PT1226148E - Novos oligossacáridos, sua preparação e composições farmacêuticas que os contêm - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO "NOVOS OLIGOSSACÁRIDOS, SUA PREPARAÇÃO E COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS QUE OS CONTÊM" A presente invenção refere-se a oligossacáridos de fórmula:
às suas misturas, aos seus diastereoisómeros, ao seu processo de preparação e às composições farmacêuticas que os contêm.
Foram descritos por H.P. WESSEL, J. Carbohydrate Chemistry, 11(8), 1039-1052 (1992) dissacáridos sulfatados possuindo, na extremidade redutora, uma estrutura 1,6-anidro; não é referida qualquer actividade farmacológica para estes.
Foram igualmente descritos na patente EP84999 e por Y. ICHIKAWA et al.r Carbohydr. RES, 141, 273-282 (1985) trissacáridos sulfatados contendo um motivo 1,6-anidro como intermediários para a preparação de oligossacáridos superiores. Estes trissacáridos têm uma actividade anti-Xa fraca. 1
Na fórmula (I) n é um número inteiro de 0 a 25, Ri, R3, R4 e R5, idênticos ou diferentes, representam um átomo de hidrogénio ou um radical S03M, R2 e R6, idênticos ou diferentes, representam um átomo de hidrogénio ou um radical SO3M ou COCH3 e M é sódio, cálcio, magnésio ou potássio.
Estes oligossacáridos contêm, deste modo, um número par de sacáridos.
Na fórmula (I), R4 é, de um modo preferido, um átomo de hidrogénio.
De um modo preferido, n é um número inteiro de 0 a 10 e, em particular, de 0 a 6 e, ainda mais particularmente, de 1 a 6.
Os oligossacáridos de fórmula (I) podem ser preparados por acção de um hidróxido de metal alcalino ou de amónio quaternário sobre oligossacáridos de fórmula:
em que n é um número inteiro de 0 a 25, Ri, R3, R4 e R5, idênticos ou diferentes, representam um átomo de hidrogénio ou um radical SO3M, R2 e Rg, idênticos ou diferentes, representam um átomo de hidrogénio ou um radical S03M ou C0CH3 e M é sódio, cálcio, magnésio ou potássio ou uma sua mistura. 2
Esta reacçao realiza-se em meio aquoso, a uma temperatura de 40 a 80 °C, a um pH de 10 a 13.
Como hidróxido de metal alcalino que pode ser utilizado, pode-se referir hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido de litio e hidróxido de césio.
Como hidróxido de amónio quaternário que pode ser utilizado, pode-se referir hidróxido de tetrabutilamónio. A quantidade de hidróxido de metal alcalino ou de amónio quaternário deve ser suficiente para que o pH do meio de reacção permaneça estável durante toda a duração da reacção. E deste modo necessário adicionar em continuo ao longo da reacção hidróxido de metal alcalino ou de amónio quaternário.
De um modo preferido, o amónio quaternário ou o hidróxido de metal alcalino estão sob a forma de solução aquosa de 1 a 5%.
De um modo preferido, a reacção realiza-se a uma temperatura de 60 a 70 °C.
De um modo vantajoso, o pH de reacção é de 11 a 12,5. A reacção é terminada por acidificação do meio de reacção, por exemplo, por adição de resina ácida, tal como a resina Amberlite IR120r (Fluka).
Os oligossacáridos de fórmula (I) podem ser eventualmente purificados por cromatografia de permeação em gel do tipo poliacrilamida-agarose, tal como o comercializado sob a marca
Ultrogel ACA202R (Biosepra) de acordo com o protocolo descrito 3 abaixo para a separação dos oligossacáridos intermediários de fórmula (II) . Os oligossacáridos de fórmula (I) em que n é 0 ou 1 podem ser, também, eventualmente purificados em coluna de alumina com uma mistura água-etanol como eluente.
Os oligossacáridos intermediários de fórmula (II) e as suas misturas podem ser obtidos por separação por cromatografia em gel a partir de uma mistura de oligossacáridos (III) obtida por despolimerização enzimática da heparina ou despolimerização básica do éster benzilico da heparina ou de um éster benzilico da heparina de hemi-sintese.
Esta cromatografia é realizada em colunas com enchimento de gel do tipo poliacrilamida-agarose, tal como o comercializado sob a marca Ultrogel ACA202R (Biosepra). De um modo preferido, utiliza-se uma bateria de colunas de gel de poliacrilamida agarose. 0 número de colunas utilizadas é adaptado de acordo com o volume, o gel e os oligossacáridos a serem separados. A mistura é eluída por uma solução contendo tampão de fosfato e cloreto de sódio. De um modo preferido, a solução de tampão de fosfato é uma solução de NaH2P04/Na2HP04 0,02 mol/L (pH 7) contendo cloreto de sódio 0,1 mol/L. A detecção das diferentes fracções é realizada por espectrometria UV (254 nm) e iónica (IBF) . As fracções obtidas deste modo podem ser, de seguida, eventualmente purificadas, por exemplo, por cromatografia SAX (troca aniónica forte) de acordo com os métodos conhecidos do especialista na técnica e, nomeadamente, de acordo com os métodos descritos por K. G. Rice e R. J Linhardt, Carbohydrate Research 190, 219-233 (1989), A. Larnkjaer, S. H. Hansen e P. B. Ostergaard, Carbohydrate Research, 266, 37-52 (1995) e na patente W090/01501 (exemplo 2). As fracções são, de seguida, liofilizadas, depois, são dessalinizadas numa coluna com 4 enchimento de gel, tal como uma coluna de gel Sephadex G10R (Pharmacia Biochemicals).
Quando a purificação não é realizada por cromatografia SAX, os liofilizados podem ser eventualmente purificados por precipitação simples ou fraccionada de acordo com os métodos conhecidos do especialista na técnica e, nomeadamente, de acordo com o método descrito na patente FR2548672. De um modo geral, procede-se de acordo com o protocolo seguinte: A fracção liofilizada a purificar é dissolvida a 25 °C em cerca de dez volumes de água destilada. Faz-se precipitar o oligossacárido pretendido, por adição de metanol ou etanol, controlando o seu enriquecimento por cromatografia HPLC (Cromatografia Liquida de Elevado Desempenho). A adição de metanol ou etanol é determinada em função da pureza e do rendimento pretendido do referido oligossacárido. Do mesmo modo, esta operação pode ser realizada em várias etapas sucessivas a partir da solução inicial de liofilizado. Para isso, adiciona-se agente insolubilizante (metanol ou etanol) em pequenas porções e, após cada adição, isola-se o precipitado obtido. Os precipitados preparados deste modo são analisados por cromatografia HPLC. De acordo com a pureza e o rendimento pretendidos, recolhem-se as fracções adequadas de precipitado.
Para os intermediários de fórmula (II) em que n = 0, 1 ou 2, é preferido partir de uma mistura (III) obtida por despolimerização enzimática.
Esta despolimerização realiza-se utilizando heparinase I (EC. 4.2.2.7), dentro de uma solução tampão de fosfato de pH 7, na presença de cloreto de sódio e BSA (Albumina de Soro Bovino), 5 a uma temperatura compreendida entre 10 e 18 °C e, de um modo preferido, 15 °C, durante 8 a 10 dias e, de um modo preferido, 9 dias. A despolimerização é terminada, por exemplo, por aquecimento do meio de reacção a 100 °C durante 2 minutos e a mistura é recuperada por liofilização. É preferido utilizar 7 UI de heparinase I por 25 g de heparina. A solução de tampão de fosfato compreende geralmente NaH2PC>4/Na2HPC)4 0,05 mol/L (pH 7) na presença de cloreto de sódio 0,1 mol/L. A concentração em BSA é, geralmente, de 2%.
Para os intermediários de fórmula (II) em que n = 0, 1, 2, 3 ou 4, é preferido partir de uma mistura (III) obtida por despolimerização do éster benzilico da heparina. 0 éster benzilico da heparina pode ser preparado de acordo com os métodos descritos nas patentes US5389618, EP40144, FR2548672. A proporção de esterificação irá estar, de um modo preferido, compreendida entre 50 e 100%. De um modo preferido, esta irá estar compreendida entre 70 e 90%. A despolimerização realiza-se em meio aquoso, utilizando hidróxido de metal alcalino (por exemplo, hidróxido de litio, hidróxido de sódio, hidróxido de potássio ou hidróxido de césio) ou hidróxido de amónio quaternário (por exemplo, hidróxido de tetrabutilamónio), de um modo preferido, com um molaridade compreendida entre 0,1 e 0,2 mol/L, a uma temperatura compreendida entre 40 e 80 °C, durante 5 a 120 minutos. Num modo preferido, opera-se durante 5 a 15 minutos, a uma temperatura compreendida entre 60 e 70 °C, com uma solução de hidróxido de sódio 0,15 mol/L. A reacção de despolimerização é terminada por neutralização por adição de um ácido, tal como ácido acético. Após a adição de acetato de sódio a 10% em peso por volume, a 6 mistura de oligossacáridos é precipitada por adição de metanol, de um modo preferido, 2 volumes por 1 volume de meio de reacção e filtrado.
De acordo com um aspecto preferido da invenção, a mistura de oligossacáridos obtida após despolimerização química, sob a forma de uma solução aquosa, é enriquecida por ultrafiltração em membranas com limiar de rejeição nominal adequado (tipo Pellicon em celulose regenerada, comercializadas por Millipore) ; sendo o tipo de membrana adaptado em função do tipo de oligossacáridos enriquecidos a recuperar. Para os oligossacáridos (II) em que n = 0, ir-se-á utilizar uma membrana com um limiar de rejeição nominal de 1 kDa, para os oligossacáridos (II) em que n = 1, ir-se-á utilizar uma membrana de 1 kDa ou 3 kDa, para os oligossacáridos (II) em que n = 2, ir-se-á utilizar uma membrana de 3 kDa, para os oligossacáridos (II) em que n = 3 ou 4, ir-se-á utilizar uma membrana de 5 kDa. Durante esta operação, o permeado é recuperado e o retido é rejeitado. Deste modo, a fracção do produto enriquecido pode representar de 50 a 10% da mistura inicial de oligossacáridos conservando, pelo menos, 80% do oligossacárido pretendido.
Para os intermediários de fórmula (II) em que n = 0 a 25, é preferido partir de uma mistura (III) obtida por despolimerização de um éster benzílico de polissacárido sulfatado de hemi-sintese. 0 éster benzílico de polissacárido sulfatado de hemi-sintese é preparado a partir de polissacáridos sulfatados de hemi-sintese obtidos do polissacárido K5 e de acordo com os métodos descritos nas patentes W094/29352 e W096/14425. As condições de esterificação, despolimerização e recuperação são as mesmas que as descritas anteriormente para o éster benzílico da heparina. 7
Em todos os processos anteriores, a heparina inicial pode ser de origem porcina, ovina, caprina ou bovina e pode provir de mucos, pulmões ou peles dos animais. De um modo preferido, utiliza-se uma heparina de muco porcino, ovino ou de pulmões de bovino e, de um modo ainda mais preferido, de muco porcino. 0 oligossacáridos de fórmula (I) apresentam propriedades anti-inflamatórias e podem ser, deste modo, utilizados para a prevenção ou o tratamento de doenças relacionadas com um processo inflamatório envolvendo a produção de substâncias citotóxicas, tal como monóxido de azoto (NO) cuja forma induzivel é libertada nomeadamente pelos neutrófilos ou macrófagos quando estes migram e são activados ao nivel de um tecido. A activação, migração, adesão e infiltração do neutrófilos ocorrem ao nivel de zonas tecidulares isquemiadas após uma oclusão ou um espasmo de uma artéria vascularizando este tecido. Estas isquemias podem ocorrer ao nível cerebral (acidente vascular cerebral), ao nível do miocárdio (enfarte do miocárdio) ou ao nível dos membros inferiores (isquemias ditas periféricas). Os oligossacáridos de fórmula (I) podem ser, deste modo, utilizados para a prevenção e/ou o tratamento de doenças neurodegenerativas em que a inflamação cerebral desempenha um papel nocivo podendo originar a morte de entre as quais se podem referir isquemias cerebrais, isquemias cardíacas (enfarte do miocárdio), isquemias periféricas, traumatismo do sistema nervoso central e, nomeadamente, traumatismos cranianos, espinais e cranio-espinais, esclerose múltipla, dor neuropática e neuropatias periféricas, doenças do motoneurónio das quais esclerose lateral amiotrófica, neuro-sida, doença de Alzheimer, doença de Parkinson e Coreia de Huntington e determinadas formas de osteoartrites, nomeadamente, com localização articular. A actividade anti-inflamatória destes produtos é demonstrada in vivo no teste de produção de NOx (nitrito e nitrato) induzida por um lipopolissacárido (LPS) proveniente de E. coli de acordo com o protocolo descrito por M. YAMASHITA et al. , Eur. J Pharmacol, 338, 2, 151-158 (1997) ou J. E. SHELLITO et al. Am. J. Respir. Cell Mol. Bíol. , 13, 1, 45-53 (1995) .
Injectam-se murganhos CD1 do sexo masculino (Charles River, 25-35 g) , no TO com bólus de oligossacárido 0,5 mg/kg por via intravenosa, no T + 15 minutos, 1 ou 2 mg/kg de oligossacárido por via subcutânea. No T + 30 minutos, administra-se lipopolissacárido (LPS) 100 mg/kg proveniente de E. coli (Sigma L3129, serotipo 0127:B8). No T + 3 horas injecta-se novamente oligossacárido 1 ou 2 mg/kg por via subcutânea. No T + 5 horas e 30 minutos, é recuperada uma amostra do sangue por punção no olho e são determinadas as concentrações de NOx (nitrito e nitrato) no plasma com o método colorimétrico de Griess após a redução do nitrato em nitrito pela redutase de nitrato da forma seguinte: são misturados 12 pL de amostra de plasma com 88 pL de água desionizada e incubados durante 1 hora no escuro, à temperatura ambiente, com 40 pL de tampão de fosfato (0,31 M, pH 7,5), 20 pL de β-NADPH (fosfato de nicotinamida adenina dinucleótido reduzido) (0,86 mM), 20 pL de FDA (flavina adenina dinucleótido) (0,11 mM) e 20 pL de redutase de nitrato (2 U/mL) (Boehringer Mannheim) . São adicionados 10 pL de ZnS04 (1 M) para precipitar as proteínas e após mistura, as amostras são centrifugadas a 20000 g durante 5 minutos. Finalmente, são incubados 50 pL de sobrenadante durante 10 minutos, à temperatura ambiente, com 100 pL do reagente de Griess (sulf anilamida a 1% numa mistura ácida fosfórico/naftietilenodiamina 0,1% em água desionizada (V/V)). 9
As densidades ópticas são lidas a 540 nm com um espectrofotómetro de microplacas; sendo cada ponto determinado 2 vezes. São utilizados KNO3 e NaNC>2 como padrão para o método colorimetrico.
Neste teste, os oligossacáridos, de acordo com a invenção, inibem a formação NOx a mais de 50%.
Dos oligossacáridos de fórmula (I) preferidos, podem-se referir, nomeadamente, os oligossacáridos em que: n é igual a 0, Ri e R6 representam um radical SCqNa e M é sódio e a mistura dos seus diastereoisómeros n é igual a 1, Ri, R2, R3, R5, R&, representam um radical SCqNa, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio e a mistura dos seus diastereoisómeros n é igual a 2, Ri, R2, R3, R5, Rô representam um radical SOsNa, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio e a mistura dos seus diastereoisómeros. n é igual a 2, Ri, R2, R3, R6, representam um radical SOsNa, R5 representa um átomo de hidrogénio ou um radical S03Na, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio e a mistura dos seus diastereoisómeros (derivado 1,6 anidro AIs-Is-IIs).
Os exemplos seguintes são representativos da preparação do oligossacáridos de fórmula (I) e dos intermediários.
Nestes exemplos os significados das abreviaturas são como se segue: 10
Ais: (ácido 4-desoxi-2-0-sulfo-a-L-treo-hex-
enopiranossilurónico) - (1-,4) -2-desoxi-2-sulfoamino-6-O-sulfo-a-D glucopiranose, sal tetrassódico ou, ainda, AUAp2S-(l->4) -a-D-GlcNp2S6S
Is: (ácido 2-sulf o-a-L-idopiranossilurónico) - (l->4)-2-desoxi-2-sulfoamino-6-O-sulfo-a-D-glucopiranose, sal tetrassódico ou, ainda, a-L-IdoAp2S- (1-,4) -a-D-GlcNp2S6S
lis: (ácido α-L-idopiranossilurónico)-(1^4)-2-desoxi-2-sulfoamino-6-0-sulfo-a-D-glucopiranose, sal trissódico ou, ainda, α-L-IdoAp- (1-,4) -a-D-GlcNp2S6S
IIIs: (ácido 2-sulf o-a-L-idopiranossilurónico) -(1-,4)-2-desoxi-2 sulfoamino-a-D-glucopiranose, sal trissódico ou, ainda, a.-L-IdoAp2S- (1-,4) -a-D-GlcNp2S
IdoAp: ácido idopiranossilurónico
GlcNp: 2-desoxi-2-aminoglucopiranose AUap: ácido 4-desoxi-a-L-treo-hex-enopiranossilurónico S: sulfato 11 EXEMPLOS DE PREPARAÇÃO DE MISTURAS DE FÓRMULA (II) EXEMPLO A - preparaçao de oligossacáridos de fórmula (II) em que n = 0, 1 e 2, por despolimerização enzimática e separação
Dissolver 25 g de heparina em 250 mL de uma solução de tampão de fosfato contendo NaH2P04/Na2HP04 0,05 mol/L (pH = 7), cloreto de sódio 0,2 mol/L e BSA (Albumina de Soro Bovino) a 2%. Introduzem-se 7 UI de heparinase I (CE. 4.2.2.2.7) na mistura e a solução obtida é arrefecida a 15 °C, depois, é mantida a esta temperatura ao longo da totalidade da duração da reacção de despolimerização. O progresso da reacção é seguido por amostragens escalonadas de alíquotas e analisadas por cromatografia de permeação em gel. No final de 9 dias, a reacção enzimática é terminada aquecendo o meio de reacção a 100 °C durante dois minutos. A mistura arrefecida é de seguida liofilizada. Obtêm-se deste modo uma mistura de oligossacáridos (III) · A mistura de oligossacáridos (III) obtida é de seguida submetida a cromatografia de acordo com o método seguinte: A cromatografia é realizada em colunas com enchimento de gel de poliacrilamida-agarose conhecido sob a denominação Ultrogel ACA 202 e a mistura é eluida por uma solução contendo tampão de fosfato (NaH2P04/Na2HP04 0, 02 mol/L) pH = 7 e cloreto de sódio 0,1 mol/L. A detecção é realizada por espectrometria UV (254 nm) e iónica (IBF). Os produtos podem ser eventualmente purificados por cromatografia SAX (strong anion change) ou por precipitação fraccionada de acordo com o método descrito na patente FR 2548672. As fracções do produto recuperado são liofilizadas depois são dessalinizadas numa coluna com enchimento de gel sephadex G10R (Pharmacia Biochemicals). 12
Por este método, obtêm-se 3 g de dissacárido, 1100 mg de uma mistura de hexassacárido contendo tipicamente derivado AIs-Is-Is a 55%, AIs-Is-IIs a 35% e AIs-Is-IIIs a 10%. Esta última mistura pode ser purificada de acordo com os métodos conhecidos do especialista na técnica para dai separar cada um dos componentes ou ser utilizada como tal para a transformação em derivados 1,6 anidro de fórmula (I) . Deve ser referido que durante esta transformação o hexassacárido AIs-Is-IIIs não pode originar a formação de compostos de fórmula (I). EXEMPLO B - preparação de oligossacáridos de fórmula (II) em que n = 0, 1, 2, 3 ou 4, por despolimerização do éster benzilico da heparina e separação a - Preparação do éster benzilico da heparina O éster benzilico da heparina é preparado de acordo com o exemplo 3 da patente US 5389618. b -Despolimerização
Dissolver 100 g de éster benzilico da heparina em 1,9 L de água demineralizada. A mistura é levada a 60 °C sob agitação. Após obter uma solução homogénea, introduzem-se em apenas uma vez cerca de 35 mL de uma solução de hidróxido de sódio a 23%. Após 10 minutos da reacção, a solução é de seguida arrefecida e neutralizada com 80 mL de uma solução de ácido acético cerca de 2 N. A esta solução, adiciona-se acetato de sódio a 10% em peso/volume. A mistura de oligossacáridos é precipitada por 13 adição de cerca de 2 volumes de metanol. 0 precipitado é isolado por filtração, lavado com metanol por duas vezes, depois, é seco sob pressão reduzida a 50 °C. Após secagem, obtêm-se 73,8 g de uma mistura de oligossacáridos (II). C - Enriquecimento em oligossacárido em que η = 1
Dissolver 30 g da mistura de oligossacáridos obtida anteriormente em cerca de 35 volumes de água. Esta solução é ultrafiltrada por uma membrana de 3 kDa (Pellicon) . Quando são obtidos 600 mL de permeado, dilui-se o retido com 500 mL de água. A operação é prosseguida até à obtenção de 450 mL de permeado adicionais. As duas fracções de permeado são reunidas depois concentradas até à secura sob pressão reduzida. Obtêm-se 6,1 g de um sólido branco amarelado. A análise do sólido por cromatografia da permeação em gel indica que este contém oligossacáridos de fórmula (II) a cerca de 30% em que n = 1. d - Fraccionamento das misturas ultrafiltradas de oligossacáridos A mistura enriquecida é fraccionada em colunas com enchimento de gel de poliacrilamida-agarose conhecida sob a denominação Ultrogel ACA 202 (utilizam-se 4 colunas em série com um diâmetro de 10 cm e uma altura de 50 cm). São dissolvidas 5 g da mistura enriquecida por ultraf iltração em 25 mL de água depois são eluidas por uma solução de cloreto de sódio 0,2 mol/L à velocidade de 5 mL/minuto. Recolhem-se fracções de 25 mL no fundo da coluna. A detecção dos produtos é realizada por espectrometria UV (254 nm) e iónica (IBF). As fracções do 14 produto em que η = 1 são recuperadas, liofilizadas, depois, são dessalinizadas numa coluna com enchimento de gel Sephadex G10. Após liofilização, obtém-se 1 g de tetrassacárido contendo tipicamente derivado AIs-Is de fórmula II (Ri, R2, R3^ Rs^ R6 = S03Na; R4 = H e M = Na) a 70%. O derivado AIs-Is pode ser eventualmente purificado por cromatografia SAX (troca aniónica forte) ou de acordo com um aspecto preferido por precipitação fraccionada de acordo com o método descrito na patente FR 2548672. EXEMPLO 1
Introduzem-se 5 mL de uma solução de hidróxido de sódio 0,0063 mol/L num reactor mantido a 66 °C. O pH da solução é então medido e tomado como valor alvo (pH = 11,35). Sob agitação, adicionam-se de uma vez 30 mg do oligossacárido de fórmula (II) em que n é igual a 0, Ri e Rõ representam um radical S03Na e M é sódio. O pH é, então, controlado e mantido a pH 11,35 por adição contínua de uma solução de hidróxido de sódio 0,5 mol/L. Após 10 horas, termina-se a adição de hidróxido de sódio e a mistura de reacção é arrefecida a 25 °C. O pH da solução é, então, levado a entre 6 e 7 por adição de resina Amberlite IR120. A mistura é filtrada por membrana Whatman GF/B depois é concentrada até à secura sob pressão reduzida (2,7 kPa) , a uma temperatura próxima de 25 °C. O produto é retomado com 0,5 mL de água destilada depois é liofilizado. Obtêm-se, deste modo, 29 mg de uma mistura de diastereoisómeros do oligossacárido de fórmula (I) em que n é igual a 0, Ri e R6 representam um radical S03Na e M é sódio [ (ácido 4-desoxi-2-0-sulfo-a-L-treo-hex-4-enopiranossilurónico-(1^4)-1,6-anidro-2-desoxi-2-sulfoamino-p-D-manopiranose, sal trissódico): Espectro 15 de protão em d2o, 400 MHz, T = 298 K, δ em ppm : 3,15 (1H, s, H2) , 3, 75 (2H, m, H6 e H3) , 3, 88 (1H, m, H4) f 4, 20 (1H, d, J = 8 Hz, H6 ) , 4, 22 (1H, t, J = = 5 Hz, H3') , 4, 58 ( 1H, m, H2 ') , 4, 75 (1H, m, H5 ), 5, 53 (1H, s, Hl) , 5, 60 (1H , dd, J = 6 e 1 Hz, Hl' ) , 6,03 (1H, d, J = 5 Hz, , H4 (ácido 4- -desox i- 2-0- sulfo-a-L-treo- hex- 4-enopiranossilurónico- (l->4) -1, 6-anidro-2-desoxi-2-sulfoamino-β- D-glucopiranose, sal trissódico): Espectro de protão em d2o, 400 MHz, T = 298 K, δ em ppm: 3,34 (1H, dd, J = 7 e 2 Hz, H2) , 3,72 (1H, t, J = 8 Hz, H6), 3,90 (1H, m, H3) , 4, 03 (1H, s, H4) , 4,20 (1H, d, J = = 8 Hz, H6), 4,23 (1H, t, J = 5 Hz, H3 '), 4,58 (1H, m, H2') , 4, 78 (1H, m, H5), 5,50 (1H, s, Hl) , 5,60 (1H, dd, J = 6 e 1 Hz, Hl'), 6,03 (1H, d, J = 5 Hz, H4')]. EXEMPLO 2
Introduzem-se 33,3 mL de uma solução de hidróxido de sódio 0,0063 mol/L num reactor mantido a 62 °C. O pH da solução é, então, medido e tomado como valor alvo (pH = 11,15) . Sob agitação, adicionam-se de uma vez 200 mg do oligossacárido de fórmula (II) em que n é igual a 1, Rx, R2, R3, R5 e R6 representam um radical S03Na, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio. O pH é, então, controlado e mantido a pH 11,15 por adição continua de uma solução de hidróxido de sódio 0,5 mol/L. Após 12 horas, termina-se a adição de hidróxido de sódio e a mistura de reacção é arrefecida a 25 °C. 0 pH da solução é então levado a entre 6 e 7 por adição de resina Amberlite IR120. A mistura é filtrada por membrana Whatman GF/B, depois, é concentrada até à secura sob pressão reduzida (2,7 kPa), a uma temperatura próxima de 25 °C. 0 produto é retomado com 3 mL de água destilada depois é liofilizado. Obtêm-se, deste modo, 230 mg do oligossacárido de fórmula (I) em que n é igual a 1, Ri, R2, R3, Rs, R6, representam 16 um radical S03Na, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio, sob a forma de uma mistura de diastereoisómeros [(ácido 4-desoxi-2-0-sulfo-a-L-treo-hex-4-enopiranossilurónico-(1^4)-2-desoxi-2-sulfoamino-6-0-sulfo-a-D-glucopiranosil-(l->4)-ácido 2-0-sulfo-a-L-idopiranossilurónico-(l->4)-1,6-anidro-2-desoxi-2-sulfoamino-β-D-manopiranose, sal heptassódico): Espectro de protão em D2O, 400 MHz, T = 298 K, δ em ppm: 3,15 (1H, s, H2), 3,25 (1H, m, H2"), 3,60 (1H, m, H3"), entre 3,70 e 4,70 (14H, maciço, H3/H4/H6, H2 '/H3 '/H4 '/H5 ', H4 "/H5 ' '/H6 ' ', H2"'/H3'"), 4,75 (1H, m, H5), entre 5,20 e 5,40 (2H, m, Hl' e Hl''), 5,45 (1H, m, Hl"'), 5,56 (1H, m, Hl), 5,94 (1H, d, J = 5 Hz, H4); (ácido 4-desoxi-2-0-sulfo-a-L-treo-hex-4-enopiranossilurónico- (l->4) - 2-desoxi-2-sulf oamino-6-O-sulf o-a-D-glucopiranosil - (l-*4) ácido -2-O-sulf o-a-L-idopiranossilurónico- (l->4) -1,6-anidro-2- desoxi-2-sulfoamino-p-D-glucopiranose, sal heptassódico):
Espectro de protão em D20, 400 MHz, T = 298 K, δ em ppm: 3,25 (1H, m, H2"), 3,42 (1H, dd, J = 4 e 1 Hz, H2), 3,60 (1H, m, H3' '), entre 3,70 e 4,70 (14H, maciço, H3/H4/H6, H2'/H3'/H4'/H5', H4"/H5"/H6", H2'"/H3'"), 4,75 (1H, m, H5), entre 5,20 e 5,40 (2H, m, Hl' e Hl"), 5,45 (1H, m, Hl"'), 5,52 (1H, m, Hl), 5,94 (1H, d, J = 5 Hz, H4)]. EXEMPLO 3
Introduzem-se 16,7 mL de uma solução de hidróxido de sódio 0,0063 mol/L num reactor mantido a 62 °C. O pH da solução é, então, medido e tomado como valor alvo (pH = 11,7) . Sob agitação, adicionam-se de uma vez 100 mg do oligossacárido de fórmula (II) em que n é igual a 2, Rlf R2, R3, R5 e R6 representam um radical S03Na, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio. O pH é, então, controlado e mantido a pH 11,7 por adição 17 contínua de uma solução de hidróxido de sódio 0,5 mol/L. Após 10 horas termina-se a adição de hidróxido de sódio e a mistura de reacção é arrefecida a 25 °C. 0 pH da solução é, então, levado a entre 6 e 7 por adição de resina Amberlite IR120. A mistura é filtrada por membrana Whatman GF/B, depois, é concentrada até à secura sob pressão reduzida (2,7 kPa), a uma temperatura próxima de 25 °C. O produto é retomado com 3 mL de água destilada, depois, é liofilizado. Obtêm-se deste modo 108 mg do oligossacárido de fórmula (I) em que n é igual a 2, Ri, R2, R3, Rs, Rg representam um radical SCqNa, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio, sob a forma de uma mistura de diastereoisómeros. Indicam-se de A a F os açúcares constitutivos dos hexassacáridos, sendo A o resíduo 1,6-anidro e F o resíduo de ácido urónico insaturado [(ácido 4-desoxi-2-0-sulfo-a-L-treo-hex-4-enopiranossilurónico- (l->4) -2-desoxi-2-sulf oamino-6-0-sulfo-a-D-glucopiranosil-(1^4)-ácido 2-0-sulfo-a-L- idopiranossilurónico-(1^4)-2-desoxi-2-sulfoamino-6-O-sulfo-a-D-glucopiranosil-( l->4) -ácido 2-0-sulf o-a-L-idopiranossilurónico-(l->4) -1, 6-anidro-2-desoxi-2-sulf oamino^-D-manopiranose, sal undecassódico): Espectro de protão em D2O, 600 MHz, T = 298 K, δ em ppm: 3,15 (1H, s, H2(A)), 3,25 (2H, m, H2(C+E)), 3,60 (2H, m, H3(C+E)), entre 3,65 e 4,50 (19H, maciço, H2(B+D)/H3(A+B+D+F)/H4(A+B+C+D+E)/HS(C+E)/H6(A+C+E)), 4,60 (1H, S, H2 (f; )), 4,80 (3H, m, H5(A+B+D), 5, 18 (1H, s, Hl (1H f s, Hl(B)), 5,34 (1H, d, Hl (O), 5,36 (1H, d, Hl (1H , S, Hl(F)), 5,57 (1H, r s, Hl (A)) \ f 5 r 95 (1H, d, H4 (F) ) ; (ácido 4-desoxi-2-0-sulfo-a-L-treo-hex-4- enopiranossilurónico-(1^4)-2-desoxi-2-sulfoamino-6-O-sulfo-a-D-glucopiranosil-( l->4) -ácido 2-0-sulf o-Oí-L-idop ir anos si lurónico- (l->4) - 2-desoxi-2-sulfoamino-6-0-sulf o-a-D-glucopiranosil - (l->4) -ácido 2-0-sulf ο-α-L-idopir anos si lurónico- (l->4) -1, 6-anidro-2- desoxi-2-sulfoamino-β-D-glucopiranose, sal undecassódico): 18
Espectro de protão em D2O, 600 MHz, T = 298 K, δ em ppm: 3,25 (2H, m, H2 (C+E) ) , 3,42 (1H, m, H2 (A) ) , 3,60 (2H, m, H3(C+E)), entre 3,65 e 4,50 (19H, maciço, H2(B+D) /H3(A+B+D+F) H4(A+B+C+D+E)/H5(C+E)/H6(A+C+E)) , 4,60 (1H, s, H2(F O OO (3H m,H5(A+B+D), 5,18 (1H, s, Hl(D)), 5,31 (1H, s, Hl (B )), 5,34 (1H d, Hl (C) ) , 5,36 (1H, d, Hl <E) ) , 5, 46 (1H, s, Hl(F) ), 5,52 (1H s, Hl(A)), 5,95 (1H, d, J = 5 Hz, H4 (F) ) 1 · EXEMPLO 4
Introduzem-se 4 mL de uma solução de hidróxido de sódio 0,0316 mol/L num reactor mantido a 62 °C. 0 pH da solução é, então, medido e tomado como valor alvo (pH = 11,8). Sob agitação, adicionam-se de uma vez 100,8 mg de uma mistura de oligossacáridos de fórmula (II) em que n é igual a 2 compreendendo derivado AIs-Is-Is (Ri, R2, R3, R5 e R6 representam um radical SOsNa, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio) a 55%, AIs-Is-IIs (Ri, R2, R3, e R6 representam um radical SC^Na, R5 representa é um radical SC^Na ou um átomo de hidrogénio, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio) a 35% e AIs-Is-IIIs (R4, R2, R3, R5 e R6 representam um radical SOsNa, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio, sendo a função SO3M do carbono C6 substituída por um hidrogénio) a 10%. O pH é, então, controlado e mantido a pH 11,8 por adição contínua de uma solução de hidróxido de sódio 0,5 mol/L. Após 11 horas, termina-se a adição de hidróxido de sódio e a mistura de reacção é arrefecida a 25 °C. 0 pH da solução é, então, levado a entre 6 e 7 por adição de resina Amberlite IR120. A mistura é filtrada por membrana Whatman GF/B depois é concentrada até à secura sob pressão reduzida (2,7 kPa), a uma temperatura próxima de 25 °C. O produto é retomado com 1,5 mL de água destilada, depois, é 19 liofilizado. Obtêm-se deste modo 110 mg de uma mistura de oligossacáridos de fórmula (I) em que n é igual a 2, contendo nomeadamente o derivado 1,6 anidro AIs-Is-Is (Ri, R2, R3, Rs^ R6 representam um radical SC^Na, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio) e o derivado 1,6 anidro AIs-Is-IIs (Ri, R2, R3, R6, representam um radical SC^Na, R5 representa quer um radical SChNa quer um átomo de hidrogénio, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio) . A análise por HPLC (Cromatografia Liquida de Elevado Desempenho) em modo par de iões permite seguir a transformação em derivados de fórmula (I). Neste caso, o doseamento por HPLC mostra que a transformação é realizada para os derivados áls-Is-Is, AIs-Is-IIs. EXEMPLO 5
Introduzem-se 8,6 mL de uma solução de hidróxido de litio 0,025 mol/L num reactor mantido a 66 °C. O pH da solução é, então, medido e tomado como valor alvo (pH = 11,68) . Sob agitação, adicionam-se de uma vez 50 mg do oligossacárido de fórmula (II) em que n é igual a 0, R4 e R6 representam um radical S03Na e M é sódio. 0 pH é, então, controlado e mantido a pH 11,68 por adição continua de uma solução de hidróxido de litio 0,466 mol/L. Após 8 horas, termina-se a adição de hidróxido de litio e a mistura de reacção é arrefecida a 25 °C. A análise por HPLC (Cromatografia Liquida de Elevado Desempenho) em modo par de iões permite seguir a transformação em derivado de fórmula (I) em que n é igual a 0, R4 e Rõ representam um radical SC^Na e M é sódio ou litio. Neste caso, o doseamento por HPLC mostra que a transformação é realizada a 100%. O rendimento por calibração externa é de 81,2%. 20 EXEMPLO 6
Introduzem-se 8,3 mL de uma solução de hidróxido de potássio 0,0063 mol/L num reactor mantido a 66 °C. 0 pH da solução é, então, medido e tomado como valor alvo (pH = 11,1) . Sob agitação, adicionam-se de uma vez 50 mg do oligossacárido de fórmula (II) em que n é igual a 0, Ri e R6 representam um radical SOsNa e M é sódio. 0 pH é, então, controlado e mantido a pH 11,1 por adição continua de uma solução de hidróxido de potássio 0,515 mol/L. Após 24 horas, termina-se a adição de hidróxido de potássio e a mistura de reacção é arrefecida a 25 °C. A análise por HPLC (Cromatografia Liquida de Elevado Desempenho) em modo par de iões permite seguir a transformação em derivado de fórmula (I) em que n é igual a 0, Ri e Rí representam um radical SOsNa e M é sódio ou potássio. Neste caso, o doseamento por HPLC mostra que a transformação é realizada a 100%. O rendimento por calibração externa é de 75,6%. EXEMPLO 7
Introduzem-se 8,3 mL de uma solução de hidróxido de césio com 0,0063 mol/L num reactor mantido a 66 °C. O pH da solução é, então, medido e tomado como valor alvo (pH = 10,75) . Sob agitação, adicionam-se de uma vez 50 mg do oligossacárido de fórmula (II) em que n é igual a 0, Ri e R6 representam um radical S03Na e M é sódio. O pH é, então, controlado e mantido a pH 10,75 por adição continua de uma solução de hidróxido de césio 0,476 mol/L. Após 20 horas, termina-se a adição de hidróxido de césio e a mistura de reacção é arrefecida a 25 °C. A análise por HPLC (Cromatografia Liquida de Elevado Desempenho) em modo par de iões permite seguir a transformação em derivado de fórmula 21 (I) em que n é igual a 0, Ri e Rí representam um radical SOsNa e M é sódio ou o césio. Neste caso, o doseamento por HPLC mostra que a transformação é realizada a 90,3%. O rendimento por calibração externa é 73%. EXEMPLO 8
Introduzem-se 8,3 mL de uma solução de hidróxido de tetrabutilamónio 0,0063 mol/L num reactor mantido a 66 °C. O pH da solução é, então, medido e tomado como valor alvo (pH = 10,95). Sob agitação, adicionam-se de uma vez 50 mg do oligossacárido de fórmula (II) em que n é igual a 0, Ri e R.6 representam um radical SOsNa e M é sódio. 0 pH é, então, controlado e mantido a pH 10,95 por adição contínua de uma solução de hidróxido de tetrabutilamónio com 0,521 mol/L. Após 16 horas, termina-se a adição de hidróxido de césio e a mistura de reacção é arrefecida a 25 °C. A análise por HPLC (Cromatografia Líquida de Elevado Desempenho) em modo par de iões permite seguir a transformação em derivado de fórmula (I) em que n é igual a 0, Ri e R6 representam um radical SC^Na e M é sódio ou tetrabutilamónio. Neste caso, o doseamento por HPLC mostra que a transformação é realizada a 96,7%. O rendimento por calibração externa é de 65%.
Os medicamentos de acordo com a invenção compreendem como um princípio activo pelo menos um oligossacárido de fórmula (I) ou uma mistura de oligossacáridos de fórmula (I), sob a forma de uma composição em que esta está associada a qualquer outro produto compatível farmaceuticamente, podendo ser inerte ou fisiologicamente activo. Os medicamentos de acordo com a 22 invenção podem ser utilizados por via intravenosa, subcutânea, oral, rectal, tópica ou pulmonar (inalação).
As composições estéreis para administração intravenosa ou subcutânea, são geralmente soluções aquosas. Estas composições podem, igualmente, conter adjuvantes, em particular agentes molhantes, isotonificantes, emulsionantes, dispersantes e estabilizantes. A esterilização pode ser realizada de várias formas, por exemplo por filtração asseptizante, incorporando agentes de esterilização na composição, por irradiação. Estas podem ser, igualmente, preparadas sob a forma de composições sólidas estéreis que podem ser dissolvidas em água estéril ou em qualquer outro meio estéril injectável no momento da utilização.
Como composições sólidas para administração oral, pode ser comprimidos utilizados, pílulas, pó (cápsulas da gelatina, hóstias) ou pílulas. Nestes composições, o ingrediente activo é misturado com um ou mais diluentes inertes, tais como amido, celulose, sacarose, lactose ou sílica, sob corrente de árgon. Estas composições podem compreender, igualmente, substâncias para além de diluentes, por exemplo um ou mais lubrificantes tais como estearato de magnésio ou talco, um agente favorecedor da absorção oral, corante, revestimento (drageias) ou verniz.
Como composições líquidas para administração oral, podem-se utilizar soluções, suspensões, emulsões, xaropes e elixires farmaceuticamente aceitáveis contendo diluentes inertes tais como água, etanol, glicerol, óleos vegetais ou óleo de parafina. Estas composições podem compreender substâncias para além de diluentes, por exemplo, produtos molhantes, adoçantes, espessantes, aromatizantes ou estabilizantes. 23
As composições para administração rectal são os supositórios ou as cápsulas rectais que contêm, para além do produto activo, excipientes tais como manteiga de cacau, glicerideos semi-sintéticos ou polietilenoglicóis.
As composições para administração tópica podem ser por exemplo cremes, loções, colírios, colutórios, gotas nasais ou aerossóis.
As doses dependem do efeito pretendido, da duração do tratamento e da via de administração utilizada; estas estão geralmente compreendidas entre 0,5 mg e 10 mg por kg por dia por via subcutânea quer 3 a 60 mg por dia para um adulto de 60 kg.
Geralmente, o médico irá determinar a posologia adequada de acordo com a idade, o peso e todos os outros factores próprios do indivíduo a ser tratado. É descrito, igualmente, um método de prevenção ou de tratamento de doenças relacionadas com um processo inflamatório envolvendo a produção de substâncias citotóxicas tais como o óxido nítrico (NO). Os oligossacáridos de fórmula (I) podem ser, deste modo, utilizados para a prevenção e/ou o tratamento das doenças neurodegenerativas nas quais a inflamação cerebral desempenha um papel nocivo podendo originar a morte entre a quais se podem referir isquemias do sistema nervoso central, isquemias cerebrais, isquemias da retina e da cóclea, isquemias cardíacas (enfarte do miocárdio), isquemias periféricas, traumatismos do sistema nervoso central e nomeadamente traumatismos cranianos, espinais e cranio-espinais, traumatismos da retina e da cóclea, esclerose múltipla, dores neuropáticas e neuropatias periféricas, doenças do motoneurónio das quais 24 esclerose lateral amiotrófica, neuro-sida, doença de Alzheimer formas doença de Parkinson e Coreia de Huntington e determinadas de osteoartrites nomeadamente com localização articular.
Lisboa, 16 de Janeiro de 2012 25
Claims (25)
- REIVINDICAÇÕES 1. Oligossacáridos de fórmula:em que n é um número inteiro de 0 a 25, Ri, R3, R4 e R5, idênticos ou diferentes, representam um átomo de hidrogénio ou um radical SO3M, R2 e Rô, idênticos ou diferentes, representam um átomo de hidrogénio ou um radical SO3M ou COCH3 e M é sódio, cálcio, magnésio ou potássio.
- 2. Oligossacáridos de fórmula (I) de acordo com a reivindicação 1 , ' em que R4 representa um átomo de hidrogénio.
- 3 . Oligossacáridos de fórmula (I) de acordo com uma das reivindicações 1 ou 2, em que n é 0 ou um número inteiro de 1 a 10.
- 4. Oligossacáridos de fórmula (I) de acordo com uma das reivindicações 1 ou 2, em que n é 0 ou um número inteiro de 1 a 6. 1
- 5. Oligossacáridos de fórmula (I) de acordo com uma das reivindicações 1 ou 2, em que n é um número inteiro de 1 a 6 .
- 6. Oligossacáridos de fórmula (I ) de acordo com a reivindicação 1, em que n é igual a 0.
- 7. Oligossacáridos de fórmula (I ) de acordo com a reivindicação 1, em que n é igual a 1 .
- 8. Oligossacáridos de fórmula (I ) de acordo com a reivindicação 1, em que: - n é igual a 0, Ri e R.6 representam um radical SC^Na e M é sódio e a mistura dos seus diastereoisómeros; - n é igual a 1, Ri, R2, R3, Rs, R6, representam um radical SOsNa, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio e a mistura dos seus diastereoisómeros; - n é igual a 2, Ri, R2, R3, R5, R6 representam um radical S03Na, R4 representa um átomo de hidrogénio e M é sódio e a mistura dos seus diastereoisómeros; - n é igual a 2, Rlf R2, R3, Rõ, representam um radical SC^Na, R5 representa um átomo de hidrogénio ou um radical SC^Na, R4 representa um átomo hidrogénio e M é sódio e a mistura dos seus diastereoisómeros (derivado 1,6 anidro AIs-Is-IIs) .
- 9. Oligossacáridos de fórmula (I) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, eventualmente purificados por 2 cromatografia por permeaçao em gel do tipo poliacrilamida-agarose.
- 10. Composição farmacêutica compreendendo um oligossacárido de fórmula:ou seus diastereoisómeros, em que n é 0 ou um número inteiro de 1 a 25, Ri, R3, R4 e R5, idênticos ou diferentes, representam um átomo de hidrogénio ou um radical SO3M, R2 e Rg, idênticos ou diferentes, representam um átomo de hidrogénio ou um radical SO3M ou COCH3 e M é sódio, cálcio, magnésio ou potássio,
- 11. Composição farmacêutica compreendendo um oligossacárido de fórmula (I) ou seus diastereoisómeros de acordo com a reivindicação 10, em que R4 representa um átomo de hidrogénio.
- 12. Composição farmacêutica compreendendo um oligossacárido de fórmula (I) ou seus diastereoisómeros de acordo com a reivindicação 10, em que n é 0 ou um número inteiro de 1 a 10.
- 13. Composição farmacêutica compreendendo um oligossacárido de fórmula (I) ou seus diastereoisómeros de acordo com a 3 reivindicação 10, em que n é igual a 0 ou um número inteiro de 1 a 6.
- 14. Composição farmacêutica compreendendo um oligossacárido de fórmula (I) ou seus diastereoisómeros de acordo com a reivindicação 10, em que n é um número inteiro de 1 a 6.
- 15. Composição farmacêutica compreendendo um oligossacárido de fórmula (I) ou seus diastereoisómeros de acordo com a reivindicação 10, em que n é igual a 0.
- 16. Composição farmacêutica compreendendo um oligossacárido de fórmula (I) ou seus diastereoisómeros de acordo com a reivindicação 10, em que n é igual a 1.
- 17. Processo de preparação do oligossacáridos de fórmula (I)ou as suas misturas, em que n é 0 ou um número inteiro de 1 a 25, Ri, R3, R4 e R5, idênticos ou diferentes, representam um átomo de hidrogénio ou um radical S03M, R2 e R6, idênticos ou diferentes, representam um átomo de hidrogénio ou um radical S03M ou COCH3 e M é sódio, cálcio, magnésio ou potássio, caracterizado por se fazer reagir um hidróxido de metal alcalino ou de amónio quaternário com oligossacáridos de fórmula: 4t— ,ORa COOM -OSOgNa / °\ j~°y~ . j-O 01) X o λ X I NHR8 ORs » NHRg ou uma sua mistura em que n, Ri, R2, R3, R4, R5, R6 e M, são tais como definidos mais acima.
- 18. Processo de acordo com a reivindicação 17 caracterizado por se realizar a reacção em meio aquoso, a uma temperatura de 40 a 80 °C e a um pH de 10 a 13.
- 19. Processo de acordo com a reivindicação 17 caracterizado por se utilizar uma solução aquosa de hidróxido de metal alcalino ou de amónio quaternário a 1 a 5%.
- 20. Processo de acordo com a reivindicação 17 caracterizado por a reacção se realizar a uma temperatura de 60 a 70 °C.
- 21. Processo de acordo com a reivindicação 17 caracterizado por o pH da reacção ser 11 a 12,5.
- 22. Processo de acordo com a reivindicação 17 caracterizado por o amónio quaternário ou o hidróxido de metal alcalino serem hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido de litio, de césio ou hidróxido de tetrabutilamónio. 5
- 23. Processo de acordo com a reivindicação 17 em que são isolados os oligossacáridos de fórmula (I) de acordo com a reivindicação 1 ou as suas misturas.
- 24. Oligossacáridos de fórmula (I) de acordo com uma das reivindicações 1 a 9 para utilização na prevenção ou no tratamento de doenças relacionadas com um processo inflamatório envolvendo a produção de óxido nítrico (NO) , seleccionado de entre isquemias cerebral, cardíacas ou vascular periféricas, osteoartrites, traumatismo do sistema nervoso central, traumatismos cranianos, espinais e crânio-espinais, esclerose múltipla, dores neuropáticas e neuropatias periféricas, doenças do motoneurónio, esclerose lateral amiotrófica, neuro-sida, doença de Alzheimer, doença de Parkinson e Coreia de Huntington.
- 25. Composições de acordo com a reivindicação 10 para utilização na prevenção ou no tratamento de doenças relacionadas com um processo inflamatório envolvendo a produção de óxido nítrico (NO), seleccionadas de entre isquemias cerebral, cardíaco ou vascular periférico, osteoartrites, traumatismo do sistema nervoso central, traumatismos cranianos, espinais e crânio-espinais, esclerose múltipla, dores neuropáticas e neuropatias periféricas, doenças do motoneurónio, esclerose lateral amiotrófica, neuro-sida, doença de Alzheimer, doença de Parkinson e Coreia de Huntington. Lisboa, 16 de Janeiro de 2012 6
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