PT689816E - Metodo para juntar uma fita elastica a um substrato parcialmente elastico que se desloca continuamente - Google Patents

Description

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Descrição “Método para juntar uma fita elástica a um substrato parcialmente elástico que se desloca continuamente” A presente invenção descreve métodos para juntar uma extensão de material a um substrato que se desloca continuamente e mais particularmente descreve métodos para juntar um material elástico a um substrato parcialmente elástico que se desloca continuamente. Há presentemente um número cada vez maior de produtos que incorporam um certo tipo de materiais elásticos para lhes conferir elasticidade. Como exemplos de produtos que incorporam materiais elásticos refere-se o vestuário em geral, o vestuário dos atletas e o vestuário especializado, por exemplo, as batas cirúrgicas, as batas hospitalares e outro vestuário utilizado em ambientes médicos.

Outros exemplos de tipos diferentes destes produtos são as capas de protecção de veículos, os materiais utilizados no campismo, tais como por exemplo as tendas, e não só. Há ainda outros exemplos em que estão incluídos os produtos absorventes descartáveis, tais como as fraldas de bebé, as calças de ginástica para crianças, os produtos para a incontinência dos adultos, os produtos para os cuidados de higiene feminina e não só.

Um dos fins em vista, ao incorporar materiais elásticos em tais produtos, é o de os manter fixos ou confortavelmente aconchegados nas suas posições correctas. Por exemplo, determinados modelos de vestuário geral podem exigir um ajustamento perfeito para conferirem um aspecto moderno personalizado. O vestuário dos atletas tem de ser mantido na sua posição correcta durante a actividade física agressiva exigida por alguns desportos. O vestuário cirúrgico e hospitalar tem de ser ajustado correctamente por razões sanitárias e de saúde.

De igual modo, as capas de protecção de veículos e os materiais destinados ao campismo devem aguentar de forma desejável os efeitos de ventos fortes ou tempestuosos e de outras condições climatéricas rigorosas. Um ajustamento perfeito, quer seja num veículo quer seja, por exemplo, numa estrutura de uma tenda pode ajudar a resistir a estes tipos de condições exteriores.

No domínios dos produtos absorventes descartáveis é importante que haja um ajustamento perfeito, tanto antes como após um acidente ou incidente, para impedir que as substâncias residuais que emanam dos corpos escapem para fora do produto aplicado sobre o portador.

Um problema associado à incorporação do material elástico num produto é a contracção potencialmente prematura desse material elástico durante o processo de fabrico. Qualquer colagem prematura do produto pode fazer com que os passos subsequentes do processo de fabrico fiquem desalinhados ou desencontrados, daí resultando consequentemente um desperdício de material e maiores custos de fabrico. Como exemplo concreto refere-se o caso das calças de ginástica destinadas a serem utilizadas durante a fase de treino incipiente de crianças muito jovens. Há um determinado tipo de calças de ginástica com painéis laterais elásticos que se ajustam perfeitamente às ancas e coxas da criança e também com tiras elásticas discretas na cintura, atrás e à frente, adjacentes à abertura da cintura. As tiras da cintura são aplicadas durante o processo de fabrico e geralmente num outro ponto ou num outro momento do processo, diferentes do ponto ou do momento de aplicação dos painéis laterais elásticos. As calças de ginástica individuais são dobradas e coladas ao longo de secções de rebordos laterais para formar uma abertura da cintura e um par de aberturas para as pernas. Por exemplo, se as tiras elásticas da cintura se juntarem prematuramente, os passos subsequentes de dobragem e colagem não irão ser executados com perfeição, saí resultando consequentemente produtos irregulares que têm de ser escolhidos e rejeitados. 3

Outro problema associado à incorporação de um material elástico num produto é a dificuldade de se manter correctamente uma elasticidade desejada nesse produto durante os passos de aplicação do material elástico e os subsequentes passos de manuseamento. Se a desejada elasticidade não puder ser mantida, o produto não irá ficar correctamente ajustado e em última instância pode manifestar-se insatisfatório. Há um outro problema que se observa ao incorporar um material elástico num produto parcialmente elástico, particularmente durante o processo de fabrico, quando a direcção de distensão do material elástico é diferente da direcção de desenrolamento de um substrato contínuo parcialmente elástico, em que sejam fabricados diversos produtos discretos. Este problema é complicado quando o substrato parcialmente elástico for extensível na mesma direcção do material elástico e se pretenda que a colagem do material elástico não iniba de forma relevante a elasticidade desejada do substrato parcialmente elástico, para o fabrico de determinados tipos de vestuário em que haja partes elásticas que se distendam numa direcção transversal à direcção de desenrolamento do substrato em movimento. Há aqui um problema que se observa quando se pretende juntar um material elástico, tal como por exemplo uma fita elástica, a um substrato parcialmente elástico, por forma a que a direcção de distensão da fita elástica também seja transversal à direcção de deslocamento do substrato parcialmente elástico que esteja a ser desenrolado.

Um outro problema é o da colagem exacta de um material elástico num ambiente industrial de produção a alta velocidade, como se observa nos dias de hoje. Alguns produtos há que são fabricados a velocidades da ordem de 200 - 800 unidades por minuto. Uma vez que os materiais que formam o produto são fornecidos a velocidades relativamente elevadas, é absolutamente necessário evitar problemas de manuseamento desses materiais no processo de 4

'3 fabrico para que este seja rápido, contínuo e económico. Caso contrário, haverá interrupções inaceitáveis e dispendiosas no processo de fabrico para corrigir tais problemas. A partir da publicação do documento US-A-5 026 450 é conhecido um método para produzir peças de vestuário descartáveis em que há um componente elástico da cintura, termocontráctil, que é unido a uma folha de suporte. Tal método compreende os passos que consistem em aplicar uma substância adesiva, sob a forma de fibras adesivas compridas, segundo um padrão espiral, sobre os elementos elásticos teimocontrácteis. O elemento elástico é cortado em tiras discretas que são aplicadas em locais do material da folha de suporte longitudinalmente afastados entre si. A partir da publicação do documento EP-A-0 151 348 é conhecido um material termocontráctil e um método para a produção do referido material. Este material pode ser incorporado em fraldas descartáveis e depois pregueado para proporcionar um cós elástico ou aberturas elásticas para as pernas.

Pelo exposto, o objecto da presente invenção consiste pois em proporcionar um processo para colar um material elástico a um substrato parcialmente elástico em movimento.

Este objectivo da invenção é resolvido pelo método em conformidade com a reivindicação 1 independente. Os outros aspectos, pormenores e particularidades vantajosas da invenção são evidentes a partir das reivindicações dependentes, tendo em conta a memória descritiva e os desenhos anexos. As reivindicações devem ser tomadas como uma primeira solução não limitativa de definição da invenção em termos gerais.

De acordo com um dos seus aspectos a presente invenção proporciona um método para colar um conjunto de fitas elásticas a um substrato parcialmente elástico que se move continuamente, o qual compreende os passos que consistem em (1) fazer deslocar continuamente 5 numa primeira direcção um substrato que compreende um conjunto de segmentos não elásticos e um conjunto de segmentos elásticos que se distendem segundo uma direcção diferente da primeira direcção, (2) fornecer um conjunto de fitas elásticas, (3) orientar de forma sequencial cada fita elástica em relação ao substrato que se desloca continuamente, de modo a que cada fita elástica seja extensível numa direcção diferente da primeira direcção, (4) colocar cada fita elástica de modo a ficar pelo menos sobre um segmento não elástico e pelo menos sobre um segmento elástico do substrato que se desloca continuamente e (5) juntar cada fita elástica ao substrato que se desloca continuamente.

De acordo com outro dos seus aspectos a presente invenção proporciona um método para juntar um conjunto de fitas elásticas a um substrato parcialmente elástico que se desloca continuamente, o qual compreende os passos que consistem em (1) fazer deslocar continuamente numa primeira direcção um substrato que compreende um conjunto de segmentos não elásticos e um conjunto de segmentos elásticos que são extensíveis numa direcção diferente da primeira direcção, (2) fornecer um suprimento de fita elástica, (3) inibir temporariamente partes da fita elástica, (4) cortar a fita elástica em fitas elásticas discretas, de modo a que cada fita elástica discreta possua pelo menos uma parte temporariamente inibida e possua pelo menos uma parte elástica, (5) orientar depois cada fita elástica discreta de modo a que seja extensível praticamente na mesma direcção dos segmentos elásticos do substrato que se desloca continuamente, (6) colocar cada fita elástica discreta sobre o substrato que se desloca continuamente, de modo a que a parte elástica da fita fique sobre um dos segmentos elásticos do substrato e a parte temporariamente inibida da fita fique sobre um dos segmentos não elásticos do substrato e (7) juntar cada fita elástica discreta ao substrato que se desloca continuamente. 6

Ainda de acordo com outro dos seus aspectos a presente invenção proporciona um método para juntar um conjunto de fitas elásticas a uma estrutura compósita parcialmente elástica que se desloca continuamente, o qual compreende os passos que consistem em (1) fazer deslocar continuamente numa primeira direcção uma estrutura compósita que compreende uma folha de remate contínua, uma folha de suporte contínua, um conjunto de estruturas absorventes afastadas entre si e dispostas entre a folha de remate contínua e a folha de suporte contínua e ainda um conjunto de elementos laterais elásticos afastados entre si, aplicados em lados opostos da folha de suporte contínua e que são extensíveis numa direcção diferente da primeira direcção, (2) fornecer um suprimento de fita elástica, (3) inibir temporariamente partes da fita elástica, (4) cortar a fita elástica em fitas elásticas discretas, de modo a que cada fita elástica discreta possua um par de partes elásticas e uma parte temporariamente inibida de permeio, (5) orientar de forma sequencial cada fita elástica discreta, de modo a que seja extensível praticamente na mesma direcção dos elementos laterais elásticos, (6) colocar cada fita elástica discreta sobre a estrutura compósita que se desloca continuamente, de modo a que a parte temporariamente inibida da fita fique sobre a folha de suporte e haja um par de partes elásticas sobre o correspondente par de elementos laterais elásticos opostos e afastados entre si e (7) juntar cada fita elástica discreta à estrutura compósita que se desloca continuamente.

De acordo com um outro dos seus aspectos a presente invenção proporciona um método para juntar um conjunto de fitas elásticas a um substrato parcialmente elástico que se desloca continuamente, o qual compreende os passos que consistem em (1) fazer deslocar continuamente numa primeira direcção um substrato que compreende um conjunto de segmentos não elásticos e um conjunto de segmentos elásticos que são extensíveis numa direcção diferente da primeira direcção, (2) fornecer um suprimento de fita termodistensível

7 elasticamente, (3) inibir temporariamente partes da fita elástica, (4) cortar a fita termodistensível elasticamente em fitas discretas termodistensíveis elasticamente, de modo a que cada fita discreta termodistensível elasticamente possua pelo menos uma parte elasticamente activada e possua pelo menos uma parte termodistensível elasticamente não activada, (5) orientar sequencialmente cada fita discreta termodistensível elasticamente, de modo a que seja extensível numa direcção praticamente idêntica às dos segmentos elásticos do substrato que se desloca con-tinuamente, (6) colocar cada fita discreta termodistensível elasticamente sobre o substrato que se desloca continuamente, de modo a que a parte elasticamente activada fique sobre um dos segmentos elásticos do substrato e a parte não activada termodistensível elasticamente fique sobre um dos segmentos não elásticos do substrato e (7) juntar cada fita discreta termodistensível elasticamente ao substrato que se desloca continuamente.

Estas e outras particularidades da presente invenção e o modo de as concretizar tomar-se-ão mais compreensíveis e a própria invenção será melhor explicada tomando como referência a memória descritiva subsequente quando considerada em conjunto com os desenhos em que: a figura 1 ilustra uma vista de frente em perspectiva de um tipo de vestuário absorvente elástico e descartável produzido em conformidade com os princípios da presente invenção; a figura 2 ilustra uma vista da peça de vestuário da figura 1 parcialmente desmontada, com os componentes nas suas posições relativas, em que se observa um cós elástico contínuo separado da peça de vestuário; a figura 3 ilustra uma vista de um corte da peça de vestuário da figura 1, sendo o corte realizado pelo plano identificado pela linha 3-3, observada no sentido indicado pelas setas; a figura 4 ilustra uma vista em perspectiva da peça de vestuário da figura 1 parcialmente desmontada, com os seus componentes nas correspondentes posições relativas, planificados e distendidos;

a figura 5 ilustra uma vista por cima da peça de vestuário da figura 1, planificada e distendida, parcialmente acabada; a figura 6 ilustra de forma esquemática um método da presente invenção; a figura 7 ilustra de forme esquemática uma modificação do método da figura 6.

Os termos e expressões a seguir indicados e aqui utilizados possuem as significações adiante explicitadas. “Material elástico compósito” ou “trama elástica compósita” designa um material multicamadas que possui pelo uma camada elástica unida pelo menos a uma camada que é fíxável pelo menos em dois locais, em que a camada fixável é aplicada entre os locais onde é i unida à camada elástica. Um material elástico compósito pode ser estirado até ao ponto em que o material não elástico aplicado entre os locais de fixação permita que o material elástico se distenda. Este tipo de material elástico compósito foi descrito, por exemplo, por Vander Wielen et ai, na patente de invenção norte-americana n° 4 720 415 concedida a 19 de Janeiro de 1988, considerando-se o seu conteúdo aqui incorporado por referência. O termo “contínuo” significa que a estrutura descrita é uma estrutura em anel fechado. A estrutura contínua pode ser unitária, isto é, uma estrutura de uma só peça, ou pode ser feita de elementos discretos unidos adequadamente entre si para formarem um anel fechado. O termo “descartável” significa que a peça de vestuário aqui descrita é concebida para ser utilizada até ficar suja com urina, fezes ou qualquer outra substância, a qual se deita fora depois, em vez de ser lavada e novamente utilizada.

Os termos “elástico”, “elasticidade”, “elastificado” e semelhantes qualificam um material ou um produto compósito com tendência para retomar a sua forma e dimensões originais depois de ter cessado a força causadora da deformação, exprimindo-se o seu valor em termos percentuais. 9 O termo “alongamento” designa a razão entre o aumento de comprimento do material e o seu comprimento antes de distendido (expressa em termos percentuais), conforme indicado pela expressão seguinte: comprimento distendido - comprimento original comprimento original

Os termos “distensão”, “distender”, “distendido” ou as suas variações referem-se a uma variação do comprimento de um material por estiramento (expresso em unidades de comprimento). O termo “extensível” significa que o material descrito pode aumentar de comprimento. A expressão “peça de vestuário acabada” designa uma peça de vestuário que tenha sido convenientemente fabricada para o seu fim previsto.

Os termos “colar ou unir”, “colagem ou união”, “colado ou unido” ou as suas variações, quando utilizados para descrever a relação entre dois ou vários elementos, significam que esses elementos podem ser unidos entre si por um processo adequado, por exemplo, gomagem térmica, união ultra-sónica, colagem térmica, por meio de colas, por cozidela e não só. Além disso, os elementos podem ser unidos directamente entre si ou pode haver entre eles um ou vários elementos interpostos, sendo todos eles unidos entre si. A expressão “unidos funcionalmente de forma elástica” designa a união de um elemento elástico e um elemento não elástico, de tal modo que os dois elementos unidos possuam elasticidade. O termo “calção” designa uma peça de vestuário que possui uma abertura na cintura e um par de aberturas para as pernas, semelhante a bermudas, fatos-de-banho e não só. A peça de vestuário descrita pode ter ou não uma costura lateral que se rasga facilmente à mão.

Os termos “recuperar ou retomar”, “recuperação” ou as suas variações designam uma contracção de um material distendido ao terminar ou cessar a força que lhe impõe a deformação, ou ao tratar de forma conveniente o material depois de ter estado temporariamente inibido. O termo “substrato” designa uma camada que pode ser, por exemplo, uma película, uma trama entretecida ou uma trama não entretecida ou ainda uma estrutura compósita que compreenda, por exemplo, uma folha de remate, uma folha de suporte e um meio absorvente interposto de permeio. A expressão “inibir temporariamente” significa que é retardada a recuperação total de um substrato elástico distendido ou de um material elástico compósito distendido. O retardamento pode ser transmitido por compressão do substrato elástico distendido ou por compressão do material elástico compósito por forma a que as camadas elásticas e coláveis fiquem temporariamente unidas. A recuperação parcial de um substrato elástico ou de um material elástico compósito temporariamente inibido pode ter lugar imediatamente após ter cessado a força de deformação, mas a recuperação total de um tal substrato elástico ou material elástico compósito temporariamente inibido vai necessitar de mais tempo do que a recuperação total do mesmo material que não tenha sido temporariamente inibido. Por exemplo, a recuperação total de um substrato elástico ou de um material elástico compósito distendido que não tenha sido temporariamente inibido pode ser instantânea, ao passo que a recuperação total de um substrato elástico ou de um material elástico compósito temporariamente inibido por levar, por exemplo, entre cerca de 5 segundos e cerca de 60 segundos. A expressão "recuperação total”, ou qualquer das suas variações, refere-se a um material que recupere ou retome geralmente cerca de 20% das dimensões que tinha antes do estiramento ou na sua forma relaxada. 11 A presente invenção pode ser utilizada para fabricar qualquer tipo de produto que seja parcialmente elástico e ao qual se pretenda unir uma fita ou um material elástico. A presente invenção é especialmente útil quando produtos discretos são fabricados a partir de um substrato parcialmente elástico que se desloca continuamente e que possui partes elásticas extensíveis segundo uma direcção diferente da direcção de deslocamento do substrato que se desloca continuamente e ao qual se pretende unir uma fita ou um material elástico que se distende na mesma direcção das partes elásticas do substrato que se desloca continuamente. Alguns dos produtos aqui contemplados, que podem ser fabricado sem conformidade com os princípios da presente invenção, são peças de vestuário, capas de protecção de veículos, materiais para campismo, produtos absorventes descartáveis e não só. Efectuar-se-á uma descrição de um método da presente invenção tomando como referência um produto concreto, mas faz-se observar que a presente invenção é adaptável ao fabrico de outros tipos diferentes de produtos, conforme se disse antes.

Tomando principalmente como referência a figura 1, esta ilustra uma estrutura compósita parcialmente elástica a que se deu a forma de uma peça de vestuário 10 absorvente e descartável. A expressão “estrutura compósita parcialmente elástica” qualifica uma peça de vestuário ou produto constituído por dois ou mais elementos estruturais, por exemplo, duas óu mais camadas de material, e que dispõe de umas partes que são elásticas. A peça de vestuário 10 absorvente e descartável é um calção 12 que compreende uma secção anterior 14, uma secção posterior 16, uma secção do gancho 18, secções laterais elásticas 20, costuras 22, uma abertura contínua da cinta 24 e um par de aberturas contínuas 26 para as pernas. Cada secção lateral elástica 20 dispõe de um elemento lateral elástico anterior 68 (figura 5) e de um elemento lateral elástico posterior 70 que são unidos entre si ao longo da respectiva costura 22. A peça

12 de vestuário 10 compreende uma guarnição contínua 30 das ancas (figuras 1 e 2), guarnições contínuas 38 das pernas e um cós contínuo 32. O cós contínuo 32 é constituído por um elemento anterior 64 de cós (figura 5) e por um elemento posterior 66 de cós. A guarnição contínua 30 das ancas é constituída por uma secção anterior 42 da guarnição das ancas (figuras 4 e 5) que possui um rebordo anterior 44 e por uma secção posterior 46 da guarnição das ancas que possui um rebordo posterior 48. De forma adequada, incorpora-se uma estrutura absorvente 28 na peça de vestuário 10, pelo menos na sua secção do gancho 18. O calção 12 compreende uma folha de remate 34 (figura 4) e uma folha de suporte 36 que coincidem convenientemente uma com a outra, embora isso não constitua uma imposição da presente invenção. A folha de suporte 36 (figura 5) compreende um par de rebordos ântero-exteriores 50, rebordos ântero-interiores 52, rebordos recônditos 54, rebordos oblíquos posteriores 56 e rebordos póstero-exteriores 58. O elemento anterior 64 do cós (figuras 4 e 5) é unido convenientemente à secção anterior 42 de guarnição das ancas e o elemento posterior 66 do cós é unido convenientemente à secção posterior 46 da guarnição das ancas. As secções anterior e posterior 42 e 46 de guarnição das ancas possuem desejavelmente os seus respectivos comprimentos de forma a corresponderem praticamente aos respectivos comprimentos dos elementos anterior e posterior 64 e 66 do cós e larguras praticamente correspondentes às respectivas larguras dos elementos anterior e posterior 64 e 66 do cós; tais comprimentos são medidos ao longo de uma linha que corre geralmente paralela à linha central transversa 60 (figura 6) e a largura é medida ao longo de uma linha que corre geralmente paralela à linha central longitudinal 62. Como limites desejáveis para a largura dos elementos 64 e 66 do cós refere-se valores compreendidos entre cerca de 1 cm e cerca de 8 cm, sendo mais desejáveis limites compreendidos entre cerca de 2 cm e cerca

13 Ρ de 4 cm. Por exemplo, no caso de um ou os dois elementos 64 e 66 do cós terem qualquer outra forma geométrica, isto é, diferente de uma forma rectangular comprida, conforme ilustrado nas figuras 4 e 5, cada secção 42 e 46 da guarnição da anca teria desejavelmente a forma geométrica praticamente igual à do respectivo elemento 64 ou 66 do cós. Os dois elementos anterior e posterior 64 e 66 do cós são elasticamente distensíveis pelo menos numa direcção geralmente paralela à linha central transversa 60.

Tomando principalmente por referência as figuras 1 e 5, ao dobrar uma peça de vestuário 10 ao longo de uma linha transversal de dobragem que é geralmente paralela à linha central transversa 60, sendo os pares de rebordos alinhados ântero-exteriores 50 e póstero-exteriores 58 unidos entre si para formarem as costuras 22, obtém-se a construção a seguir descrita: (i) a secção 42 anterior da guarnição da anca e a secção posterior 46 da guarnição da anca formam ou definem uma guarnição de anca contínua 30; (ii) o elemento anterior 64 do cós e o elemento posterior 66 do cós formam ou definem um cós contínuo 32; (fii) um rebordo ântero-interior 52, um rebordo recôndito 54 e um rebordo posterior inclinado 56 formam ou definem uma correspondente abertura 26 para uma pema; (iv) e um elemento lateral anterior elastificado 68 e um elemento lateral posterior elastificado 70 formam ou definem uma correspondente secção lateral elastificada 20. A peça de vestuário 10 também compreende um par de elementos elásticos 72 para as pernas (figura 5) que são unidos adequadamente, por exemplo, entre a folha de remate 34 e a folha de suporte 36 (figura 1). A estrutura absorvente 28 (figuras 4 e 5) compreende um rebordo anterior absorvente 74, um rebordo posterior absorvente 76 e rebordos laterais absorventes 78. Conforme se observa na figura 5, o rebordo anterior absorvente 74 e o rebordo posterior absorvente 76 estão respectivamente do lado de dentro do elemento anterior 64 do cós e do lado de dentro do elemento posterior 66 do cós. De igual modo, os rebordos laterais absorventes 78 estão do lado de dentro dos respectivos elementos elásticos 72 para as pernas. A expressão “do lado de dentro” significa que o rebordo anterior absorvente 74, por exemplo, está mais próximo da linha central transversa 60 do que o elemento anterior 64 do cós, e que os rebordos laterais absorventes 78 estão mais próximos da linha central longitudinal 62 do que os elementos elásticos 72 para as pernas.

Quando a peça de vestuário 10 estiver perfeitamente vestida pelo utilizador, a folha de remate 34 fica voltada para o corpo do utilizador e pode ou não ser a camada que vai ficar em contacto directo com a pele. A folha de remate 34 pode ser feita de dum material praticamente hidrófobo, permeável aos líquidos, elástico ou não elástico, por exemplo, um tecido de fiação de filamentos poliméricos sintéticos. A folha de remate 34 também pode ser um tecido obtido por sopragem a quente ou um tecido de filaça cardada à base de filamentos poliméricos sintéticos. Como exemplos de polímeros sintéticos adequados refere-se os seleccionados entre polietileno, polipropileno e poliésteres. A folha de remate 34 possui poros com dimensões tais que por eles passem facilmente líquidos tais como a urina e outras substâncias exsudadas pelo corpo. Se desejado, a folha de remate 34 pode ser tratada com agentes tensioactivos que permitam ajustar de forma selectiva o seu grau de humectabilidade e também pode ser selectivamente golfada ou perfurada com incisões discretas ou com orifícios em toda a sua extensão. Os materiais adequados para fazer a folha de remate podem ter uma gramagem compreendida entre cerca de 10 gramas por metro quadrado (g/m2) e cerca de 26 g/m2 e uma espessura compreendida entre cerca de 0,013 cm e cerca de 0,064 cm. É possível determinar a espessura do material da folha de remate recorrendo ao Teste Volúmico de Ames (Ames Bulk Test) (ASTM D-1777), executado a uma pressão limitante de 0,2 psi (1,38 kPa). A folha de suporte 36, que pode ou não ser a camada mais exterior da peça de vestuário 10, pode ser permeável ou impermeável aos líquidos e pode ou não ser permeável ao vapor de água. Como exemplo de uma folha de reforço adequada permeável aos líquidos, refere-se uma trama não entretecida de dois componentes (bicomponentes) com uma gramagem compreendida entre cerca de 15 g/m2 e cerca de 50 g/m2 A trama de bicomponentes não entretecida pode ser uma trama de bicomponentes fiados ou uma trama de bicomponentes de filaça cardada. As fibras adequadas dos bicomponentes são fibras humectáveis de bicomponentes de polietileno/ /polipropileno fornecidas por ‘CHISSO Corporation’, Osaka, Japão. Neste domínio particular das fibras de bicomponentes, o polipropileno forma o núcleo e o polietileno forma o revestimento exterior das fibras. São possíveis outras orientações de fibras, por exemplo, multilobais, lado a lado ou topo a topo. Como exemplo de outro material adequado, permeável aos líquidos, refere-se uma trama não entretecida de polipropileno fiado, permeável aos líquidos, com uma gramagem compreendida entre cerca de 15 g/m2 e cerca de 50 g/m2.

Como exemplo de uma folha de suporte adequada 36, impermeável aos líquidos, refere-se uma película de polietileno com a espessura de 0,0015 cm produzida por ‘Edison Plastics Company, South Plainfield, New Jersey’. A folha de suporte 36 também pode ser um laminado de duas folhas em que a camada mais recôndita pode ser a película impermeável aos líquidos anteriormente descrita ou qualquer outra camada adequada impermeável aos líquidos e em que a camada mais exterior pode ser a trama não entretecida de polipropileno fiado, permeável aos líquidos, anteriormente descrita, ou qualquer outra camada adequada permeável aos líquidos. De forma desejável, a folha de suporte 36 tem uma espessura compreendida entre cerca de 0,0013 cm e cerca de 0,0051 cm.

A estrutura absorvente 28 pode conter qualquer material absorvente adequado, natural ou sintético ou uma sua combinação, conjuntamente com um material superabsorvente. O material absorvente a partir do qual a estrutura absorvente 28 é feita também pode ser acondicionado numa capa de tecido (não representada) com a finalidade de se manter a integridade da estrutura absorvente 28 que contém o material absorvente. Os materiais superabsorventes adequados podem ser adquiridos em diversas empresas tais como ‘Dow Chemical Company, Hoechst-Celanese Corporation e Allied Colloids, Inc.\ Como material absorvente natural adequado refere-se uma felpa celulósica com a designação comercial “CRI654”, produzida por ‘Kimberly-Clark Corporation, Neenah, Wisconsin’. Há uma estrutura absorvente específica 28, que pode ser utilizada convenientemente para fazer a peça de vestuário 10, que vem descrita no pedido de patente de invenção norte-americana com o número de série 08/096 654, depositado a 22 de Julho de 1993, e que corresponde ao documento EP 539 703 (com a referência no nosso ficheiro K5626-EP), dos inventores Hanson et al., atribuída ao signatário do presente pedido de patente de invenção. A construção da peça de vestuário 10 pode ser realizada de qualquer forma conveniente. Por exemplo, os elementos estruturais podem ser unidos entre si por um processo qualquer, por exemplo, por gomagem térmica ou por união ultra-sónica, ou então colando os referidos elementos entre si por meio de uma cola adequada. As colas adequadas podem ser adquiridas em ‘Findely Adhesives, Inc.’, Wauwatosa, Wisconsin, e podem ser aplicadas por qualquer processo, por exemplo, por pulverização, extrusão em película, impressão e não só. A cola aplicada pode assumir qualquer configuração desejada, por exemplo, fieiras contínuas ou descontínuas de gotas, espirais contínuas ou descontínuas, padrões resultantes de sopragem a quente ou padrões obtidos por pulverização e não só. é - 17 "

Tomando como referência as figuras 1 a 5, conclui-se que os elementos laterais anteriores elastificados (figura 5) podem ter uma geometria diferente ou igual à dos elementos laterais posteriores elastificados 70. Cada elemento lateral anterior elástico 68 e cada elemento lateral posterior elástico 70 é constituído por uma camada elástica 80 (figura 3) colocada entre a folha de remate 34 e a folha de suporte 36. A camada elástica 80 pode ser feita de qualquer material elástico adequado, por exemplo, qualquer um dos materiais das séries ‘KRATON® G e KRATON® D’ da “The Shell Chemical Company”. A camada elástica 80 pode ser uma película, uma trama não entretecida ou fitas ou fios de uma borracha sintética ou natural aplicada, por exemplo, com uma distribuição paralela e espaçada. Tal como sucede com os elementos anterior 64 e posterior 66 do cós, também os elementos laterais elastificados 68 e 70 anterior e posterior são elasticamente distensíveis pelo menos segundo uma direcção que é geralmente paralela à linha central transversa 60.

Cada camada elástica 80 é unida de uma forma funcional e elasticamente a uma parte quer da folha de remate 34 quer da folha de suporte 36, e de preferência é colada simultaneamente a partes da folha de remate 34 e da folha de suporte 36 com a finalidade de conferir elasticidade a essas partes. Há um exemplo disto que vem descrito no pedido de patente de invenção norte--americana com o número de série 08/043 132 depositado a 25 de Março de 1993 e que corresponde ao documento EP 547 497 (como a nossa referência de ficheiro K5861-EP), dos inventores Van Gompel et al, cujo conteúdo de considera aqui incorporado por referência. Há um outro exemplo respeitantes à produção de secções laterais elásticas 20 que vem descrito na patente de invenção norte-americana n° 4 940 464 concedida a 10 de Julho de 1990 aos inventores Van Gompel et ai.

Há ainda outros exemplos de materiais e compósitos elásticos que vêm descritos na patente de invenção norte-americana n° 4 720 415 concedida a 9 de Janeiro de 1988 aos inventores Vander Wielen et aina patente de invenção norte-americana n° 4 657 802 concedida a 14 de Abril de 1987 ao inventor Mornian; e na patente de invenção norte-americana n° 4 652 487 concedida a 24 de Março de 1987 ao inventor Morman.

Cada secção lateral elástica 20 existente na peça de vestuário absorvente descartável 10 (figura 1) pode ter uma elasticidade compreendida entre cerca de 50% e cerca de 250%, de forma desejável pode ter uma elasticidade compreendida entre cerca de 75% e cerca de 200% e de uma forma ainda mais desejável pode ter uma elasticidade compreendida entre cerca de 100% e cerca de 150%.

Tomando essencialmente como referência as figuras 2, 4 e 5, observa-se a guarnição de anca contínua 30 (figura 2) constituída pelos segmentos laterais elásticos 82 dispostos em posição oposta, o segmento anterior não elástico 84 e o segmento posterior não elástico 86, em que cada segmento lateral elástico 82 possui uma parte de uma correspondente secção lateral elástica 20. O segmento anterior não elástico 84 e o segmento posterior não elástico 86 possuem partes da folha de remate 34 e da folha de suporte 36. Assim, a guarnição de anca contínua 30 (figura 2) é parcialmente elástica devido aos segmentos laterais elásticos 82. Os segmentos laterais elásticos 82 são elasticamente distensíveis pelo menos numa direcção que é geralmente paralela à linha central transversa 60. O cós contínuo 32 pode ser feito de um material não fibroso, elastomérico, com o aspecto de um tecido, tal como um tecido laminado colado por estiramento elastomérico, ou um tecido elastomérico obtido por sopro a quente. Graças a uma selecção adequada de materiais, o cós contínuo 32 pode ser concebido de forma a ser temporariamente inibido em termos de ~7<? *·“ . 19 elasticidade, por exemplo, por compressão. Umas vez temporariamente inibido em termos de elasticidade, o material elástico de que é feito o cós 32 pode ser activado, por exemplo, por meio de um tratamento térmico, para reassumir um estado com propriedades elásticas.

De acordo com uma variante específica, o cós 32 é constituído por uma trama fibrosa não entretecida elastomérica que é bastante permeável ao vapor de água. Como exemplos de tramas fibrosas não entretecidas elastoméricas refere-se as que vêm descritas na patente de invenção norte-americana n° 4 663 220 concedida a 5 de Maio de 1987 aos inventores Wisneski et al.. Como exemplos de tecidos compósitos que possuam pelo menos uma camada de um tecido têxtil não entretecido, colado a uma camada elástica fibrosa, refere-se os que vêm descritos no pedido de patente de invenção europeia EP 0 217 032 publicada a 8 de Abril de 1987 de autoria dos inventores J. Taylor et al.. Os tecidos compósitos não entretecidos são vulgarmente designados por laminados colados por estiramento.

De acordo com outra variante, o cós 32 compreende uma trama elastomérica compósita constituída por faixas ou tiras discretas de um material elastomérico aplicado sobre uma ou várias camadas fibrosas não entretecidas. Uma trama elastomérica compósita deste tipo pode compreender, por exemplo, um material elastomérico obtido por sopragem a quente, disposto segundo um padrão seleccionado de tiras, convenientemente montado e aplicado entre duas camadas de material fibroso não entretecido. Este e outros materiais vêm descritos na patente de invenção norte-americana n° 4 861 652, concedida a 19 de Agosto de 1989, que aqui se considera incorporada por referência. Há ainda outros materiais elásticos compósitos úteis que vêm descritos na patente de invenção norte-americana n° 4 883 549 concedida a 28 de

Novembro de 1989.

Uma das particularidades inovadoras da presente invenção é o facto de proporcionar de forma selectiva partes de um material elástico, tal como um cós contínuo 32 (figuras 1 e 2), com elasticidades diferentes, conforme determinado, por exemplo, pela elasticidade das secções laterais elásticas 20 e pela elasticidade desejada que irá ser concedida ao segmento anterior não elástico 84 e/ou ao segmento posterior não elástico 86.

Uma outra particularidade inovadora da presente invenção é o facto de se utilizar uma fita elástica ou um material aplicado sobre um substrato parcialmente elástico, por forma a que essa fita elástica não restrinja ou diminua de forma relevante a elasticidade dessa parte do substrato que é elástica, e ainda o facto de proporcionar uma elasticidade; desejada à parte não elástica do substrato. Neste exemplo particular, a presente invenção proporciona um cós elástico contínuo 32 em tomo de uma guarnição contínua de anca 30, por forma a que o cós 32 não restrinja nem diminua de forma relevante a elasticidade das secções laterais elásticas 20 e confira uma elasticidade desejada aos segmentos anterior e posterior não elásticos 84 e 86. A elasticidade que pode ser conferida aos segmentos anterior e posterior não elásticos 84 e 86 pode variar desde 0 (em termos percentuais) até à elasticidade máxima do material de que é feito um cós contínuo 32 unido.

Seguidamente descreve-se um exemplo de uma guarnição contínua de anca 30 selecti-vamente elastificada. Tomando como referência as figuras 4 e 5, observa-se as secções, da guarnição de anca, das tiras de cós anterior e posterior 42 e 46 que definem uma guarnição contínua de anca 30 (figura 1) e que possuem elementos anterior e posterior de cós, res-pectivamente 64 e 66, unidos convenientemente. Uma vez que a forma de aplicação do elemento 64 anterior do cós à secção anterior 42 da guarnição de anca pode ser idêntica à forma de aplicação do elemento posterior 66 do cós à secção anterior 46 da guarnição de anca, apenas 21 se efectuará aqui a descrição do primeiro caso. Neste exemplo, cada segmento lateral elástico 82 (figura 2) possui uma elasticidade de cerca de 180%, isto é, cada segmento lateral elástico 82 pode distender-se 2,8 vezes o seu comprimento original. Neste exemplo é desejável que o segmento anterior não elástico 84 tenha uma elasticidade diferente da elasticidade do segmento lateral elástico 82. Com efeito, a presente invenção prevê que o segmento anterior não elástico 84 possa ter, em última instância, uma elasticidade compreendida entre 0% e a elasticidade máxima do material elástico escolhido para fazer o elemento anterior 64 do cós. O elemento anterior 64 do cós (figuras 4 e 5) possui partes laterais 88 e uma parte anterior 90 aplicada de permeio. É desejável que o elemento anterior 64 do cós seja uma estrutura única. No entanto, as partes laterais 88 e a parte anterior 90 podem ser estruturas separadas, convenientemente unidas entre si para formarem o elemento anterior 64 do cós. Uma vez que os segmentos laterais elásticos 82 (figura 2) têm uma elasticidade que é de cerca de 180%, selecciona-se o elemento anterior 64 do cós e confígura-se, neste exemplo, de modo a ter também uma elasticidade de cerca de 180%. Cada parte lateral 88, visível na figura 4, tem um comprimento, quando medido ao longo da linha central 60 (figura 5) que é de cerca de 50 mm e tem uma parte anterior retráctil 90 que possui um comprimento de cerca de 90 mm. A secção anterior 42 de guarnição da anca, observável na figura 4, possui dois segmentos laterais elásticos 82 entre os quais fica colocado o segmento anterior não elástico 84. Cada segmento lateral 82, observável na figura 4, tem um comprimento de cerca de 50 mm e o segmento anterior 84 tem um comprimento de cerca de 50 mm. Antes de se juntar o elemento anterior 64 do cós à secção anterior 42 da guarnição de anca, estica-se a parte anterior retráctil 90 cerca de 67%, daí resultando um comprimento estirado com cerca de 150 mm. Depois de se esticar a parte anterior retráctil 90, esta é temporariamente inibida em termos da sua

22 elasticidade, por exemplo, por compressão, obtendo-se consequentemente uma parte anterior 90 com a propriedade de ser totalmente retráctil, isto é, capaz de reassumir um estado elástico ao ser convenientemente activada, por exemplo, por tratamento térmico. Depois de a parte anterior 90 ter sido esticada e temporariamente inibida, em termos das suas propriedades elásticas, junta-se o elemento anterior 64 do cós por um processo adequado, por exemplo, por meio de ultra-sons, calor ou colagem por meio de uma substância adesiva, à secção anterior 42 da guarnição de anca, por forma a que a parte anterior 90 fique unida ao segmento anterior 84.

De igual modo, junta-se o elemento posterior 66 do cós cós à secção posterior 46 da guarnição de anca. Depois, a peça de vestuário 10 absorvente e descartável é dobrada ao longo de uma linha de dobragem geralmente paralela à linha central transversa 60 e os rebordos ântero--exteriores 50 (figura 5) são convenientemente unidos aos rebordos póstero-exteriores 58 para formarem as costuras 22. A peça de vestuário 10 é então tratada, por exemplo, por via térmica, com o intuito de se activar a parte anterior 90 e a parte posterior 92 cujas propriedades elásticas foram temporariamente inibidas. Depois de ter tido lugar a total recuperação retráctil, a parte anterior 90 irá ser unida ao segmento anterior não elástico 84 e a parte posterior irá ser unida ao segmento posterior não elástico 86. Consoante a selecção de materiais para fazer as secções anterior 42 e posterior 46 da guarnição de anca e para fazer os elementos anterior 64 e posterior 66 do cós, assim o segmento anterior 84 e a parte anterior 90, quando unidas entre si, podem ter uma elasticidade compreendia entre cerca de 30% e cerca de 60%.

Faz-se observar que a elasticidade em tomo da abertura da cintura 24 da peça de vestuário 10 (figura 1) vai depender de diversos factores, por exemplo, dos tipos de materiais de que é feito o cós 32 e a guarnição de anca 30, das suas características elásticas e não só. Assim, o cós contínuo 32 tem de ser cuidadosamente concebido e construído, em termos de materiais e elasticidade, para que uma vez correctamente unido à guarnição de anca contínua 30, os segmentos anterior e posterior 84 e 86 assumam a elasticidade desejada. E necessário prestar os mesmos cuidados e atenção a outros produtos e bens feitos de acordo com a presente invenção.

Tomando agora como referência a figura 6, observa-se uma ilustração esquemática de um processo executado em conformidade com os princípios da presente invenção. O rolo de abastecimento 112 fornece continuamente um material elástico ou um material compósito elástico 114 que vai passar entre um par de cilindros de aperto 166 e 118.0 rolo de abastecimento 112 e os cilindros de aperto 116 e 118 rodam com a mesma velocidade angular Vj. Entre o rolo de fornecimento 112 e os cilindros de aperto 116 e 118, o material compósito elástico 114 encontra-se num estado bastante frouxo (sem tensão). O material compósito elástico 114 vai passar por entre o cilindro tractor frio 120 e o cilindro intermediário de tensão 122, estando os dois a rodar com uma velocidade angular V2 maior do que Vj. Assim, entre os cilindros de aperto 116 e 118 e o cilindro tractor frio 120 e o cilindro intermediário de tensão 122 o material compósito elástico 114 encontra-se num estado distendido, sob tensão, devido à diferença assinalada de velocidades angulares. Fazendo variar a velocidade angular dos cilindros de aperto 116 e 118 e/ou do cilindro tractor frio 120/cilindro intermediário de tensão 122, é possível regular de forma selectiva o comprimento e a tensão do material compósito elástico 114, ou então fazê-la variar. Entre os cilindros de aperto 116 e 118 e o cilindro tractor frio 120 e o cilindro intermediário de tensão 122 estão colocados o cilindro de pressão 124 e o cilindro intermediário de tensão 126 cuja velocidade angular V2 é igual à do cilindro tractor frio 120 e do cilindro intermediário de tensão 122. O cilindro de pressão 124 dispõe de um par de segmentos de mangas de pressão 128 que servem para inibir temporariamente, de forma 24 7: S £Ϊ'

selectiva, por compressão, as partes do material compósito elástico 114 que passam entre um segmento de manga de pressão 128 e um cilindro intermediário de tensão 126. O cilindro tractor frio 120 pode ser utilizado para melhorar o tratamento do material compósito elástico 114. Como exemplo, a parte temporariamente inibida do material compósito elástico 114 é arrefecida ao contactar com a superfície do cilindro tractor frio 120, o que faz aumentar o intervalo de tempo em que a parte em causa é inibida. A inibição temporária pode ser prolongada, por exemplo, desde cerca de 2 até cerca de 5 segundos, por contacto com o cilindro tractor frio 120, durante um período variável entre cerca de A e cerca de 1 /2 segundos. Maiores períodos de contacto originam períodos mais longos de inibição. O cilindro tractor frio 120 é mantido a uma temperatura inferior à temperatura da parte temporariamente inibida do material compósito elástico 114. Verifícou-se que eram práticas as temperaturas compreendidas entre cerca de 60°F e cerca de 33°F, embora possam ser utilizadas temperaturas mais baixas. A seguir ao cilindro tractor frio 210 e ao cilindro intermediário de tensão 122, o material compósito elástico 114 é obrigado passar entre um cilindro de encosto 130 e um cilindro com talhadeira 132 que rodam com um velocidade angular V3 que é menor do que V2. Devido a esta diferença das velocidades angulares entre o cilindro tractor frio 120 e 0 cilindro com talhadeira 132, 0 material compósito elástico 114 manter-se-á num estado praticamente não estirado (sem tensão). Isto permite a contracção da parte do material elástico compósito 114 que não foi temporariamente inibida, formando consequentemente as partes que correspondem aos segmentos laterais elásticos 88 do cós 32 (figura 2). De igual modo, a parte temporariamente inibida corresponde às partes anterior 90 e posterior 92 do cós 32.

Conforme adiante se explica, o material compósito elástico 114 tem uma largura que é o dobro da largura do cós 32 e tem uma elasticidade que é de cerca de 80%. Entre os cilindros 116 e 118 e os cilindros 120 e 122 o material compósito elástico 114 sofre uma distensão de cerca de 67% e este troço alongado vai passar entre o cilindro de pressão 124 e o cilindro intermediário de tensão 126 para ser comprimido por um segmento de manga e pressão 128 e um cilindro intermediário de tensão 126, ficando assim a sua elasticidade temporariamente inibida, de forma selectiva. Entre os cilindros 120 e 122 e os cilindros 130 e 132 as partes não comprimidas retraem-se de modo a recuperarem praticamente o seu valor de elasticidade original de cerca de 180%.

Prevê-se que o substrato contínuo parcialmente elástico 134 se desloque continuamente num primeiro sentido de movimento, conforme indicado pela seta 136. O substrato 134 pode ser feito de qualquer tipo de material parcialmente elástico que sirva para fabricar diversos produtos, por exemplo, os produtos do tipo anteriormente descrito. Neste exemplo concreto, o substrato 134 é constituído por uma extensão contínua de calções elásticos 12 parcialmente acabados, sendo cada um deles constituído pelos elementos laterais elásticos anterior e posterior 68 e 70 que são extensíveis segundo uma direcção geralmente transversal ao sentido definido pela seta 136.

Depois de efectuados os cortes segundo comprimentos determinados pelo cilindro com talhadeira 132 e pelo cilindro de encosto 130, cada troço individual 140 de material compósito elástico 114 prossegue num sentido, ilustrado pela seta 138, que é geralmente transversal à primeira direcção 136 de deslocamento do substrato contínuo parcialmente elástico 134. Há um método e um aparelho que podem ser utilizados para executar esta tarefa, os quais vêm descritos na patente de invenção norte-americana n° 4 608 115 concedida a 26 de Agosto de 1986 aos inventores Schroth et al..

Cada troço individual 140 de material compósito elástico 114 é unido de forma conveniente e intermitentemente, por exemplo, por um processo de colagem por pontos por 26 meio de ultra-sons, calor ou cola, ao substrato parcialmente elástico 134 em locais aí definidos. Esses locais definidos correspondem à linha transversal ao longo da qual irá ser cortado o substrato contínuo parcialmente elástico 134 com a finalidade de serem produzidas peças individuais de vestuário 10 absorventes e descartáveis. A linha de corte 142 corresponde ao rebordo anterior 44 (figura 5) e ao rebordo posterior 48 de duas peças de vestuário 10.

Depois de um troço individual 140 de material compósito elástico 114 ter sido unido ao substrato contínuo parcialmente elástico 134, este substrato 134 é enviado para um posto de corte 144 onde o referido substrato 134 é cortado ao longo de uma linha de corte 142. O posto de corte 144 pode ser qualquer aparelho adequado conhecido na especialidade.

Este corte do substrato 134 origina peças individuais de vestuário 10 absorventes e descartáveis parcialmente acabadas. Estas peças de vestuário 10 são depois enviadas para um posto de dobragem e alinhamento 146 onde são dobradas de modo a ficarem os seus rebordos exteriores 50 e 58 (figura 5) alinhados para a colagem subsequente. Há um aparelho e um método para alinhar os rebordos exteriores 50 e 58 que vem descrito na patente de invenção norte-americana n° 4 046 272 concedida a 10 de Setembro de 1991 aos inventores Vogt et al..

Depois, a peça de vestuário 10 dobrada e alinhada prossegue para o posto de colagem 148 onde o rebordos exteriores alinhados 50 e 58 são unidos para formarem as costuras 22. A colagem pode ser realizada por qualquer processo adequado, por exemplo, por colagem com um dispositivo rotativo de ultra-sons. Finalmente, a peça de vestuário colada 10 avança para o posto de activação 150 onde as suas partes anterior e posterior 90 e 92 temporariamente inibidas são activadas mediante tratamento, por exemplo, térmico para recuperarem a sua elasticidade.

Na peça de vestuário 10 absorvente e descartável já acabada, as partes laterais elásticas 88 do cós 32 possuem, neste exemplo, praticamente a mesma elasticidade das secções laterais elásticas 20, ao passo que as partes anterior e posterior 90 e 92 conferem uma elasticidade variável entre cerca de 30% e cerca de 60% aos segmentos anterior e posterior 84 e 86 não elásticos. A quantidade de elasticidade dos segmentos posteriores 84 e 86 vai depender de vários factores, tais como os materiais utilizados e as condições de trabalho no processo de fabrico. A figura 7 ilustra uma modificação do método representado na figura 6. O rolo de abastecimento 112 fornece um suprimento contínuo de material termicamente elastificado 152 aos cilindros de aperto 116 e 118. O rolo de abastecimento 112 e os cilindros de aperto 116 e 118 rodam com um velocidade angular Vj. O material 152 é transportado até ao cilindro 120’ que pode ou não ser arrefecido e até ao cilindro intermediário de tensão; 126, rodando ambos com uma velocidade angular V4 menor do que Vi. O posto de activação 154 está colocado entre os cilindros 116e 118eos cilindros 120 e 122 e envia um estímulo, por exemplo, uma radiação térmica, contra o material elastificável termicamente 152 para activar de forma elástica as suas partes escolhidas. Atendendo a que estas partes são activadas elasticamente, então “encolhem” e ficam elásticas. Assim, é necessário que a velocidade angular dos cilindros 120 e 122 seja menor do que a velocidade angular dos cilindros 112, 116 e 118. Regulando de forma selectiva o posto de activação 154, o material 152 fica dotado de partes elásticas “activadas” com o comprimento desejado e também fica dotado com partes não elásticas “não activadas” com o comprimento desejado. As partes “activadas” correspondem às partes laterais elásticas 88 (figura 2) e as partes “não activadas” correspondem às partes anterior e posterior 90 e 92 do cós 32. O resultado disto é um material 152 a deslocar-se continuamente, dotado de partes alternadas elásticas e não elásticas. O material 152 pode então ser cortado selecti-vamente para gerar troços discretos 140 de um material elástico. A seguir, cada troço 140 de material elástico pode ser colado adequadamente ao substrato 134 por um processo idêntico 28 ao descrito supra a propósito do processo ilustrado na figura 6. O substrato 134 pode ser depois cortado num posto 144, dobrado e alinhado num posto 146, colado num posto 148 e activado num posto 150.

Embora a descrição anterior de um processo da presente invenção tenha tido por base uns calções de ginástica descartáveis, esclarece-se que a presente invenção pode ser utilizada para produzir outros tipos de produtos ou bens em que se pretenda juntar um material elástico a um substrato parcialmente elástico que se desloca continuamente. Assim, apesar de a presente invenção ter sido descrita em termos de uma variante preferencial, faz-se observar que são possíveis outras modificações. Posto isto, o presente pedido de patente de invenção pretende abranger todas as variações, equivalentes, utilizações ou adaptações da invenção que estejam em conformidade com os seus princípios gerais, aqui se considerando incluídos todos os aspectos que mesmo afastando-se da presente memória descritiva estejam ou possam vir a estar abrangidos pela prática conhecida ou habitual na especialidade a que esta invenção pertence e caiam dentro dos limites das reivindicações anexas.

Lisboa, 10 de Abril de 2000

Claims (26)

1 Reivindicações 1. Método para unir pelo menos uma fita elástica a um substrato parcialmente elástico em movimento, o qual compreende os passos seguintes: (I) fazer deslocar numa primeira direcçao um substrato que compreenda pelo menos um segmento não elástico e pelo menos um segmento elástico que seja distensível numa direcçao diferente da primeira direcçao, (II) fornecer pelo menos uma fita elástica, (ΠΙ) orientar sequencialmente cada fita elástica, em relação ao substrato em movimento, de modo a que cada fita elástica seja distensível numa direcção diferente da primeira direcçao, (IV) colocar cada fita elástica pelo menos sobre um segmento não elástico e pelo menos sobre um segmento elástico do substrato em movimento e (V) unir cada fita elástica ao substrato em movimento.

2. Método de acordo com a reivindicação 1, o qual compreende também o passo que consiste em inibir temporariamente pelo menos uma parte da fita elástica por forma a que esta tenha uma parte elástica e uma parte inibida temporariamente.

3. Método de acordo com a reivindicação 2, em que o passo de posicionamento consiste em colocar a parte elástica da fita sobre o segmento elástico do substrato e em colocar a parte temporariamente inibida da fita sobre o segmento não elástico do substrato. Método de acordo com a reivindicação 3, em que há m conjunto de fitas elásticas que são unidas a um substrato parcialmente elástico em movimento e em que o passo de fornecimento (Π) compreende os passos seguintes: (a) prever um suprimento de fita elástica, (b) inibir temporariamente partes da fita elástica, (c) cortar a fita elástica em fitas elásticas discretas, de modo a que cada fita elástica possua pelo menos uma parte temporariamente inibida e pelo menos uma parte elástica; e em que no passo (ΙΠ) cada fita elástica é orientada por forma a ser distensível numa direcção praticamente igual à dos segmentos elásticos do substrato em movimento, e em que no passo de posicionamento (IV) cada fita elástica é colocada sobre o substrato em movimento, de modo a que cada parte elástica dessa fita fique sobre um dos segmentos elásticos do substrato e a parte temporariamente inibida dessa fita fique sobre um dos segmentos não elásticos do substrato. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações 3 ou 4, o qual compreende também o passo que consiste em activar a parte temporariamente inibida para lhe juntar o segmento não elástico. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações 2 a 5, o qual compreende também o passo que consiste em colocar sob tensão a fita elástica antes do passo de inibição temporária. /

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7. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações 2 a 6, em que a parte elástica da fita tem uma elasticidade que é praticamente igual à elasticidade do segmento elástico do substrato.

8. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações 2 a 7, em que o passo de realização da inibição temporária consiste em inibir temporariamente pelo menos uma parte da fita para lhe conferir uma elasticidade que é diferente da elasticidade do segmento elástico do substrato.

9. Método de acordo com a reivindicação 8, em que a elasticidade da parte temporariamente inibida é menor do que a elasticidade do segmento elástico do substrato.

10. Método de acordo com a reivindicação 1, em que se junta um conjunto de fitas elásticas a um substrato parcialmente elástico em movimento e em que o passo de fornecimento (Π) compreende os passos seguintes: (a) prever um suprimento de fita elastifícável por via térmica, (b) activar elasticamente as partes escolhidas da fita elastifícável por via térmica, (c) cortar a fita elastificável por via térmica em fita discretas elastificáveis por via térmica, por forma a que cada fita discreta elastificável por via térmica possua pelo menos uma parte elasticamente activada e pelo menos uma parte elastificável por via térmica não activada; e em que no passo (ΙΠ) cada fita elastificável por via térmica é orientada de modo a que seja distensivel numa direcção praticamente igual à dos segmentos elásticos do substrato em movimento, e em que no passo de posicionamento (IV) cada fita elastificável por via térmica é colocada sobre o substrato em movimento, de modo a que a parte elasticamente activada fique sobre um dos segmentos elásticos do substrato e a parte elastificável termicamente e não activada fique colocada sobre um dos segmentos não elásticos do substrato.

11. Método de acordo com a reivindicação 10, o qual compreende também o passo que consiste em reactivar elasticamente cada parte elastificável por via térmica e não activada para ajuntar ao correspondente segmento não elástico.

12. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações 10 ou 11, em que a parte elasticamente activada da fita elastificável por via térmica possui uma elasticidade que é praticamente igual à elasticidade do referido segmento elástico do substrato.

13. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações 10 a 12, em que o passo de realização da activação elástica de cada parte elastificável por via térmica e não activada consiste em activar elasticamente cada parte elastificável por via térmica e não activada, de modo a que tenha uma elasticidade diferente da elasticidade do segmento elástico do substrato.

14. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, em que a direcção de distensão do segmento elástico é geralmente transversal em relação à primeira direcção. 5

15. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, em que o substrato é uma trama.

16. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 14 em que o substrato é uma película.

17. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 14, em que o substrato é uma estrutura compósita.

18. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores,1 o qual compreende também os passos seguintes: cortar o substrato em movimento para originar um conjunto de substratos discretos e dobrar cada substrato discreto ao longo de uma linha de dobragem.

19. Método de acordo com a reivindicação 18, o qual compreende também o passo que consiste em colar os rebordos exteriores de cada substrato dobrado para formar uma abertura da cintura e um par e aberturas para as pernas.

20. Método de acordo com a reivindicação 19, o qual compreende também o passo que consiste em activar a parte temporariamente inibida de cada substrato colado para juntar o segmento não elástico.

21. Método de acordo com a reivindicação 4, em que o substrato parcialmente elástico é uma estrutura compósita que possui uma folha de remate contínua, uma folha de suporte contínua, um conjunto de estruturas absorventes e afastadas entre si e aplicadas entre a

9 j 6 folha de remate contínua e a folha de suporte continua e um conjunto de elementos laterais elásticos afastados entre si sobre os lados opostos da folha de suporte contínua, sendo extensível numa direcção diferente da primeira direcção; e em que no passo de corte (Qc) a fita elástica é cortada em fitas elásticas discretas, por forma a que cada uma dessas fitas elásticas possua um par de partes elásticas e uma parte temporariamente inibida de permeio; e em que no passo de posicionamento (IV) cada uma dessas fitas elásticas e colocada sobre a estrutura compósita em movimento, por forma a que a parte temporariamente inibida da fita fique sobre a folha de suporte e o par de partes elásticas fique sobre um correspondente par de elementos laterais elásticos opostos e afastados entre si.

22. Método de acordo com a reivindicação 21, o qual compreende também os passos seguintes: cortar a estrutura compósita em movimento para dar origem a um conjunto de estruturas compósitas discretas e dobrar cada estrutura compósita discreta ao longo de uma linha de dobragem.

23. Método de acordo com a reivindicação 22, o qual compreende também o passo que consiste em colar os rebordos exteriores de cada estrutura compósita dobrada para formar uma abertua da cintura e um par de aberturas para as pernas.

24. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações 21 a 23, o qual compreende também o passo que consiste em activar a parte temporariamente inibida de cada estrutura compósita colada. 7

25. Método de acordo cora uma qualquer das reivindicações 21 a 24, em que as partes elásticas da fita possuem uma elasticidade que é praticamente igual à elasticidade dos elementos laterais elásticos.

26. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações 21 a 25, em que o passo de realização da inibição temporária consiste em inibir temporariamente partes da fita elástica para ficar com uma elasticidade diferente dos elementos laterais elásticos.

27. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações 21a 26, o qual compreende também o passo que consiste em colocar sob tensão a fita elástica antes do passo de realização da inibição temporária.

28. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações 21 a 27, em que a direcção de distensão dos elementos laterais elásticos é geralmente transversal em relação à primeira direcção.

29. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações 21 a 28, em que a folha de remate é uma trama não entretecida e a folha de suporte é uma película.

Lisboa, 10 de