BRPI0703980B1

BRPI0703980B1 - Bronzina flangeada

Info

Publication number: BRPI0703980B1
Application number: BRPI0703980-8A
Authority: BR
Inventors: Roberto Pierotti Ferreira
Original assignee: Mahle Metal Leve S/A
Priority date: 2007-09-04
Filing date: 2007-09-04
Publication date: 2019-09-24
Also published as: KR20100082772A; ATE537371T1; WO2009031027A1; JP2010538231A; EP2195545B1; JP5645664B2; CN101835995A; KR101485620B1; CN101835995B; US20100266228A1; US8398309B2; EP2195545A1; BRPI0703980A2

Abstract

bronzina flangeada. descreve-se uma bronzina flangeada compreendendo um mancal de deslizamento (1) que possui ao menos um mancal axial (2), em forma de semi-anel ou anel, afixado a lateral do mencionado mancal (6), lateral essa formada pela sua espessura, onde se encontram recessos com geometria cooperante (4) as dos elementos de travamento, protuberâncias de fixação resilientes (3), dispostos no mancal axial (2) de forma distribuída angularmente em seu perímetro, como protuberâncias (3)que saem radialmente do diâmetro interno do mancal axial (2).

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para BRONZINA FLANGEADA.

Campo da Invenção

Refere-se a presente invenção a uma bronzina flangeada compreendendo um mancai de deslizamento acoplado a um mancai axial através de protuberâncias de fixação elástica.

Estado da Técnica

As futuras gerações de motores Diesel e Otto irão aumentar a carga axial na superfície do disco do virabrequim devido à necessidade de maior pressão de combustão, levando ao emprego de maior força de fechamento da embreagem, durante as trocas de marchas, e com isso maior reação nos mancais axiais internos. Por consequência, as reações axiais em mancais de deslizamento que utilizam flanges também sofrerão aumento de carga, comprometendo a vida do produto se esse não for devidamente desenvolvido.

A possibilidade de se montar diferentes materiais no mancai de deslizamento e no mancai axial facilita sua aplicação e aumenta a vida útil do conjunto. A utilização deste tipo de produto é influenciado pelas convicções das empresas produtoras de motores, que podem optar por arruelas de encosto, puramente mancais axiais, totalmente separadas dos mancais de deslizamento ou por bronzinas com flange rígido, peça única, e bronzinas com flange montado, flange fixo à bronzina ou bucha de maneira flexível, obtendo os benefícios da adaptação às deformações, de alojamento e de montagem, bem como as vibrações típicas de motores de combustão interna.

Além disso, para se garantir a fixação da arruela de encosto à bronzina ou bucha, faz-se necessário restringi-la em três direções, porém mantendo-a flexível, liberta de vínculos rígidos, permitindo-a acomodar se as distorções e vibrações características das máquinas. A primeira restrição, rotaçional, suporta os esforços gerados pelo atrito entre o disco de encosto do virabrequim e a superfície de deslizamento do mancai axial, torque de atrito. A segunda restrição, radial, impede que o flange se solte totalmente e ©

ο caia sobre o eixo motriz. A terceira restrição é axiai, suporta os esforços de vibração do eixo motriz. Todas estas restrições devem garantir que o flange não se solte no transporte até a montagem da máquina, nem durante a vida útil da mesma.

Vários tipos de fixação foram propostos como, solda, cola, esmagamento e fixação resiliente. Devido ao alto custo de fabricação proporcionado por geometrias ínfimas e processos inadequados tornaram-nas proibitivas a fabricação. O processo por união resiliente não introduz tensões residuais que podem levar a falha por fadiga e a montagem axiai facilita o fluxo de produção reduzindo o custo do produto.

Alguns exemplos do estado da técnica que podem ser citados são os descritos nos documentos de patentes abaixo comentados.

O documento de Patente US 4,076,342 refere-se a um flange que possui no seu diâmetro interno uma secção mais fina que é recebida em um canal nas costas da bronzina, no lado do aço, garantindo a retenção na direção axiai. A fixação conta com duas protuberâncias localizadas nas extremidades do flange e dois recessos igualmente na bronzina. Com a montagem radial, a bronzina se deforma e permite que os recessos das extremidades recebam as protuberâncias do flange e desta maneira encaixando no canal a secção fina do flange.

O documento de Patente US 4,533,261 refere-se à montagem do flange ocorrida na direção radial à bronzina e o processo de montagem é uma interação das rigidezes da bronzina com a do flange. O flange possui duas protuberâncias espaçadas e próximas às extremidades, dotadas de prismas convexos, responsáveis por efetuarem a fixação das peças, cooperadas por recessos em forma de gancho na bronzina. A montagem é do tipo “click”, trabalhando com os dois elementos, bronzina e flange, na fase elástica, pois, pressionando as protuberâncias do flange exatamente sobre os recessos da bronzina, flange e bronzina cedem e permitem que as protuberâncias se encaixem nos recessos.

O documento de Patente GB 2210113 refere-se a uma solução em que o flange é montado sobre a bronzina na direção radial onde a pri meira protuberância a se encaixar é uma central e por deformação elástica da bronzina, outras localizadas na extremidade do flange se encaixam em recessos cooperantes na extremidade da mesma, podendo possuir as formas de “rabo de andorinha”, chanfro ou entalhe produzidos no momento do estampo da bronzina.

O documento de Patente GB 2225392 refere-se a uma solução que possui apenas uma protuberância de fixação no flange, localizada ao centro, montado axialmente e travado de maneira plástica por ação de punções sobre a lateral da bronzina. A protuberância possui chanfros laterais formados no momento do estampo que servem de apoio para receber o material deformado plasticamente da bronzina, através de punções, nas imediações da protuberância, na lateral da bronzina.

O documento de Patente GB 2225393 refere-se a uma solução, igualmente a Patente GB 2225392, porém com mais de uma protuberância projetada fora do plano para minimizar o material a ser usinado na formação do raio de alívio do virabrequim.

O documento de Patente GB 2241752 refere-se a uma solução em que o flange possui protuberâncias que são deformadas para dentro dos recessos da bucha que por sua vez sofrem ação externa abrindo o material ao lado das protuberâncias do flange, na região da bucha, e assim os fixando.

O documento de Patente US 5,114,246 refere-se a uma solução em que o flange é montado, axialmente, na bronzina. A arruela de encosto é montada na bronzina através da cooperação entre as protuberâncias e os recessos na bronzina. Após a inserção das protuberâncias nos recessos as mesmas são esmagadas fixando o flange.

O documento de Patente EP 0515657 refere-se a uma solução em que há uma fixação do flange na bronzina por intermédio da deformação plástica de uma das protuberâncias de fixação, esta atravessa uma fenda localizada na lateral da bronzina ao centro na região do rebaixo de fuga do raio do virabrequim, à parte, da protuberância, que fica exposta no rebaixo é amassada por uma cunha deformando o rebaixo na forma de um “V” e com isso impedindo a soltura do flange na direção radial. Este projeto oferece grande risco ao raio do virabrequim podendo riscá-lo, comprometendo o conjunto. O impedimento do movimento rotacional, do flange, é conseguido com protuberâncias rígidas, não deformáveis, fixadas em recessos na bronzina, que podem ser abertos ou em forma de fenda.

O documento de Patente DE 4041557 refere-se a uma solução de montagem radial e por deformação elástica da bronzina permitindo a introdução de recessos em forma de gancho, que se atracam com os recessos da bronzina.

Para melhor entendimento, segue tabela abaixo reunindo os documentos de patente citados de acordo com suas características de montagem ou tipo de fixação.

Tabela 1. Soluções técnicas para montagem de flange.

	Direção de	Tipo de solução de fixação
Moni	tagem
Número da Patente	Data do depósito	Axial	Radial	“click”	Elástica	Plástica
US 4,533,261	06/06/85		X	X	X
GB 2210113	25/08/88		X	X	X
GB 2225392	25/11/88	X				X
GB 2225393	25/11/88	X				X
GB 2241752	02/03/90	X				X
US 5,114,246	03/12/90	X				X
DE 4041557	22/12/90		X	X	X
EP 0515657	17/12/91		X			X

Como acima demonstrado, várias idéias para a solução de montagem de flange foram propostas, muitas com sutilezas que dependem de frações de ângulos para garantir a fixação ou mesmo ínfimos décimos de milímetros para a mesma tal função.

Muitas vezes os elementos de travamento são deformados plasticamente, comprometendo a vida do conjunto por serem tão delgados podendo trincar, ou mesmo jamais serem produzidos por tamanha complexidade dos elementos. Soldas e colas foram utilizados para a fixação o que torna o sistema extremamente rígido perdendo o benefício da flexibilidade do flange em relação à bronzina ou bucha.

Entretanto, nenhuma das soluções acima apresenta uma montagem axial por engate flexível, que não venha comprometer a integridade do elemento de fixação, pois não o deforma plasticamente e sendo isso feito dentro de geometrias e dimensões factíveis nos processos fabris atuais é o que se propõe nesta patente.

Objetivos da Invenção

É, portanto, um objetivo da presente invenção prover uma bronzina flangeada contendo um mancai de deslizamento, podendo ser bronzina bucha, que permita a montagem de ao menos um mancai axial em forma de semi-anel ou anel, designado também de arruela de encosto ou flange, que possa ser afixado, encaixado, ou até mesmo montado, permitindo movimentos relativos entre si, na lateral da bronzina ou da bucha, por garras de fixação elásticas, designadas aqui como protuberâncias de fixação resilientes, que são extensões do diâmetro interno, tendo correspondentes recessos de geometria cooperante no mancai de deslizamento.

É também um objetivo da presente invenção prover um mancai de deslizamento com o mancai axial, um flange, que vise uma melhor acomodação em relação ao conjunto montado em uma máquina e seu eixo transmissor de força em razão da ação das folgas inerentes ao conjunto do recesso com as protuberâncias de fixação resilientes.

Ainda um objetivo da presente invenção é possibilitar a montagem de materiais distintos entre o mancai axial e o mancai de deslizamento. Desta forma poder-se-á montar um flange polimérico a um mancai de deslizamento de composto metálico, ou vice-versa, ambos com propriedades tribológicas adequadas à aplicação, assim contribuindo para o desenvolvimento tecnológico das máquinas.

Vantagens da Invenção

São descritas abaixo algumas vantagens da invenção, as quais, vale a ressalva, não são as únicas que a presente invenção possui. Outras vantagens e suas características serão apresentadas ao longo da descrição das concretizações desta invenção.

Através da presente invenção, facilita-se o processo de fabrica ção do mancai de deslizamento, com fabricação distinta das peças envolvidas em separado e unidas ao final dos dois processos em um terceiro possível lugar. Assim, tornado flexível à escolha de processos, materiais e lugares de fabricação, resultando em melhor custo benefício e maior retorno social.

Pela presente solução, permite-se a manutenção do mancai axial, uma vez que a desmontagem e a montagem do flange da bronzina não provocam danos a nenhuma das partes. Tornando o produto mais vantajoso para o cliente final, usuário da máquina.

Breve Descrição da Invenção

Os objetivos da presente invenção são alcançados através de um mancai de deslizamento com flange montado, objeto da invenção abriga ao menos uma protuberância de fixação resiliente e uma outra protuberância rígida em que ambas se encaixam em recessos cooperantes espaçados angularmente de um ângulo a.

Por meio de um esforço externo, as protuberâncias são deformadas para então serem colocadas dentro do recesso de geometria cooperante, quando então, liberam-se as protuberâncias, restaurando a posição original, se alojando dentro do recesso e desta forma sendo impedido, a sua soltura, devido aos esbarros.

As protuberâncias alojadas nos recessos possuem as três características de impedimento à separação do conjunto bronzina / flange, nas três direções principais:

(i) Direção axial, pelo aprisionamento da protuberância em uma geometria cooperante, esbarros, dentro do recesso;

(ii) A direção radial é impedida devido à distribuição angular das protuberâncias e pelos esbarros internos; e (iii) Direção circunferencial, que diz respeito ao torque de atrito imposto pelo trabalho do espelho do virabrequim sobre o material de deslizamento do flange, é impedida pelas existências das protuberâncias nos recessos e da protuberância rígida os quais impõem resistência mecânica ao cisa /13 lhamento e esmagamento, bem como a fadiga, mantendo a função do flange.

De acordo com a presente invenção, pode haver uma quantidade de 1 a 6 recessos por 180° de bronzina plana e respectivas protuberâncias de fixação resilientes.

Essa deformação elástica é permitida devido ao espaço reservado que receberá as protuberâncias na condição deformada. Os recessos, por sua vez, estão localizados na lateral do mancai de deslizamento formando um ângulo γ entre 30° e 60°, preferencialmente 45°, com a superfície interna do recesso que é a geradora do esbarro.

Essa mesma geometria cooperante, na forma da superfície está presente nas protuberâncias. Na base das protuberâncias de fixação do mancai axial encontram-se alívios de tensão para também garantir a elasticidade da deformação, no instante da montagem ou desmontagem do flange.

O material utilizado na bronzina e no flange da presente invenção é de aço carbono com a adesão e material de deslizamento, com propriedades tribológicas adequadas ao do eixo motriz. Material polimérico também pode ser utilizado em tais mancais, a saber, resina plástica, resina epóxi, material contendo fluoreno ou fluoropolímero.

Breve Descrição dos desenhos

A presente invenção será, a seguir, mais detalhadamente descrito com base em um exemplo de execução representado nos desenhos. As figuras mostram:

Figura 1 - uma das possibilidades de aplicação de mancais radiais e mancais axiais em um motor de combustão interna;

Figura 2 - uma composição de um mancai radial, que por sua vez é estendido ao mancai axial por se tratar de mesma matéria-prima, compósito de material de deslizamento mais material estrutural;

Figura 3 - uma visão dos mancais axial e de deslizamento bem como um detalhe da protuberância de fixação resiliente e seu recesso com geometria cooperante;

Figura 4 - o desenvolvimento do mancai de deslizamento com os detalhes dos recessos e respectivos posicionamentos;

Figura 5 - o flange montado no mancai de deslizamento e as protuberâncias de fixação resilientes encaixadas perfeitamente nos recessos. Bem como a ilustração das direções principais (X, Y, Z) de fixação do flange montado;

Figura 6 - uma bronzina flangeada montada com três conjuntos de protuberâncias de fixação resilientes, dispostas circunferencialmente ao longo do flange, as direções principais de travamento; axial, radial e circunferencial do flange na bronzina, bem como o chamativo de dois detalhes; e

Figura 7 - uma vista explodida de um conjunto e em particular a deformação elástica das protuberâncias de fixação resilientes. Concretizações Preferidas e Descrição Detalhada das Figuras

Uma bronzina flangeada que possui como elementos uma bronzina plana, mancai de deslizamento, e um flange, mancai axial.

A bronzina tem recessos que estão localizados em sua lateral, formada pela espessura. Os recessos possuem a forma de rabo de andorinha, trapézio com a base menor aberta, os trapézios possuem as paredes laterais inclinadas com ângulos, formados entre as laterais e a base maior, que podem assumir valores entre 15° e 60°, sendo preferido 45°. As paredes laterais servem de esbarros de aprisionamento dos elementos de fixação, que se encontram no flange.

Os elementos de fixação são parte integrante do flange, são protuberâncias que afloram do diâmetro interno e possuem um recesso respectivo na bronzina. A protuberância possui forma delgada que se assemelha a um dedo. Formada com a eliminação do material a sua volta a menos da base, que a mantêm como parte do flange, que possui na adjacência geometria aliviadora de tensão conferindo a protuberância à propriedade de ser um elemento elástico. Um dos vazios laterais da protuberância tem a finalidade de acomodar temporariamente sua deformação elástica de montagem na bronzina. O outro vazio servirá para a retirada do flange, em um momento de manutenção. Estas protuberâncias possuem em sua extremidade, mais à frente do diâmetro interno do flange, chanfros que se equivalem aos ângulos das paredes laterais dos recessos. Uma vez alojadas nos recessos as geometrias do flange e da parede do recesso se cooperam fazendo com que fixe o flange à bronzína. A fixação do flange à bronzina se dá obrigatoriamente nas três direções principais; axial, radial, rotacional. A fixação axial e promovida pelos esbarros e pela cooperância geométrica do chanfro. Na radial acontece pela distribuição de recessos e protuberâncias ao longo dos 180° da bronzina e do flange respectivamente, de maneira que os esbarros estejam em divergência com o movimento de soltura. No rotacional é impedido pela secção resistente ao cisalhamento da protuberância e ao esmagamento pelas geometrias cooperantes do chanfro e do esbarro.

A montagem do flange na bronzina acontece com a deformação elástica das protuberâncias a uma tal medida que seja capaz de passar por através da base menor do trapézio do recesso, findo isso liberám-se as protuberâncias a fim de que retornem ao estado original, não deformado, se encaixando aos esbarros, impossibilitando a desmontagem.

A grande vantagem desta idéia é de se promover a montagem axial sem introdução de tensões residuais, nocivas à vida a fadiga, vinculadas aos processos de soldagem ou estampagem de material, facilitando o processo fabril e reduzindo o custo de montagem.

Fazendo referência agora à figura 1, esta mostra um motor e a aplicação de vários mancais de deslizamento radiais e axiais. A peça 1 é uma bucha de eixo comando, mancai radial; 2 uma arruela de encosto, mancai axial; 3 uma bronzina flangeada, mancai radial mais mancai axial; 4 bronzina de biela, mancai radial; 5 bronzina de mancai central, mancai radial; 6 bucha de biela, mancai radial. Os mancais radiais ou axiais servem para permitir o perfeito funcionamento de partes móveis, minimizando o atrito, garantindo o movimento com a respectiva transmissão de força. Estes mancais possuem a característica de serem compósitos de vários materiais para distintas funções dentro da garantia de manutenção da transmissão de força e movimento.

Com relação à figura 2 pode ser visto um mancai de deslizaAG mento e suas diversas camadas de materiais específicos. A camada 1 é a estrutura da peça, formada em aço garante a retenção no alojamento; 2 Material de deslizamento emergencial para no caso da falta de óleo de lubrifi. cação; 3 Barreira anti-difusão de materiais entre camadas; 4 Camada de rolagem, aceita o toque do eixo se conformando e recebendo impurezas do óleo lubrificante do motor. Esta demonstração se estende ao mancai axial uma vez que a matéria-prima, chapa de aço mais camadas de materiais específicos podem ser conformadas para originar tanto maçai axial, quanto mancai radial.

/10 Na figura 3 observa-se o mancai da presente invenção em uma vista explodida detalhada da bronzina 1 e do flange 2. A posição apresentada é anterior à inserção das protuberâncias resilientes 3 no recesso de fixação 4. A protuberância de fixação resiliente 3 é um elemento delgado cuja geometria advêm do projeto, cuja premissa é de garantir a resiliência em 15 função dos materiais utilizados, compósito. O espaço 5 adjacente às protuberâncias é a região onde as mesmas são deformadas a uma medida tal, definida no projeto da peça, que não exceda o limite de escoamento dos materiais ali empregados, que possam entrar no recesso 4. A deformação para montagem das protuberâncias resilientes 3 para dentro do espaço 5 é 20 executada por uma força externa F, conforme mostrada na Figura 7. As tensões, devido à deformação para montagem, na base das protuberâncias resilientes 3 são minimizadas pela introdução, ali, de superfícies arredondadas 7, adjacentes às protuberâncias de fixação resilientes 3, classicamente reconhecidas na literatura técnica como úteis para tal fim. As protuberâncias 25 de fixação resilientes possuem em suas extremidades superfícies 10 que cooperam com as superfícies formadas pelos esbarros 9, quando montado o flange 2 na bronzina 1. O recesso 4, o qual contempla os esbarros 9, desenvolve uma forma de rabo de andorinha e as superfícies 10, contidas nas extremidades das duas protuberâncias de fixação resilientes 3, cooperam 30 para a fixação devido à similitude das geometrias. A fixação do flange, na direção axial, é garantida pelo impedimento que o esbarro 9 promove à superfície 10.

Por sua vez, a figura 4 ilustra uma bronzina 1 desenvolvida com as respectivas posições dos recessos, apropriadamente distribuídos ao longo da mesma por cotas a e β. Nesta posição vê-se claramente a geometria de um rabo de andorinha, forma de um trapézio, que contempla as designações 9 e 4. Os recessos 4 possuem a função de impedir a liberação do flange 2 da bronzina 1, nas direções X (circunferencial), Y (axial), Z (radial). O impedimento ocorre devido à forma do esbarro 9, que possui um ângulo γ propício para tal função. O ângulo γ possui geometria cooperante com a da superfície 10 a qual se encontra na extremidade das protuberâncias resilientes de fixação 3.

Referindo-se à figura 5 nota-se o mancai com as protuberâncias resilientes 3 já inseridas nos recessos 4, garantindo a fixação do mancai axial 2 ao mancai de deslizamento 1 nos eixos X (rotacional), Y (axial) e Z (radial) demonstrados pelas setas. O impedimento em Z ocorre com a adição de um segundo, terceiro ou mais grupos de protuberâncias resilientes de fixação, espaçado angularmente entre si, conforme mostrado na Figura

4. O perfeito ajuste entre os esbarros 9 e as superfícies 10 ocorre devido à similitude das mesmas, cooperando de maneira a impedir a liberação do flange 2 da bronzina 1, nas direções X, Y e Z.

A figura 6 ilustra uma bronzina flangeada montada com três conjuntos de protuberâncias de fixação resilientes, dispostas circunferencialmente ao longo do flange, as direções principais de travamento; axial, radial e circunferencial do flange 2 na bronzina 1, bem como o chamativo de dois detalhes, B e C. Apresenta ainda, setas, chamadas de Z1, as quais se referem a um esforço de soltura na direção radial, fictício, porém como ilustração da tentativa de separação do flange da bronzina. No Detalhe B, a aplicação de uma força fictícia Z1 de maneira a soltar o flange 2 da bronzina 1 gera na bronzina 1 uma reação contrária R na região do esbarro 9, sendo de mesma intensidade na superfície 10, localizada na extremidade da protuberância 3, impedindo a separação. Desta forma, não interessando aonde for aplicada tal força radial Z1, o flange e a bronzina sempre estarão reagindo por um ou mais de seus grupos de protuberância de fixação resilientes 3 e seus esbarros 9 correlacionados com a justa cooperância do ângulo γ e da superfície 10. O Detalhe C traduz a resistência ao livramento do flange 2 da bronzina 1, nas direções principais X (Circunferencial) e Y (Axial). A soltura no sentido axial, Y, pela abertura do recesso 4, é impedida pela oposição dos esbarros 9 à movimentação das superfícies 10, pertencentes às protuberâncias de fixação resilientes 3. Uma vez que a abertura do recesso 4 é menor que a do flanco total, formado pelo afastamento das superfícies 10, do grupo de protuberâncias de fixação resilientes 3, não permite o desprendimento do flange 2 da bronzina 1. A soltura do flange 2 da bronzina 1 na direção Circunferencial, X, que está correlacionada com o torque de atrito do espelho do virabrequim em contato com o material de deslizamento do flange é impedida pela interpenetração das geometrias cooperantes 9 e 10 respectivamente presentes na bronzina 2 e nas extremidades das protuberâncias de fixação resilientes 3.

A figura 7 representa esquematicamente a seqüência de montagem, obedecendo às seguintes etapas:

Etapa (I) - onde aparece um detalhe do flange 2 na posição livre e um grupo de protuberâncias de fixação 3 com o afastamento inicial, livre, A1.

Etapa (II) - as protuberâncias resilientes 3 já deformadas elasticamente pela força externa F, para dentro do espaço 5, de maneira a assumir o afastamento A2, permitindo entrar no alojamento da bronzina 4, que se localiza em sua lateral 6.

Etapa (III) - o recesso 4 com os esbarros de geometria cooperante 9, e pela espessura da bronzina 6 aguarda a inserção das protuberâncias resilientes 3 já deformadas.

Etapa (IV) - o flange 2 montado no recesso da bronzina 4 e as protuberâncias resilientes 3 retornadas à posição inicial, afastamento A1, devido à propriedade elástica que possui, sem ajuda externa, encaixando se, perfeitamente, devido às geometrias 10 as quais se cooperam com os esbarros 9, garantindo a fixação axial Y.

Tendo sido descrito um exemplo de concretização preferido, de13 ve ser entendido que o escopo da presente invenção abrange outras possíveis variações, sendo limitado tão somente pelo teor das reivindicações apensas, aí incluídos os possíveis equivalentes.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Bronzina flangeada caracterizada pelo fato de possuir um mancai de deslizamento (1), podendo este ser uma bucha ou bronzina, ao menos um mancai axial (2) montado ao mancai de deslizamento (1), compostos de material de deslizamento, sendo o mancai axial (2) em forma de semi-anel, ou seja flange, em sua lateral (6), onde se encontram recessos (4) com geometria cooperante que possuem em sua forma esbarros (9) e que recebem, através da abertura, as protuberâncias de fixação resilientes (3) , com também geometria cooperante, formada pela superfície (10), sendo tais protuberâncias dotadas de geometria aliviadora de tensão (7) em suas bases, tais protuberâncias possuem um espaço adjacente (5) para comportar a deformação de montagem, tais protuberâncias são distribuídas em igual número e posição aos dos recessos (4), fixando o flange devido as geometrias cooperantes que coexistem, havendo ainda ao menos uma protuberância rígida (8).
2. Bronzina flangeada, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato das protuberâncias de fixação resilientes (3), serem extensões do diâmetro interno do flange (2).
3. Bronzina flangeada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato das protuberâncias de fixação resilientes (3), serem elementos elásticos.
4. Bronzina flangeada de acordo com reivindicação 1, caracterizada pelo fato de haver uma ou mais protuberâncias rígidas (8), suportando o flange (2) no sentido circunferencial do esforço de rotação.
5. Bronzina flangeada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato das protuberâncias de fixação resilientes (3) e rígidas (8), estarem dispostas angularmente (□.□) iguais aos seus respectivos recessos (4) .
6. Bronzina flangeada de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de haver ao menos duas protuberâncias de fixação resiliente (3) afastadas das extremidades na região entre 15° e 60°.
7. Bronzina flangeada de acordo com a reivindicação 1, caracte rizada pelo fato de haver um espaço (5) que comporte a deformação da protuberância de fixação resiliente (3) no momento da montagem.
8. Bronzina flangeada de acordo com reivindicação 1, caracterizada pelo fato do esbarro (9) possuir ângulo com o fundo do recesso (4)

5 sendo este ângulo (γ) entre 30° e 60°.
9. Bronzina flangeada de acordo com reivindicação 1, caracterizada pelo fato de possuir na lateral da bronzina (6), recessos (4) com geometrias cooperantes as das protuberâncias de fixação resilientes (3).
10. Bronzina flangeada de acordo com reivindicação 1, caracte10 rizada pelo fato da protuberância de fixação resiliente (3) possuir em sua extremidade uma geometria cooperante (10).
11. Bronzina flangeada de acordo com reivindicação 1, caracterizada pelo fato de haver uma quantidade de 1 a 6 recessos (4) por 180° de bronzina plana (1) e respectivas protuberâncias de fixação resilientes (3) no

15 flange (2).
12. Bronzina flangeada de acordo com reivindicação 1, caracterizada pelo fato do flange (2) ser de material polimérico, a saber resina plástica, resina epóxi, material contendo fluoreno ou fluoropolimero.