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Tatiara Pinto

    Tatiara Pinto

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    • Universidade Federal de Santa Catarina - Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Literatura. Pesquisa a literatura italiana, a literatura negro-brasileira e os feminismos. Membro do NECLIT - UFSC desde 2016. Aprendiz de Maracatu. Doula e Ativista.edit
    Este trabalho tem como objetivo analisar a tradução do texto Idealismo Morale e realismo politico de Simone de Beauvoir na revista italiana Il Politecnico, sob uma perspectiva dos estudos culturais e da crítica... more
    Este  trabalho  tem  como  objetivo  analisar  a  tradução  do  texto  Idealismo Morale e realismo politico de Simone de Beauvoir na revista italiana Il  Politecnico,  sob  uma  perspectiva  dos  estudos  culturais  e  da  crítica  feminista.  Para isso, ver-se-á um breve panorama e algumas diferenças institucionais entre Brasil e EUA, no que tange aos avanços feministas no âmbito da tradução, pois quando se trata do entrelaçamento entre gênero e tradução alguns fatores são imprescindíveis,  estes  serão  abordados  de  acordo  com  o  texto  Frontera  Spaces  Translating as/like a Woman de Pilar Godayol. O texto de Beauvoir mostrará como o moralismo idealista imobiliza a urgente transformação social e, principalmente, como a reelaboração constante da moral pode auxiliar no combate à bipolarização da  ação  política.  O  contexto  político  da revista  Il  Politecnico,  do  texto  da  autora  e  as escolhas do tradutor italiano serão abordados para traçar alguns agenciamentos da recepção da autora na Itália, como parte do processo de redemocratização italiana que buscava incorporar em seu tecido cultural novas filosofias que dessem conta das contradições históricas, a fim de combater o apelo moral fascista.
    Este trabalho busca fazer uma leitura do Sarau Vozes Negras de Florianópolis como um movimento de aquilombamento. Tem como objetivo ver como se constrói ao longo de sua trajetória espaços seguros para autorxs negrxs ‘erguerem palavras,... more
    Este trabalho busca fazer uma leitura do Sarau Vozes Negras de Florianópolis como um movimento de aquilombamento. Tem como objetivo ver como se constrói ao longo de sua trajetória espaços seguros para autorxs negrxs ‘erguerem palavras, versos, punhos, trazendo a força da poesia e das ancestralidades negras’ para o nosso cotidiano. Inicialmente, três possíveis contextos que desembocam na efervescência que propiciou o surgimento do Sarau serão traçados. A partir das relações estabelecidas pela ação poética do grupo veremos como os corpos convocados pela arte podem conferir valor afetivo entre si e com o seu entorno geográfico, quando a voz periférica se torna um capital simbólico para ser exibida, estilizada e reconhecida. Além disso, o Sarau será visto como: 1) uma possibilidade de superação de ciências relativizadoras, totalizantes, centradas em um sujeito inominado travestido da pretensa de igualdade e dotadas de uma visão de toda parte que se torna de parte alguma e que muitas vezes se desintegram em políticas cínicas, segundo a noção de ‘saber localizado’ de Donna Haraway; 2) uma perspectiva parcial que permite uma avaliação crítica objetiva, localizável; 3) uma proposta feminista que envolve os corpos em uma forma objetiva de ativar a responsabilidade; 4) uma prática poética-política de denúncia, resistência e esperança em findar a guerra iniciada com a chegada do primeiro escravizado no Brasil.
    Este texto pretende tecer recortes e considerações sobre o romance Ponciá Vicêncio de Conceição Evaristo, explorando algumas questões sociais, de gênero, raça, violência, autoausência, em diálogo com a noção de literatura negra, compondo... more
    Este texto pretende tecer recortes e considerações sobre o romance Ponciá Vicêncio de Conceição Evaristo, explorando algumas questões sociais, de gênero, raça, violência, autoausência, em diálogo com a noção de literatura negra, compondo um mosaico acerca do nomear, do autodefinir-se enquanto partes, braços de um corpo-literário, de uma tradição-nação carente da perspectiva social negra. Partindo da visão de grupos subalternos historicamente silenciados rumo à complexidade germinal da mulher negra anônima que alcança o espaço das Letras, da representatividade, da escuta e logo reconhecimento na Literatura Brasileira. Como suporte crítico adotam-se algumas ideias de Lélia Gonzalez, Eduardo de Assis Duarte, Regina Dalcastagnè e Gayatri Spivak.