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BR112018071498B1 - Composto, método para prepará-lo, composição e respectivos usos - Google Patents

Composto, método para prepará-lo, composição e respectivos usos Download PDF

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BR112018071498B1
BR112018071498B1 BR112018071498-4A BR112018071498A BR112018071498B1 BR 112018071498 B1 BR112018071498 B1 BR 112018071498B1 BR 112018071498 A BR112018071498 A BR 112018071498A BR 112018071498 B1 BR112018071498 B1 BR 112018071498B1
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methyl
salt
ylethynyl
triazolo
benzamide
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BR112018071498-4A
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Germes Grigorievich Chilov
Ilya Yurievich Titov
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Limited Liability Company «Fusion Pharma».
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Publication of BR112018071498B1 publication Critical patent/BR112018071498B1/pt

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Abstract

A invenção refere-se à química orgânica, farmacologia e medicina e trata da prevenção e tratamento de doenças humanas e animais associadas à interrupção na atividade de várias quinases, em particular Abl quinase, por exemplo, doenças tais como leucemia, leucemia mieloide aguda, leucemia mieloide crônica, leucemia linfocítica aguda, câncer de mama, câncer de pulmão de células não pequenas, tumores estromais gastrointestinais, câncer de ovário, linfoma, usando uma nova forma em sal de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3- trifluorometilfenil)benzamida. O sal desse composto com ácido metanossulfônico, fórmula (I), ou seu hidrato, solvato, bem como modificações polimórficas, têm a capacidade de inibir a atividade de quinases, em particular de Ab1 quinases. A presente invenção também se refere a composições farmacêuticas que compreendem uma quantidade terapeuticamente eficaz de um sal da invenção, a método para preparar um sal cristalino da invenção, bem como a método para tratar doenças oncológicas em paciente.

Description

RELATÓRIO DESCRITIVO REFERÊNCIA REMISSIVA A PEDIDOS CORRELATOS
[0001] O presente Pedido reivindica o benefício do Pedido de Patente Russo RU2016114904, depositado no dia 18 de abril de 2016, o qual se incorpora ao presente documento por referência na íntegra.
CAMPO TÉCNICO
[0002] A presente invenção refere-se à química dos compostos orgânicos, à farmacologia e à medicina, em especial a formas salinas de compostos, bem como a suas formas cristalinas (polimórficas) com propriedades fisioquímicas aprimoradas e alta eficácia e segurança em comparação à base livre dos mesmos.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
[0003] Na produção de fármacos, é importante ter a substância farmacêutica em uma forma que seja conveniente para o tratamento e manuseio. Isso é importante não só do ponto de vista de criar um processo de produção comercialmente viável, mas também do ponto de vista da produção subsequente de produtos farmacêuticos contendo essa substância ativa. Além disso, há muitos fatores essenciais, tais como a estabilidade química dos ingredientes ativos, a estabilidade de suas formas sólidas e sua estabilidade durante o armazenamento. É necessário que as substâncias farmacêuticas e composições médicas que as contêm possam ser armazenadas por períodos de tempo satisfatórios sem mudanças significativas às características fisioquímicas de suas substâncias ativas, tais como composição química, densidade, higroscopicidade e solubilidade. Nesse contexto, o uso de formas amorfas de substâncias como fármacos geralmente é indesejável. Por exemplo, as formas amorfas possuem propriedades fisioquímicas, tais como solubilidade, higroscopicidade, friabilidade, massificação etc., instáveis. Sendo assim, é desejável obter um fármaco em sua(s) forma(s) cristalina e estável para produzir composições medicinais comercialmente viáveis e farmaceuticamente aceitáveis.
[0004] As substâncias sólidas, incluindo compostos farmaceuticamente ativos, existem frequentemente em mais de uma forma cristalina; e esse fenômeno é conhecido como polimorfismo. O polimorfismo ocorre quando um composto pode cristalizar em muitas fases sólidas diferentes, que diferem umas das outras em seu acondicionamento dos cristais. Modificações tipicamente polimórficas (polimorfos) têm características físicas diferentes, incluindo solubilidade e estabilidade física e/ou química. Diferentes formas salinas sólidas de uma mesma substância medicinal e, ademais, diferentes polimorfos de uma mesma forma salina sólida podem diferir quanto à taxa de liberação da substância farmacêutica, bem como quanto à estabilidade do estado sólido da forma salina, bem como quanto à sua adequabilidade à produção de medicamentos farmacêuticos.
[0005] A seleção de uma forma salina adequada à produção da substância farmacêutica correspondente é um evento importante na fase pré-clínica do desenvolvimento de um fármaco. Modificar a forma salina da substância de fármaco ativa é uma maneira de modificar as características químicas e biológicas da substância sem modificar a estrutura química da mesma. A escolha da forma salina específica pode influir profundamente nas propriedades fisioquímicas do fármaco (por exemplo, na taxa de dissolução, solubilidade, estabilidade e higroscopicidade). Substituir uma forma salina da substância de fármaco por outra forma salina pode mudar a eficácia terapêutica e/ou a segurança do fármaco, que são considerações especialmente importantes na produção em larga escala da composição de fármaco ideal. Todavia, não há uma maneira confiável para prever com precisão o efeito da mudança da forma salina da substância de fármaco ativa sobre sua segurança e/ou atividade biológica. Além disso, nem mesmo o estudo das propriedades fisioquímicas de diferentes formas salinas da substância de fármaco ativa é capaz de permitir-nos identificar inequivocamente as formas salinas com as propriedades farmacocinéticas, eficácia e segurança desejadas. Em suma, não há uma maneira confiável de prever a influência de tipos salinos específicos sobre o comportamento do composto original nos medicamentos farmacêuticos (Berge et al, Pharmaceutical Salts, Journal Pharm. Sci., 1977, Vol. 66, n°1; Verbeeck et al, Generic substitution: The use of medicinal products containing different salts and implications for safety and efficacy European Journal Pharm. Sci., 28, 2006, 1-6).
[0006] Os parâmetros farmacocinéticos estão entre as características mais importantes que definem a adequabilidade de uma forma salina sólida (ou de uma modificação polimórfica específica) ao uso como um medicamento farmacêutico. As concentrações diárias média e máxima de um fármaco no sangue de seres humanos e animais podem variar significativamente, dependendo da composição da forma salina e de sua modificação polimórfica. Por via de regra, as formas salinas de uma substância de fármaco com maior solubilidade em água são as que permitem as concentrações máximas mais altas de fármaco no sangue e nos tecidos de seres humanos e animais. Visto que concentrações máximas mais altas de fármaco no sangue de animais estão correlacionadas, por via de regra, a aumento nos efeitos tóxicos causados pelo fármaco, a modificação da forma salina de uma substância de fármaco pode causar mudanças no perfil de segurança do mesmo.
[0007] As formas salinas sólidas geralmente são as preferidas para medicamentos orais porque tendem particularmente a exibir as características físicas mais desejáveis. No caso de substâncias de fármaco básicas, as formas salinas podem ser obtidas por reação com ácidos adequados. Como mencionado acima, diferentes ácidos variam em sua influência sobre as propriedades das formas salinas correspondentes (tais como estabilidade durante o armazenamento, facilidade nos processos de produção e purificação, parâmetros farmacocinéticos etc.), e essas propriedades não podem ser previstas com precisão satisfatória. Por exemplo, alguns sais são substâncias sólidas a temperatura ambiente, ao passo que outros são líquidos, óleos viscosos ou resinas. Além disso, algumas formas salinas são resistentes às influências do calor e da luz em condições extremas, ao passo que outras se decompõem facilmente em condições muito mais brandas. Mais incerteza ainda surge quando a molécula do fármaco possui mais de um sítio básico, dando origem potencialmente a muitas formas salinas com dado ácido. Sendo assim, o desenvolvimento de uma forma salina adequada de uma substância de fármaco básica para uso em uma composição farmacêutica é um processo de suma importância que está longe de ser sempre previsível.
[0008] As proteína-quinases representam uma família de proteínas importantes que participam da regulação de processos celulares chave. A atividade excessiva de proteína-quinases pode provocar diferentes doenças. Uma possível abordagem para a terapia de doenças associadas à atividade excessiva de proteína-quinases é o uso de compostos químicos de baixo peso molecular para inibir a atividade quinase. Exemplos desses inibidores aprovados para uso na prática clínica incluem: Imatinibe, Nilotinibe, Dasatinibe, Sunitinibe, Sorafenibe, Lapatinibe, Gefitinibe, Erlotinibe e Crizotinibe. Muitos candidatos a fármaco inibidor de proteínas quinase estão atualmente na fase dos testes clínicos ou na fase de desenvolvimento pré-clínico.
[0009] A BCR-ABL é uma proteína de fusão, produto do gene híbrido BCR-ABL1, formado em decorrência da translocação recíproca entre os cromossomos 9 e 22 (o cromossomo Filadelfia). A BCR-ABL é a tirosina quinase constitutivamente ativa que é responsável pela transformação de células oncogênicas (isto é, uma oncoproteína). A atividade permanente dessa tirosina quinase torna uma célula capaz de dividir-se sem a influência de fatores de crescimento e causa proliferação excessiva. A BCR-ABL é um fator patogênico chave que causa o desenvolvimento da maioria dos casos de leucemia mieloide e de 20% a 50% dos casos de leucemia linfoblástica de células B aguda em adultos. Sendo assim, inibir a atividade quinase da proteína híbrida BCR-ABL é uma estratégia prospectiva para enfrentar diferentes doenças oncológicas e, em especial, a leucemia mieloide crônica.
[00010] O Pedido de patente internacional PCT/RU2012/000423 (WO/2012/173521) descreve derivados de 1,2,4-triazol[4,3-a]piridina, que são inibidores seletivos eficazes da Abl quinase e de suas formas mutantes, bem como de outras quinases terapeuticamente significativas. Os compostos descritos incluíram a 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3- trifluormetil-fenil)benzamida.
[00011] Através de estudos in vitro e in vivo, ficou demonstrado que os compostos revelados no documento WO/2012/173521 têm potencial como fármacos para tratar doenças oncológicas, em especial a leucemia linfoblástica aguda, leucemia mieloide crônica, carcinoma hepatocelular, câncer de pulmão de células não pequenas e tumores estromais gastrointestinais, em seres humanos e animais.
SUMÁRIO
[00012] A presente invenção propõe um sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida.
[00013] Em algumas modalidades, o sal é sal de ácido 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil) -3-trifluormetilfenil)benzamida mono metanossulfônico.
[00014] Em algumas modalidades, o sal é sal cristalino de ácido 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida mono metanossulfônico.
[00015] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKαl substancialmente conforme ilustra a Figura 29.
[00016] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por uma curva de DSC com transição endotérmica a 220° C.
[00017] Em algumas modalidades, o sal é sal de ácido 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil) -3-trifluormetilfenil)benzamida mono metanossulfônico, modificação polimórfica I.
[00018] Em algumas modalidades, o sal compreende cristais monoclínicos do grupo espacial P21/n.
[00019] Em algumas modalidades, o sal compreende cristais monoclínicos com parâmetros da célula unitária determinados por difração de raios X em pó a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 de a = 51,46 ± 0,05 Â; b = 7,81 ± 0,05 Â; c = 7,63 ± 0,05 Â; e β = 108,9 ± 0,1°.
[00020] Em algumas modalidades, o sal compreende cristais monocíclicos com um parâmetro de células unitárias determinado por difração de raios X em pó a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 de V = 2898,9 ± 0,5 A3.
[00021] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 com picos com valores de ângulo de difração (2θ) que incluem ao menos um pico, ao menos dois picos, ao menos três picos, ou ao menos dois, três ou quatro picos com uma intensidade relativa de cerca de 20% ou mais selecionados dentre 14,5, 16,9, 17,2, 17,4, 18,7, 20,8 e/ou 23,2.
[00022] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 com picos com valores de ângulo de difração (2θ) de 16,9, 17,2, 17,4, 18,7 e/ou 20,8, cada um com uma intensidade relativa de cerca de 20% ou mais.
[00023] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKαl com um pico com valor de ângulo de difração (2θ) de 18,7 como o pico com a intensidade relativa mais alta.
[00024] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 com ao menos três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove ou dez picos com valores de ângulo de difração (2θ) selecionados dentre: 7,2, 11,8, 12,5, 13,4, 14,5, 16,2, 16,9, 17,2, 17,4, 18,7, 20,8, 21,4, 23,2, 24,1, 24,5, 25,4 e 27,1.
[00025] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 com picos com os valores de ângulo de difração (2θ) a seguir como picos característicos: 7,2, 11,8, 12,5, 13,4, 14,5, 16,2, 16,9, 17,2, 17,4, 18,7, 20,8, 21,4, 23,2, 24,1, 24,5, 25,4, e 27,1.
[00026] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 com ao menos quatro, cinco, seis, sete ou oito picos com valores de ângulo de difração (2θ) selecionados dentre: 11,8; 14,5; 16,2; 16,9; 17,2; 17,4; 18,7; 20,8; e 23,0.
[00027] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 com picos com os valores de ângulo de difração (2θ) a seguir como picos característicos: 11,8; 14,5; 16,2; 16,9; 17,2; 17,4; 18,7; 20,8; e 23,0.
[00028] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 com ao menos três, quatro, cinco ou seis picos (ou ao menos 4, ao menos 5, ao menos 6 picos) com valores de ângulo de difração (2θ) selecionados dentre: 14,5; 16,9; 17,2; 17,4; 18,7; e 20,8.
[00029] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 com picos com os valores de ângulo de difração (2θ) a seguir como picos característicos: 14,5; 16,9; 17,2; 17,4; 18,7; e 20,8.
[00030] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKαl substancialmente conforme ilustra a Figura 49(a).
[00031] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 substancialmente conforme ilustra a Tabela 6.
[00032] Em algumas modalidades, o sal é sal de ácido 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)me- til)-3-trifluormetilfenil)benzamida mono metanossulfônico, modificação polimórfica II.
[00033] Em algumas modalidades, o sal compreende cristais monoclínicos do grupo espacial P21/c.
[00034] Em algumas modalidades, o sal compreende cristais monoclínicos com parâmetros da célula unitária determinados por difração de raios X em pó a 25 ± 5° C usando radiação CuKαl de a = 13,77 ± 0,05 Â; b = 8,09 ± 0,05 Â e c = 30,83 ± 0,05 Â, e β = 117,8 ± 0,1.
[00035] Em algumas modalidades, o sal compreende cristais monocíclicos com um parâmetro de células unitárias determinado por difração de raios X em pó a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 de V = 3036,36 ± 0,5 A3.
[00036] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 com picos com valores de ângulo de difração (2θ) que incluem ao menos três, quatro, cinco ou seis picos com uma intensidade relativa de cerca de 20% ou mais selecionados dentre 11,9; 14,7; 17,2; 17,4; 17,6; 19,7; 21,2; 22,0 e 22,6.
[00037] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 com um pico com valor de ângulo de difração (2θ) selecionado dentre 17,6 ou 21,2 como o pico com a intensidade relativa mais alta.
[00038] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKαl com ao menos três, quatro, cinco, seis, sete ou oito picos com valores de ângulo de difração (2θ) selecionados dentre: 7,3, 11,8, 14,6, 17,2, 17,4, 17,6, 19,7, 21,2, 22,0, 22,6 e 26,1.
[00039] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 com picos com valores de ângulo de difração (2θ) selecionados dentre: 7,3, 11,8, 14,6, 17,2, 17,4, 17,6, 19,7, 21,2, 22,0, 22,6 e 26,1.
[00040] Em algumas modalidades, o sal é caracterizado por um padrão em pó de raios X obtido a 25 ± 5° C usando radiação CuKα1 com ao menos três picos (por exemplo, ao menos 4, 5 ou 6) com os valores de ângulo de difração (2θ) a seguir como picos característicos: 17,4; 17,6; 19,4; 19,7; 21,2; 22,0; 22,6 e 25,9.
[00041] Também é proposto um método para preparar sal cristalino de ácido 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida mono metano- ssulfônico, o método compreendendo:
[00042] (1) reagir 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida e ácido metanossulfônico para formar sal de mono metanossulfonato de 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida; e
[00043] (2) resfriar uma solução de sal de mono metanossulfonato de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipera- zin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida dissolvido em acetona e etanol (cerca de 5:1 v/v) a uma temperatura de cerca de 10° C para formar o sal cristalino.
[00044] Além disso, é proposto um sal cristalino de mono metanossulfonato de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida preparado ou obtenível por esse método.
[00045] Também é proposto um método para preparar sal cristalino de ácido 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida mono metanos- sulfônico, compreendendo o método: Reagir 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida e ácido metanossulfônico para formar sal de mono metanossulfonato de 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida; e (2) concentrar uma solução de sal de mono metanossulfonato de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetriilfenil)benzamida disso- vido em acetona e etanol (cerca de 5:1 v/v) e, em seguida, resfriar a solução a uma temperatura de cerca de 20° a 25° C para formar o sal cristalino.
[00046] Também é proposto um sal cristalino de mono metanossulfonato de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida preparado ou obtenível por esse método.
[00047] Em algumas modalidades, o sal conforme descrito acima é substancialmente isolado. Em algumas modalidades, ao menos 80%, ao menos 90%, ao menos 95%, ao menos 97%, ao menos 98% ou ao menos 99% da 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida se fazem presentes como sal de monometanossulfonato em uma forma conforme definida acima, ou qualquer uma das modalidades do mesmo.
[00048] Também é proposta uma composição que compreende sal conforme definido acima, ou qualquer uma das modalidades do mesmo, e ao menos um veículo ou excipiente farmaceuticamente aceitável.
[00049] Também é proposto um método para tratar uma doença oncológica em um paciente que necessita desse tratamento, o método compreendendo administrar ao paciente uma quantidade eficaz do sal coforme definido acima, ou qualquer uma das modalidades do mesmo, ou uma composição contendo esse sal.
[00050] Em algumas modalidades, a doença oncológica é a leucemia linfoblástica aguda, leucemia mieloide crônica, carcinoma hepatocelular, câncer de pulmão de células não pequenas, ou tumor estromal gastrointestinal.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[00051] A FIG. 1 ilustra a cristalização de sais de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil) -3-trifluormetilfenil)benzamida em uma escala de 100 mg.
[00052] A FIG. 2 ilustra a cristalização de sais de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil) -3-trifluormetilfenil)benzamida em uma escala de 100 mg após adicionar éter metil terc-butílico.
[00053] A FIG. 3 ilustra padrões de difração de raios X em pó da base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-194-1 (modificação polimórfica I); b) Amostra: HAL-G-194-2 (modificação polimórfica II).
[00054] A FIG. 4 ilustra a fotografia de cristais de amostra da base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL- G-194-1, modificação polimórfica I) obtida por microscopia de polarização.
[00055] A FIG. 5 ilustra o espectro de ressonância magnética nuclear de 1H da base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-194-1 (modificação polimórfica I); b) Amostra: HAL-G-194-2 (modificação polimórfica II).
[00056] A FIG. 6 ilustra a curva de DSC (calorimetria exploratória diferencial) de uma amostra de base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina- 3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil) benzamida (amostra: HAL-G-194-1, modificação polimórfica I).
[00057] A FIG. 7 ilustra a curva de TGA (análise termogravi- métrica) de uma amostra de base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil) benzamida (amostra: HAL-G-194-1, modificação polimórfica I).
[00058] A FIG. 8 ilustra um gráfico que representa a higroscopicidade da base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-194-1, modificação polimórfica I) analisada por absorção da umidade gravimétrica.
[00059] A FIG. 9 ilustra padrões de difração de raios X em pó do sal de ácido clorídrico e base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)- 4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil) benzamida. a) Amostra: HAL-G-194-1 (base livre, modificação polimórfica I); b) Amostra: HAL-G-196-2 (sal de HCl, modificação polimórfica I); c) Amostra: HAL-G-196-3 (sal de HCl, modificação polimórfica II).
[00060] A FIG. 10 ilustra o espectro de ressonância magnética nuclear de 1H do sal de ácido clorídrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina- 3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-196-2 (modificação polimórfica I); b) Amostra: HAL-G-196-3 (modificação polimórfica II).
[00061] A FIG. 11 ilustra uma curva de TGA de uma amostra do sal de ácido clorídrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-2, modificação polimórfica I).
[00062] A FIG. 12 ilustra a curva de DSC de uma amostra do sal de ácido clorídrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-196-2 (modificação polimórfica I); b) Amostra: HAL-G-194-3 (modificação polimórfica II).
[00063] A FIG. 13 ilustra um gráfico que representa a higroscopicidade de uma amostra do sal de ácido clorídrico e 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil) -3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-2, modificação polimórfica I) analisada por absorção da umidade gravimétrica.
[00064] A FIG. 14 ilustra um padrão de difração de raios X em pó do sal de ácido sulfúrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-6).
[00065] A FIG. 15 ilustra o espectro de ressonância magnética nuclear de 1H de uma amostra do sal de ácido sulfúrico e 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)me- til)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-6).
[00066] A FIG. 16 ilustra a curva de DSC de uma amostra do sal de ácido sulfúrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-6).
[00067] A FIG. 17 ilustra o padrão de difração em pó de raios X do sal de ácido bromídrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-196-7 (modificação polimórfica I); b) Amostra: HAL-G-196-8 (modificação polimórfica II).
[00068] A FIG. 18 ilustra o espectro de ressonância magnética nuclear de 1H do sal de ácido bromídrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a] piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluor- metilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-196-7 (modificação polimórfica I); b) Amostra: HAL-G-196-8 (modificação polimórfica II).
[00069] A FIG. 19 ilustra a curva de DSC de amostras do sal de ácido bromídrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-196-7 (modificação polimórfica I); b) Amostra: HAL-G-196-8 (modificação polimórfica II).
[00070] A FIG. 20 ilustra a curva de TGA de amostras do sal de ácido bromídrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-7, modificação polimórfica I).
[00071] A FIG. 21 ilustra padrões de difração de raios X em pó do sal de ácido fosfórico e base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-196-13; b) Amostra: HAL-G-198-3 (após dessolvatação de HAL-G- 196-13);
[00072] A FIG. 22 ilustra o espectro de ressonância magnética nuclear de 1H de uma amostra do sal de ácido fosfórico e 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)me- til)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-13).
[00073] A FIG. 23 ilustra a curva de DSC de uma amostra do sal de ácido fosfórico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-13).
[00074] A FIG. 24 ilustra uma curva de TGA de uma amostra do sal de ácido fosfórico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-13).
[00075] A FIG. 25 ilustra padrões de difração de raios X em pó do ácido tartárico e base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-196-16; b) Amostra: HAL-G-198-1 (após dessolvatação de HAL-G- 196-16).
[00076] A FIG. 26 ilustra o espectro de ressonância magnética nuclear de 1H de uma amostra do sal de ácido tartárico e 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil) -3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-16).
[00077] A FIG. 27 ilustra a curva de DSC de uma amostra do sal de ácido tartárico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-16).
[00078] A FIG. 28 ilustra uma curva de TGA de uma amostra do sal de ácido tartárico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-16).
[00079] A FIG. 29 ilustra os padrões de difração em pó de raios X do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil) benzamida. a) Amostra: HAL-G-196-19; b) Amostra: HAL-G-196-20; c) Amostra: HAL-G-196-21.
[00080] A FIG. 30 ilustra a fotografia de cristais de amostra do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-21) obtida por microscopia de polarização.
[00081] A FIG. 31 ilustra o espectro de ressonância magnética nuclear de 1H de uma amostra do sal de ácido metanossulfônico e 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-19).
[00082] A FIG. 32 ilustra a curva de DSC de uma amostra do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-21).
[00083] A FIG. 33 ilustra os padrões de difração em pó de raios X do sal de ácido 4-metilbenzenossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a] piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-196-23; b) Amostra: HAL-G-196-24.
[00084] A FIG. 34 ilustra a fotografia de cristais do sal de ácido 4- metilbenzenossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-24) obtida por microscopia de polarização.
[00085] A FIG. 35 ilustra o espectro de ressonância magnética nuclear de 1H de uma amostra do sal de ácido metilbenzenossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin- 1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-24).
[00086] A FIG. 36 ilustra a curva de DSC de uma amostra do sal de ácido 4-metilbenzenossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil) benzamida (amostra: HAL-G-196-24).
[00087] A FIG. 37 ilustra um gráfico que representa a higroscopicidade de uma amostra do sal de ácido 4-metilbenzenossulfô- nico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipe- razin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-24) analisada por absorção da umidade gravimétrica.
[00088] A FIG. 38 ilustra padrões de difração de raios X em pó do ácido málico e base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-196-25; b) Amostra: HAL-G-198-26.
[00089] A FIG. 39 ilustra o espectro de ressonância magnética nuclear de 1H de uma amostra do sal de ácido málico e 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-25).
[00090] A FIG. 40 ilustra a DSC de uma amostra do sal de ácido málico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metil piperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-25).
[00091] A FIG. 41 ilustra a curva de TGA (análise termogravimétrica) da amostra do sal de ácido málico e 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil) -3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-25).
[00092] A FIG. 42 ilustra padrões de difração de raios X em pó do sal de ácido fumárico e base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-196-28; b) Amostra: HAL-G-198-29.
[00093] A FIG. 43 ilustra o espectro de ressonância magnética nuclear de 1H de uma amostra do sal de ácido fumárico e 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil) -3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL-G-196-29).
[00094] A FIG. 44 ilustra a curva de DSC de amostras do sal de ácido fumárico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-196-28; b) Amostra: HAL-G-198-29.
[00095] A FIG. 45 ilustra a curva de TGA de amostras do sal de ácido fumárico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida. a) Amostra: HAL-G-196-28; b) Amostra: HAL-G-198-29.
[00096] A FIG. 46 ilustra fotografias de cristais do sal de ácido fumárico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metil-piperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra: HAL- G-196-29) obtidas por microscopia de polarização.
[00097] A FIG. 47 ilustra os espectros de ressonância magnética nuclear de 1H e 13C de uma amostra do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin- 1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica I): a) Espectro de RMN de 1H (BrukerDRX500, 13400, 500,13 MHz, DMSO-d6); b) Espectro de RMN de 13C (BrukerDRX500, 125,76 MHz, DMSO-d6).
[00098] A FIG. 48 ilustra os espectros de ressonância magnética nuclear de 1H e 13C de uma amostra do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin- 1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica II): a) Espectro de RMN de 1H (BrukerDRX500, 13, 500,13 MHz, DMSO-d6); b) Espectro de RMN de 13C (BrukerDRX500, 13, 125,76 MHz, DMSO-d6).
[00099] A FIG. 49 ilustra os padrões de difração em pó de raios X do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil) benzamida. a) Modificação polimórfica I; b) Modificação polimórfica II.
[000100] A FIG. 50 ilustra uma vista geral da célula unitária do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida. a) Modificação polimórfica I; b) Modificação polimórfica II.
[000101] A FIG. 51 ilustra um gráfico que representam a cinética de dissolução da base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil- N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida e de modificações polimórficas do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida.
[000102] A FIG. 52 ilustra os valores médios da concentração de 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida no plasma sanguíneo de camundongos C57BL/6 após uma única administração oral. Os valores médios foram determinados para cada ponto no tempo com base nos dados individuais obtidos de três animais. a) Administração oral da base livre a uma dosagem de 50 mg/kg; b) Administração oral do sal de ácido metanossulfônico e 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica I) a uma dosagem de 59 mg/kg do sal (equivalentes a uma dose de 50 mg/kg da base livre).
DESCRIÇÃO DETALHADA
[000103] A presente invenção descreve uma nova forma salina de um inibidor de quinase, em especial uma nova forma salina do inibidor da Abl quinase, que contém um contraíon farmaceuticamente aceitável, possui cristalinidade, alta solubilidade em água e a composição constante, que permite a escalabilidade dos processos de purificação e produção, e que é útil em termos de aplicação clínica para tratar doenças associadas à atividade excessiva de diferentes quinases.
[000104] O resultado técnico é o desenvolvimento e produção de uma nova forma salina de um inibidor de quinase, em especial uma nova forma salina do inibidor da Abl quinase, incluindo suas novas modificações polimórficas (formas cristalinas), que possuem alta solubilidade em água, alta atividade de inibição em se tratando da Abl quinase (e formas mutantes clinicamente significativas dessa enzima), concentração diária média e alto valor do parâmetro AUC< (área sob a curva da concentração em relação ao tempo) no sangue de seres humanos e animais, além de um perfil de segurança e eficácia favorável para tratar doenças associadas à atividade excessiva de proteína- quinases, em especial a leucemia linfoblástica aguda, leucemia mieloide crônica, carcinoma hepatocelular, câncer de pulmão de células não pequenas e tumores estromais gastrointestinais.
[000105] O resultado técnico também é o desenvolvimento e produção de uma nova forma salina do inibidor de quinase, que é caracterizada pela fácil escalabilidade dos processos de produção e purificação, uso de solventes com baixa toxicidade e alta pureza do produto final com uma quantidade ínfima de fases de purificação do produto.
[000106] O resultado técnico indicado é atingido obtendo o sal de ácido metanossulfônico e base 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)- 4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benza-mida ou seu hidrato, solvato, bem como modificações polimórficas com capacidade para inibir a atividade enzimática de proteína-quinases, em especial da Abl quinase.
[000107] Uma das implementações preferidas da invenção é a modificação polimórfica do sal de ácido metanossulfônico e base 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, que é a fase cristalina com os parâmetros da célula unitária obtidos pelo método da difração de raios X em pó a 25 ± 5° C com o uso de irradiação CuKαl em um comprimento de onda de 1.5406 Â de acordo com o seguinte: a = 51,46 ± 0,05 Â; b = 7,81 ± 0,05 Â; c = 7,63 ± 0,05 Â; β = 108,9 ± 0,1°; V = 2898,9 ± 0,5 Â3; o grupo espacial P21/n e picos característicos no padrão em pó de raios X de Debye com valores de ângulo de difração (2θ) de 3,6; 7,2; 11,4; 11,8; 12,5; 13,4; 14,5; 16,2; 16,5; 16,9; 17,2; 17,4; 17,8; 18,1; 18,4; 18,7; 20,8; 21,4; 22,7; 22,8; 23,0; 23,2; 23,4; 24,1; 24,5; 25,4; 25,9; 26,0; 26,2; 26,7; 27,1; 28,4; 33,0; 33,3; e 36,7.
[000108] Outra implementação preferida da invenção é a modificação polimórfica do sal de ácido metanossulfônico e base 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluor- metilfenil)benzamida, que é a fase cristalina com os parâmetros da célula unitária obtidos pelo método da difração de raios X em pó a 25 ± 5° C com o uso de irradiação CuKα1 em um comprimento de onda de 1.5406 Â de acordo com o seguinte: a = 13,77 ± 0,05 Â; b = 8,09 ± 0,05 Â; e c = 30,83 ± 0,05 Â; β = 117,8 ± 0,1; V = 3036,36 ± 0,5 Â3; o espaço grupal P21/c e picos característicos no padrão em pó de raios X de Debye com valores de ângulo de difração (2θ) de 7,1; 7,3; 11,6; 11,8; 12,7; 12,9; 13,1; 14,2; 14,6; 16,9; 17,2; 17,4; 17,6; 18,1; 18,3; 19,4; 19,7; 20,8; 21,2; 21,6; 22,0; 22,5; 22,6; 23,2; 23,4; 23,8; 24,9; 25,1; 25,6; 25,9; 26,1; 26,6; 28,3; 28,8; 29,6; e 30,1.
[000109] O resultado técnico indicado também é atingido usando o sal ou seu hidrato, solvato ou as modificações polimórficas de acordo com a invenção para obter uma composição farmacêutica que é útil para prevenir e/ou tratar transtornos associados à atividade quinase em seres humanos ou animais. Em algumas implementações, a quinase é selecionada dentre um grupo que compreende tirosina quinases receptoras, tirosina quinases não receptoras, e proteína serina/treonina quinases, em especial Abl quinase, c-Src, Yes, Lyn, Lck, EGFR1 (Flt-1), VEGFR2, VEGFR3, PDGFR quinases.
[000110] A presente invenção também inclui um método para a prevenção e/ou tratamento de um transtorno associado à atividade quinase no corpo introduzindo uma composição farmacêutica de acordo com a invenção no corpo. Esse transtorno associado à atividade quinase pode incluir uma doença oncológica, crônica, inflamatória e/ou outra doença, em especial leucemia linfoblástica aguda, leucemia mieloide crônica, carcinoma hepatocelular, câncer de pulmão de células não pequenas e tumores estromais gastrointestinais. Em algumas implementações, o paciente tratado pode ser um ser humano ou um animal. Em algumas implementações, o animal pode ser um gato, um cão ou um cavalo.
[000111] O resultado técnico indicado é atingido pelo método para obter os compostos cristalinos de acordo com a presente invenção que inclui as etapas a seguir: a. A introdução de uma solução de ácido metanossulfônico ou de seu hidrato (em um solvente orgânico) em uma suspensão ou solução da base 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em um solvente orgânico ou em uma mistura de solventes. A introdução da solução de ácido metanossulfônico ou de seu hidrato pode ser feita a temperatura ambiente ou com aquecimento ou resfriamento de cada componente; pode-se usar também a ordem inversa de mistura dos reagentes. b. A cristalização do sal obtido a partir da solução. c. A separação dos cristais salinos a partir do solvente.
[000112] Em algumas implementações, o solvente usado na etapa (a) como meio para suspender a 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida pode ser acetona.
[000113] Em algumas implementações, o solvente usado na etapa (a) para preparar a solução de ácido metanossulfônico ou seu hidrato pode ser etanol.
[000114] Em algumas implementações, uma recristalização adicional do sal pode ser realizada após a etapa (c).
[000115] Em algumas outras implementações, uma etapa adicional de iniciar a formação de cristais é realizada nos casos em que o sal é obtido a partir de soluções. O início da formação de cristais pode ser obtido introduzindo pequenas quantidades do mesmo sal na solução ou de outras maneiras.
[000116] Em casos específicos, pode-se aplicar ainda uma etapa de purificar a base de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida trans formando-a em um sal com ácido sulfúrico, clorídrico, benzenossulfô- nico, 4-metil-benzenossulfônico, 2-metil-benzeno-ssulfônico, metanos- sulfônico, cítrico, fosfórico, trifluoracético, 4-nitro-benzenossulfônico, tetrafluorbórico, hexafluorfosfórico ou outro ácido usando subsequentemente o sal para obter a base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a] piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluor- metilfenil) benzamida que é usada para obter o sal com ácido metanossulfônico.
[000117] A base livre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil- N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida é conhecida e descrita na patente WO/2012/173521.
Definições (termos)
[000118] Salvo menção em contrário, todos os termos técnicos e científicos usados neste documento têm o mesmo significado de conhecimento geral por parte dos versados na técnica a que pertence esta invenção, levando em conta o contexto dado pela presente invenção.
[000119] Entende-se que, aos termos “por exemplo” e “tal como”, e seus equivalentes gramaticais, segue o sintagma “entre outros”, salvo menção explicitamente em contrário.
[000120] As formas no singular “um”, “uma”, “o” e “a” incluem flexões no plural, salvo quando o contexto ditar claramente o contrário.
[000121] O termo “cerca de” significa “aproximadamente” (por exemplo, aproximadamente 10% do valor indicado para mais ou para menos).
[000122] O termo «° C», quando usado em referência à temperatura, significa a escala centígrada ou a escala de temperatura Celsius.
[000123] O termo «IC50» significa a concentração do composto testado que é suficiente para obter a inibição semi-máxima da atividade quinase.
[000124] O termo «modulação» usado no presente documento refere- se a uma mudança da atividade catalítica quinase. Em especial, modulação refere-se à ativação ou inibição da atividade catalítica quinase.
[000125] O termo «modificação polimórfica» refere-se a um estado sólido de uma substância que possui várias formas diferentes graças a diferentes disposições e/ou conformações das moléculas em uma rede cristalina. As modificações polimórficas podem ter propriedades químicas e físicas diferentes. O termo «modificação polimórfica» inclui solvatos (isto é, formas cristalinas contendo o solvente ou água), bem como diferentes formas cristalinas não solvatadas do composto.
[000126] O termo «solvato» é usado para descrever o complexo molecular que contém o composto de acordo com a invenção e uma ou mais moléculas do solvente farmaceuticamente aceitável, por exemplo, etanol. O termo «hidrato» é usado quando o solvente é água.
[000127] O termo «padrão de difração de raios X em pó» ou «padrão PXRD» refere-se a um difratograma observado experimentalmente ou a parâmetros derivados dele. Geralmente, os padrões de difração de raios X em pó são caracterizados pela posição do pico (abscissa) e pela intensidade do pico (ordenada). O termo “intensidade de pico” refere-se à intensidade relativa de um sinal em dado padrão de difração de raios X. Os fatores que influenciam a intensidade relativa do pico são (1) a espessura da amostra e (2) a orientação preferida (isto é, o efeito decorrente da orientação não aleatória das partículas cristalinas). O termo “posição de pico”, usado neste documento, refere-se à posição do reflexo de raios X medida e observada nos experimentos de difração em pó. As posições de pico estão diretamente relacionadas às dimensões da célula unitária. Os picos identificados por suas respectivas posições são obtidos a partir do padrão de difração para várias formas polimórficas de sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil) benzamida.
[000128] O «valor 2-teta» ou «2θ» refere-se à posição de pico (em graus) que é derivada dos dados de difração de raios X experimentais e, basicamente, é a unidade de medição da abscissa na difração de raios X em pó. Em termos gerais, em um experimento de difração de raios X, um feixe incidente recai sobre uma amostra a um ângulo de θ (ao normal) e reflete a um ângulo de 2θ (em relação o feixe incidente). Deve- se ter em mente que todas as referências a valores específicos de 2θ para formas polimórficas específicas neste Pedido pressupõem que os valores 2θ são medidos usando um difratômetro de qualidade equivalente e nas condições experimentais delineadas neste documento. Com nossos difratômetros e as condições delineadas, a precisão de 2θ é estimada em ±0,1 a 0,2 graus.
[000129] O termo «atividade aberrante» da quinase refere-se à atividade quinase que difere substancialmente do nível básico da atividade quinase nas células na ausência de patologia. A atividade aberrante pode ser causada por mudança no nível de expressão da quinase, por surto de processos que levam à ativação da quinase, por transtorno envolvendo a regulação de vias de degradação, ou por outros fatores.
[000130] O termo «substância auxiliar» significa qualquer substância farmaceuticamente aceitável de origem inorgânica ou orgânica incluída na composição do produto de fármaco ou usada no processo de produção de fármaco para obter as propriedades fisioquímicas necessárias ao produto de fármaco.
[000131] O termo «AUC» significa um parâmetro farmacocinético que caracteriza a concentração total do fármaco no plasma sanguíneo durante todos os tempos da observação. Do ponto de vista matemático, a AUC é definida como o número inteiro de 0 a w de um gráfico de concentração do fármaco no plasma sanguíneo em relação ao tempo (a curva farmacocinética) e é igual à área delimitada pela curva farmacocinética e os eixos de coordenada.
[000132] As abreviações a seguir podem ser usadas na presente revelação: Â (angstrom); aq. (aquoso); AUC (área sob a curva); br (amplo); crist. (cristalino); d (dubleto); dd (dubleto de dubletos); DCM (diclorometano); DMF (N,N-dimetilformamida); DMSO (sulfóxido de dimetila); DSC (calorimetria exploratória diferencial); eq. (equivalente(s)); Et (etila); EtOAc (acetato de etila); Fig. (figura); g (grama(s)); h (hora(s)); HCl (ácido clorídrico); HPLC (cromatografia líquida de alta eficiência); Hz (hertz); J (constante de acoplamento); kg (quilograma(s)); L (litro(s)); m (multipleto); M (molar); MHz (megahertz); MS (espectrometria de massas); Me (metila); MeCN (acetonitrila); MeOH (metanol); mg (miligrama(s)); min. (minuto(s)); mL (mililitros(s)); mmol (milimol(s)); MTD (dose máxima tolerada); N (normal); NaHCO3 (bicarbonato de sódio); NaOH (hidróxido de sódio); Na2SO4 (sulfato de sódio); NH4Cl (cloreto de amônio); nm (nanometro); nM (nanomolar); NMR (espectroscopia por ressonância magnética nuclear); NMT (não mais que); Ph. Eur. (Farmacopeia Europeia), PPTS (p-toluenossulfonato de piridínio); RP-HPLC (cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa); ta (temperatura ambiente); s (singleto); t (tripleto ou terciário); terc (terciário); TGA (análise termogravimétrica); tt (tripleto de tripletos); t-Bu (terc-butila); THF (tetrahidrofurano); μg (micrograma(s)); μL (microlitro(s)); μM (micromolar); % em peso (por cento em peso), p/v (razão peso / volume - peso em gramas por 100 mL).
[000133] A possibilidade de obtenção objetiva do resultado técnico pela implementação da invenção é confirmada por dados confiáveis expostos nos exemplos contendo os resultados experimentais obtidos no curso dos estudos conduzidos de acordo com a metodologia aceita no ramo. Características da invenção podem ser ilustradas nas figuras.
[000134] Deve-se ter em mente que exemplos e todos os exemplos incluídos no Pedido de patente são não exaustivos e são expostos tão somente para elucidar a presente invenção.
Aplicações Terapêuticas
[000135] Os sais e modificações polimórficas dos mesmos descritos neste documento podem ser usados em uma terapia administrando uma quantidade terapeuticamente eficaz do sal de acordo com a invenção ao corpo de um paciente que necessita do tratamento. O termo “quantidade terapeuticamente eficaz” significa uma quantidade do composto tal que causa a resposta biológica ou médica no paciente do tratamento que está sendo visada por um pesquisador, veterinário, médico ou outro profissional de saúde. A quantidade necessária exata do composto pode variar de paciente para paciente a depender da idade, do peso corporal e da condição habitual do paciente, da gravidade da doença, do procedimento de administração do fármaco, da combinação de tratamento com outros fármacos etc.
[000136] Os termos “tratar” ou “tratamento” referem-se a um ou mais de (1) inibir uma doença; por exemplo, inibir uma doença, condição ou transtorno em um indivíduo que está sofrendo ou exibindo a patologia ou sintomatologia da doença, condição ou transtorno (isto é, deter novo desenvolvimento da patologia e/ou sintomatologia); e (2) atenuar uma doença; por exemplo, atenuar uma doença, condição ou transtorno em um indivíduo que está sofrendo ou exibindo a patologia ou sintomatologia da doença, condição ou transtorno (isto é, reverter a patologia e/ou sintomatologia), tal como diminuir a gravidade da doença. Em uma modalidade, tratar ou tratamento incluem prevenir ou reduzir o risco de desenvolver a doença; por exemplo, prevenir ou reduzir o risco de desenvolver uma doença, condição ou transtorno em um indivíduo que pode estar predisposto à doença, condição ou transtorno, mas ainda não sofre ou exibe a patologia ou sintomatologia da doença.
[000137] Os termos “indivíduo” ou “paciente”, usados de maneira intercambiável, referem-se (por exemplo, como paciente do tratamento) a qualquer mamífero, por exemplo, camundongos, ratos, outros roedores, coelhos, cães, gatos, suínos, gado, carneiros, cavalos ou primatas, e mais preferivelmente ainda a seres humanos.
[000138] O sintagma “quantidade terapeuticamente eficaz” refere- se à quantidade de composto ativo ou agente farmacêutico que provoca a resposta biológica ou médica em um tecido, sistema, animal, indivíduo ou ser humano que está sendo visada por um pesquisador, veterinário, médico ou outro profissional de saúde.
[000139] O sal ou modificação polimórfica do mesmo de acordo com a invenção ou a composição farmacêutica contendo o sal ou modificação polimórfica do mesmo podem ser introduzidos no corpo de um paciente em qualquer quantidade e de qualquer maneira eficaz ao tratamento ou prevenção da doença.
[000140] Depois de misturar o sal ou modificação polimórfica do mesmo a um veículo farmaceuticamente acessível em uma dosagem desejada, as composições farmacêuticas podem ser introduzidas no corpo humano ou em animais por via oral, parenteral, local etc.
[000141] A administração do sal ou modificação polimórfica do mesmo pode ser realizada uma vez ou várias vezes ao dia, semana (ou por qualquer outro intervalo de tempo), ou de tempos em tempos. Além disso, o composto pode ser administrado todos os dias por certo período de tempo (por exemplo, por 2 a 10 dias), seguido por um período de tempo sem administração do composto (por exemplo, por 1 a 30 dias).
[000142] No caso, quando um sal ou modificação polimórfica do mesmo de acordo com a invenção é usado como parte do regime de terapia combinada, a dose de cada componente da terapia combinada é administrada pelo período de tempo necessário ao tratamento. Os compostos que compõem a terapia combinada podem ser administrados de uma vez (como uma dosagem de todos os componentes) ou várias vezes (como dosagens individuais dos componentes).
[000143] Propõem-se neste documento métodos para tratar um transtorno celular proliferativo em um paciente. O método inclui administrar ao paciente uma quantidade terapeuticamente eficaz de um sal cristalino e formas polimórficas de 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3- trifluor-metilfenil)benzamida descritos na presente invenção, ou qualquer uma das modalidades dos mesmos.
[000144] Um “transtorno celular proliferativo” significa um transtorno no qual o corpo produz células a uma velocidade atipicamente acelerada e pode incluir o câncer.
[000145] Exemplos não exaustivos de cânceres incluem câncer de bexiga, câncer de cérebro, câncer de mama, câncer colorretal, câncer cervical, câncer gastrointestinal, câncer geniturinário, câncer de cabeça e pescoço, câncer de pulmão, câncer de ovário, câncer de próstata, câncer renal, câncer de pele e câncer de testículo.
[000146] Mais especificamente, cânceres que podem ser tratados pelo composto, composições e métodos descritos neste documento incluem, entre outros, os seguintes: 1) Cânceres do sistema nervoso, incluindo, por exemplo, cânceres no crânio, por exemplo, osteoma, hemangioma, granuloma, xantoma e osteíte deformante; cânceres nas meninges, por exemplo, meningioma, meningiossarcoma e gliomatose; cânceres no cérebro, por exemplo, astrocitoma, meduloblastoma, glioma, ependimoma, germinoma (pinealoma), glioma, glioblastoma, glioblastoma multiforme, oligodendroglioma, schwannoma, retinoblastoma e tumores congênitos; e cânceres na medula espinhal, por exemplo, neurofibroma, meningioma, glioma e sarcoma. 2) Cânceres de mama, incluindo, por exemplo, câncer de mama ER+, câncer de mama ER-, câncer de mama her2-, câncer de mama her2+, tumores estromais, tais como fibroadenomas, tumores e sarcomas filoides, e tumores epiteliais, tais como papilomas de duto grande; carcinomas na mama, incluindo carcinoma in situ (não invasivo), que inclui carcinoma dutal in situ (incluindo doença de Paget) e carcinoma lobular in situ, e carcinoma invasivo (infiltrante), incluindo, entre outros, carcinoma dutal invasivo, carcinoma lobular invasivo, carcinoma medular, carcinoma coloide (mucinosa), carcinoma tubular, e carcinoma papilar invasivo; e diversos neoplasmas malignos. Outros exemplos de cânceres de mama podem incluir câncer de mama luminal A, luminal B, basal A, basal B e triplo negativo, que é negativo para receptores de estrógeno (ER-), negativo para receptores de progesterona, e negativo para her2 (her2-). Em algumas modalidades, o câncer de mama pode ter uma pontuação Oncotype muito alta. 3) Cânceres cardíacos, incluindo, por exemplo, sarcoma, por exemplo, angiossarcoma, fibrossarcoma, rabdomiossarcoma e lipossarcoma; mixoma; rabdomioma; fibroma; lipoma e teratoma. 4) Cânceres de pulmão, incluindo, por exemplo, carcinoma broncogênico, por exemplo, de células escamosas, indiferenciado de células pequenas, indiferenciado de células grandes e adenocarcinoma; carcinoma alveolar e bronquiolar; adenoma brônquico; sarcoma; linfoma; hamartoma condromatoso; e mesotelioma. 5) Câncer gastrointestinal, incluindo, por exemplo, cânceres de esôfago, por exemplo, carcinoma de células escamosas, adenocarcinoma, leiomiossarcoma, e linfoma; cânceres do estômago, por exemplo, carcinoma, linfoma e leiomiossarcoma; cânceres no pâncreas, por exemplo, adenocarcinoma dutal, insulinoma, glucagonoma, gastrinoma, tumores carcinoides e vipoma; cânceres no intestino delgado, por exemplo, adenocarcinoma, linfoma, tumores carcinoides, sarcoma de Kaposi, leiomioma, hemangioma, lipoma, neurofibroma e fibroma; cânceres no intestino grosso, por exemplo, adenocarcinoma, adenoma tubular, adenoma viloso, hamartoma e leiomioma. 6) Cânceres no trato geniturinário, incluindo, por exemplo, cânceres nos rins, por exemplo, adenocarcinoma, tumor de Wilm (nefroblastoma), linfoma e leucemia; cânceres na bexiga e uretra, por exemplo, carcinoma de células escamosas, carcinoma de células transicionais, e adenocarcinoma; cânceres na próstata, por exemplo, adenocarcinoma e sarcoma; câncer nos testículos, por exemplo, seminoma, teratoma, carcinoma embrionário, teratocarcinoma, coriocarcinoma, sarcoma, carcinoma de células intersticiais, fibroma, fibroadenoma, tumores adenomatoides e lipoma. 7) Cânceres no fígado, incluindo, por exemplo, hepatoma, por exemplo, carcinoma hepatocelular; colangiocarcinoma; hepatoblastoma; angiossarcoma; adenoma hepatocelular; e hemangioma. 8) Cânceres ósseos, incluindo, por exemplo, sarcoma osteogênico (osteossarcoma), fibrossarcoma, histiocitoma fibroso maligno, condrossarcoma, sarcoma de Ewing, linfoma maligno (sarcoma de células reticulares), mieloma múltiplo, cordoma tumoral de células gigantes maligno, osteocondroma (exostose osteocartila- ginosa), condroma benigno, condroblastoma, condromixofibroma, osteoma osteoide e tumores de células gigantes. 9) Cânceres ginecológicos, incluindo, por exemplo, cânceres no útero, por exemplo, carcinoma de endométrio; cânceres no colo do útero, por exemplo, carcinoma cervical, e displasia cervical pré-tumoral; cânceres nos ovários, por exemplo, carcinoma ovariano, incluindo cistoadenocarcinoma seroso, cistoadenocarcinoma mucinoso, carcinoma não classificado, tumores de células tecais da glanulosa, tumores de células de Sertoli-Leydig, disgerminoma, e teratoma maligno; cânceres na vulva, por exemplo, carcinoma de células escamosas, carcinoma intraepitelial, adenocarcinoma, fibrossarcoma e melanoma; cânceres na vagina, por exemplo, carcinoma de células claras, carcinoma de células escamosas, sarcoma botrioide, e rabdomiossarcoma embrionário; e cânceres nas trompas de Falópio, por exemplo, carcinoma. 10) Cânceres hematológicos, incluindo, por exemplo, câncer no sangue, por exemplo, leucemia mieloide, leucemia mieloide crônica, leucemia linfoblástica aguda, leucemia linfocítica crônica, doenças mieloproliferativas, mieloma múltiplo e síndrome mielodisplásica, linfoma de Hodgkin, linfoma não Hodgkin (linfoma maligno) e macroglobulinemia de Waldenstrom. 11) Cânceres de pele, incluindo, por exemplo, melanoma maligno, carcinoma de células basais, carcinoma de células escamosas, sarcoma de Kaposi, verrugas, nevos displásicos, lipoma, angioma, dermatofibroma, queloides e psoríase. 12) Cânceres nas glândulas adrenais, incluindo, por exemplo, neuroblastoma. 13) Cânceres pancreáticos, incluindo, por exemplo, cânceres pancreáticos exócrinos, tais como adenocarcinomas (M8140/3), carcinomas adenoescamosos, carcinomas de células em anel de sinete, carcinomas hepatoides, carcinomas coloides, carcinomas indiferenciados, e carcinomas indiferenciados com células gigantes similares a osteoclastos; e tumores pancreáticos exócrinos.
[000147] Os cânceres podem ser tumores sólidos que podem ou não ser metastáticos. Os cânceres podem ocorrer também, como na leucemia, como um tecido difuso. Sendo assim, o termo “célula tumoral”, conforme usado neste documento, inclui uma célula afligida por um dos transtornos identificados acima.
[000148] Em algumas modalidades, o câncer pode incluir leucemia linfoblástica aguda, leucemia mieloide crônica, carcinoma hepatocelular, câncer de pulmão de células não pequenas, e tumores estromais gastrointestinais.
[000149] O sal cristalino e formas polimórficas de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida descritos na presente revelação, ou quaisquer modalidades dos mesmos descritas neste documento, também podem ser usados no tratamento de transtornos proliferati- vos celulares não cancerosos, tais como hemangiomatose em recém- nascidos, esclerose múltipla progressiva secundária, doença mielodegenerativa progressiva crônica, neurofibromatose, ganglioneuromatose, formação de queloides, doença de Paget do osso, doença fibrocística da mama, fibroides uterinos, doença de Peyronie, doença de Dupuytren, reestenose e cirrose.
[000150] O composto descrito neste documento (a saber, sal cristalino e formas polimórficas de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetil- fenil)benzamida descritos na presente revelação, ou quaisquer modalidades dos mesmos) pode ser usado em combinação a um ou mais outros fármacos no tratamento, prevenção, controle, melhora ou redução de risco de doenças ou condições para as quais os compostos descritos neste documento ou outros fármacos podem ter utilidade, em que a combinação dos fármacos é mais segura ou mais eficaz do que cada um dos fármacos sozinho. Esse(s) outro(s) fármaco(s) pode(m) ser administrado(s) por uma via e em uma quantidade normalmente usadas para os mesmos, simultaneamente ou sequencialmente a um composto descrito neste documento. Quando um composto conforme descrito neste documento é usado simultaneamente com um ou mais outros fármacos, uma composição farmacêutica em uma forma de dosagem unitária contendo esses outros fármacos mais o composto do presente documento são contemplados. No entanto, a terapia combinada também pode incluir terapias em que o composto conforme descrito neste documento e um ou mais outros fármacos são administrados em diferentes horários entrecruzados. Contempla-se também que, quando usado em combinação a um ou mais outros ingredientes ativos, o composto conforme descrito neste documento e os outros ingredientes ativos possam ser usados em doses menores do que quando cada um é usado sozinho. Logo, as composições farmacêuticas do composto descrito neste documento incluem aquelas que também contêm um ou mais outros ingredientes ativos, além de um composto descrito neste documento. As combinações acima incluem combinações de um composto conforme descrito neste documento não somente a um só outro composto ativo, mas também a um ou mais outros compostos ativos.
[000151] Igualmente, um composto conforme descrito neste documento pode ser usado em combinação a outros fármacos que são usados na prevenção, tratamento, controle, melhora ou redução de risco das doenças ou condições para as quais os compostos conforme descritos neste documento são úteis. Esses outros fármacos podem ser administrados por uma via e em uma quantidade normalmente usadas para os mesmos, simultaneamente ou sequencialmente a um composto descrito neste documento. Quando um composto conforme descrito neste documento é usado simultaneamente com um ou mais outros fármacos, uma composição farmacêutica contendo esses outros fármacos além do composto descrito neste documento é contemplada. Logo, as composições farmacêuticas podem conter um ou mais outros ingredientes ativos além de um composto conforme descrito neste documento, a saber, sal cristalino e formas polimórficas de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina- 3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetil- fenil)benzamida, ou quaisquer modalidades dos mesmos.
[000152] A razão em peso do composto descrito neste documento para o segundo ingrediente ativo pode ser variada e dependerá da dose eficaz de cada ingrediente. Por via de regra, utilizar-se-á uma dose eficaz de cada um deles. Sendo assim, por exemplo, quando um composto descrito neste documento é combinado a outro agente, a razão em peso do composto descrito neste documento para o outro agente há de variar em geral de cerca de 1.000:1 a cerca de 1:1.000, incluindo de cerca de 200:1 a cerca de 1:200. Combinações de um composto descrito neste documento e de outros ingredientes ativos em geral também se enquadrarão na faixa supramencionada, mas, em cada caso, uma dose eficaz de cada ingrediente ativo deve ser usada. Nessas combinações, o composto descrito neste documento e outros agentes ativos podem ser administrados à parte ou conjuntamente. Além disso, a administração de um elemento pode se dar antes, junto ou depois da administração do(s) outro(s) agente(s).
[000153] O sal cristalino e formas polimórficas de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, ou quaisquer modalidades dos mesmos descritas neste documento, podem ser usados ainda em combinação a outros métodos para tratar cânceres, por exemplo, por quimioterapia, irradiação ou cirurgia. Os compostos podem ser administrados em combinação a um ou mais fármacos anti-câncer, tais como os fármacos quimioterápicos abarelix, aldesleucina, alentuzumabe, alitretinoína, alopurinol, altretamina, anastrozol, trióxido arsênico, asparaginase, azacitidina, bevacizumabe, bexaroteno, bleomicina, bortezombi, bortezomibe, bussulfano intravenoso, bussulfano oral, calusterona, capecitabina, carboplatina, carmustina, cetuximabe, clorambucil, cisplatina, cladribina, clofarabina, ciclofosfamida, citarabina, dacarbazina, dactinomicina, dalteparina sódica, dasatinibe, daunorubicina, decitabina, denileucina, denileucina diftitox, dexrazoxana, docetaxel, doxorrubicina, propionato de dromostanolona, eculizumabe, epirubicina, erlotinibe, estramustina, fosfato de etoposido, etoposido, exemestano, citrato de fentanila, filgrastim, floxuridina, fludarabina, fluoruracila, fulvestrante, gefitinibe, gemcitabina, gentuzumabe ozogamicina, acetato de gosserrelina, acetato de histrelina, ibritumomabe tiuxetano, idarrubicina, ifosfamida, imatinibe mesilato, interferón alfa 2a, irinotecano, lapatinibe ditossilato, lenalidomide, letrozol, leucovorina, acetato de leuprolida, levamisol, lomustina, mecloretamina, acetato de megestrol, melfalano, mercaptopurina, metotrexato, metoxsaleno, mitomicina C, mitotano, mitoxantrona, fenpropionato de nandrolona, nelarabina, nofetumomabe, oxaliplatina, paclitaxel, pamidronato, panitumumabe, pegaspargase, pegfilgrastima, pemetrexede dissódico, pentostatina, pipobroman, plicamicina, procarbazina, quinacrina, rasburicase, rituximabe, ruxolitinibe, sorafenibe, estreptozocina, sunitinibe, maleato de sunitinibe, tamoxifeno, temozolomide, teniposido, testolactona, talidomida, tioguanina, tiotepa, topotecano, toremifeno, tositumomabe, trastuzumabe, tretinoína, uracil mostarda, valrubicina, vinblastina, vincristina, vinorrelbina, vorinostat e zoledronato.
Composições Farmacêuticas
[000154] Outro aspecto da invenção refere-se a composições farmacêuticas que contêm os sais ou modificações polimórficas dos mesmos de acordo com a invenção e um ou vários veículos farmaceuticamente aceitáveis, adjuvantes, solventes e/ou excipientes, tais como aqueles que podem ser administrados junto com os sais ou modificações polimórficas dos mesmos da presente invenção. “Farmaceuticamente aceitável” significa que o veículo, adjuvante, solvente ou excipiente não inibem a atividade farmacológica dos sais ou modificações polimórficas dos mesmos descritos neste documento e que são atóxicos nas quantidades usadas na composição farmacêutica.
[000155] As composições farmacêuticas contêm os sais descritos neste documento com os veículos farmaceuticamente aceitáveis, que podem incluir solventes, diluidores, dispersões, suspensões, agentes tensoativos, agentes isotônicos, espessantes, emulsificantes, conservantes, aglutinantes, lubrificantes etc., que são adequados para certa forma de dosagem. Materiais que podem atuar como veículos farmaceuticamente aceitáveis incluem, entre outros, monossacarídeos e oligossacarídeos, bem como seus derivados; gelatina; talco; excipientes, tais como manteiga de cacau e cera para supositórios; óleos vegetais, tais como manteiga de amendoim, óleo de caroço de algodão, óleo de cártamo, óleo de gergelim, azeite de oliva, óleo de milho e óleo de soja; glicóis, tais como propileno glicol; ésteres complexos, tais como oleolato de etila e laurato de etila; ágar; substâncias tampão, tais como hidróxido de magnésio e hidróxido de alumínio; ácido algínico; água não pirogênica; solução isotônica; solução de Ringer; álcool etílico e soluções tampão de fosfato. As composições farmacêuticas também podem incluir outros lubrificantes compatíveis atóxicos, tais como lauril sulfato de sódio e estearato de magnésio, bem como agentes corantes, líquidos separativos, agentes formadores de filme, edulcorantes, aromatizantes, fragrâncias, conservantes e antioxidantes.
[000156] As composições descritas neste documento também incluem formas de dosagem, isto é, composições farmacêuticas que são otimizadas para certa forma de introdução no corpo na dosagem terapeuticamente eficaz, por exemplo, introdução por administração oral, local, pulmonar (por exemplo, como pulverizações para inalação), introvenosa, intranasal, subcutânea, intramuscular e infusão a uma dosagem apropriada.
[000157] As formas de dosagem da presente invenção podem conter composições farmacêuticas obtidas por métodos usando lipossomos, métodos de microencapsulação, métodos para obter nanoformas de fármaco, ou outros métodos conhecidos na farmacêutica.
[000158] Para obter a composição, por exemplo, na forma de um comprimido, a substância ativa é misturada a um ou vários excipientes farmacêuticos, tais como gelatina, amido, lactose, estearato de magnésio, talco, sílica, goma acácia, manitol, celulose microcristalina, hipromelose ou compostos análogos.
[000159] Os comprimidos podem ser revestidos com sacarose, derivados de celulose ou outras substâncias adequadas para fazer o revestimento. Os comprimentos podem ser obtidos de diferentes maneiras, tais como compressão indireta, a granulação seca ou úmida, ou fusão a quente.
[000160] A composição farmacêutica na forma de uma cápsula de gelatina pode ser obtida misturando a substância ativa a um solvente e preenchendo as cápsulas moles ou sólidas com a mistura obtida.
[000161] Para a administração parenteral, podem-se usar suspensões aquosas, soluções salinas isotônicas ou soluções estéreis para injeção contendo os agentes farmaceuticamente compatíveis, por exemplo, propileno glicol ou butileno glicol.
Exemplos de composições farmacêuticas
[000162] As substâncias descritas nesta invenção podem ser usadas para prevenir e/ou tratar doenças em seres humanos ou animais na qualidade das fórmulas a seguir (“substância” significa o ingrediente ativo):
[000163] Essas composições podem ser preparadas de acordo com os procedimentos farmacêuticos padrão. Os comprimidos (I) e (II) podem ser cobertos com o revestimento solúvel no intestino com o uso, por exemplo, de ftalato de acetato de celulose. A composição de aerossol (I) pode ser usada em combinação aos dispensadores padrão. Monooleato de sorbitano, polioleato de sorbitano, polissorbato 80, oleato poliglicerol ou ácido oleico podem ser usados como agentes suspensores em vez do trioleato de sorbitano e lecitina de soja.
Exemplos Investigação de formas salinas de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluor- metilfenil)benzamida
[000164] Várias formas salinas de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetil- fenil)benzamida foram sintetizadas com o objetivo de identificar uma ou mais formas salinas com as características a seguir: cristalinidade, alta solubilidade em água (mais de 10 g/L) e composição fixa. Além disso, o estudo visou identificar uma forma salina cuja produção fosse facilmente escalável e pudesse ser realizada em solventes orgânicos de baixa toxicidade.
[000165] Várias formas salinas de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetil- fenil)benzamida foram obtidas em solventes orgânicos polares atóxicos (Classes 2 e 3). Contraíons foram selecionados com base na aceitabilidade farmacológica e resistência ácida (pKa não superior a 5,0). A resistência ácida mínima foi selecionada com base no fato de que a 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipera- zina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida é uma base com pKa de cerca de 6,4.
[000166] Na primeira etapa, a base inicial foi testada quanto à solubilidade em solventes orgânicos selecionados. O volume máximo do solvente selecionado usado neste teste foi de 1,25 mL por 1 mg de base. Os resultados do teste de solubilidade da base inicial em vários solventes orgânicos são dados na Tabela 1. Solventes polares de baixa toxicidade (Classe 3) e baixo ponto de ebulição (Tebulição < 100° C) nos quais a base foi solúvel em não menos que 10 mg/mL foram selecionados para novos estudos.
[000167] Na segunda etapa, tentou-se obter sais a partir de 100 mg de base de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida e vários ácidos. Para essa etapa da investigação, selecionaram-se vários pares solvente/ácido, nos quais a amostra de teste foi totalmente dissolvida no solvente e um precipitado formou-se após adicionar o ácido, ou o sistema foi homogêneo após adicionar o ácido e um precipitado formouse após resfriar o sistema à temperatura ambiente. Na maioria dos casos, a formação do sal de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida ocorreu ou imediatamente após adicionar o ácido ou após resfriar a solução (vide a Fig. 1). Nos casos em que nenhum precipitado foi formado após resfriar a solução, adicionou-se éter metil terc-butílico às soluções de sal para dar início ao processo de cristalização (vide a Fig. 2). Tabela 1: Solubilidade da 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida em vários solventes
[000168] A cristalinidade de todas as amostras obtidas foi estudada usando o método da difração de raios X em pó (para estudar a estrutura cristalina). Padrões de difração foram obtidos a uma temperatura de 25° C (±5° C) e umidade relativa do ar de «70% usando um de raios X difratômetro em pó CubiX-Pro XRD (tensão elétrica do ânodo de 45 kV, corrente de 40 mA), com um detector X’Celerator. Etapa de pesquisa 0,02° 2θ, faixa de ângulo 3 a 45° 2θ. Os padrões de difração obtidos foram estudados em detalhes usando o pacote de software X’Pert HighScore Plus.
[000169] Estudos de cristalinidade das amostras usando o método de difração de raios X em pó demonstraram que as amostras estudadas HAL-G-194-1, HAL-G-196-1, HAL-G-196-2, HAL-G-196-4, HAL-G-196- 5, HAL-G-196-6, HAL-G-196-7, HAL-G-196-8, HAL-G-196-9, HAL-G- 196-13, HAL-G-196-16, HAL-G-196-17, HAL-G-196-25, HAL-G-196-28, HAL-G-196-29, HAL-G-196-30, HAL-G-196-3, HAL-G-196-19, HAL-G- 196-20, HAL-G-196-21, HAL-G-196-23, HAL-G-196-24, HAL-G-196-26, HAL-G-196-35 apresentaram fases cristalinas individuais ou misturas de fases (vide as figs. 1 e 2). A solubilidade dessas amostras foi estudada usando o método da cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) (os cromatogramas foram obtidos usando o aparelho Agilent série 1100 com uma coluna Phenomenex Luna, 5 μM, 4,6 x 250 mm; razão fase móvel (10 mM de KH2PO4 pH = 3): volume de acetonitrila de 60:40; taxa de fluxo de 1,0 mL/min; a detecção realizada em 254 nm; tempo de execução de 16 minutos). As amostras também foram estudadas usando os métodos a seguir: microscopia de polarização (Microscópio Polarizado Leica DMRB, resolução de 1600 x 1200) — para cofirmar a cristalinidade, cromatografia iônica - para confirmar a proporção estequiométrica de ânions e cátions, calorimetria exploratória diferencial (DSC) e análise termogravimétrica (TGA) - para confirmar a composição e estudo da estabilidade de temperatura das amostras; RMN de 1H (500 MHz, Bruker AVANCE, 500,13 MHz, solvente DMSO- d6) — para confirmar a estrutura, avaliar a pureza e teor de solventes orgânicos; absorção da umidade gravimétrica - para avaliar a higroscopicidade. A DSC foi realizada usando um aparelho Mettler 822e DSC. O sistema de medição foi calibrado de acordo com o padrão ISO 11357-1 com base em mudanças de fase de substâncias padrão (C6H12; Hg; ácido benzoico; Ga; KNO3; In; Sn; Bi; CsCl; grau de pureza de 99,99%). O desvio padrão de calibração da temperatura (determinado com base em In) é de 0,1°. As amostras foram testadas em células de alumínio padrão em fluxo de ar artificial a uma faixa de temperatura de 30 a 300° C com velocidade de aquecimento de 10°/min. As medições TG foram realizadas usando um analisador TG Mettler 851e SDTA/TGA. O aparelho foi calibrado usando os pontos de ebulição de substâncias padrão (Ag; Al; Bi; In; Sn; grau de pureza de 99,99%). O erro de pesagem não é maior que 0,1% (determinado usando o padrão CaC2O4^2H2O). O teste foi realizado em um recipiente de alumínio aberto padrão em fluxo de ar artificial a uma faixa de temperatura de 30 a 150° C com velocidade de aquecimento de 10°/min. Para evitar a desidratação, o material não foi exposto a tratamento mecânico antes de fazer as medições.
Estudo das propriedades físicas e químicas da base livre de 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpi- perazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica I)
[000170] Com base nos dados de difração de raios X em pó (vide a Fig. 3), uma amostra de base livre HAL-G-194-1 é uma fase cristalina individual, o que também foi confirmado por microscopia de polarização (vide a Fig. 4). A estrutura do composto foi confirmada usando o método da espectroscopia por RMN de 1H (vide a Fig. 5). A solubilidade aparente da base livre em água desionizada foi menor que 1 mg/mL (vide a Tabela 2). Tabela 2: Solubilidade aparente da base livre e várias formas salinas de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em água
[000171] A solubilidade de equilíbrio de uma base livre em água desionizada foi de aproximadamente 2,3 * 10-4 mg/mL com base na análise por HPLC (vide a Tabela 3). Tabela 3: Solubilidade de equilíbrio da base livre e de várias formas salinas de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em água
[000172] Os resultados das amostras de teste usando os métodos de DSC e TG são dados nas Figuras 6 e 7. A análise por DSC da amostra de base livre demonstrou que a amostra não sofreu modificações quando aquecida até 198° C, a base livre fundindo a 211° C (vide a Fig. 6). Durante a análise TG, não se identificou perda de peso da amostra (vide a Fig. 7). Um estudo de higroscopicidade da base livre de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin- 1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida demonstrou que, a uma umidade relativa do ar de 90%, a amostra absorveu menos que três por cento em massa de água (vide a Fig. 8). O teor de impurezas permanece constante quando a amostra é mantida durante sete dias a uma temperatura de 60° C (vide a Tabela 4). Tabela 4: Estabilidade da base livre e de várias formas salinas de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (7 dias a T = 60° C)
[000173] Um estudo de estabilidade da modificação polimórfica de base livre da 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida suspensa em um solvente (acetona) durante 6 dias demonstrou que a estrutura cristalina da amostra HAL-G-194-1 muda (vide a Fig. 3, Tabela 5). A estrutura e pureza da amostra recebida foram confirmadas por espectroscopia por RMN de 1H (vide a Fig. 5). Tabela 5: Estabilidade das modificações polimórficas de base livre e de várias formas salinas de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (suspendendo em acetona por 6 dias)
Estudo das propriedades físicas e químicas do sal de ácido clorídrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modi ficação polimórfica I)
[000174] Uma amostra (HAL-G-196-2) do sal de ácido clorídrico e 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtida em tetrahidrofurano (THF). Com base na difração de raios X em pó (vide a Fig. 9), o sal foi identificado como uma fase cristalina individual. A mesma fase cristalina foi revelada em uma amostra do sal de ácido clorídrico e 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida preparada em etanol (amostra HAL-G-196-1). A estrutura do composto foi confirmada usando espectroscopia por RMN de 1H (vide a Fig. 10). Deve-se ter em mente que os espectros de RMN de 1H das amostras HAL-G-196-1 e HAL-G-196-2 contêm sinais de solventes residuais. A proporção estequiométrica de ânions e cátions foi determinada por cromatografia iônica e confirmou a formação de monocloridrato. A análise por DSC (vide a Fig. 11) resultou na identificação de duas transições endotérmicas: a primeira (T = 139° C) correspondente à perda de solvente, e a segunda (T = 180° C) correspondente à fusão da amostra. Durante a análise TG, observou-se uma perda de peso da amostra de 3,6%, que foi causada provavelmente por perda de quantidades de solvente residual (vide a Fig. 12). Um estudo de higroscopicidade das amostras demonstrou que a amostra HAL-G-196-2 provavelmente foi um dihidrato, uma vez que dessorveu e sorveu água, cujo volume correspondeu a um dihidrato (vide a Fig. 13). Um novo desenvolvimento foi reconhecido como inviável.
Estudo das propriedades físicas e químicas do sal de ácido clorídrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica II)
[000175] Uma amostra (HAL-G-196-3) do sal de ácido clorídrico e 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtida a partir de meio acetona após adicionar éter metil terc-butílico (MTBE). Com base na difração de raios X em pó (vide a Fig. 9), o sal foi identificado como uma fase cristalina individual, que foi diferente da fase cristalina de HAL-G- 196-1 e HAL-G-196-2. A estrutura do composto foi confirmada usando espectroscopia por RMN de 1H (vide Fig. 10). A proporção estequiométrica de ânions e cátions foi determinada por cromatografia iônica e confirmou a formação de monocloridrato. A análise por DSC (vide a Fig. 11) resultou na identificação de uma transição endotérmica (T = 190° C) correspondente à fusão da amostra. Durante a análise TG, não se observou nenhuma perda de peso da amostra. A solubilidade aparente da amostra HAL-G-196-3 em água desionizada foi equivalente a por volta de 3 mg/mL (vide a Tabela 2). A solubilidade de equilíbrio do sal de ácido clorídrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil- N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modi-ficação polimórfica II) em água desionizada foi medida em torno de 37,1 mg/mL por análise por HPLC (vide a Tabela 3). Um estudo de higroscopicidade da amostra demonstrou que a amostra HAL-G-196-3 absorve menos que 8 por cento em massa de água a uma umidade relativa do ar de 90% (vide a Fig. 13). O teor de impurezas permaneceu constante quando a amostra foi mantida por sete dias a uma temperatura de 60° C (vide a Tabela 4). Um estudo da estabilidade da amostra HAL-G-196-3 quando da suspensão em um solvente (acetona) durante 6 dias demonstrou que a estrutura cristalina da amostra HAL- G-196-3 permaneceu intacta (vide a Tabela 5). Logo, essa forma do sal de ácido clorídrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida exibiu propriedades físicas e químicas que satisfizeram os requisitos para novo desenvolvimento da forma salina.
Estudo das propriedades físicas e químicas de um sal de ácido sulfúrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida
[000176] Uma amostra (HAL-G-196-6) de um sal de ácido sulfúrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina- 1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtida em meio de acetona. Com base na difração de raios X em pó (vide a Fig. 14), descobriu-se que a amostra contém uma combinação de fases cristalinas, visto que a natureza difundida dos picos e a incapacidade de estabilizar e descrever padrões de difração usando reflexões de fase com uma célula unitária demonstrou a presença de várias fases cristalinas e, provavelmente, compartilhamento significativo de fase amorfa na amostra de teste. A estrutura do composto foi confirmada usando espectroscopia por RMN de 1H (vide Fig. 15). Vale mencionar que o espectro de RMN de 1H da amostra HAL-G-196-6 contém sinais de solvente residual. A proporção estequiométrica de ânions e cátions foi determinada por cromatografia iônica, que confirmou a formação de um sal de monossulfato. A análise por DSC (vide a Fig. 16) resultou na identificação de uma transição endotérmica, que provavelmente correspondeu à perda de solvente. A ausência de uma transição endotérmica expressa correspondente à fusão da substância demonstrou que há uma proporção significativa de fase amorfa na amostra de teste. A solubilidade aparente do sal de ácido sulfúrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em água desionizada foi em torno de 1 mg/mL (vide a Tabela 2). Um novo desenvolvimento foi reconhecido como inviável devido à baixa solubilidade desse sal.
Estudo das propriedades físicas e químicas de um sal de brometo de hidrogênio e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica I)
[000177] Uma amostra (HAL-G-196-7) de um sal de brometo de hidrogênio e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtida via cristalização a partir de um meio de etanol. Com base na difração de raios X em pó (vide a Fig. 17), o sal foi identificado como sendo uma fase cristalina individual. A estrutura do composto foi confirmada usando espectroscopia por RMN de 1H (vide Fig. 18). O espectro de RMN de 1H da amostra HAL-G-196-7 contém sinais de solvente residual. A proporção estequiométrica de ânions e cátions foi determinada por cromatografia iônica, que confirmou a formação de monobromidreto. A análise por DSC (vide a Fig. 19) resultou na identificação de duas transições endotérmicas: a primeira (T = 129° C) corresponde à perda de solvente, ao passo que a segunda (T = 190° C) corresponde à fusão da amostra. Durante a análise TG, observou-se uma perda de peso da amostra de 1,7%, que foi causada provavelmente por perda de quantidades de solvente residual (vide a Fig. 20). A solubilidade aparente do sal de ácido bromídrico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil) benzamida em água desionizada foi em torno de 5 mg/mL (vide a Tabela 2). Um estudo de higroscopicidade da amostra demonstrou que, a uma umidade relativa do ar de 90%, a amostra absorveu mais do que dez por cento em massa de água e descongelou no ar. Um novo desenvolvimento foi reconhecido como inviável devido à alta higroscopicidade dessa forma salina.
Estudo de propriedades físicas e químicas de um sal de brometo de hidrogênio e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica II)
[000178] Uma amostra (HAL-G-196-8) de um sal de brometo de hidrogênio e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtida via cristalização a partir de um meio de tetrahidrofurano (THF). Com base na difração de raios X em pó (vide a Fig. 17), o sal foi identificado como sendo uma fase cristalina individual. A mesma fase cristalina foi obtida quando um sal de brometo de hidrogênio e 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluor -metilfenil)benzamida foi cristalizado a partir de acetona (amostra HAL- G-196-9). A estrutura do composto foi confirmada usando espectroscopia por RMN de 1H (vide Fig. 18). Os espectros de RMN de 1H de ambas as amostras HAL-G-196-8 e HAL-G-196-9 contêm sinais de solventes residuais. A proporção estequiométrica de ânions e cátions nas amostras HAL-G-196-8 e HAL-G-196-9 foi determinada por cromatografia iônica, que confirmou a formação de um monobromidreto. A análise por DSC (vide a Fig. 19) resultou na identificação de uma transição endotérmica (T = 224° C), que correspondeu à fusão da amostra. A análise TG não revelou nenhuma perda de peso da amostra. A solubilidade aparente do sal de brometo de hidrogênio e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em água desionizada foi menor que 1 mg/mL (vide a Tabela 2). Um novo desenvolvimento foi reconhecido como inviável devido à baixa solubilidade desse sal.
Estudo das propriedades físicas e químicas de um sal de ácido fosfórico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida
[000179] Uma amostra (HAL-G-196-13) de um sal de ácido fosfórico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina- 1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtida via cristalização a partir de um meio de etanol. Com base na difração de raios X em pó (vide a Fig. 21), o sal foi identificado como uma fase cristalina individual. A estrutura do composto foi confirmada usando espectroscopia por RMN de 1H (vide Fig. 22). O espectro de RMN de 1H da amostra HAL-G-196-13 contém sinais de solvente residual. A proporção estequiométrica de ânions e cátions determinada usando cromatografia iônica confirmou a formação de sal dihidrofosfato. A análise por DSC (vide a Fig. 23) resultou na identificação de duas transições endotérmicas: uma primeira (T = 131° C) correspondente à perda de solvente, e uma segunda (T = 235° C) correspondente à fusão da amostra. Durante a análise TG, observou-se uma perda de peso da amostra de 3%, que foi causada provavelmente por perda de quantidades de solvente residual (vide a Fig. 24). A amostra HAL-G- 196-13 foi identificada como sendo provavelmente um solvato contendo etanol na estrutura cristalina, o que foi confirmado pelos dados da difração de raios X em pó (vide a Fig. 21). Um novo desenvolvimento foi reconhecido como inviável devido ao alto teor de solvente na estrutura cristalina desse sal.
Estudo das propriedades físicas e químicas de um sal de ácido tartárico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida
[000180] Uma amostra (HAL-G-196-16) de um sal de ácido tartárico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipera- zina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtida via cristalização a partir de um meio de etanol. Com base na difração de raios X em pó (vide a Fig. 25), o sal foi identificado como uma fase cristalina individual. A mesma fase cristalina foi obtida quando um sal de ácido tartárico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi cristalizado a partir de meio de THF (amostra HAL-G-196-17). A estrutura do composto foi confirmada usando espectroscopia por RMN de 1H (vide Fig. 26). Os espectros de RMN de 1H das amostras HAL-G-196-8 e HAL- G-196-9 contiveram sinais de solventes residuais. A proporção estequiométrica de ânions e cátions nas amostras HAL-G-196-16 e HAL-G-196-17 foi determinada por cromatografia iônica, que confirmou a formação de monotartrato para cada amostra. A análise por DSC (vide a Fig. 27) resultou na identificação de uma transição endotérmica (T = 161° C) correspondente à perda de solvente e à fusão da amostra. Durante a análise TG da amostra HAL-G-196-16, observaram-se uma perda de peso de 0,8% a uma faixa de temperatura de 30° a 100° C e, em seguida, uma perda de peso adicional de 0,7% a uma faixa de temperatura de 130° a 170° C, que se deveu provavelmente à degradação parcial da amostra (vide a Fig. 28). A amostra HAL-G-196- 16 foi identificada como sendo provavelmente um solvato contendo etanol na estrutura cristalina, o que foi confirmado pelos dados da difração de raios X em pó (vide a Fig. 25). Um novo desenvolvimento foi reconhecido como inviável devido ao alto teor de solvente na estrutura cristalina desse sal.
Estudo das propriedades físicas e químicas de um sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil- N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida
[000181] Uma amostra (HAL-G-196-21) de um sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtida via cristalização a partir de um meio de acetona. Com base nos dados de difração de raios X em pó (vide a Fig. 29), o sal foi identificado como uma fase cristalina individual, o que também foi confirmado por microscopia de polarização (vide a Fig. 30). A mesma fase cristalina foi obtida quando um sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluor-metilfenil)benzamida foi cristalizado a partir de um meio de THF (amostra HAL-G-196-20) e de um meio de etanol (amostra HAL-G-196- 19). A estrutura do composto foi confirmada usando espectroscopia por RMN de 1H (vide Fig. 31). A proporção estequiométrica de ânions e cátions nas amostras HAL-G-196-19, HAL-G-196-20 e HAL-G-196-21 foi determinada por cromatografia iônica e confirmou a formação de monomesilato para cada amostra. A análise por DSC dessas amostras (vide a Fig. 32) resultou na identificação de uma transição endotérmica (T = 220° C) correspondente à fusão da amostra. Durante a análise TG, não se observou nenhuma perda de peso da amostra. Um estudo de higroscopicidade da amostra de sal de ácido metanossulfônico e 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida demonstrou que, a uma umidade relativa do ar de 90%, a amostra absorveu menos que dois por cento em massa de água. A solubilidade aparente do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em água desionizada foi de mais de 46 mg/mL (vide a Tabela 2). A solubilidade de equilíbrio do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida em água desionizada foi de mais de 100 mg/mL de acordo com os dados obtidos na análise por HPLC (vide a Tabela 3). O teor de impurezas permaneceu constante quando a amostra foi mantida durante sete dias a uma temperatura de 60° C (vide a Tabela 4). Um estudo de estabilidade do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida tratado com um solvente (acetona) durante 6 dias demonstrou que a estrutura cristalina da amostra permaneceu intacta (vide a Tabela 5). Logo, o sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida exibiu propriedades físicas e químicas que satisfizeram os requisitos para novo desenvolvimento como forma salina.
Estudo das propriedades físicas e químicas de um sal de ácido 4- metilbenzeno sulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)-benza- mida
[000182] Uma amostra (HAL-G-196-24) de um sal de ácido 4- metilbenzeno sulfônico e 3-(1,2,4-triazolo[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtida via cristalização a partir de um meio de acetona. Com base nos dados de difração de raios X em pó (vide a Fig. 33), o sal foi identificado como uma fase cristalina individual, o que também foi confirmado por microscopia de polarização (vide a Fig. 34). A mesma fase cristalina foi obtida quando um sal de ácido 4-metilbenzeno sulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtido via cristalização a partir de um meio de THF (amostra HAL-G-196-23). A estrutura do composto foi confirmada usando espectroscopia por RMN de 1H (vide Fig. 35). A proporção estequiométrica de ânions e cátions nas amostras HAL-G-196-23 e HAL-G-196-24 foi determinada por cromatografia iônica e confirmou a formação de monotosilato para cada amostra. A análise por DSC da amostra HAL-G-196-24 (vide a Fig. 36) resultou na identificação de uma transição endotérmica (T = 184° C) correspondente à fusão da amostra. Durante a análise TG, não se observou nenhuma perda de peso da amostra. Um estudo de higroscopicidade da amostra demonstrou que, a uma umidade relativa do ar de 90%, a amostra HAL-G-196024 absorveu menos que quatro por cento em massa de água (vide a Fig. 37). A solubilidade aparente do sal de ácido 4-metilbenzeno sulfônico e 3-(1,2,4-triazolo[4,3-a]piridina- 3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetil- fenil)benzamida em água desionizada foi menor que 1 mg/mL (vide a Tabela 2). A solubilidade de equilíbrio do sal de ácido 4-metilbenzeno sulfônico e 3-(1,2,4-triazolo[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em água desionizada foi menor que 2,2 mg/mL de acordo com dados obtidos na análise por HPLC (vide a Tabela 3). O teor de impurezas permaneceu constante quando a amostra foi mantida durante sete dias a uma temperatura de 60° C (vide a Tabela 4). Um estudo de estabilidade do sal de ácido 4-metilbenzeno e 3-(1,2,4-triazolo[4,3-a]piridina-3-iletinil)- 4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzami- da tratado com um solvente (acetona) durante 6 dias demonstrou que a estrutura cristalina da amostra permaneceu intacta (vide a Tabela 5). Logo, o sal de ácido 4-metilbenzeno sulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluor-metilfenil)benzamida exibiu propriedades físicas e químicas que satisfizeram os requisitos para novo desenvolvimento como uma forma salina.
Estudo das propriedades físicas e químicas de um sal de ácido málico e 3-(1,2,4-triazolo[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida
[000183] Uma amostra (HAL-G-196-25) de um sal de ácido málico e 3-(1,2,4-triazolo[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipera- zina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtida via cristalização a partir de um meio de etanol. Com base na difração de raios X em pó (vide a Fig. 38), o sal foi identificado como uma fase cristalina individual. A mesma fase cristalina de sal de ácido málico e 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtida via cristalização a partir de um meio de THF (amostra HAL-G-196-26). A estrutura do composto foi confirmada usando espectroscopia por RMN de 1H (vide Fig. 39). A proporção estequiométrica de ânions e cátions nas amostras HAL-G- 196-19, HAL-G-196-25 e HAL-G-196-26 determinada por cromatografia iônica confirmou a formação de sal de monomalato para cada amostra. O espectro de RMN de 1H da amostra HAL-G-196-25 contém sinais do solvente residual. A análise por DSC (vide a Fig. 40) resultou na identificação de duas transições endotérmicas: a primeira (T = 128° C) correspondente à perda de solvente e à fusão da amostra, a segunda (T = 205° C) correspondente à degradação subsequente da amostra. Durante a análise TG, observou-se uma perda de peso da amostra de 2% a uma faixa de temperatura de 80° a 130° C, que se deveu provavelmente à perda de solvente residual durante a fusão do sal (vide a Fig. 41). A perda subsequente de peso provavelmente está associada à degradação da amostra fundida. Com base nos estudos realizados, entendeu-se que a amostra HAL-G-196-25 era um solvato. Um novo desenvolvimento foi reconhecido como inviável devido ao alto teor de solvente na estrutura cristalina desse sal.
Estudo das propriedades físicas e químicas de um sal de ácido fumárico e 3-(1,2,4-triazolo[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (monofu- marato)
[000184] Uma amostra (HAL-G-196-28) de um sal de ácido fumárico e 3-(1,2,4-triazolo[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazi- na-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtida a partir de um meio de etanol. Com base na difração de raios X em pó (vide a Fig. 42), o sal foi identificado como sendo uma fase cristalina individual. A estrutura do composto foi confirmada usando espectroscopia por RMN de 1H (vide Fig. 43). A proporção estequiométrica de ânions e cátions na amostra HAL-G-196-28 determinada por cromatografia iônica confirmou a formação de um monofumarato. O espectro de RMN de 1H da amostra HAL-G-196-28 contém sinais de solvente residual. A análise por DSC (vide a Fig. 44) resultou na identificação de uma transição endotérmica (T = 148° C) correspondente à perda de solvente e à fusão do sal, que vem provavelmente acompanhada de degradação parcial da amostra. Durante a análise TG, observou-se uma perda de peso da amostra de 3,5 % a uma faixa de temperatura de 95° a 170° C, que foi causada provavelmente pela perda de solvente residual durante a fusão do sal (vide a Fig. 45). Com base nos estudos realizados, entendeu-se que a amostra HAL-G-196-28 era um solvato. Um novo desenvolvimento foi reconhecido como inviável devido ao alto teor de solvente na estrutura cristalina desse sal.
Estudo das propriedades físicas e químicas de um sal de ácido fumárico e 3-(1,2,4-triazolo[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (hemifu- marato)
[000185] Uma amostra (HAL-G-196-29) de um sal de ácido fumárico e 3-(1,2,4-triazolo[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipera- zina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi obtida via cristalização a partir de um meio de THF. Com base nos dados de difração de raios X em pó (vide a Fig. 42), o sal foi identificado como uma fase cristalina individual, o que também foi confirmado por microscopia de polarização (vide a Fig. 46). A mesma fase cristalina foi identificada em amostras de um sal de ácido fumárico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida obtido via cristalização a partir de um meio de acetona (amostra HAL-G- 196-30). A estrutura do composto foi confirmada usando espectroscopia por RMN de 1H (vide Fig. 43). A proporção estequiométrica de ânions e cátions nas amostras HAL-G-196-29 e HAL-G-196-30 determinada por cromatografia iônica confirmou a formação de um hemifumarato. A análise por DSC da amostra HAL-G-196-29 (vide a Fig. 44) resultou na identificação de uma transição endotérmica (T = 244° C) correspondente à perda de solvente e à fusão da amostra. Durante a análise TG, observou-se uma perda de peso da amostra de 1%, que foi causada provavelmente por perda de quantidades de solvente residual (vide a Fig. 45). Um estudo de higroscopicidade da amostra de sal de ácido fumárico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida demonstrou que, a uma umidade relativa do ar de 90%, a amostra absorveu menos que quatro por cento em massa de água. A solubilidade aparente do sal de ácido fumárico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em água desionizada foi menor que 1 mg/mL (vide a Tabela 2). A solubilidade de equilíbrio do sal de ácido fumárico e 3-(1,2,4-triazolo[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)- benzamida em água desionizada foi de 7,4 x 10-3 mg/mL de acordo com os dados obtidos na análise por HPLC (vide a Tabela 3). O teor de impurezas permaneceu constante quando a amostra foi mantida durante sete dias a uma temperatura de 60° C (vide a Tabela 4). Um estudo de estabilidade do sal de ácido fumárico e 3-(1,2,4- triazolo[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida quando tratado com um solvente (acetona) durante 6 dias demonstrou que a estrutura cristalina da amostra permaneceu intacta (vide a Tabela 5). Logo, o sal hemifumarato de ácido fumárico e 3-(1,2,4-triazolo[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)-benzamida exibiu propriedades físicas e químicas que satisfizeram os requisitos para novo desenvolvimento como forma salina.
Resultados da identificação de formas salinas para a 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida
[000186] Em suma, durante o curso da investigação para identificar formas salinas de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, estudaram -se mais de 50 amostras de várias formas salinas, contendo 12 contraíons e obtidas com 4 solventes diferentes. Os estudos conduzidos demonstraram que sais de quatro ácidos (ácido clorídrico, ácido metanossulfônico, ácido 4-metilbenzeno sulfônico e ácido fumárico) exibiram propriedades físicas e químicas favoráveis, isto é cristalinidade, alta solubilidade em água em comparação a uma base livre, além de alta pureza quando do preparo e estabilidade de temperatura. Além disso, esses sais podem ser fabricados usando solventes orgânicos de baixa toxicidade e um método facilmente escalonável, além de conter um ânion farmaceuticamente aceitável.
[000187] No entanto, surpreendentemente os sais identificados demonstraram diferenças significativas em termos de sua solubilidade em água: por exemplo, a solubilidade do sal de ácido fumárico (7,4 x 103 mg/mL) foi equiparável à solubilidade da base livre (2,3 x 10-4 mg/mL); ao passo que a solubilidade dos sais de ácido 4-metilbenzeno sulfônico (2,4 mg/mL), ácido muriático (37,1 mg/mL) e ácido metanossulfônico (mais de 100 mg/mL) foi 10.000 vezes mais alta do que a solubilidade da 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida na forma de uma base livre. Todavia, somente o sal de ácido metanossulfônico pode ser obtido via cristalização a partir de acetona ou etanol sem a adição de éter metil terc-butílico ou resfriamento adicional da solução abaixo da temperatura ambiente.
[000188] Sendo assim, a forma salina cristalina preferida da 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, que pode ser obtida em solventes orgânicos de baixa toxicidade usando um método escalonável facilmente acessível e que contém um ânion farmaceuticamente aceitável com cristalinidade e alta solubilidade em água, foi identificada como o sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina- 3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetil-fenil) benzamida.
Obtenção e descrição de modificações polimórficas do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil- N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida Exemplos:
[000189] Com a intenção de estudar mais a fundo o sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, seu método de preparo foi desenvolvido. Durante o desenvolvimento do método, descobriu-se que o sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida poderia existir em duas modificações polimórficas. As diferenças de formação dessas fases reveladas podem ser resumidas dizendo que, em alguns casos, quando o sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetil-fenil)benzamida foi preparado em acetona, um precipitado não se formou espontaneamente. Quando da cristalização do sal a partir de uma solução mais concentrada, descobriu-se que uma combinação de fases ou qualquer fase individual podem se formar. O método da difração de raios X em pó foi aplicado a ambas as modificações polimórficas para estudar a cristalinidade estrutural. Os padrões de difração das amostras do sal de ácido metanossulfônico de amostras de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foram obtidos a 25° C (±5° C) e com uma umidade relativa do ar de «70 % usando um de raios X difratômetro em pó Bruker D8 Advance em geometria Bragg-Brentano (tensão elétrica dos ânodos de 40 kV, corrente de 40 mA) equipado com um filtro de níquel (radiação CuKαl, comprimento de onda = 1,5406 Â) e detector sensível à posição LynxEye, etapa de pesquisa de 0,02° 2θ, faixa de ângulo de 4-65° 2θ. Os padrões de difração obtidos foram estudados em detalhes usando o pacote de software Bruker TOPAS5.
Síntese do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica I)
[000190] Uma suspensão de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)- 4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzami- da (53,2 g, 0,10 mol) em acetona (1.050 mL, na quantidade de 20 mL por grama) foi aquecida à ebulição e fervida por 10 minutos com agitação vigorosa. Em seguida, mantendo o aquecimento e agitação da mistura adicionou-se uma solução recém-preparada (imediatamente antes da adição) de ácido metanossulfônico (10,1 g, 0,105 mol) em 200 mL de etanol (a quantidade de etanol é calculada de tal maneira que a concentração da solução obtida fosse de 0,5 mol/L) em uma única parte. A mistura de reação resultante foi fervida por 15 minutos, em seguida resfriada a 20° C a uma taxa de aproximadamente 10° C/hora, em seguida reservada por 12 horas a uma temperatura de +10° C para permitir a cristalização e formação de um precipitado. O precipitado foi coletado por filtragem, lavado com acetona (3 x 150 mL) e seco a massa constante em uma estufa a uma temperatura de 60° C. Rendimento: 85-90%.
[000191] Espectro de RMN de 1H (500 MHz, DMSO-dó): 2,36-2,45 (m, 1H, Hpiperazina), 2,41 (c, 3H, Me), 2,67 (c, 3H, Me), 2,86 (c, 3H, Me), 2,94 (d, J = 11,2 Hz, 1H, Hpiperazina), 3,08 (t, J = 10,7 Hz, 1H, Hpiperazina), 2,94 (d, J = 10,7 Hz, 1H, Hpiperazina), 4,06 (c, 2H, CH2(benzila)), 7,24 (t, J = 6,8 Hz, 1H, H(arom,)), 7,53-7,63 (m, 2H, H(arom,)), 7,73 (d, J = 8,6 Hz, 1H, H(arom.)), 7,96 (d, J = 9,2 Hz, 1H, H(arom.)), 8,03 (dd, J1 = 8,6 Hz, J2 = 1,6 Hz, 1H, H(arom.)), 8,12 (d, J = 8,6 Hz, 1H, H(arom.)), 8,25 (c, 1H, H(arom.)), 8,40 (c, 1H, H(arom.)), 8,65 (d, J = 6,8 1H, H(arom.)), 10,60 (c, 1H, NHamida). Espectro de massa, m/z: 533,2263
[000192] Os espectros de RMN de 1H e 13C do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modifi-cação polimórfica I) são dados na Figura 47.
Síntese do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica II)
[000193] Uma suspensão de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)- 4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzami- da (17,73 g, 0,033 mol) em 350 mL de acetona foi aquecida à ebulição e fervida por 10 minutos com agitação vigorosa. Em seguida, mantendo o aquecimento e agitação da mistura adicionou-se uma solução recém- preparada (imediatamente antes da adição) de ácido metanossulfônico (3,36 g, 0,035 mol) em 70 mL de etanol. A mistura de reação foi fervida por 15 minutos, em seguida resfriada a 20° C; nenhum precipitado se formou. A solução foi evaporada a baixa pressão à metade do volume inicial e reservada por 24 horas a uma temperatura de 20° a 25° C. O precipitado que se formou foi coletado por filtragem, lavado com acetona (3 x 150 mL) e seco a massa constante em uma estufa a uma temperatura de 45° C. Rendimento: 85-90%.
[000194] Espectro de RMN de 1H (500 MHz, DMSO-dó): 2,35-2,43 (m, 1H, Hpiperazina), 2,41 (c, 3H, Me), 2,66 (c, 3H, Me), 2,87 (c, 3H, Me), 2,95 (d, J = 11,3 HZ, 1H, Hpiperazina), 3,10 (t, J = 10,5 Hz, 1H, Hpiperazina), 2,94 (d, J = 10,5 Hz, 1H, Hpiperazina), 4,05 (c, 2H, CH2(benzila)), 7,26 (t, J = 6,9 Hz, 1H, H(arom.)), 7,52-7,61 (m, 2H, H(arom.)), 7,73 (d, J = 8,6 Hz, 1H, H(arom.)), 7,96 (d, J = 9,1 Hz, 1H, H(arom.)), 8,03 (dd, J1 = 8,6 Hz, J2 = 1,6 Hz, 1H, H(arom.)), 8,12 (d, J = 8,6 Hz, 1H, H(arom.)), 8,27 (c, 1H, H(arom.)), 8,41 (c, 1H, H(arom.)), 8,65 (d, J = 6,9 1H, H(arom.)), 10,62 (c, 1H, NHamida).
[000195] Espectro de massa, m/z: 533,2268.
[000196] Os espectros de RMN de 1H e 13C do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica I) são dados na Figura 48.
Estudo de cristalinidade do sal de ácido metanossulfônico e 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazi- na-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfi- ca I)
[000197] O sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluor-metilfenil)benzamida (modificação polimórfica I) foi uma fase cristalina individual com os parâmetros da célula unitária a seguir: a = 51,46 ± 0,05 Â; b = 7,81 ± 0,05 Â e c = 7,63 ± 0,05 Â, β = 108,9 ± 0,1°, V = 2898,9 ± 0,5 Â3. Grupo espacial P21/n. O volume da parte independente correspondeu a uma unidade da fórmula (vide a Figura 49a). As posições e intensidades de picos característicos e visualmente distinguíveis em um diagrama em pó de Debye da amostra são dados na Tabela 6. A aparência geral da parte independente da célula unitária do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)- benzamida na modificação polimórfica I é dada na Figura 50a. Tabela 6: Posições e intensidades de picos característicos e visualmente distinguíveis em um diagrama em pó de Debye de uma amostra de sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica I). As intensidades referem-se às alturas dos picos (com ajuste ao ruído ambiente). As posições correspondem aos máximos no padrão de difração, não às posições de reflexão.
Testes de apoio quanto à cristalinidade do ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpi- perazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica I)
[000198] Sabe-se bem que a pureza das amostras, o tamanho dos cristalitos, a presença de microtensões nas amostras de estudo e uma variedade de outros fatores podem exercer influência significativa às posições e intensidade de picos característicos e visualmente distinguíveis no diagrama em pó de Debye das amostras estudadas. Para a especificação do tipo de diagrama em pó de Debye, em especial para a especificação da posição e intensidade de picos característicos e visualmente distinguíveis, realizaram-se testes de apoio nas amostras de sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)- benzamida (modificação polimórfica I). O recebimento dos diagramas em pó de Debye foi realizado com o uso de diferentes geometrias de pesquisa: transmitância de raios X e geometria de Bragg-Brentano. As posições e intensidade de picos característicos e visualmente distinguíveis no diagrama em pó de Debye da amostra são dados nas Tabelas 7 e 8. Tabela 7: Posições e intensidades de picos característicos e visualmente distinguíveis no diagrama em pó de Debye da amostra de sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra n° 2, modificação polimórfica I). As intensidades referem-se às alturas (com o ruído ambiente corrigido) dos picos. As posições correspondem aos valores máximos no padrão de difração em raios X, não a posições de reflexões estimadas.
[000199] Como fica evidente com base nos dados relacionados na tabela 7, o uso de várias geometrias de pesquisa não influencia muito nas posições e intensidade dos picos no diagrama em pó de Debye.
[000200] O tamanho pequeno dos cristalitos e a presença de microtensões na amostra PF114-56-MsOH provoca forte alargamento das linhas e distorção de seu padrão de difração em raios X em oposição à amostra n° 2 (vide a tabela 8). Além disso, o padrão de difração em raios X da amostra n° 3 exibe o pico de impureza, cuja razão volumétrica (avaliada de acordo com a razão entre as intensidades de picos de impureza e a fase principal) equivale a 5%. Tabela 8: Posições e intensidades de picos característicos e visualmente distinguíveis no diagrama em pó de Debye da amostra de sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra n° 3, modificação polimórfica I). As intensidades referem-se às alturas (com o ruído ambiente corrigido) dos picos. As posições correspondem aos valores máximos no padrão de difração em raios X, não a posições de reflexões estimadas.
[000201] A comparação dos padrões de difração em raios X de diferentes amostras permitiu determinar picos característicos para todas as amostras e analisar possíveis variações nas posições e intensidades dos picos (vide a tabela 9). Tabela 9: Posições e intensidades de picos característicos e visualmente distinguíveis no diagrama em pó de Debye da amostra de sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica I). As intensidades referem-se às alturas (com o ruído ambiente corrigido) dos picos. As posições correspondem aos valores máximos no padrão de difração em raios X, não a posições de reflexões estimadas.
[000202] A região mais informativa dos padrões de difração em raios X é a região de ângulo baixo de 2θ. Nessa região, a posição das reflexões difere significativamente, ao passo que, quando do alargamento dos ângulos de difração, o número de picos aumenta e sua sobreposição torna-se material. A região dos ângulos que pode ser considerada representativa depende dos valores dos parâmetros da célula unitária do composto estudado; para compostos orgânicos pesquisados com parâmetros de célula 5-50A, a faixa de distancia entre camadas 3-30 Â pode ser considerada a região representativa. Nesse caso, a faixa de ângulos de difração será igual a 3° a 25° 2θ. Logo, para a caracterização do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)- benzamida em modificação polimórfica I, é possível usar picos a ângulos de difração (2θ) de 14,5, 16,9, 17,2, 17,4, 18,7, 20,8, 23,2 com intensidade relativa de 20% ou mais.
[000203] Como pode-se perceber com base nos dados relacionados na tabela 9, todos os picos a ângulos de difração (2θ) de 14,5, 16,9, 17,2, 18,7, 20,8 têm intensidades relativas mais altas do que 20%. No entanto, as intensidades desses picos podem variar essencialmente dependendo do método de pesquisa, da pureza das amostras, do tamanho dos cristais salinos, dos efeitos da texturização das amostras e de uma variedade de outros parâmetros. Por esse motivo, no padrão de difração em raios X do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, modificação polimórfica I, alguns picos a ângulos de difração (2θ) de 14,5, 16,9, 17,2, 17,4, 18,7, 20,8, 23,2 podem produzir intensidade abaixo de 20%. Logo, para a caracterização do sal de ácido, metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluor- metilfenil)benzamida, modificação polimórfica I, é possível usar dois, três ou quatro picos com intensidade relativa de 20% ou mais a ângulos de difração (2θ) selecionados dentre 14,5, 16,9, 17,2, 17,4, 18,7, 20,8, 23,2.
[000204] Fica evidente, com base na análise dos picos do padrão de difração em raios X obtidos no processo de examinar diferentes amostras de sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluor- metilfenil)benzamida (modificação polimórfica I), que o pico a um ângulo de difração (2θ) de 18,7 é, em todos os casos, o pico com intensidade relativa máxima. Logo, para a caracterização do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em modificação polimórfica I, é possível usar o pico a um ângulo de difração (2θ) de 18,7 com máxima intensidade relativa. Vale frisar que a caracterização do padrão de difração em raios X em termos da posição do pico mais intenso não pode ser sempre confiável porque, dependendo da texturização da amostra, o pico mais intenso pode ser outro, como observou-se para a modificação polimórfica II (vide abaixo) durante exame usando instrumentos com geometria diferente.
[000205] Levando em conta as observações especificadas acima, para a caracterização do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida, modificação polimórfica I, é possível usar um conjunto completo de picos a ângulos de difração (2θ) dados na tabela 9: 7,2, 11,9, 12,5, 13,4, 14,5, 16,2, 16,9, 17,2, 17,4, 18,7, 20,8, 21,4, 23,2, 24,1, 24,6, 25,4, 27,1.
[000206] Os efeitos da texturização, mudanças no tamanho dos cristalitos e ordenamento nas amostras podem exercer forte influência na intensidade dos picos. Por causa disso, o número de picos observados pode ser notavelmente menor. Regras de amostragem representativa difundidamente usadas não foram encontradas. A Farmacopeia dos Estados Unidos de 1995 menciona requisitos para a caracterização de padrões de difração de raios X em pó. Para descrever um padrão de difração em raios X, é necessário selecionar os 10 picos mais intensos, e sua posição será determinada com precisão de ±0,20° 2θ. Junto a isso, o desvio da intensidade relativa dos picos de amostragem não ultrapassará os 20%. Como as intensidades dos picos podem variar significativamente, julga-se razoável à caracterização do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)- 4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)ben- zamida, modificação polimórfica I usar os 5 a 10 picos mais intensos a ângulos de difração (2θ) selecionados dentre: 7,2, 11,9, 12,5, 13,4, 14,5, 16,2, 16,9, 17,2, 17,4, 18,7, 20,8, 21,4, 23,2, 24,1, 24,6, 25,4, 27,1.
Estudo da cristalinidade do sal de ácido metanossulfônico de 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipera- zina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação poli- mórfica II)
[000207] A cristalinidade de uma amostra do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica II) foi estudada por difração de raios X em pó. Os resultados demonstraram que a amostra foi uma fase cristalina individual com os parâmetros da célula unitária a seguir: a = 13,77 ± 0,05 Â; b = 8,09 ± 0,05 Â e c = 30,83 ± 0,05 Â, β = 117,8 ± 0,1, V = 3036,36 ± 0,5 Â3 e grupo espacial P2i/c (vide Figura 49b). As posições e intensidades de picos característicos e visualmente distinguíveis em um diagrama em pó de Debye da amostra são dados na Tabela 10. A aparência geral da parte independente da célula unitária de sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, modificação polimórfica II, é dada na Figura 50b. Tabela 10: Posições e intensidades de picos característicos e visualmente distinguíveis no diagrama em pó de Debye de uma amostra de sal de ácido 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida metanossulfônico (modificação polimórfica II). As intensidades referem-se às alturas dos picos (com um ajuste ao ruído ambiente). As posições correspondem aos máximos no padrão de difração, não às posições de reflexão.
Testes de apoio quanto à cristalinidade do ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipe- razina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica II)
[000208] Para a especificação das posições e intensidades de picos característicos e visualmente distinguíveis no diagrama em pó de Debye do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)- benzamida (modificação polimórfica II), testes de apoio quanto à cristalinidade do sal foram realizados por métodos de análise da difração de raios X. O recebimento dos diagramas em pó de Debye foi realizado com o uso de diferentes geometrias de pesquisa: transmitância de raios X e geometria de Bragg-Brentano. As posições e intensidade de picos característicos e visualmente distinguíveis no diagrama em pó de Debye da amostra são dados nas Tabelas 11 e 12. Tabela 11: Posições e intensidades de picos característicos e visualmente distinguíveis no diagrama em pó de Debye da amostra de sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra PF114-19-1-MsOH, modificação polimórfica II). As intensidades referem-se às alturas (com o ruído ambiente corrigido) dos picos. As posições correspondem aos valores máximos no padrão de difração em raios X, não a posições de reflexões estimadas.
[000209] Devido à forte texturização da amostra no padrão de difração em raios X, as leituras feitas em instrumentos com diferentes geometrias diferem consideravelmente. Além disso, o exame na geometria de Bragg-Brentano provocou mudança essencial na intensidade dos picos. Sendo assim, quando do exame na geometria de transmitância, o pico ao ângulo de difração (2θ) de 21,2 é o pico com a intensidade relativa máxima, ao passo que, quando do exame na geometria de Bragg-Brentano, a intensidade desse pico foi equivalente a de 43,7% ao valor máximo. Tabela 12: Posições e intensidades de picos característicos e visualmente distinguíveis no diagrama em pó de Debye da amostra de sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (amostra A819419, modificação polimórfica II). As intensidades referem-se às alturas (com o ruído ambiente corrigido) dos picos. As posições correspondem aos valores máximos no padrão de difração em raios X, não a posições de reflexões estimadas.
[000210] O instrumento com o qual se obtiveram dados sobre a amostra A819419 tem uma qualidade de “erro zero” alta de 0,25° 2θ. O padrão de difração em raios X demonstra forte alargamento das linhas, contudo, como a contribuição do instrumento ao alargamento é desconhecida, é impossível acessar o tamanho dos cristalitos com exatidão.
[000211] A comparação dos padrões de difração em raios X de diferentes amostras permitiu determinar picos característicos para todas as amostras e analisar possíveis variações nas posições e intensidades dos picos (vide a tabela 13).
[000212] 11,8; 14,6; 17,2; 17,4; 17,6; 19,7; 21,2; 22,0 e 22,6. Tabela 13: Posições e intensidades de picos característicos e visualmente distinguíveis no diagrama em pó de Debye da amostra de sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica II). As intensidades referem-se às alturas (com o ruído ambiente corrigido) dos picos. As posições correspondem aos valores máximos no padrão de difração em raios X, não a posições de reflexões estimadas. 11,9, 14,7, 17,2, 17,4, 17,6, 19,7, 21,2, 22,0, 22,6 e 26,1
[000213] Os picos mais intensivos da modificação polimórfica II são característicos para os valores de ângulo a seguir: 11,8; 14,6; 17,2; 17,4; 17,6; 19,7; 21,2; 22,0 e 22,7. Esses picos fazer-se-ão presentes no padrão de difração em raios X e sua intensidade relativa será maior que 10%. A redução da intensidade permitida é determinada pelo fato de que essa modificação é propensa à texturização, logo a faixa de intensidade relativa dos picos é mais ampla do que no caso da modificação polimórfica I. Sendo assim, para a caracterização do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida na modificação polimórfica II, é possível usar picos a ângulos de difração (2θ) de 11,8; 14,6; 17,2; 17,4; 17,6; 19,7; 21,2; 22,0 e 22,7 com intensidade relativa de 10% ou mais.
[000214] Como pode-se perceber com base nos dados relacionados na tabela 13, todos os picos a ângulos de difração (2θ) de 11,8; 14,6; 17,2; 17,4; 17,6; 19,7; 21,2; 22,0 e 22,7 têm intensidades relativas mais altas do que 10%. No entanto, as intensidades desses picos podem variar essencialmente dependendo do método de pesquisa, da pureza das amostras, do tamanho dos cristais salinos, dos efeitos da texturização das amostras e de uma variedade de outros parâmetros. Por esse motivo, no padrão de difração em raios X do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, modificação polimórfica II, alguns picos a ângulos de difração (2θ) de 11,8; 14,6; 17,2; 17,4; 17,6; 19,7; 21,2; 22,0 e 22,7 podem ter intensidade relativas abaixo de 10%. Logo, para a caracterização do sal de ácido, metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, modificação polimórfica II, é possível usar três, quatro, cinco ou seis picos com intensidade relativa de 20% ou mais a ângulos de difração (2θ) selecionados dentre 11,8; 14,6; 17,2; 17,4; 17,6; 19,7; 21,2; 22,0 e 22,7.
[000215] Fica evidente, com base na análise dos picos do padrão de difração em raios X obtidos no processo de examinar diferentes amostras de sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluor- metilfenil)benzamida (modificação polimórfica II), que, dependendo dos parâmetros de pesquisa, a intensidade relativa máxima pode pertencer ao pico a um ângulo de difração (2θ) de 21,3 ou ao pico a um ângulo de difração (2θ) de 17,6. Logo, para a caracterização do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, modificação polimórfica II, é possível usar o pico com intensidade relativa máxima a um ângulo de difração (2θ) selecionado dentre 17,6 ou 21,2.
[000216] Levando em conta as observações especificadas acima, para a caracterização do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluor- metilfenil)benzamida, modificação polimórfica II, é possível usar um conjunto completo de picos a ângulos de difração (2θ) dados na tabela 13: 7,3, 11,8, 14,6, 17,2, 17,4, 17,6, 19,7, 21,2, 22,0, 22,7, 26,1.
[000217] Como as intensidades dos picos podem variar significativamente, julga-se razoável à caracterização do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, modi ficação polimórfica I, usar de 4 a 8 picos a ângulos de difração (2θ) selecionados dentre: 7,3, 11,8, 14,6, 17,2, 17,4, 17,6, 19,7, 21,2, 22,0, 22,7, 26,1
Estudo da cinética de dissolução da base livre de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida e das modificações polimór- ficas do sal de ácido 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil) benza- mida metanossulfônico
[000218] Durante novos estudos sobre as modificações polimórficas do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)- benzamida, estudou-se a cinética de dissolução da base livre e das duas modificações polimórficas na forma de sal de ácido metanossulfônico. Os estudos sobre a cinética de dissolução foram realizados usando um Aparelho USP 1 Método da Cesta (USP40, General Chapter <711>. Dissolution), volume dos meios de dissolução: 700 mL, temperatura: 37 ± 1° C velocidade de rotação dos agitadores de pá: 100 rpm. A taxa de dissolução das amostras de teste foi calculada como a média de seis repetições. Utilizou-se água destilada como o meio de dissolução para as modificações polimórficas do sal de ácido 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida metanossulfônico, e utilizou-se uma solução de 12,2 mL de ácido metanossulfônico em 500 mL de água como o meio de dissolução para a base livre. As partes de teste contendo 100 mg de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida ou 118 mg de sal de ácido 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida metanossulfônico (100 mg calculados como base livre) foram usadas para a dissolução Em 780 minutos (13 horas) após o início do teste, mediu-se o pH das soluções preparadas. O pH da solução usada para testar a dissolução da base livre foi mais ácido (pH 4,02) em comparação ao das soluções usadas para testar a dissolução das modificações polimórficas do sal de ácido 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina- 3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida metanossulfô-nico (pH 5,04 — para a modificação polimórfica I e pH 4,95 — para a modificação polimórfica II).
[000219] Os resultados dos estudos da cinética de dissolução são dados na Figura 51. De acordo com os dados divulgados, 95% da 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida contida nas amostras do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foram transferidos à solução em menos de um minuto, e a dissolução total do sal ocorre dentro de menos de 4 minutos. Em contrapartida, menos de 90% da base livre dissolveram-se na solução contendo 12,2 mL de ácido metanossulfônico, até mesmo além do período de 780 minutos (13 horas).
[000220] Logo, os estudos conduzidos sobre a síntese e determinação da estrutura cristalina do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida demonstraram que esse composto pode existir ao menos em duas modificações polimórficas. Cada uma das modificações polimórficas pode ser obtida em solventes orgânicos de baixa toxicidade usando um método facilmente escalável, contém um ânion farmaceuticamente aceitável, tem cristalinidade e goza de alta solubilidade em água. As estruturas químicas de cátion em ambas as modificações polimórficas correlacionam-se e correspondem ao cátion de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipera- zina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, ambos os compostos são sais de ácido metanossulfônico e contêm a forma protonada de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida e ânion mesilato. A 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em ambas as modificações polimórficas é protonada sobre o átomo de nitrogênio do anel piperazina carregando um grupo metila. Nenhuma das modificações polimórficas contém moléculas do solvente. As diferenças nas estruturas das modificações polimórficas são associadas principalmente à posição mútua do heterociclo aromático em comparação ao restante de uma molécula (vide a Fig. 50).
Estudo das características farmacocinéticas da base livre e sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)- 4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)- benzamida
[000221] Para analisar a aplicabilidade da forma salina de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)me- til)-3-trifluormetilfenil)benzamida como fármaco, conduziu-se um estudo sobre suas características farmacocinéticas.
[000222] A farmacocinética da 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetil- fenil)benzamida foi estudada após uma única administração de uma base livre a uma dose de 50 mg/kg e uma única administração do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (modificação polimórfica I) a uma dose de 59 mg/kg (equivalentes a 50 mg/kg calculados como base livre) a camundongos de linhagem C57BL/6. Os resultados do estudo são dados na Figura 52 e nas Tabelas 14 e 15. Tabela 14: Principais parâmetros farmacocinéticos da 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida quando a base livre é administrada a camundongos de linhagem C57BL/6 a uma dose de 50 mg/kg. Os valores médios são determinados para cada ponto no tempo com base em dados individuais obtidos de três animais. Tabela 15: Principais parâmetros farmacocinéticos da 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida quando o sal de ácido metanossulfônico de 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)- benzamida (modificação polimórfica I)* é administrado a camundongos de linhagem C57BL/6 a uma dose de 59 mg/kg (equivalentes a 50 mg/kg calculados como base livre). Os valores médios são determinados para cada ponto no tempo com base em dados individuais obtidos de três animais.
[000223] Os estudos farmacocinéticos levaram a resultados inesperados, onde, após a administração da base livre, a concentração máxima de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida no plasma animal (Cmax = 1.490 ng/mL) excedeu a concentração máxima (Cmax = 1.099 ng/mL) identificada após a administração da forma salina em mais de um terço. Além disso, apesar de a forma salina ter exibido uma taxa de dissolução muito mais alta do que a base livre, o tempo de obtenção da concentração máxima (Tmax) para a forma salina foi duas vezes mais longo do que para a base livre. Apesar da menor concentração máxima de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida no plasma após a administração oral da forma salina, a administração da forma salina produz uma concentração média da substância (AUCt/t) mais alta. Esses resultados são inesperados à luz da diferença de solubilidade entre a base livre e a forma salina visto que as concentrações máximas (Cmax) e média (AUCt/t) no plasma animal tipicamente estão correlacionadas à solubilidade de uma forma salina usada para a administração da substância, ao passo que o tempo para a concentração máxima no plasma (Tmax) tipicamente está inversamente correlacionado à taxa de dissolução das formas salinas usadas.
[000224] Logo, os estudos dos parâmetros farmacocinéticos da base livre e sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)- benzamida produzem resultados inesperados, nos quais diferenças significativas em seus perfis farmacocinéticos foram observadas, mas não de uma maneira que pudesse ser explicada com base nas diferenças da cinética de dissolução. As diferenças nas propriedades farmacocinéticas podem provocar mudanças na eficácia terapêutica, na segurança de administração e/ou em outras propriedades de um candidato a fármaco. Para nova avaliação da utilidade da forma salina de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipe- razina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida desenvolvida, conduziram-se estudos sobre a toxicidade aguda e eficácia da base livre e forma de sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-tri- fluormetilfenil)benzamida.
Estudos da segurança de uma base livre e sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil- N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em experimentos de estudo de toxicidade aguda nos compostos
[000225] Para estudar a segurança da base livre e do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, conduziram-se estudos acerca da toxicidade aguda.
[000226] A toxicidade aguda da base livre de 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida e de seu sal com ácido metanossulfônico foi estudada em camundongos machos de linhagem CD-1 com 2 a 3 meses de idade usando uma via de administração oral. Para cada estudo de dose do fármaco, usou-se um grupo de seis animais. O estudo incluiu grupos controle com o mesmo número de animais, que receberam doses de solvente equivalentes de uma solução em água a 0,5% de metilcelulose. O período de acompanhamento foi de 28 dias. A análise de sobrevivência dos camundongos de laboratório permitiu realizar a análise de Bliss e determinar as doses letais dos fármacos estudados. Os resultados dos estudos acerca da toxicidade aguda e as doses semiletais calculadas para a base livre e sal de ácido metanossulfônico são dados na Tabela 16. Tabela 16: Doses letais de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida quando administradas por via oral na forma de uma base livre e sal de ácido metanossulfônico a camundongos machos.
[000227] Os dados relacionados acima demonstram que as dose semiletais (LD50 corresponde a doses que levam ao óbito de metade dos animais no grupo de teste) para o sal de ácido metanossulfônico de 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foram cerca de duas vezes mais altas do que as doses letais para a base livre. Um efeito mais pronunciado semelhante foi observado para doses que levam ao óbito de 90% dos animais no grupo de teste (vide a Tabela 16). A administração de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipe- razina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida tanto como base livre como em forma salina causou sinais de intoxicação semelhantes: dispneia, hipodinâmia, queda de pelo, diarreia, dilatação, em alguns animais - alopecia focal; porém, quando a substância foi administrada na forma de sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-tri- fluormetilfenil)benzamida, a dose que não leva ao desenvolvimento desses efeitos foi duas vezes mais alta.
[000228] Sendo assim, o estudo sobre segurança para a base livre e sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetil- fenil)benzamida produziu resultados inesperados, demonstrando que a forma salina foi caracterizada por uma segurança significativamente mais alta, que ficou demonstrada pela dose mais alta de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)me- til)-3-trifluormetilfenil)benzamida (calculada como uma base livre), que, quando da administração a organismos animais de laboratório, não causou nenhum efeito observável, além do aumento em quase duas vezes da dose semiletal (LD50) na forma salina em comparação à base livre. O perfil de segurança favorável do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipera- zina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida torna essa forma salina mais atrativa como candidato a fármaco em comparação à sua base livre.
Estudo da eficácia da base livre e sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipera- zina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida usando um modelo de leucemia mielogenoso crônico induzida por BCR/ABL
[000229] Para avaliar a eficácia da base livre e do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida para tratar a leucemia mielogenosa crônica (CML), conduziram-se estudos sobre a atividade dos compostos sobre a doença similar a CML induzida por BCR/ABL em camundongos. No estudo, usaram-se camundongos de linhagem C57BL/6N. As cobaias receberam uma dose sub-letal de radiação, seguida por transplante intravenoso de células de medula doadoras Sca1+, expressando p185-T315IBCR/ABL devido à transdução retroviral. O tratamento foi iniciado no 11° dia após o transplante de células expressando p185-T315IBCR/ABL.
[000230] A eficácia da terapia com 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)- benzamida administrada por via oral como base livre e sal de ácido metanossulfônico foi estudada. Os resultados do estudo do efeito da administração oral da base livre de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida (a uma dose de 50 mg/kg), sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (a doses de 8,5; 21; 34 e 50 mg/kg calculadas como uma base livre) sobre a sobrevivência média dos animais tratados são dados na Tabela 17.
[000231] Como os dados apresentados demonstram, a administração de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipera- zina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida tanto como base livre quanto como em forma salina provocou aumento na sobrevivência média dos animais tratados. Para animais tratados com o sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, observou-se a dependência da vida média dos camundongos sobre a dose da forma salina administrada. A administração do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida a uma dose de 40 mg/kg (equivalentes a 34 mg/kg calculados como base livre) tem o mesmo efeito terapêutico que a administração de 50 mg/kg de uma base livre. A administração do sal de ácido metanossulfônico e 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida a uma dose de 59 mg/kg (equivalentes a 50 mg/kg calculados como base livre) garantiu um aumento de quase duas vezes nas vidas dos animais em comparação ao grupo controle. A eficácia da forma salina por esse indicador é maior do que a de uma base livre. Tabela 17: Efeito da base livre e do ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida na sobrevivência média dos animais de laboratório em um modelo de leucemia mielogenosa crônica induzida por BCR/ABL
[000232] Logo, os estudos sobre a eficácia da base livre e do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida produziram resultados inesperados demonstrando que a administração da forma salina foi mais eficaz, o que ficou manifesto na sobrevivência média mais longa dos animais no grupo que recebeu a forma salina em comparação ao grupo que recebeu a dose equivalente de uma base livre. Logo, a maior eficácia do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida tornam esse sal mais atraente como candidato a fármaco em comparação a uma base livre.
Estudo da atividade biológica do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipera- zina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida
[000233] A atividade biológica do sal de ácido metanossulfônico de 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, bem como de suas formas cristalinas, que são o tema desta revelação, foi estudada em vários experimentos.
Estudo do efeito do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida sobre a atividade das enzimas quinase humanas
[000234] O sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-tri- fluormetilfenil)benzamida à faixa nanomolar de concentrações inibe a Bcr-Abl tirosina quinase, inativando formas mutantes clinicamente significativas dessa enzima. Os resultados dos experimentos de inibição com Bcr-Abl quinases são relacionados na Tabela 18. A concentração inibitória meio-máxima (IC50) da Bcr-Abl selvagem pelo sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida variou de 0,49 a 3,1 nM (com base nos resultados de 3 experimentos independentes). A IC50 para a Bcr-Abl com mutação T315I variou de 0,78 a 21 nM (com base nos resultados de 3 experimentos independentes). Tabela 18: Efeito do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4- ((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida sobre a atividade da enzima Bcr-Abl tirosina quinase, incluindo formas mutantes clinicamente significativas dessa enzima.
[000235] A uma concentração de 100 nM, o sal de ácido metanos- sulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metil-piperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida inibiu significativamente (mais de 50% de inibição) a atividade de cada uma das tirosina quinases humanas a seguir (de 337 quinases que foram testadas): ABL1, ABL2/ARG, BLK, DDR1, DDR2, EPHA2, EPHA8, EPHB2, FGR, FLT4/VEGFR3, FMS, FRK/PTK5, FYN, HCK, KDR/VEGFR2, LCK, LYN, LYN B, P38a/MAPK14, PDGFRa, PDGFRb, RAF1, RET, RIPK3, ZAK/MLTK, onde mais de 90% da atividade foram inibidos para as quinases a seguir: ABL1, ABL2/ARG, DDR1, DDR2, FMS, FRK/PTK5, LCK, LYN, LYN B, PDGFRa, RET.
Estudo da citotoxicidade do sal de ácido metanossulfônico de 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazi- na-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em relação a várias linhagens de células tumorais
[000236] O sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida exibiu citotoxicidade contra células linfoides imaturas em modelos de leucemia mieloide crônica (CML) positiva para o cromossomo Filadelfia (Ph+) e leucemia linfoblástica aguda (ALL) Ph+, incluindo células de mutação T315I. Durante o experimento, o fármaco exibiu toxicidade contra as linhagens de células tumorais humanas K562 (IC50 de 8 nM), KCL-22 (IC50 de 9 nM) e BV- 173 (IC50 de 5 nM) (representando um modelo CML Ph+), bem como as linhagens de células Tom-1 (IC50 de 5 nM), SupB15 (IC50 de 50 nM) (representando o modelo ALL Ph+).
[000237] O sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluor metilfenil)benzamida também exibiu toxicidade em relação a linhagens de células tumorais modelo obtidas pela transdução retroviral do gene BCR-ABL da linha hematopoiética BaF3 murina ou suas formas mutantes [1]: BaF3/BCR-ABL (IC50 de 5 nM), BaF3/BCR-ABL Y253F (IC50 de 25 nM), BaF3/BCR-ABL E255K (IC50 de 25 nM), BaF3/BCR- ABL F317L (IC50 de 250 nM), e BaF3/BCR-ABL T315I (IC50 de 75 nM).
[000238] O sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluor metilfenil)benzamida também demonstrou citotoxicidade em relação a linhagens de células tumorais humanas, incluindo, entre outras, uma linhagem de leucemia linfoblástica aguda (CCRF-CEM), uma linhagem de câncer de mama (MDA-MB-468), uma linhagem de câncer de ovário (SKOV-3) e linhagens de linfoma (SR, EL4).
Estudo da eficácia do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em um modelo de leucemia crônica em xenoenxerto
[000239] Durante um estudo usando um modelo em xenoenxerto com camundongos privados do timo com implante subcutâneo de células de linhagem K562, avaliaram-se os efeitos da administração oral do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3- iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)- benzamida a doses de 25 e 40 mg/kg (21 e 34 mg/kg calculados como base livre, de maneira correspondente) por dia sobre o tamanho do tumor. A terapia foi iniciada após o tamanho do tumor atingir 500 mm3, e a duração da terapia foi de 14 dias, seguida por um período de acompanhamento de 240 dias. A administração do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida a uma dose de 25 mg/kg (21 calculados como base livre) por dia levou à redução do tamanho do tumor a um tamanho imensurável com proliferação subsequente após o 35° dia de acompanhamento. A administração do fármaco a uma dose de 40 mg/kg (34 calculados como base livre) por dia levou à eliminação do tumor sem recaída durante todos os 240 dias de acompanhamento em todos os camundongos.
Estudo da eficácia do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em um modelo de leucemia aguda
[000240] A eficácia do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi avaliada em um modelo camundongo de leucemia aguda. Para induzir a patologia, usaram-se células de medula obtidas de camundongos de linhagem C57BL/6N com leucemia aguda induzida. As células foram injetadas na veia caudal de um animal após a administração de uma dose sub-letal de radiação. A terapia foi iniciada no 5° dia após a indução da patologia e continuou por 2 semanas. Os resultados do estudo demonstraram que a administração oral do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida a uma dose de 40 mg/kg (equivalentes a 34 mg/kg calculados como base livre) levou ao aumento das vidas médias dos animais em mais de 25% em comparação ao grupo controle, que não recebeu terapia.
Estudo da eficácia do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em um modelo de tumor sólido intestinal
[000241] A eficácia do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi estudada em um modelo de tumor sólido intestinal. Para induzir a patologia, usaram-se células de linhagem HCT116. Células na quantidade de 200 μL (2,5 x 107 células/mL) foram injetadas subcutaneamente no lado direito de camundongos fêmeos privados do timo (SCID). Após o tumor atingir o tamanho de 200 mm3, todos os camundongos foram randomizados por tamanho do tumor e distribuídos entre um grupo controle e um grupo terapêutico. A administração oral do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina- 1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida a uma dose de 25 mg/kg (equivalentes a 21 mg/kg calculados como base livre) foi iniciada no dia seguinte após a randomização e prosseguiu por 20 dias. Para determinar a eficácia da inibição ao crescimento tumoral quando da conclusão do tratamento (20 dias), a razão do tamanho médio foi calculada entre os grupos terapêutico/controle (% T/C). Os resultados do estudo demonstraram que a administração do fármaco a uma dose de 25 mg/kg levou à não disseminação quase completa do tumor (T/C <35%).
Estudo da eficácia do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em um modelo de carcinoma de pulmão de células não pequenas
[000242] Usaram-se camundongos privados do timo nos estudos. Células A549 (1 x 107) foram injetadas com 0,2 mL de solução de matrigel (BD Pharmingen) na pata traseira esquerda de um camundongo sob anestesia com cetamina/xilazina. Em uma semana após as injeções, os camundongos foram distribuídos entre os grupos terapêutico e controle, que foram randomizados por tamanho do tumor. A administração oral do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida a uma dose de 25 mg/kg (equivalentes a 21 mg/kg calculados como base livre) foi iniciada no dia seguinte após a randomização e prosseguiu por 20 dias. Para determinar a eficácia da inibição ao crescimento tumoral, a razão do tamanho médio foi calculada para os grupos terapêutico/controle (% T/C). Os resultados do estudo demonstraram que a administração do fármaco a uma dose de 25 mg/kg levou à não disseminação quase completa do tumor (T/C <35%).
Estudo detalhado da farmacocinética do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida
[000243] Durante um estudo da farmacocinética do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em ratos e cães, descobriu-se que a biodisponibilidade do fármaco após a administração oral foi um tanto alta: biodisponibilidade em cães F = 45,9% a 66,1% em uma faixa de dose de 2 a 22 mg/kg (2 a 19 mg/kg calculados como base livre), em ratos F = 13,8% a 59,5% em uma faixa de dose de 5 a 80 mg/kg (4,2 a 68 mg/kg calculados como base livre).
[000244] O sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3- trifluormetilfenil)benzamida foi absorvido ao longo de um período de 2 a 4 horas após a administração oral a camundongos em uma faixa de dose de 5 a 50 mg/kg, atingindo concentrações máximas correspondentes de 82 ng/mL a 1.099 ng/mL.
[000245] A área sob a curva concentração-tempo (AUC) mudou linearmente ao longo de toda a faixa de dose de 5 mg/kg a 50 mg/kg de 372 ng*h/mL para 12,104 ng*h/mL. Após a administração oral do fármaco como sal de metanossulfonato a ratos em uma faixa de dose de 5 a 80 mg/kg, o fármaco atingiu concentrações máximas correspondentes de 72 ng/mL a 1,250 ng/dentro de 2,3 a 5,3 horas. A AUC mudou linearmente ao longo de toda a faixa de dose de 5 mg/kg a 80 mg/kg de 430 ng*h/mL para 21,124 ng*h/mL.
[000246] A 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida foi absorvida com relativa lentidão a partir do trato gastrointestinal após a administração oral do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida a cães em uma faixa de dose de 2 a 45 mg/kg, atingindo uma concentração máxima no plasma em uma faixa de 31,8 a 224 ng/mL após 3 a 8,5 horas. A AUC mudou linearmente ao longo de toda a faixa de dose de 2 mg/kg a 22 mg/kg de 420 ng*h/mL para 5,480 ng*h/mL, e não mudou durante a escalabilidade subsequente da dose para 45 mg/kg (5.173 ng*h/mL).
[000247] A 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida é eliminada um tanto lentamente do fluxo sanguíneo sistêmico; o período de meia- vida é de cerca de 7 horas em cães, e de cerca de 3 horas em ratos e camundongos. A depuração após a administração intravenosa é um tanto alta: 2,12 L/h/kg para cães, 1,61 L/h/kg para ratos. Um volume aparente de distribuição alto (Vd = 14,1 L/kg para cães, 6,16 L/kg para ratos) indica ampla distribuição do fármaco nos tecidos.
[000248] O estudo da distribuição do fármaco nos tecidos dos ratos revelou altas concentrações das substâncias nos pulmões (cerca de 71 vezes mais do que no plasma sanguíneo), no baço (45 vezes mais do que no plasma), nos rins (34 vezes mais do que no plasma), na medula óssea (27 vezes mais do que no plasma), no fígado (21 vezes mais do que no plasma). A concentração da exposição de 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluor metilfenil)benzamida ao cérebro foi equivalente a cerca de 20% da exposição ao plasma sanguíneo.
[000249] O metabolismo da 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)- 4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil) benza- mida envolve a participação da isoforma CYP3A4 do citocromo P450 mas não envolve as isoformas do citocromo P450 a seguir: CYP1A2, 2B6, 2C8, 2C9, 2C19, 2D6, de acordo com o estudo usando fármacos de enzima do citocromo. Um estudo do metabolismo da 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida em hepató-citos de ratos, cães e seres humanos revelou a formação de perfis metabólitos similares, entre os quais dois conjugados de glutationa, um derivado de N-desmetila e um N-óxido foram identificados. No plasma sanguíneo de ratos e cães, identificou-se um produto de ácido carboxílico resultante da hidrólise da ligação amida da 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida. A determinação quantitativa desses metabólitos no plasma animal demonstrou que a área sob a curva concentração-tempo para os metabólitos jamais excedeu 10% a da exposição da 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)- 4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benza- mida em si.
Estudos da segurança do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida
[000250] Um fármaco de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (na forma do sal de mesilato) foi o tema de ensaios de avaliação de segurança pré-clínicos expandidos, incluindo um estudo do efeito do fármaco sobre o canal iônico de hERG, o exame da toxicidade do fármaco após uma única administração repetida, e estudos sobre a capacidade alergênica e toxicidade imune dos compostos.
[000251] Um fármaco de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4- metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida (0,1 a 10 μM) na forma de sal de mesilato inibiu o canal de hERG de potássio com um valor IC50 de 7,8 μM.
[000252] Os resultados dos estudos de toxicidade aguda demonstraram que a LD10 do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida para camundongos foi de 800 mg/kg (equivalentes a 678 mg/kg calculados como base livre), e para ratos foi de 2.000 mg/kg (equivalentes a 1,695 mg/kg calculados como base livre). A MTD do fármaco com única administração a cães foi de 45 mg/kg (38 mg/kg calculados como base livre).
[000253] De acordo com os dados de 2 estudos diferentes, a MTD do sal de ácido metanossulfônico e 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)- 4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzami- da para ratos a uma administração intragástrica diária durante 28 dias foi equivalente a de 50 a 73 mg/kg (42 a 62 mg/kg calculados como base livre), que corresponderam a uma Cmax de 661 ± 289 ng/mL e AUC24 de 8.596 ± 2.209 ng*h/mL no Dia 28 (para a dose de 50 mg/kg).
[000254] Para identificar propriedades alergênicas, usaram-se os métodos a seguir: avaliação da atividade anafilactogênica usando modelos de anafilaxia sistêmica geral e anafilaxia cutânea ativa em preás; avaliação da reação de hipersensibilidade do tipo imediato (ITH) e reação de hipersensibilidade do tipo retardado (DTH) em preás após aplicação epicutânea e conjuntival do fármaco; avaliação da reação DTH em camundongos; estudo da reação de inflamação à concanavalina A em camundongos; medição da contagem de eosinófilos no sangue, avaliação do efeito sobre a atividade fagocítica dos neutrófilos (Teste do Nitroazul de Tetrazólio (NBT)), e cenário de reação de lise específica a leucócitos usando um modelo de preá com administração subcutânea do fármaco. O sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3- a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-tri- fluor-metilfenil)benzamida não exibiu nenhuma atividade alergênica detectável em nenhum dos modelos estudados.
[000255] Os estudos do efeito tóxico imune do sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida demon-straram que uma única administração intragástrica do fármaco a camundongos não exerceu efeito sobre os níveis de hemaglutinina e hemolisina no sangue dos animais de teste em comparação aos grupos controle. A administração intragástrica (21 dias) do fármaco a camundongos não exerceu efeito sobre os níveis de hemaglutinina e hemolisina no sangue, nenhum efeito no teste de hipersensibilidade do tipo retardado, nenhum efeito no teste de roseta e não mudou a atividade fagocítica de neutrófilos separados do sangue. Logo, os estudos conduzidos demonstraram que o sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpipera- zina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida não teve efeito imune tóxico.
[000256] Os resultados dos testes de toxicidade gênica usando o teste de Ames, o teste do mosaicismo somático induzido na Drosophila melanogaster e o ensaio de aberrações cromossômicas metafásicas com células da medula murina demonstraram que o sal de ácido metanossulfônico de 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N- (4-((4-metilpiperazina-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida não teve efeitos genotóxicos em nenhum dos modelos a nenhuma das doses (concentrações).

Claims (12)

1. Composto, caracterizado por que é sal de monomesilato 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil) -3-trifluormetilfenil)benzamida.
2. Composto, de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado por que é um sal cristalino.
3. Composto, de acordo com a Reivindicação 2, em que o sal é caracterizado por uma curva DSC tendo uma transição endotérmica a 220° C.
4. Composto, de acordo com a Reivindicação 2, em que o sal é caracterizado por uma estrutura de cristal monoclínico com grupo espacial P21/n.
5. Composto, de acordo com a Reivindicação 4, em que o sal é caracterizado por uma estrutura de cristal monoclínico com parâmetros de células unitárias a = 51,46±0,05 Â; b = 7,81±0,05 Â; c = 7,63±0,05 Â; e β = 108,9±0,1, determinados por difração de raios X em pó a 25±5° C usando radiação CuKαl.
6. Composto, de acordo com a Reivindicação 2, em que o sal é caracterizado por um padrão de difração de raios X em pó obtido a 25±5° C usando radiação CuKα1 e compreendendo pelo menos um, dois, três ou quatro picos com uma intensidade relativa de 20% ou superior em ângulos de difração (2θ) selecionados a partir de 16,9, 17,2, 18,7 e 20,8.
7. Composto, de acordo com a Reivindicação 6, em que o sal é caracterizado por um padrão de difração de raios X em pó obtido a 25±5° C usando radiação CuKα1 e tendo picos em ângulos de difração (2θ) 16,9, 17,2, 18,7 e 20,8, cada um com uma intensidade relativa de 20% ou mais.
8. Composto, de acordo com a Reivindicação 2, em que o sal é caracterizado por uma estrutura de cristal monoclínico com grupo espacial P2i/c e com parâmetros de células unitárias a = 13,77±0,05 Â; b = 8,09±0,05 Â e c = 30,83±0,05 Â, e β = 117,8±0,1 determinados por difração de raios X em pó a 25±5° C usando radiação CuKαl.
9. Composto, de acordo com a Reivindicação 2 ou 8, em que o sal é caracterizado por um padrão de raios X em pó obtido a 25±5° C usando radiação CuKα1 tendo pelo menos um, dois, três, quatro, cinco, seis ou sete picos com uma intensidade relativa de 20% ou superior em ângulos de difração (2θ) selecionada a partir de 17,4, 17,6, 19,4, 19,7, 21,2, 22,0 e 22,6.
10. Composição, caracterizada por que contém um sal, conforme definido em qualquer uma das Reivindicações de 1 a 9, e pelo menos um veículo e/ou excipiente farmaceuticamente aceitáveis.
11. Método Para Preparar Composto, que é sal cristalino de monomesilato 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4- metilpiperazin-1-il) metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida, caracterizado por que o método inclui: (1) realizar uma reação entre 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina- 3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil)-3-trifluormetilfenil) benzamida e ácido metanossulfônico para formar sal de monomesilato 3-(1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin- 1-il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida; e etapa de: (2a) resfriar uma solução de sal de monomesilato 3-(1,2,4- triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1-il)metil) -3-trifluormetilfenil)benzamida dissolvido em mistura de acetona: etanol numa razão de 5:1 v/v a uma temperatura de 10° C para obter o sal cristalino; ou (2b) concentrar uma solução de sal de monomesilato 3- (1,2,4-triazol[4,3-a]piridina-3-iletinil)-4-metil-N-(4-((4-metilpiperazin-1- il)metil)-3-trifluormetilfenil)benzamida dissolvido numa mistura de acetona: etanol numa razão de 5:1 v/v e, subsequentemente, resfriar a solução a uma temperatura de 20° a 25° C para formar o sal cristalino.
12. Uso de Composto, conforme definido em qualquer uma das Reivindicações de 1 a 9, ou de Composição, conforme definida na Reivindicação 10, caracterizado por que é para o fabrico de medicamentos para tratar uma doença oncológica, em particular para tratar leucemia linfoblástica aguda, leucemia mieloide crônica, carcinoma hepatocelular, câncer de pulmão de células não pequenas ou tumor estromal gastrointestinal.
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