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Eva Leitão

    Eva Leitão

    Existência de cerâmica da Idade do Ferro, no espólio da ocupação Pré-Histórica de Montes Claros/44, Monsanto, Lisboa
    No âmbito dos trabalhos realizados pela equipa do CAL e do PFM na área do Parque Florestal de Monsanto, foram efectuadas prospecções a antigas pedreiras de calcário. Localizaram-se afloramentos de sílex em várias zonas do parque e na sua... more
    No âmbito dos trabalhos realizados pela equipa do CAL e do PFM na área do Parque Florestal de Monsanto, foram efectuadas prospecções a antigas pedreiras de calcário. Localizaram-se afloramentos de sílex em várias zonas do parque e na sua envolvência, efectuando-se diversas recolhas de amostras geológicas que posteriormente foram sujeitas a análises laboratoriais no Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. A partir dos dados obtidos, confrontou-se as recolhas de materiais geológicos com os arqueológicos, provenientes das intervenções de campo realizadas nos anos 40, 50 e 60 do século passado, nas manchas de ocupação humana, datadas do Neolítico e Calcolítico, da área ocidental do actual Parque, bem como outros recolhidos em trabalhos recentes (2014, Neto et al), realizados na Travessa das Dores. Das comparações físicas e diagenéticas que resultaram entre eles tentou-se aferir a origem do sílex usado nos locais arqueológicos.
    O resultado da análise das lâminas delgadas entre o material geológico e o arqueológico, apontam para o esperado, ou seja, características texturais semelhantes para os materiais de sílex provenientes de alguns povoados, com os das pedreiras das suas redondezas, no entanto verifica-se determinadas divergências entre si que ora damos a conhecer.
    A mineração de sílex durante o Neolítico e o Calcolítico foi um aspecto recorrente da Pré-História europeia, seja através de galerias subterrâneas ou da exploração de veios ao ar livre dessa rocha sedimentar.