PT97463B

PT97463B - Saco de gas para sistemas com saco de ar

Info

Publication number: PT97463B
Application number: PT97463A
Authority: PT
Inventors: Martin Kreuzer; Frank Barrenschenn
Original assignee: Mst Automotive Gmbh
Priority date: 1990-04-25
Filing date: 1991-04-24
Publication date: 1998-11-30
Also published as: US5178408A; EP0454213B1; DE59103521D1; ES2063434T3; JP2985978B2; BR9101652A; PT97463A; CA2040938A1; DE4026374A1; JPH04228339A; MX171499B; KR910018241A; EP0454213A1

Description

A presente invenção refere-se a ura saco de gás para sistemas com saco de ar, feito de um tecido de fios de material sintético com ligamento de tecido de linho.

No caso de um choque frontal ou no caso de acidentes com pequenos ângulos de desvio (inferiores a cerca de 30°) com a direcção do choque, que representam em conjunto mais de 60% dos tipos de acidentes mais frequentes, e para velocidades superiores a 18 Km/h, o sistema de saco de ar colocado na parte dianteira e/ou no habitáculo dos passageiros desenvolve a sua acção de protecção. No caso de um choque possível num obstáculo maciço, respondem os absorvedores de aceleraçao do sistema de saco de ar. Após o primeiro contacto (instante T = 0 ms) o ocupante do automóvel começa, devido à sua inércia de massa, a escorregar para a frente, com um certo atraso. Após 10 ms, começa, por sua vez, o saco de gás a encher-se, ligando-se a corrente de ignição no inflamador do gerador de gás que, por sua vez faz a ignição da pastilha de ignição e portanto da mistura combustível. Depois da purificação e do arrefecimento, o gás chega ao saco de gás. Após 40 a 50 ms, a parte superior do corpo do ocupante atinge o saco de gás, agora completamente cheio, sendo o seu tempo enchimento

completo de cerca de 30 ms. Através de aberturas de saída no lado traseiro do saco de gás pode imediatamente escapar-se o gás de novo, de uma maneira precisamente definida, sendo o corpo recebido de maneira suave e sem forças de ressalto. As pressões então desenvolvidas no saco de gás são uma sobrepressão de 0,4 a 2,7 bar.

O saco de gás para sistemas de saco de ar ê constituído, em geral, por um tecido de poliamida, revestido interiormente com borracha butílica, para garantir a necessária estanqueidade aos gases do tecido. A fim de que o saco de gás dobrado e fechado durante pelo menos 10 anos mantenha a sua completa funcionalidade, é necessário polvilhar a sua face interior com pó de talco, para evitar a colagem da camada de borracha butílica. Em caso de choque, as partículas de talco, bem como eventuais partículas da camada de borracha butílica e partículas provenientes da combustão da mistura combustível são sopradas através das aberturas de saída do saco de gás para o compartimento do passageiro, de modo que entra neste último uma quantidade considerável de sujidades e resulta um incómodo para os ocupantes do automóvel.

Pode prescindir-se da utilização do pó de talco se se revestir a face interior do saco de gás com uma camada de silicone. Mas também neste caso é necessário prever a colocação de aberturas de escoamento para o exterior na face traseira do saco de gás, através das quais possam sair as partículas provenientes da combustão da mistura combustível, bem como da camada

de silicone para o habitáculo do automóvel.

As partículas sólidas que saem do gerador de gás possuem uma dimensão dos grãos de 3 a 9 micrómetros, cuja distribuição corresponde à distribuição de Gauss.

Foi recentemente dado a conhecer um saco de gás, pela patente de invenção EP-A-0 314 867, para sistemas de saco de ar constituído por um tecido de fios de material plástico com armação sobressaturada do tecido, sendo o tecido encolhido, termofixado e calandrado a uma temperatura situada entre 60 e 250°C, sob uma pressão situada entre 10 e 100 t e com uma velocidade de passagem situada entre 5 e 25 m/minuto. O tecido possui um ligamento de tecido de linho com 34 fios de teia/cm e 16 fios de trama/cm, cada um de 470 dtex. Por meio do encolhimento, da termofixação e da calandragem, o tecido torna-se tão impermeável que é praticamente impermeável aos gases. Pode portanto prescindir-se de um revestimento da face interior do tecido. Abstraindo do facto de que o encolhimento, a termofixação e a calandragem do tecido estão associados a um custo não desprezável, no caso de sacos de gás feitos com um tal tecido, sao necessárias aberturas de saída na face traseira, através das quais possam sair as partículas sólidas resultantes da combustão da mistura combustível para o habitáculo do automóvel.

O objecto da presente invenção consiste em preparar um saco de gás para os sistemas de sacos de ar com o tipo de tecido descrito inicialmente, através de cujo tecido o gás se escapa de uma maneira definida, mas que retêm as partículas sólidas

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provenientes da combustão da mistura combustível do gerador de gás.

A solução deste problema consiste no facto de o tecido de fios com 470 dtex, ou inferiores, de preferência entre 235 e 470 dtex, ser constituído por 16 a 23 fios/cm, com coeficiente de contracção reduzido, na parte inferior do saco de gás e que podem dilatar-se na parte superior do saco de gás. Os fios com coeficiente de contracção reduzido apresentam respectivamente um encolhimento residual de, no máximo, 3 %.

No campo da forma de realização preferida, o tecido da parte inferior do saco é constituído por 12 a 19, de preferência 16 a 18,5 fios/cm e o tecido da parte superior do saco por 21 a 23,5 fios/cm.

Quando do enchimento do saco com os gases, devido à inflamação da mistura combustível, os fios do tecido distendem-se de modo tal que o tecido fica primeiramente totalmente vedado, relativamente às partículas solidas resultantes da combustão da mistura combustível. Depois do enchimento do saco de gás, o tecido é alargado de maneira definida pela pressão do gás, de modo que se formam aberturas entre os fios individuais, que permitem uma corrente de saída definida do gás para fora do saco de gás depois do choque do corpo do ocupante do veículo, de modo que a parte superior do seu corpo que se encosta ao saco .é recebida suavemente e sem grandes forças de ressalto.

Conforme o volume do saco de gás desdobrado, a permeabilidade aos gases do tecido pode ajustar-se por meio de variaçao

da densidade do tecido entre 20 e 80 litros/dm , para uma depressão de 5 mbar, e portanto conforme o tipo do automóvel.

Uma forma de realização completamente particular do saco de gás consiste em que o tecido da parte inferior do saco de gás é constituído por 17,5 fios de teia/cm e 17,1 fios de trama/cm. Neste caso, o tecido da parte inferior do saco de gás apresenta 22,8 fios de teia/cm e 20,8 fios de trama/cm.

Os fios de material plástico da parte superior do saco possuem um alongamento de 20 a 30 %.

Mas é também possível que a parte superior do saco seja constituída por um tecido com ajustamento sobressaturado, encolhido, termofixado e calandrado. Uma forma de realização especial para a acção pretendida do saco de gás consiste em que o tecido da parte inferior do saco e o da parte superior estejam colocados desfasados mutuamente de 45°.

A ligaçao das duas partes do saco faz-se por costura, colagem ou soldadura.

A presente invenção está representada, a título de exemplo, no desenho anexo e, com base deste desenho, vai ser descrita com mais pormenor. As figuras representam:

A fig. 1, uma secção de um tecido para sacos de gás constituído por 17,5 fios de teia/cm (direcção X) e 17,1 fios de trama/cm (direcção Y) respectivamente de fios de poliamina de 470 dtex. Este tecido utilizado para a fabricação da parte inferior do saco possui uma permeabilidade aos gases de 45 litros/ /dm minuto, para uma depressão de 5 mbar; e

-6A fig. 2, ο tecido do saco de gás está representado depois do alargamento, ficando numa parte das aberturas entre os fios do tecido partículas sólidas (1) provenientes da combustão da mistura combustível presas, durante o alargamento do tecido e podendo sair através de outras aberturas.

Claims

1.- Saco de gás para sistemas com saco de ar de um tecido de fios de material sintético, de preferência de polia mida, com ligamento de tela, caracterizado por o tecido com o máximo de 470 dtex ser constituído por 16 a 23 fios de coeficiente de contracção reduzido na parte inferior do saco e fios extensíveis na parte superior do saco, por centímetro.

2. - Saco de gás de acordo com a reivindicação 1, ca racterizado por o tecido ter 225 a 470 dtex.

3. - Saco de gás de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado por o tecido da parte inferior do saco ser constituído por 12 a 19, de preferência 16 a 18,5 fios/cm.

4. - Saco de gás de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizado por o tecido da parte inferior do saco de gás ser constituído por 17,5 fios de teia e 17,1 fios de trama por centí metro.

5. - Saco de gás de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado por o tecido da parte superior do saco ser constituído por 21 a 23,5 fios por centímetro.

6. - Saco de gás de acordo com as reivindicações 1, 2 e 5, caracterizado por o tecido da parte superior do saco ser cons tituido por 22,8 fios de teia e 22,8 fios de trama por centímetro.

7. - Saco de gãs de acordo com as reivindicações 1 a 6, caracterizado por os fios da parte superior do saco terem uma di latação de 20 a 30%.

8. - Saco de gãs de acordo com as reivindicações 1 a 7, caracterizado por o tecido da parte inferior do saco- ser colocado deslocado de 45° relativamente ao tecido da parte superior do saco.