BRPI0719734A2 - Sulfeto de zinco transparente de alta superfície específica. - Google Patents

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "SULFETO DE ZINCO TRANSPARENTE DE ALTA SUPERFÍCIE ESPECÍFICA".

A presente invenção refere-se a um sulfeto de zinco de alta su- perfície específica, a um método para sua fabricação e ao uso desse sulfeto de zinco.

O prospecto da Fa. Sachtleben GmbH, Duisburg, N0 1119596, descreve um pigmento a base de sulfeto de zinco, para cuja fabricação são empregadas soluções de sal de zinco e sulfeto de sódio altamente purifica- das. A elevada remissão das partículas com tamanho de 300 nm, na luz vi- sível, e na faixa próxima UV resulta em um tom branco assim como em um poder de difusão, de cobertura e de luminosidade durante aplicação em ca- madas e materiais plásticos. Devido às propriedades do pigmento branco o sulfeto de zinco é utilizado ali onde agentes Iigantes orgânicos ou inorgâni- cos precisam ser altamente pigmentados para aplicações específicas, como por exemplo em primeiras demãos, selantes de juntas e de vedação, cama- da de fundo, etc. Materiais plásticos também são pigmentos com sulfeto de zinco, por exemplo massas para moldagem a base de melamina, de uréia e poliéster, sendo que elas podem ser muito bem entintadas. Também podem ser obtidas outras propriedades, como por exemplo proteção antichamas elevada.

Devido à dureza Mohs 3 relativamente baixa e à forma de grão o sulfeto de zinco possui uma abrasividade muito baixa e por isso não provoca desgaste metálico durante o processamento. O sulfeto de zinco é emprega- do em grande escala como pigmento branco, especialmente em materiais plásticos reforçados com fibra, pois o dióxido de titânio utilizado alternativa- mente como pigmento branco provoca a ruptura de fibras de vidro devido à sua dureza Mohs mais elevada de 5,5 a 6,5, diferentemente no caso da sul- feto de zinco.

O documento EP B-1463411 descreve o uso de sulfeto de zinco como meio contra ácaros em fios, fibras, filamentos. Além disso, é descrito o uso de sulfeto de zinco em uma composição líquida ou sólida para a limpeza e/ou tratamento de superfícies têxteis. O documento DE-A-10051578 descreve um método para a fabri- cação de fios, fibras ou filamentos com grau de brancura bem melhor e pou- co amaralecimento. O método compreende a mistura de uma batelada prin- cipal feito de sulfeto de zinco e poliéster na massa fundida e fiação a partir da massa fundida. Neste caso, o sulfeto de zinco é utilizado com uma por- centagem de 0,1 a 3% em peso como pigmento branco para a matização dos produtos de fibra de poliester.

O tamanho de grão típica dos sulfetos de zincos utilizados como pigmento branco é aproximadamente de 300 nm, a superfície específica (BET) situa-se em 2 a 10 m2/g e mostra um poder de luminosidade relativa de aproximadamente 389 (DlN 55982).

Condicionado por essas propriedades, esse sulfeto de zinco não é transparente na faixa visível. Por isso, até então ele não é adequado como aditivo em aplicações nas quais são desejadas transparência e manutenção da cor, de forma que até então era preciso recorrer a outras substâncias. Estas porém não possuem a baixa dureza Mohs e as propriedades biocidas do sulfeto de zinco, por exemplo contra ácaros.

É tarefa da presente invenção preparar um sulfeto de zinco, que por um lado seja transparente, ou seja, no qual as propriedades de pigmento branco sejam reduzidas ou estajam totalmente ausentes, por outro lado que possua a baixa dureza Mohs e propriedades biocidas desejadas.

Surpreendentemente, a tarefa é solucionada pelo sulfeto de zin- co, de acordo com a invenção.

Essa tarefa é especialmente solucionada através de um sulfeto de zinco finamente dividido, ou seja, em nano escala, com um tamanho mé- dio de cristalito inferior a 250nm, preferivelmente inferior a 150 nm, especi- almente preferivelmente inferior a 80 nm, totalmente especialmente preferi- velmente inferior a 40 nm.

O sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, possui um poder de difusão e de luminosidade com um valor inferior a 300 (DlN 55962) prefe- rivelmente inferior a 100, especialmente preferivelmente inferior a 70, de for- ma que não seja obtido poder de cobertura durante o processamento por exemplo em peças moldadas e revestimentos. A superfície específica (BET, determinada conforme DIN-IS09277), é de 15 a 300 m2/g, preferivelmente de 30 a 250 m2/g, especialmente preferivelmente de 50 a 200 m2/g.

O sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, apresenta propri- edades reduzidas ou deficientes de pigmento branco. Ele apresenta uma baixa dureza Mohs e tem ação biocida especialmente contra algas, fungos e bactérias.

O sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, é fabricado de modo que um composto, que contenha enxofre sulfídico, seja juntado a uma solução, que contenha um composto de zinco, sendo o sulfeto de zinco pre- cipitado como matéria sólida. Essa matéria sólida é opcionalmente isolada por lavagem, filtração e em seguida por secagem.

O sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, é feito por exem- plo em que a solução aquosa de um composto contendo enxofre sulfídico, em uma concentração adquada, sob uma temperatura também adequada, é misturada com uma solução aquosa, que contém um composto de zinco, sendo que a mistura é controlada de tal forma que não seja ultrapassado um determinado valor de pH, preferivelmente um valor de pH especialmente pre- ferivelmente de 3 a 4, e, após a precipitação do sulfeto de zinco, o valor de pH da suspensão mediante adição de solução aquosa do composto conten- do enxofre sulfídico, sob agitação, seja ajustado a um valor de aproximada- mente 7, o sulfeto de zinco assim obtido é então filtrado, lavado até atingir um grau necessário de remoção de sal, seco e opcionalmente moído.

São utilizados como compostos contendo enxofre sulfídico, por exemplo, sulfetos de metal e/ou polissulfetos de metal, preferivelmente a- queles do grupo álcali. De acordo com a invenção, também pode ser utiliza- do sulfeto de hidrogênio gasoso (H2S), sendo que o H2Sé conduzido à solu- ção do composto de zinco. Alternativamente, também podem ser usados veículos de enxofre sulfídico orgânicos, por exemplo, tioacetamida, para a fabricação do sulfeto de zinco, de acordo com a invenção. Também são possíveis misturas de compostos contendo enxofre sulfídico.

Como compostos de zinco para a precipitação de sulfeto de zin- co finamente dividido é empregado preferivelmente, por exemplo, acetato de zinco. Também são possíveis misturas desses compostos de zinco.

Na utilização de várias soluções de partida para a precipitação do sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, podem ser misturadas jun- tamente as soluções em quaisquer combinações e seqüência.

De acordo com a invenção, podem ser empregados para a pre- cipitação do sulfeto de zinco finamente dividido todos os métodos conheci- dos a partir do estado da técnica, como por exemplo, a precipitação em uma célula precipitante, em um misturador compulsório T/Y, em um microrreator ou em um reator microjato respectivamente tanto em comportamento contí- nuo como em comportamento descontínuo.

A precipitação pode ser feita tanto em um como também em vá- rios estágios, preferivelmente em dois estágios.

O tamanho primário das partículas pode ser controlado, por e- xemplo, através da variação das soluções de eduto ou de suas concentra- ções, da variação da temperatura ou da variação dos tempos de permanên- cia.

Além disso, através da precipitação no autoclave é possível a- justar uma pluralidade de combinações de parâmetros de processo, através do tamanho de partícula desejado.

A suspensão de sulfeto de zinco assim obtida é então preparada através de métodos conhecidos do estado da técnica para a obtenção do produto acabado. Normalmente a suspensão é em seguida filtrada e depen- dendo da necessidade do produto, é lavada para remoção de sal, seca e se necessário moída.

A secagem pode ser feita, por exemplo, em um forno do tipo tu- bo giratório, em um secador pulverizador, em um forno de soleira, mas tam- bém através de uma secagem a frio. Também é possível a remoção de água através da técnica da rinçagem. O produto seco pode ser micronizado, dependendo da aplica-

ção, por exemplo em um moinho de clavilhas, em um moinho Coloplex, em um moinho Zirkoplex, em um moinho a vapor ou a jato de ar. O tamanho de partícula primário do sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, é menor do 250 nm, preferivelmente menor do que 150 nm, especialmente preferivelmente menor do que 80 nm, totalmente especial- mente preferivelmente menor do que 40 nm.

Como as nanopartículas de sulfeto de zinco de acordo com a

invenção, apresentam propriedades de produto alteradas e novas, é, de a- cordo com a invenção, especialmente preferível que as partículas individuais não estejam presentes de forma aglomerada, apara que elas se distribuam de forma ideal durante o processamento para as diferentes aplicações. Por isso, de acordo com a invenção, o sulfeto de zinco, de acordo com a inven- ção, pode ser tratado posteriormente por via orgânica e/ou inorgânica, tal como é usai por exemplo nos pigmentos de dióxido de titânio já conhecidos, e tal como é descrito por exemplo nos seguintes documentos EP 1 576 061 A2, US 4.052.224 A1, US 3.941.603 A1 e US 4.075.031 A1. Analogamente a isso, pode ser feito de acordo com a invenção o tratamento posterior inorgâ- nico do sulfeto de zinco, de acordo com a invenção.

O tratamento posterior inorgânico do sulfeto de zinco é feito pre- ferivelmente através de reagentes de tratamento posterior tais como SiO2, AI2O3, ZrO2, TiO2 e/ou fosfato de metal. O tratamento posterior inorgânico é feito, preferivelmente, antes da secagem do sulfeto de zinco, de acordo com a invenção. Para tanto, o bolo de filtração de sulfeto de zinco no meio aquo- so é redisperso e em seguida retratado mediante adição de um ou vários dos reagentes de tratamento posterior acima referido. O tratamento posterior é feito de acordo com o estado da técnica para o tratamento posterior inor- gânico de pigmentos. A preparação subsequente é feita conforme já acima ilustrado.

A modificação inorgânica de superfície do sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, ultrafina, pode ser feita de compostos, que contém os seguintes elementos: compostos de alumínio, de antimônio, de bário, de cálcio, de cério, de cloro, de cobalto, de ferro, de fósforo, de carbono, de manganês, de oxigênio, de enxofre sulfídico, de silício, de nitrogênio, de es- trondo, de vanádio, de estanho e/ou de zircônio ou sais. Podemos citar a titulo de exemplo silicato de sódio, aluminato de sódio e sulfato de alumínio.

O tratamento de superfície inorgânico do sulfeto de zinco ultrafi- no, de acordo com a invenção, foi feito por exemplo em suspensão química aquosa. A temperatura de reação, neste caso, não deve ultrapassar preferi- velmente 50°C. O valor de pH da suspensão é ajustado, por exemplo, sob utiliação de NaOH para um valor de pH na faixa maior 9. Sob intensa agita- ção os produtos químicos de tratamento posterior (compostos inorgânicos) são então adicionados, preferivelmente compostos inorgânicos aquosos, como por exemplo compostos de alumínio, antimônio, de bário, de cálcio, de cério, de cloro, de cobalto, de ferro, de fósforo, de carbono, de manganês, de oxigênio, de enxofre sulfídico, de silício, de nitrogênio, estrôncio, de va- nádio, de estanho e/ou de zircônio ou sais. O valor do pH e as quantidades de produtos químicos de tratamento posterior são selecionados de acordo com a invenção de maneira que estajem presentes totalmente dissolvidos em água. A suspensão é intensamente agitada de modo que os produtos químicos de tratamento posterior se distruem de forma homogênea na sus- pensão, preferivelmente por pelo menos 5 minutos. Na etapa sequinte o va- lor do pH da suspensão é abaixado. Neste caso, mostrou-se vantajoso redu- zir o valor do pH lentamente e sob forte agitação. O valor do pH é especial- mente vantajosamente reduzido a valores de 5 a 8, me um intervalo de 10 a 90 minutos. Em seguida, temos, de acordo com a invenção, um período de incubação, preferivelmente um período de incubação de aproximadamente uma hora. As temperaturas não devem ultrapassar neste caso, preferivel- mente, 50°C. A suspensão aquosa é em seguida lavada e seca. Para a se- cagem do sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, de superfície modifi- cad, ultradino, estão disponíveis, por exemplo, a secagem por pulverização, a secagem a frio e/ou a secagem de moinho. Dependendo do método de secagem pode ser necessária uma moagem subsequente do pó seco. A moagem pode ser realizada de acordo com os métodos em si conhecidos. O tratamento posterior orgânico pode ser feito antes ou depois

da secagem, reaquecimento e/ou moagem. Também é possível, de acordo com a invenção, re-tratar o sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, se ele estiver presente como pasta ou suspensão.

De acordo com a invenção, são adequados os seguintes com- postos como modificadores orgânicos de superfície: polieter, silano, polisilo- xano, ácidos policarboxílicos, ácidos graxos, polietilenoglicóis, poliester, po- liamida, polialcoóis, ácidos fosfônicos orgânicos, titanato, zirconato, sulfona- to de alquila e/ou arila, sulfato de alquila e/ou arila, ester de ácido arilfosfôni- co.

A fabricação de sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, de superfície modificada organicamente, pode ser realizada com base em me- todos em si conhecidos.

Neste caso, trata-se de uma modificação de superfície em fase aquosa ou contendo solvente. Por outro lado, o componente orgânico pode ser colocado mediante atomização direta e mistura/moagem subsequente sobre a superfície de partícula. De acordo com a invenção, estão presentes compostos orgâni-

cos adequados sob forte agitação e/ou durante uma dispersão formando uma suspensão de sulfeto de zinco. Neste caso, as modificações orgânicas são ligadas mediante quimiosorção/fisiosorção á superfície de partícula.

Como compostos orgânicos são adequados compostos por e- xemplo selecionados do grupo do sulfonato de alquila e/ou arila, sulfato de alquila e/ou arila, ester de ácido alquil- e/ou arilfosfórico ou misturas de pelo menos dois desses compostos, sendo que os radicais alquila ou arila podem ser substituídos com grupos funcionais. Os compostos orgânicos também podem ser ácidos graxos, que possuem opcionalmente grupos funcionais. Também podem ser utilizadas misturas de pelo menos dois desses compos- tos.

São empregados por exemplo: sal de ácido alquilsulfônico, sul- fonato de polivinilsulfonato de sódio, N-alquil-benzolsulfonato de sódio, poliestirenosulfonato de sódio, dodecil- benzenosulfonato de sódio, Iaurilsulfato de sódio, cetilsulfato de sódio, sulfa- to de hidroxilamina, Iaurilsulfato de trietanolamônio, monoetilmonobenzilester de ácido fosfórico, sulfonato de litioperfluoroctano, ácido 12-bromo-1- dodecansulfônico, 10-hidróxi-1-decansulfonato de sódio, carragenano de sódio,

10-mercapto-1-cetansulfonato de sódio, 16-ceten(1)sulfato de sódio, sulfato de oleilcetilalcool, sulfato de ácido oléico, ácido 9,10- dihidroxiestearínico, ácido isoestearínico, ácido etearínico, ácido oléico.

Preferivelmente, o aditivo orgânico é selecionado de: ácidos car- boxílicos, sabões, sabões metálicos, alcoóis (por exemplo 1,1,1- trimetilolpropano), pentaeritrita, neopentilglicol, poliglicóis (por exemplo polie- tilenoglicol), polietileno-glicoleter, esteres orgânicos (por exemplo neopentil- glicoldibenzoato), silanos, siloxanos, óleos de silicone, sulfinas orgânicas com a fórmula RSO2R, cetonas orgânicas (R-(C=O)-R), nitrilas orgânicas (RCN), sulfóxidos orgânicos (R2-SO2), amidas orgânicas (R-(C=O)-NR1R ou R-(S=O)-ONR1R), ésteres de ácido graxo, amidas de ácido graxo ou misturas de duas ou várias dessas substâncias. ReR' representa, neste caso, hidro- carbonaetos saturados ou insaturados, como por exemplo alquila (-CH2- CH2-)n, compostos cíclicos ou compostos metalorgânicos. ReR' podem, neste caso, ser iguais ou diferentes.

O sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, pode ser empre- gado por exemplo em: materiais plásticos, especialmente, no caso da fabri- cação de polímero (por exemplo depolímeros termoplásticos ou duroplásti- cos), vernizes, tintas, fibras, papel (por exemplo papel laminado), substân- cias adesivas, cerâmicas (por exemplo eletrocerâmicas e cerâmicas magné- ticas), esmaltes de porcelana, agentes de adsorção, trocadores iônicos, pro- dutos abrasivos e agentes de polimento, lubrificantes refrigeradores e con- centrados de lubrificante refrigerador, produtos refratários, aditivos para ci- mento duro, produtos medicinais e cosméticos (por exemplo pó, pomadas, pasta dental).

O sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, pode ser utilizado especialmente em aplicações nas quais propriedades de pigmento branco não são desejáveis, porém as propriedades de sulfeto de zinco interferem vantajosamente no sistema. São por exemplo polímeros sintéticos, orgâni- cos, peças moldadas fabricadas a partir deles, revestimentos como verniz e tintas e/ou, massa de rejunte e de vedação com boa transparência e/ou colo- ração.

Preferivelmente são utilizados 0,01 a 55 Vol.%, especialmente preferivelmente 0,1 a 45 Vol.% do sulfeto de zinco, de acordo com a inven- ção, respectivamente com relação ao produto acabado.

Devemos entender sob polímeros orgânicos sintéticos todos os durômeros, elastômeros e termoplastos, que podem conter ainda outros a- gentes de processamento tais como estabilizadores, plastificantes, pigmen- tos orgânicos e/ou inorgânicos, corantes, fibras de vidro e/ou outros aditivos. O sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, também pode ser

utilizado em aplicações, nas quais se deja uma melhoria das propriedades, sem que o caráter pigmentário do sulfeto de zinco seja relevante.

No caso da utilização de 0,1 a 30% em peso, preferivelmente 0,2 a 15% em peso, especialmente preferivelmente 0,3 a 10% em peso do sulfe- to de zinco, de acordo com a invenção, em elastômeros pode-se obter uma estabilização contra o calor, especialmente em combinação com estabiliza- dores orgânicos tais como alquilidenobisfenóis.

O sulfeto de zinco, de acordo com a invenção pode ser utilizado em termoplastos como desativador de metal pesado. A quantidade de adi- ção de sulfeto de zinco, neste caso, é de 0,1 a 30% em peso, preferivelmen- te 0,2 a 15% em peso, especialmente preferivelmente 0,5 a 10% em peso, com relação à quantidade do termoplasto. Neste caso, pode-se dispensar nova adição de agentes de complexação nos termoplastos.

A aplicação do ZnS, de acordo com a invenção, pode trazer me- Ihorias das propriedades mecânicas de durômeros e materiais termoplásti- cos, como por exemplo dureza, resistência a flexão, resiliência, etc.

Além disso, o sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, pode ser utilizado como aditivo de fricção, por exemplo em librificantes, revesti- mento de freio, acoplamentos, etc. As análises de todas as propriedades não-pigmentárias relacio-

nadas ao sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, são de equivalentes a bem mais vantajosas em comparação com as propriedades correspondentes do sulfeto de zinco bem mais grosso de acordo com o estado da técnica.

No caso da utilização do sulfeto de zinco, de acordo com a in- venção, em revestimentos, estes mostram uma ação biocida, por exemplo contra algas, bactérias ou penicilos. A quantidade por adição de sulfeto de zinco é neste caso de 0,1 a 30% em peso, preferivelmente 0,2 a 15% em peso, especialmente preferivelmente 0,5% a 10% em peso, com relação à quantidade do material de revestimento.

Além disso, o sulfeto de zinco, de acordo com a invenção, tam- bém pode ser utilizado como catalisador. A presente invenção é mais detalhadamente esclarecida a se-

guir por meio do exemplo seguinte, sem que ela seja a ele restrita: Exemplo 1:

Em um recipiente coletor são colocados 50 ml de água estilada com uma temperatura de 65°C, e 500 ml de uma solução de ZnS04 aquosa (120 g/l) assim como adicionados 500 ml de uma solução Na2S aquosa (60 g/l) sob intensa agitação. As soluções também apresentam uma temperatura de 65°C. A adição das duas soluções no recipiente coletor é controlada de maneira que na suspensão predomine um valor de pH de 3 a 4.

Depois de ocorrida a precipitação do sulfeto de zinco, o valor do pH da suspensão é ajustado para 7 a 7,5 mediante nova adição da solução de Na2S. Depois de realizada a filtração e repetidas lavagens até uma con- dutibilidade inferior a 100pS, o sulfeto de zinco é seco a 120°C a 150°C.

O sulfeto de zinco assim obtido é cristalino e possui um tamanho médio de partícula de 5 nm. A superfície é de 160m2/g (BET), o poder de luminosidade é de aproximadamente 30 (DIN 55982).

Claims (25)

1. Sulfeto de zinco, caracterizado pelo fato de que ele possui propriedades de pigmento branco reduzidas ou de não possuir tais proprie- dades.

2. Sulfeto de zinco, de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de que ele apresenta um poder de difusão e de luminosidade com uma valor inferior a 300, preferivelmente inferior a 100, especialmente preferivelmente inferior a 70 (de acordo com DIN55982).

3. Sulfeto de zinco, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, carac- terizado pelo fato de que ele apresenta uma superfície específica de 15 a300 m2/g, preferivelmente de 30 a 250 m2/g, especialmente preferivelmente de 50 a 200 m2/g (BET, determinada de acordo com DIN-ISO 9277).

4. Sulfeto de zinco, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações de 1 a 3, caracterizado pelo fato de que ele se apresenta em nanoescala.

5. Sulfeto de zinco, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações de 1 a 4, caracterizado pelo fato de que ele apresenta um tamanho médio de cristalito inferior e 250 nm, preferivelmente inferior a150nm, especialmente preferivelmente inferior a 80 nm, totalmente especi- almente preferivelmente inferior a 40 nm.

6. Sulfeto de zinco, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações de 1 a 5, caracterizado pelo fato de os cristalitos de sulfeto de zinco serem tratados posteriormente inorgânica e/ou organicamente.

7. Método para a fabricação de sulfeto de zinco, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações de 1 a 6, caracterizado pelo fato de a solução aquosa de um composto contendo enxofre sulfídico, em uma concentração adequada, a uma temperatura adequada, ser misturada com uma solução aquosa, que contém um composto de zinco, sendo que a mis- tura é controlada de tal maneira que não seja ultrapassado um determinado valor de pH, e após precipiaçao do sulfeto de zinco o pH da suspensão é ajustado a um valor de aproximadamente 7 mediante nova adição de solu- ção aquosa do composto contendo enxofre sulfídico, sob agitação, o sulfeto de zinco obtido filtrado, lavado até a remoção necessária de sal, opcional- mente moído e/ou opcionalmente tratado posteriormente inorgânica e/ou organicamente.

8. Método, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de o tamanho da partícula primária do sulfeto de zinco seja controlado pela seleção das soluções de eduto.

9. Método, de acordo com a reivindicação 7 ou 8, caracterizado pelo fato de ser utilizado como compostos contendo enxofre sulfídico sulfe- tos de metal, polissulfetos de metal, preferivelmente compostos do grupo álcali, veículos de enxofre sulfídico orgânicos, por exemplo Tioacetamida ou misturas desses compostos.

10. Método, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindi- cações de 7 a 9, caracterizado pelo fato de serem utilizados como composto de zinco sulfato de zinclo, cloreto de zinco, ou um composto orgânico, por exemplo acetato de zinco ou misturas desses compostos.

11. Método para a fabricação do sulfeto de zinco, de acordo com uma ou várias das reivindicações de 1 a 6, caracterizado pelo fato de na so- lução aquosa de um composto de zinco ser introduzido ácido sulfídrico (H2S), sendo que a adição do ácido sulfídrico gasoso (H2S) é controlada de tal forma que não seja ultrapassado um determinado valor de pH e após a precipitação do sulfeto de zinco o pH da suspensão seja ajustado a um valor de aproximadamente 7 mediante nova adição do ácido sulfídrico gasoso (H2S), o sulfeto de zinco obtido filtrado, lavado até a remoção necessária de sal, seco e opcionalmente moído.

12. Método, de acordo com uma ou várias das reivindicações de7 a 11, caracterizado pelo fato de a precipitação do sulfeto de zinco finamen- te dividido ser feita em uma célula precipitante, em misturador compulsório T/Y, em um microrreator ou um reator microjet em operação contínua ou de- sontínua.

13. Método, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindi- cações de 7 a 12, caracterizado pelo fato de a precipitação poder ser feita tanto em uma fase como também em várias fases, preferivelmente em duas fases.

14. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 7 a 13, caracterizado pelo fato de a secagem ser feita em um forno do tipo tubo giratório, em um secador pulverizador, em um forno de soleira, ou atra- vés de uma secagem a frio.

15. Método, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindi- cações de 7 a 13, caracterizado pelo fato de a remoção da água ser feita através da técnica de rinçagem.

16. Método, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindi- cações de 7 a 15, caracterizado pelo fato de o sulfeto de zinco ser microni- zado em um moinho de cavilhas, em um moinho Coloplex, em um moinho Zirkoplex, em um moinho a vapor ou a jato de ar.

17. Uso do sulfeto de zinco, como definido em uma ou várias das reivindicações de 1 a 6 em polímeros orgânicos, sintéticos, em peças moldadas feitas a partir deles, em revestimentos tais como vernizes e tintas e/ou selantes de juntas e de vedação com boa transparência e/ou coloração.

18. Uso do sulfeto de zinco, como definido em uma ou várias das reivindicações de 1 a 6 em materiais plásticos, especialmente na fabri- cação de polímeros (por exemplo de polímeros termoplásticos ou duroplásti- cos), em vernizes, tintas, fibras, papéis (por exemplo papel IaminadoO, em substâncias adesivas, cerâmicas (por exemplo eletrocerâmicas e cerâmicas magnéticas), esmaltes de porcelana, agentes de adsorção, trocadores tôni- cos, produtos abrasivos e agentes de polimento, lubrificantes refrigeradores e concentrados de lubrificante refrigerador, produtos refratários, aditivos para cimento duro, produtos medicinais e cosméticos (por exemplo pó, pomadas, pasta dental).

19. Uso do sulfeto de zinco, como definido em uma ou várias das reivindicações de 1 a 6, para a melhoria das propriedades mecânicas, por exemplo da dureza, resistência a flexão, resiliência de durômeros e ma- teriais termoplásticos.

20. Uso do sulfeto de zinco, como definido em qualquer em uma ou várias das reivindicações de 1 a 6, em elastômeros para a estabilização contra calor.

21. Uso do sulfeto de zinco, como definido em uma ou várias das reivindicações de 1 a 6, em termoplastos como desativador de metal pesado.

22. Uso do sulfeto de zinco, como definido em qualquer uma ou várias das reivindicações de 1 a 6, como aditivo de fricção, por exemplo em librificantes, revestimento de freio, acoplamentos.

23. Uso do sulfeto de zinco, como definido em qualquer uma ou várias reivindicações de 1 a 6, como agente biocida, por exemplo contra al- gas, bactérias ou penicilos.

24. Uso do sulfeto de zinco, como definido em qualquer uma ou várias das reivindicações de 1 a 6 como catalisador.

25. Uso do sulfeto de zinco, de acordo com qualquer uma ou várias das reivindicações de 17 a 24, como suspensão de partículas finas, como pasta fluida, pasta ou pó.