PT1996031E - Fórmula para recém-nascido pré-termo - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO
FÓRMULA PARA RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a um método para alimentar recém-nascidos com baixo peso (recém-nascidos LBW), recém-nascidos de muito baixo peso (recém-nascidos VLBW), recém-nascidos de extremo baixo peso (recém-nascidos ELBW) e recém-nascidos pré-termo para melhorar a sua tolerância oral.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
Devido a um tracto digestivo imaturo, os bebés que nascem prematuramente muitas vezes sofrem de problemas relacionados com o tracto digestivo, tais como a prisão de ventre, dificuldades de engolir, vómitos, refluxo, cãibras e problemas de digestão. Além disso, a nutrição oral não costuma ser facilmente tolerada. A consequência é que os bebés pré-termo são muitas vezes mantidos com uma nutrição parenteral durante um periodo maior, com um elevado risco de complicações secundárias tais como infecções e atrofia intestinal. Portanto, a redução do tempo de nutrição parenteral e a estimulação da tolerância oral é extremamente desejável.
No mercado, há muitas fórmulas disponíveis para recém-nascidos a termo (completo) . No entanto, estas não são óptimas para serem administradas a bebés frágeis, tais como os recém-nascidos pré-termo. Os inconvenientes destas fórmulas resultam na pouca aceitação da nutrição por parte dos recém-nascidos pré-termo. 0 Pedido de Patente europeia EP0758846 descreve composições de gordura para principalmente serem usadas em fórmulas para lactentes nutricionalmente completas em que os ingredientes como os óleos de ácido palmítico e os óleos de ácido oleico são co- 1/21 aleatorizados. A invenção também inclui este tipo de composições de gorduras aleatorizadas com triglicerideos de cadeia média adicionados, particularmente para serem usados em produtos nutritivos para recém-nascidos pré-termo ou para recém-nascidos de baixo peso. 0 Pedido de Patente W09629881 descreve alimentos para recém-nascidos prematuros e bebés e alimentos dietéticos assim como um processo para a sua produção tendo como base o leite, ingredientes do leite e produtos lácteos de mamíferos. Os alimentos contêm alguma ou toda a albumina e a beta-lactoglobulina na forma de monómeros. 0 rácio entre a alfa-lactalbumina e a beta-lactoglobulina é melhorado em relação ao leite dos ruminantes. Os alimentos pelo menos contêm a mesma quantidade de beta-caseína como alfa-s-caseína.
RESUMO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se à alimentação de recém-nascidos de baixo peso (recém-nascidos LBW), recém-nascidos de muito baixo peso (recém-nascidos VLBW), recém-nascidos de extremo baixo peso (recém-nascidos ELBW) e recém-nascidos pré-termo (= prematuros) (de aqui para a frente comummente chamados "recém-nascidos frágeis") com uma fórmula particularmente adaptada para estimular a tolerância ao alimento do recém-nascido frágil. Estes recém-nascidos frágeis não têm um tracto intestinal completamente maduro, e portanto muitas vezes experimentam problemas de evacuação. Particularmente um tempo de trânsito prolongado provoca prisão de ventre e em última instância também inibe a tolerância oral da composição alimentar. Assim, a presente composição pode ser usada de maneira adequada para estimular a tolerância oral e/ou para reduzir problemas de evacuação e/ou para reduzir infecções nos recém-nascidos frágeis. 2/21
Foi descoberto que os precipitados dos sais do ácido palmítico contribuem de forma importante para a prisão de ventre dos recém-nascidos pré-termo alimentados com fórmula para lactentes. A presente composição é particularmente adequada para impedir a formação dos precipitados de cálcio. Adicionalmente a presente composição estimula a dissolução dos precipitados e preferencialmente estimula a maturação do tracto gastrointestinal e melhora a função de barreira. A presente invenção refere-se a uma composição nutritiva adequada para alimentar os recém-nascidos frágeis, e em que diversas medidas são tomadas para ultrapassar os problemas anteriormente mencionados. Foram tomadas as medidas seguintes: - o teor de ácido palmitico da composição nutritiva é baixo, resultando assim uma formação reduzida de sabões de cálcio palmitico, que endurecem as fezes; a presente composição contém oligossacarideos prebióticos, preferencialmente oligossacarideos não digeríveis contendo galactose (galacto-oligossacarídeos); as fibras prebióticas são fermentadas pelas bactérias intestinais, formando desse modo ácidos gordos de cadeia curta, lactato, e reduzindo o pH intestinal; a redução do pH produz uma dissociação dos ditos sabões de cálcio. - preferencialmente a presente composição também contém ácidos gordos de cadeia média (MCT; 8:0, 10:0, 12:0); os MCT melhoram a absorção do cálcio e/ou absorção do ácido palmítico, contribuindo também para os efeitos desejáveis anteriormente mencionados.
Adicionalmente o efeito anterior, a menor formação de sabão como resultado do baixo teor de ácido palmítico e da presença de galacto-oligossacarídeos também produz uma maior 3/21 a presente invenção biodisponibilidade do cálcio. Portanto, também provê um método para estimular a absorção de cálcio num recém-nascido frágil.
Para alimentar os recém-nascidos pré-termo com aminoácidos equilibrados e óptimos utilizáveis para melhorar a maturação do intestino e a tolerância oral, foi utilizada uma proteína baixa em treonina. As fontes de proteína adequadas são, por exemplo, soro de leite ácido e/ou soro de leite doce com um teor reduzido de glicomacropeptideos (GMP).
Ainda que o teor de ácido palmítico seja reduzido e inclua na composição nutritiva oligossacarídeos prebióticos (não calóricos ou pouco calóricos) (preferencialmente galacto- oligossacarídeos) , é importante manter uma densidade calórica e uma osmolaridade óptimas. Os desvios significativos dos valores do leite materno em relação a estes parâmetros, contribuem a uma maior incidência de prisão de ventre e/ou diarreia e menor tolerância oral. A presente composição preferencialmente tem uma osmolaridade entre 250 e 360 mOsm/litro e uma densidade calórica entre 0.65 e 0.9 kcal/ml.
No entanto, tratar apenas o problema agudo de prisão de ventre não é óptimo devido a que este pode somente melhora temporariamente a situação. Consequentemente é altamente preferido estimular a maturação da barreira do intestino e incluir ingredientes capazes de estimular a maturação do intestino. Surpreendentemente estes ingredientes asseguram uma maior redução do tempo antes de que a alimentação completamente entérica possa ser iniciada. A fibra prebiótica presente já contribui a melhorar a função da barreira intestinal, melhorando a qualidade e a quantidade de mucina. Os inventores da presente invenção descobriram também que as concentrações baixas de ácidos gordos poliinsaturados de cadeia longa (LC PUFA) estimulam eficazmente a integridade da barreira intestinal e/ou reduzem a permeabilidade do intestino. Consequentemente, para 4/21 melhorar também a integridade intestinal, preferencialmente os LC PUFA são adicionados. Os LC PUFA reduzem a permeabilidade do tracto intestinal. A combinação de galacto-oligossacarídeos e LC PUFA melhora sinergisticamente a integridade da barreira.
Os efeitos vantajosos da presente invenção, como por exemplo o tempo de trânsito reduzido e a prisão de ventre reduzida, melhoram a tolerância oral do recém-nascido frágil. Além disso, o tempo de trânsito melhorado produz menos irritação e impede que surjam infecções, particularmente infecções intestinais tais como a colite (por exemplo a enterocolite necrotizante).
DESCRIÇÃO DETALHADA DE FORMAS PREFERIDAS DE REALIZAR A INVENÇÃO
Num aspecto a presente invenção provê o uso de uma composição com um teor de treonina entre 100 e 200 mg de treonina por 100 kcal compreendendo: a) entre 5 e 15% em peso de ácido palmitico tendo como base os ácidos gordos totais; e b) oligossacarideos prebióticos capazes de reduzir o pH no tracto intestinal, para o fabrico de uma composição nutritiva para reduzir o tempo para que a alimentação completa entérica possa ser iniciada e/ou para o tratamento e/ou para a prevenção de infecções nos recém-nascidos pré-termo, recém-nascidos de baixo peso (recém-nascidos LBW), recém-nascidos de muito baixo peso (recém-nascidos VLBW) e/ou recém-nascidos com um peso extremamente baixo (recém-nascidos ELBW), como o definido adicionalmente nas reivindicações 1 e 3.
Noutro aspecto a presente invenção provê uma composição adequada para ser administrada a recém-nascidos pré-termo, recém-nascidos de baixo peso (recém-nascidos LBW), recém-nascidos de muito baixo peso (recém-nascidos VLBW) e/ou recém-nascidos com um peso 5/21 extremamente baixo (recém-nascidos ELBW) com um teor de treonina entre 100 e 200 mg por 100 kcal compreendendo: a) entre 5 e 15% em peso de ácido palmitico tendo como base os ácidos gordos totais; e b) oligossacarideo não digerível que contém galactose, como o definido adicionalmente na reivindicação 4.
Recém-nascidos A presente invenção refere-se à alimentação de um recém-nascido seleccionado do grupo constituído por recém-nascidos de baixo peso (recém-nascidos LBW), recém-nascidos de muito baixo peso (recém-nascidos VLBW), recém-nascidos de extremamente baixo peso (recém-nascidos ELBW) e prematuros (= pré-termo) , daqui para a frente comummente chamados "recém-nascidos frágeis". Os recém-nascidos de baixo peso têm ao nascer um peso inferior a 2500 gramas. Os recém-nascidos de muito baixo peso têm ao nascer um peso inferior a 1500 gramas. Os recém-nascidos com um peso extremamente baixo têm ao nascer um peso inferior a 1000 gramas. Os recém-nascidos pré-termo (ou prematuros) nascem antes de que a 37a semana de gravidez tenha terminado.
Usos
Num aspecto, a presente invenção provê o tratamento e/ou a prevenção de doenças em recém-nascidos frágeis. Noutro aspecto a presente invenção provê um método para alimentar recém-nascidos frágeis, que compreende a administração aos ditos recém-nascidos frágeis a composição da presente invenção. Ao administrar a composição da presente invenção, a prisão de ventre é reduzida devido aos tempos reduzidos do trânsito gastrointestinal, às fezes mais moles e maior frequência de defecação. Isto resulta numa menor incidência de cãibras gastrointestinais e numa menor incidência de infecções. Em última análise, a função intestinal 6/21 melhorada produz uma melhor tolerância oral dos alimentos pelo recém-nascido e uma redução do tempo até que a alimentação completa entérica possa ser iniciada. Isto reduz o risco de infecções e de atrofia intestinal por nutrição parenteral.
Assim, a presente invenção provê: a) o tratamento e/ou a prevenção da prisão de ventre; b) tempos reduzidos de trânsito gastrointestinal; c) maior frequência de defecação; d) amolecimento das fezes; e) o tratamento e/ou a prevenção das cãibras intestinais; f) o tratamento e/ou a prevenção das infecções; g) melhor tolerância oral; h) estimulação do sistema imunitário e/ou i) a redução do tempo em que a alimentação completa entérica pode ser iniciada; nos recém-nascidos frágeis.
Numa forma de realizar a presente invenção esta provê o tratamento e/ou a prevenção de uma infecção seleccionada do grupo constituído por enterocolite necrotizante, infecção do tracto intestinal, infecções do tracto respiratório e infecções das vias urinárias num recém-nascido frágil, em particular administrando ao dito recém-nascido frágil a presente composição. 7/21
Palmítico 0 ácido palmítico (16:0) é um nutriente importante na dieta dos recém-nascidos frágeis. No entanto, normalmente o teor nutritivo do ácido palmítico para recém-nascidos frágeis é demasiado alto. O alto teor do ácido palmítico provoca a formação de sabão, prisão de ventre e vários outros efeitos secundários adversos. Consequentemente a presente composição contém entre 5 e 15% em peso de ácido palmítico tendo como base o ácido gordo total, mais preferencialmente entre 5 e 12.5% em peso. O ácido palmítico é preferencialmente incluído na composição como um triglicerídeo.
Oligossacarídeo A composição usada no método da presente invenção contém um oligossacarídeo prebiótico capaz de reduzir o pH no tracto intestinal. O termo oligossacarídeos como o usado na presente invenção refere-se a sacarídeos que têm um grau de polimerização (DP) de unidades sacarídeas que excedem 2 e que não são ou só são parcialmente digeridas no intestino pela acção de ácidos ou enzimas digestivas presentes no tracto humano digestivo superior (intestino delgado e estômago), mas que também são fermentadas pela flora intestinal humana. Os oligossacarídeos como os usados na presente invenção referem-se preferencialmente a sacarídeos que têm um grau de polimerização preferencialmente abaixo de 60 unidades de sacarídeo, preferencialmente abaixo de 40, ainda mais preferencialmente abaixo de 20, da forma mais preferível abaixo de 10.
Preferencialmente o oligossacarídeo da presente invenção é hidrossolúvel. A hidrossolubilidade pode ser adequadamente determinada de acordo com um método descrito por L. Prosky et al, J. Assoe. Anal. Chem 71: 1017-1023, 1988. O termo "fermentável", como o utilizado na presente invenção, refere-se à capacidade de sofrer decomposição por microrganismos na parte 8/21 inferior do tracto gastrointestinal (por exemplo cólon) em moléculas mais pequenas, em particular a conversão em ácidos gordos de cadeia curta e lactato. Numa forma mais preferida de realizar a invenção pelo menos 80% em peso dos oligossacarídeos presentes são prebióticos. "Prebióticos" são definidos como ingredientes alimentares não digeríveis que estimulam selectivamente o crescimento e/ou a actividade de uma ou mais espécies bacterianas no cólon e desse modo afectam beneficamente o hospedeiro (Gibson & Roberfroid, J. Nutr. 125:1401-1412 (1995)) .
Preferencialmente o oligossacarídeo prebiótico da presente invenção é seleccionado do grupo constituído por fruto-polissacarídeos (por exemplo inulina), fruto-oligossacarídeos, dextrinas não digeríveis, galacto-oligossacarídeos (incluindo trans-galacto-oligossacarídeos), xilo-oligossacarídeos, arabino-oligossacarídeos, gluco-oligossacarídeos, mano-oligossacarídeos, fuco-oligossacarídeos e misturas destes. Da forma mais preferível o oligossacarídeo da presente invenção é seleccionado do grupo constituído por fruto-oligossacarídeos, fruto-oligossacarídeos, e galacto-oligiossacarídeos. Preferencialmente o oligossacarídeo prebiótico da presente invenção é um oligossacarídeo não digerível que contém galactose.
Oligossacarídeo que contém galactose
Foi descoberto que os oligossacarídeos não digeríveis contendo galactose (daqui para a frente chamados "galacto-oligossacarídeos" ) são particularmente eficazes para reduzir o pH intestinal e/ou para estimular a formação de lactato no tracto intestinal (ver exemplo 1). Isto assegura uma menor formação de sabão e/ou estimula a dissolução de sabões precipitados. Portanto, a presente composição preferencialmente contém oligossacarídeos não digeríveis que contêm galactose. 9/21 0 presente oligossacarídeo não digerível da presente invenção que contém galactose (galacto-oligossacarídeo) preferencialmente contém pelo menos duas unidades de sacarídeo terminais, em que pelo menos uma unidade de sacarídeo terminal é seleccionada do grupo constituído por glicose e galactose; e pelo menos um sacarídeo terminal é seleccionado do grupo constituído por galactose e fucose. Preferencialmente pelo menos 75%, preferencialmente 100% dos sacarídeos dos galacto-oligossacarídeos estão ligados por ligações β. A expressão "sacarídeo terminal" refere-se a um sacarídeo que está ligado a outra unidade de sacarídeo (por exemplo galactose, glicose, frutose ou fucose). O galacto-oligossacarídeo da presente invenção preferencialmente não contém mais do que 4 sacarídeos terminais, preferencialmente não mais de 2.
Numa forma preferida de realizar a invenção, o galacto-oligossacarídeo contém pelo menos uma galactose terminal e outra seleccionada de pelo menos uma glicose terminal e uma fucose terminal. Ainda mais preferencialmente, os galacto-oligossacarídeos da presente invenção compreendem pelo menos uma galactose terminal e pelo menos uma glicose terminal. Preferencialmente o oligossacarídeo consiste em 2 unidades de sacarídeo terminais e na sua totalidade entre 2 e 60 unidades de sacarídeo.
Preferencialmente o galacto-oligossacarídeo é seleccionado do grupo constituído por trans-galacto-oligossacarídeos, galacto-oligossacarídeos, lacto-N-tetraose (LNT), lacto-N-neotetraose (neo-LNT), fucosil-lactose, LNT fucosilado e neo-LNT fucosilado. Numa forma particularmente preferida de realizar o presente método, este compreende a administração de trans-galacto-oligossacarídeos ([galactose]n_glicose); em que n é um número inteiro entre 1 e 60, isto é 2, 3, 4, 5, 6, ...., 59, 60; preferencialmente n é seleccionado de 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10/21 10). Os trans-galacto-oligossacarídeos (TOS) são por exemplo vendidos com a marca registada Vivinal™ (Borculo Domo Ingredients, Netherlands). Preferencialmente os sacarideos dos trans-galacto-oligossacarideos são ligados com ligações β.
Preferencialmente, a composição da presente invenção compreende 0.1 a 12 gramas de galacto-oligossacarideo por 100 gramas de peso em seco da composição, preferencialmente entre 0.5 e 8 gramas, mais preferencialmente entre 1.0 e 7.5 gramas. Após a reconstituição do pó em liquido e a administração da fórmula liquida ao recém-nascido, estas quantidades de galacto-oligossacarídeos provêem os efeitos desejados sem provocar desconforto intestinal.
Oligossacarideos diferentes
Para atingir um efeito de abaixamento do pH óptimo sobre o comprimento total do tracto intestinal, a composição da presente invenção contém preferencialmente dois oligossacarideos diferentes. Cada oligossacarídeo é fermentado por um microrganismo diferente na flora intestinal e/ou noutro sitio no tracto intestinal, dando como resultado um pH reduzido devido à melhor formação dos ácidos gordos de cadeia curta (SCFA). Um pH reduzido e uma melhor formação de SCFA reduzem a formação de sabão e reduzem a prisão de ventre. A presente invenção provê uma composição que compreende preferencialmente o oligossacarídeo A e o oligossacarídeo B. O oligossacarídeo A e o oligossacarídeo B têm ligações glicosidicas diferentes, graus de polimerização diferentes e/ou composições de monossacarideos diferentes. Preferencialmente o oligossacarídeo A é um oligossacarídeo não digerível que contém galactose. 11/21
De acordo com uma forma preferida de realizar a presente invenção, a percentagem de pelo menos um monossacarideo seleccionado do grupo constituído por glicose, frutose e galactose no oligossacarideo A é pelo menos 40% mais alta do que a percentagem do mesmo monossacarideo no oligossacarideo B, preferencialmente pelo menos 50%, mais preferencialmente pelo menos 75%, ainda mais preferencialmente pelo menos 90%. Uma maior diversidade de monossacarideos estimula uma população mais ampla de bactérias intestinais probióticas, dando como resultado um efeito de abaixamento do pH melhorado e uma estimulação melhorada dos ácidos gordos de cadeia curta. A percentagem de um monossacarideo no sacarideo pode ser simplesmente calculado dividindo o número da unidade monossacaridea respectiva (por exemplo glicose) no sacarideo pelo número total das unidades monossacarideas nesse sacarideo.
Preferencialmente os oligossacarideos A e B têm um grau de polimerização (DP) entre 2 e 200. Preferencialmente pelo menos 80% em peso, mais preferencialmente pelo menos 95% em peso, da forma mais preferível pelo menos 98% em peso do peso acumulativo dos oligossacarideos A e B tem um grau de polimerização (DP) abaixo de 100, mais preferencialmente abaixo de 60, da forma mais preferível abaixo de 40. Vantajosamente o DP mais baixo reduz a viscosidade e aumenta a fermentabilidade dos sacarideos não digeríveis. Preferencialmente pelo menos 50% em peso, preferencialmente pelo menos 75% em peso do peso acumulativo dos sacarideos A e B são sacarideos não digeríveis com um DP entre 2 e 9. Usando uma mistura com uma alta percentagem em peso de sacarideos pequenos o efeito da fermentabilidade e da estimulação no crescimento das bactérias do ácido láctico e das bifidobactérias é aumentado.
De acordo com uma forma preferida de realizar a presente invenção, o DP do oligossacarideo A é pelo menos 5 unidades de monossacarideo mais baixo do que o grau de polimerização do oligossacarideo B, preferencialmente pelo menos 10, ainda mais 12/21 preferencialmente pelo menos 15. A inclusão de um oligossacarideo com um grau de polimerização maior reduz a carga osmótica, o que é vantajoso para uma nutrição de um recém-nascido frágil e melhora a estimulação prebiótica da flora intestinal.
Preferencialmente, o oligossacarideo A tem um DP entre 2 e 9, mais preferencialmente entre 2 e 8. Preferencialmente o oligossacarideo B tem um DP entre 10 e 100. Os sacarideos A e B com um diferente DP podem ter a mesma composição ou uma composição de monossacarideos ligeiramente diferente, preferencialmente diferentes composições de monossacarideos.
Numa forma preferida de realizar a presente invenção, a percentagem de pelo menos um tipo de ligação glicosidica do sacarideo tendo como base todas as ligações glicosidicas do oligossacarideo A é pelo menos 40% mais alta do que a percentagem da mesma ligação glicosidica no oligossacarideo B, preferencialmente pelo menos 50%, ainda mais preferencialmente pelo menos 75%. A expressão "ligação glicosidica" como é usada na presente invenção refere-se a uma união C-O-C formada entre os anéis de dois monossacarideos cíclicos pela eliminação da água. Uma maior diversidade das ligações glicosidicas estimula uma gama mais ampla de bactérias benéficas. As ligações glicosidicas diferem na forma em que os átomos de carbono se ligam de maneira covalente nas unidades de monossacarídeo nas posições diferentemente numeradas, e/ou formando ligações α ou β. Exemplos de diferentes tipos de ligações glicosidicas que se dão nos sacarideos não digeríveis são ligações β(1,3), β(1,2), β (1, 6) α (1,4) , β (2,1) , β (2, 6) , α(1,2), e β (1,4) .
Preferencialmente as ligações glicosidicas no oligossacarideo A compreendem pelo menos 40% de ligações glicosidicas β (1,4), mais preferencialmente pelo menos 75%. As ligações glicosidicas no oligossacarideo B preferencialmente compreendem pelo menos 40% 13/21 de ligações glicosídicas β (2,1), mais preferencialmente pelo menos 75%.
Numa forma de preferida de realizar a composição da presente invenção, esta contém uma combinação de um galacto- oligiosacarídeo com um DP médio entre 2 e 10 e um oligossacarideo seleccionado do grupo constituído por fruto-polissacarídeos (por exemplo inulina) e fruto-oligossacarídeos, mais preferencialmente uma combinação de galacto-oligossacarídeos e inulina.
Proteína A composição da presente invenção contém proteínas. As proteínas são essenciais para o crescimento do recém-nascido frágil. A proteína de soro de leite é muito adequada como uma fonte de proteína para recém-nascidos frágeis. No entanto, o soro de leite geralmente tem um alto teor de treonina. Um alto teor de treonina pode produzir hipertreoninemia. Portanto, preferencialmente foram tomadas medidas para reduzir o teor de treonina da presente composição.
Devido ao baixo teor inerente de treonina, a composição da presente invenção preferencialmente contém soro de leite ácido ou soro de leite doce onde pelo menos parte do glicomacropeptídeo (GMP) é removido. O componente de proteína preferencialmente contém proteína intacta não hidrolisada, hidrolisado proteico e/ou aminoácidos. Preferencialmente a composição da presente invenção contém proteína não hidrolisada. A composição da presente invenção contém entre 100 e 200 mg de treonina por 100 kcal, preferencialmente entre 125 e 175 mg de treonina por 100 kcal. 14/21 Ácidos gordos de cadeia média
Devido ao teor reduzido de ácido palmítico, o teor calórico e o teor de gordura da composição pode ser significativamente reduzido. No entanto Isto é indesejável. Portanto, para assegurar uma ingestão suficiente de gorduras e calorias, pelo menos parte da fracção de gordura é geralmente provida por triglicerideos de cadeia média. 0 triglicerideo de cadeia média tem a vantagem sobre os ácidos gordos de cadeia mais longa em que estes ácidos gordos são mais rapidamente absorvidos no tracto intestinal, reduzindo desse modo a formação de sabão de cálcio e reduzindo a prisão de ventre, dando como resultado uma melhor tolerância oral. Adicionalmente os MCT podem ser absorvidos sem que a lipase seja necessária. Como a produção de lipase em recém-nascidos frágeis é normalmente limitada, os MCT são particularmente adequados para serem incluídos na nutrição para recém-nascidos frágeis.
Os ácidos gordos de cadeia média (MCFA) incluem ácido caprílico (C8:0), ácido cáprico (CIO:0) e ácido láurico (C12:0). Estes são normalmente providos na forma de triglicerideos de cadeia média (MCT) , em que MC se refere a um comprimento de cadeia que compreende C8:0, C10:0 e C 12:0. A presente invenção preferencialmente contém 2 a 50% em peso de ácidos gordos de cadeia média tendo como base o peso total dos ácidos gordos, preferencialmente entre 2 e 25% em peso, ainda mais preferencialmente entre 2 e 10% em peso. Como o ácido láurico tem ainda certa capacidade para formar sabões de cálcio, preferencialmente a composição contém menos do que 25% em peso de ácido láurico tendo como base o peso total dos ácidos gordos, preferencialmente menos do que 12% em peso, mais preferencialmente menos do que 10% em peso tendo como base o peso total dos ácidos gordos. Ácidos gordos poliinsaturados 15/21
Os inventores da presente invenção descobriram também que o ácido eicosapentanóico (EPA, n-3), ácido docosahexaenóico (DHA, n-3) e ácido araquidónico (AA, n-6) reduzem efectivamente a permeabilidade das estruturas celulares impermeáveis intestinais. Os inventores da presente invenção descobriram que a tolerância oral é parcialmente estimulada para aumentar a maturação do intestino e reduzir assim a permeabilidade do intestino. Consequentemente a presente composição preferencialmente compreende pelo menos um ácido gordo poliinsaturado de cadeia longa seleccionado do grupo constituído por EPA, DHA e AA. A baixa concentração de LC PUFA já reduz eficazmente a permeabilidade das estruturas celulares impermeáveis. Portanto, o teor de LC PUFA com 20 e 22 átomos de carbono na composição da presente invenção, preferencialmente não excede 10% em peso do teor de gordura total, preferencialmente não excede 5% em peso, ainda mais preferencialmente não excede 3% em peso do teor de gordura total. Preferencialmente a composição da presente invenção compreende pelo menos 0.1% em peso, preferencialmente pelo menos 0.25% em peso, mais preferencialmente pelo menos 0.5% em peso, ainda mais preferencialmente pelo menos 0.75% em peso de LC PUFA com 2 0 e 22 átomos de carbono do teor de gordura total. O teor de ómega-3 dos LC-PUFA preferencialmente não excede 1% em peso do teor de gordura total; o teor de ómega-6 dos LC-PUFA preferencialmente não excede 2% em peso do teor de gordura total; o teor de AA (ómega-6) é preferencialmente inferior a 1% em peso do teor de gordura total; e/ou o rácio em peso de EPA/DHA é preferencialmente 1 ou inferior, mais preferencialmente inferior 0.5. 0 teor de EPA preferencialmente não excede 5% em peso da gordura total, mais preferencialmente não excede 1% em peso, mas é preferencialmente pelo menos 0.05% em peso, mais preferencialmente pelo menos 0.1% em peso da gordura total. O teor de DHA preferencialmente não excede 5% em peso, mais preferencialmente não excede 1% em peso, mas é pelo menos 0.1% em peso da gordura total. Como foi descoberto que o 16/21 AA resultou ser particularmente efectivo na redução da permeabilidade das estruturas celulares impermeáveis, a presente composição compreende quantidades relativamente altas, preferencialmente pelo menos 0.1% em peso, ainda mais preferencialmente pelo menos o 0.25% em peso, da forma mais preferível pelo menos o 0.5% em peso da gordura total. A composição da presente invenção preferencialmente compreende entre 5 e 75% em peso de ácidos gordos poliinsaturados baseados na gordura total, preferencialmente entre 10 e 50% em peso. 0 LC-PUFA com 20 e 22 átomos de carbono pode ser provido como ácidos gordos livres, em forma de triglicerideos, em forma de fosfolipideos, ou como uma mistura de um de mais dos anteriores. Preferencialmente a composição da presente invenção compreende pelo menos um de AA e DHA na forma de fosfolipideos.
Formulação
Para subministrar a nutrição suficiente ao recém-nascido, preferencialmente a composição da presente invenção compreende lipidios, proteínas e hidratos de carbono digeríveis e é preferencialmente administrada na forma líquida. A expressão "alimento líquido" como é utilizada na presente invenção inclui alimentos secos (por exemplo pó) que vêm acompanhados de instruções de como misturar a dita mistura de alimentos secos com um líquido adequado (por exemplo água). Preferencialmente, a presente composição é usada como uma fórmula para lactentes e preferencialmente compreende 7 a 15 en % de proteina, 30 a 50 en % de hidratos de carbono e 40 a 60 en % de lipidios. (en % é a forma abreviada de percentagem de energia e representa a quantidade relativa com que cada ingrediente contribui para o valor calórico total da preparação). À fórmula nutritiva pode ser adicionada uma fonte de hidratos de carbono digeríveis.
Preferencialmente a lactose é provida como uma fonte de hidratos de carbono digeríveis. A lactose assegura uma fácil digestão de 17/21 uma maneira muito parecida à digestão do leite materno. Preferencialmente, a composição da presente invenção contém pelo menos 40% em peso de lactose tendo como base a totalidade dos hidratos de carbono digeríveis, mais preferencialmente pelo menos 60% em peso, da forma mais preferível pelo menos 75% em peso.
Foi descoberto que também podem ser reduzidos os problemas de defecação com a administração da composição da presente invenção nos alimentos líquidos com uma osmolaridade entre 200 e 400 mOsm/litro, preferencialmente entre 250 e 360 mOsm/1, preferencialmente entre 250 e 300 mOsm/1 quando a composição contém proteínas intactas (por exemplo não hidrolisadas). Os alimentos líquidos da presente invenção preferencialmente têm uma densidade calórica entre 0.65 e 0.9 kcal/ml.
EXEMPLOS
Exemplo 1: Redução do pH nas fezes dos recém-nascidos
Os recém-nascidos foram alimentados com uma fórmula que não continha nenhum aditivo (controlo); galacto-oligossacarídeos (GOS) (Vivinal-GOS™, Friesland Foods, The Netherlands); uma combinação de GOS (Vivinal-GOS™ com inulina (Raftiline™, Orafti) (GOS/inulina) e leite materno (BM) . Passadas 16 semanas foi determinado o pH das fezes (ver quadro 1). QUADRO 1 Fórmula pH das fezes Controlo 7.1 GOS 6.5 GOS/inulina 5.6 BM 5.7 18/21 0 anterior indica o efeito do abaixamento do pH do presente galacto-oligossacarideo e é indicativo do uso vantajoso do galacto-oligossacarideo na fórmula da presente invenção baixa em ácido palmitico e em treonina. 0 efeito do abaixamento do pH da combinação de TOS e inulina é indicativo do uso eficaz de dois oligossacarideos diferentes na composição da presente invenção.
Exemplo 2: Produção de lactato de galacto-oligossacarideo
Foi estudada a capacidade da inulina, do galacto-oligossacarideo (GOS), dos oligossacarideos de leite humano (HMO) e uma combinação de GOS e inulina, para estimular a produção de lactato num sistema de fermentação descontinuo semidinâmico in vitro usando fezes de recém-nascidos.
As fezes frescas foram obtidas de recém-nascidos saudáveis alimentados com biberão e suspensas com 500 mg de diferentes prebióticos (ver quadro 2) . Como fonte de GOS foi usado Vivinal GOS (Friesland Foods, The Netherlands); como fonte de inulina foram usados RaftilinHP (Orafti); e oligossacarideos do leite humano isolados (HMO). Passadas 3 horas de incubação foram tiradas amostras. Os resultados são expressos como quantidades de lactato formado por g de prebiótico adicionado, e dados no quadro 2. QUADRO 2
Prebiótico Lactato (mmol/g prebiótico) Branco 0 Inulina (500 mg) 0.003 GOS (500 mg) 0.180 GOS/inulina (450 + 50 mg) 0.212 HMO (500 mg) 0.244 19/21
Dos resultados, é evidente que a adição do galacto- oligossacarídeo da presente invenção resulta em quantidades altas de lactato. Isto é indicativo do uso vantajoso do galacto-oligossacarídeo na composição e método da presente invenção.
Exemplo 3: Fórmula para recém-nascido pré-termo Fórmula para recém-nascido pré-termo contendo por 100 ml: 2.5 gramas de proteína (compreendendo 123.2 mg de treonina, que corresponde a 154 mg de treonina por 100 kcal para esta composição); 7.6 gramas de hidratos de carbono (incluindo 6.4 gramas de lactose); 4.4 gramas de gordura (incluindo 12% em peso de ácido palmítico tendo como base o ácido gordo total, 0.35% em peso de DHA tendo como base os ácidos gordos totais, 0.45% em peso de AA tendo como base os ácidos gordos totais, 0.1% em peso de EPA tendo como base os ácidos gordos totais, 5% em peso de MCT tendo com base a gordura total, 40% em peso de ácido oleico e 13.3% de ácido linoleico); 0.8 gramas de fibra dietética (0.72 gramas de galacto-oligossacarídeos (Vivinal™, Friesland Foods) e 0.08 gramas de inulina (Raftilin, Orafti™); densidade calórica 80 kcal/100 ml; osmolaridade 290 mOsm/1.
Lisboa, 10 de Outubro de 2009-10-19 20/21
REFERÊNCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO
Esta lista de referências citadas pelo titular tem como único objectivo ajudar o leitor e não forma parte do documento de patente europeia. Ainda que na sua elaboração foi tido o máximo cuidado, não se podem excluir erros ou omissões e a este respeito a EPO declina qualquer responsabilidade.
Documentos de Pedidos de Patente citados na descrição EP 0758846 A
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Claims (10)
- REIVINDICAÇÕES 1. Uso de uma composição com um teor de treonina entre 100 e 200 mg de treonina por 100 kcal caracterizada por esta compreender: a. entre 5 e 15% em peso de ácido palmitico tendo como base os ácidos gordos totais; e b. oligossacarideos prebióticos capazes de reduzir o pH no tracto intestinal, para o fabrico de uma composição nutritiva para: (a) aumentar a tolerância oral; (b) reduzir os tempos do trânsito gastrointestinal; e/ou (c) reduzir o tempo em que a alimentação entérica completa pode ser iniciada nos recém-nascidos que nasceram antes de que a 37a semana de gravidez terminasse e/ou recém-nascidos que ao nascer tinham um peso inferior a 2500 gramas e/ou recém-nascidos que ao nascer tinham um peso inferior a 1500 gramas e/ou recém-nascidos que ao nascer tinham um peso inferior a 1000 gramas.
- 2. O uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o oligossacarideo prebiótico ser um oligossacarideo não digerível que contém galactose.
- 3. O uso de uma composição com um teor de treonina entre 100 e 200 mg de treonina por 100 kcal, caracterizada por esta compreender a) entre 5 e 15% em peso de ácido palmitico tendo como base os ácidos gordos totais e 1/3 b) oligossacarídeos não digeríveis que contêm galactose para o fabrico de uma composição nutritiva para alimentar recém- nascidos que nasceram antes de que a 37 a semana de gravidez terminasse e/ou recém-nascidos que ao nascer tinham um peso inferior a 2500 gramas e/ou recém-nascidos que ao nascer que tinham um peso inferior a 1500 gramas e/ou recém-nascidos que a nascer tinham um peso inferior a 1000 gramas.
- 4. Uma composição com um teor de treonina entre 100 e 200 mg de treonina por 100 kcal e que contém proteínas não hidrolisadas caracterizada por esta compreender: a. entre 5 e 15% em peso de ácido palmítico tendo como base os ácidos totais gordos; e b. oligossacarídeo não digerível contendo galactose; e c. entre 2 e 25% em peso de ácidos gordos de cadeia média tendo como base o peso total dos ácidos gordos.
- 5. A composição de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por esta compreender entre 7 e 15 en % de proteínas, entre 30 e 50 en % de hidratos de carbono e entre 40 e 60 en% de lipídios.
- 6. A Composição de acordo com a reivindicação 4 ou 5, caracterizada por esta ter uma osmolaridade entre 250 e 360 mOsm/litro e uma densidade calórica entre 0.65 e 0.9 kcal/ml.
- 7. A Composição de acordo com qualquer uma das reivindicações de 4 a 6, caracterizada por esta compreender entre 2 e 10% em peso de ácidos gordos de cadeia média tendo como base o peso total dos ácidos gordos.
- 8. A composição de acordo com qualquer uma das reivindicações de 4 a 7 caracterizada por esta compreender menos do que 25% em 2/3 peso de ácido láurico tendo como base o peso total dos ácidos gordos.
- 9. A composição de acordo com qualquer uma das reivindicações de 4 a 8, caracterizada por esta compreender um ácido gordo poliinsaturado de cadeia longa seleccionado do grupo constituído por ácido eicosapentanóico (EPA, n-3), ácido docosahexaenóico (DHA, n-3) e ácido araquidónico (AA n-6).
- 10. A composição de acordo com qualquer uma das reivindicações de 4 a 9, caracterizada por esta ser usada como um medicamento. Lisboa, 19 de Outubro de 2009 3/3
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