-las redigido após consultar
antigos estatutos e regulamentos da Maçonaria Operativa da Itália,
Escócia e Inglaterra. Revisando o texto do “Statuta et ordinamenta
societatis magistrorum tapia et lignamiis”, não resta a menor dúvida
de que este foi um dos estatutos e regulamentos consultados por
Anderson para redigir a Constituição da nossa Maçonaria
Especulativa.

O documento anexo à Carta, datado de 1257, informa ainda que foi


decidida a separação entre os “Mestres do Muro” e os “Mestres da
Madeira”, que até então eram uma única Corporação, mas separados
desde antes nos trabalhos das correspondentes Assembléias tendo,
porém, os mesmos Chefes. Esse é um fortíssimo indício de quando
e como surgiu a Maçonaria Carbonária.

Fica evidente que a Carta de Bolonha é um dos documentos


históricos mais importantes da nossa Sublime Instituição, e fica mais
do que comprovada a presença dos “Aceitos” na Maçonaria dos
“Antigos e Livres” a pelo menos 800 anos atrás.

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