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Resumo: O Centro Artístico Portuense foi a única associação de ensino artístico livre no âmbito do associativismo portuense da segunda metade de oitocentos e, pela ação que desenvolve entre 1880 e 1893, nos diversos domínios estatuídos... more
Resumo: O Centro Artístico Portuense foi a única associação de ensino artístico livre no âmbito do associativismo portuense da segunda metade de oitocentos e, pela ação que desenvolve entre 1880 e 1893, nos diversos domínios estatuídos (ensino, estudo do nu, exposições e arqueologia artística), assume um carácter singular e epistémico no panorama nacional do século XIX. Reuniu uma massa associativa de extração social diversa, formada por quase duzentos indivíduos, entre os quais se encontram figuras com protagonismo artístico ou cultural, historiograficamente relevantes, mas a maioria são artistas que nunca atingiram notoriedade crítica. Sabemos que os estatutos e os regulamentos associativos são instrumentos normativos e que as dinâmicas fluem no quadro das relações interpessoais, sendo essas que nos interessam. A conformação de comportamentos e práticas - a socialização - no respeito à regra e prossecução dos objetivos estatuídos, materializam a entidade associativa, conferindo-lhe individualidade e correspondente reconhecimento público. Com este estudo damos a conhecer artistas de diferentes gerações ativos no Porto, seus percursos de formação, sociabilidades e intervenção cívica. Evidenciamos a especificidade do Centro Artístico Portuense enquanto agente sociocultural, pelas propostas e capacidade de intervenção em domínios emergentes da sociedade do século XIX em Portugal: o associativismo, o estudo pelo modelo vivo em regime livre (modalidade académica com raízes no renascimento romano), o ensino artístico (reforma surge em 1881) e o ensino industrial (que irá surgir em 1884); a salvaguarda do património artístico e arquitetónico (medidas oficiais sistemáticos a partir de 1880/1881), ou o fomento da Arte Moderna (uma realidade social em construção). A partir deste estudo, o Centro Artístico Portuense encontra por fim o seu lugar como modelador nos processos de socialização do Ensino (belas-artes e artes industriais), da História (imaterial e material), e da Arte Moderna (filantropia e mercado), no seu alinhamento nacional e europeu. A metodologia adotada contribuiu para a perceção de uma evolução no domínio das mentalidades, onde Herbert Spencer e J. Ruskin surgem como os mais influentes nas orientações do ensino, e imbuídos pelas noções do evolucionismo seletivo; e Auguste Comte como o pensador que informa as conceções ao nível da História imaterial e da valorização da Arte Moderna. Palavras-chave: Centro Artístico Portuense, Ensino Artístico, Cultura Artística, Arte Moderna, Século XIX.
A comemoração do centenário da estreia do filme «A Rosa do Adro» no Teatro Sá da Bandeira, assinalada no ano passado [out. 2019] - naquela que foi a primeira longa metragem da produtora portuense Invicta Film - atirou para segundo plano,... more
A comemoração do centenário da estreia do filme «A Rosa do Adro» no Teatro Sá da Bandeira, assinalada no ano passado [out. 2019] - naquela que foi a primeira longa metragem da produtora portuense Invicta Film - atirou para segundo plano, compreensivelmente, a referencia ao autor do romance homónimo que esteve na origem do argumento cinematográfico. Trata-se de Manuel Maria Rodrigues, um reputado jornalista que se evidenciou no campo das letras, da cultura e das artes da sociedade portuense da segunda metade do século XIX.
Resumo: A família Alves de Sousa Alão desenvolveu atividade artística no Porto, na oficina de pintura e escultura sita na rua do Pinheiro, mas, na década de vinte do século XIX surgiram as primeiras notícias dos trabalhos realizados no... more
Resumo: A família Alves de Sousa Alão desenvolveu atividade artística no Porto, na oficina de pintura e escultura sita na rua do Pinheiro, mas, na década de vinte do século XIX surgiram as primeiras notícias dos trabalhos realizados no Rio de Janeiro, Brasil. O presente estudo revisitou as fontes bibliográficas da tradição produzidas na invicta, anotando referências que repetem, com maior ou menor espessura crítica, as mesmas informações, mas também atendeu às pesquisas que exploraram o percurso destes artistas no contexto brasileiro. A nossa abordagem privilegiou a consulta dos assentos paroquiais no Arquivo Distrital do Porto (base digital) e a imprensa do Rio de Janeiro, em acesso na Biblioteca Nacional Digital do Brasil (Hemeroteca Digital), metodologia que permitiu expandir o conhecimento sobre o escultor João Joaquim Alves de Sousa Alão (1777-1837), filho de Manuel Joaquim Alves de Sousa Alão (n. c. 1754), santeiro e escultor, e de Rosa Maria de Sousa, seus ascendentes e descendentes, esfera social e profissional, agregando aspetos percecionados até ao momento como desconexos.
Resumo: A partir da crónica queirosiana «Uma colecção de Arte» (1893) desenvolvemos o presente estudo, que tem como objetivo dar a conhecer o negociante de arte e colecionador Frédéric Spitzer (1815-1890) e o «museu Spitzer», leiloado em... more
Resumo: A partir da crónica queirosiana «Uma colecção de Arte» (1893) desenvolvemos o presente estudo, que tem como objetivo dar a conhecer o negociante de arte e colecionador Frédéric Spitzer (1815-1890) e o «museu Spitzer», leiloado em 1893 e agora disperso por várias instituições. A perspetiva crítica veiculada por Eça Queirós (1845-1900) permite aquilatar a elevada consideração que a sociedade parisiense coeva, possidente, ilustrada e amiga das artes tinha pelo antiquário Frédéric Spitzer e pela sua coleção, apelidada «a oitava maravilha do mundo». Mas as perspetivas críticas que emergiram dos estudos efetuados desde o início do século XX até à atualidade têm sido fundamentais para a desconstrução da narrativa propagada no século XIX, porquanto revelaram aspetos obscuros dos meandros do negócio de obras de arte oitocentista, nomeadamente a associação do colecionador aos melhores artesãos europeus e a encomenda de peças de arte «antigas». À luz dos novos conhecimentos, observa-se o efeito dominó sobre os pilares do sistema: desde logo a alteração na perceção pública e consequente abalo na confiança, impõe a reconsideração do valor dos objetos artísticos procedentes da coleção Spitzer, fenómenos interdependentes com reflexos na cotação das obras no mercado da arte e inevitáveis repercussões no património dos atuais possuidores, tanto particulares como institucionais.
Resumo: Guilherme Duarte Camarinha (1912-1994) formou-se na Escola de Belas Artes do Porto, integrou movimentos de renovação artística nacional, mas notabilizou-se nos programas decorativos das obras públicas promovidas pelo Estado Novo.... more
Resumo: Guilherme Duarte Camarinha (1912-1994) formou-se na Escola de Belas Artes do Porto, integrou movimentos de renovação artística nacional, mas notabilizou-se nos programas decorativos das obras públicas promovidas pelo Estado Novo. Nos anos 40 iniciou uma longa parceria com a «Fábrica de Tapetes de Portalegre», posteriormente designada por «Manufactura de Tapeçarias de Portalegre», concebendo «cartões para tapeçaria» que deram origem a tapeçarias artísticas encomendadas para a ornamentação de instituições públicas, organismos internacionais e coleções particulares. O Plano de Renovação da Marinha de Comércio, vertido no Despacho N.º 100/1945, permitiu reorganizar o setor e renovar a frota de navios de passageiros. Nesse âmbito, Camarinha foi responsável pela tapeçaria «Ilha dos Amores» (1952) para a decoração do interior do paquete Santa Maria (1953), da Companhia Colonial de Navegação, e pelas tapeçarias «Artesanato madeirense» e «Vindima madeirense» (1961) para o paquete Funchal (1961), da Empresa Insulana de Navegação, peças que testemunham a faculdade compositiva e a distinta marca da sua individualidade estilística, mas que também contribuíram para a época áurea dos paquetes.
Resumo: Este apontamento biográfico tem como objetivo familiarizar os leitores da revista Terras de Antuã e os visitantes da Casa-Museu Egas Moniz, em Avanca / Estarreja, com a figura e a obra do pintor gaiense Francisco Pinto da Costa... more
Resumo: Este apontamento biográfico tem como objetivo familiarizar os leitores da revista Terras de Antuã e os visitantes da Casa-Museu Egas Moniz, em Avanca / Estarreja, com a figura e a obra do pintor gaiense Francisco Pinto da Costa (1826-1869), enquanto autor de um retrato do seu acervo (dito de Júlio Dinis), e resulta de uma síntese do trabalho publicado em 2013.
Resumo: O conhecimento é um processo em construção, pelo que rever e atualizar criticamente a informação constitui uma ética além de uma atitude vital ao próprio ofício de historiador. Sob esta perspetiva, efetuamos o estudo do retrato de... more
Resumo: O conhecimento é um processo em construção, pelo que rever e atualizar criticamente a informação constitui uma ética além de uma atitude vital ao próprio ofício de historiador. Sob esta perspetiva, efetuamos o estudo do retrato de homem com boina vermelha, identificado como «Júlio Dinis», existente no acervo da Casa-Museu Egas Moniz. Sobre o autor, «Pinto», o método comparativo permitiu atribuir a assinatura ao pintor gaiense Francisco Pinto da Costa (1826-1869). A obra: defendemos tratar-se de um autorretrato (datado de 1860). O local: analisámos vias e dinâmicas que justificam a sua presença na coleção artística do professor Egas Moniz (1874-1955), na Casa do Marinheiro, em cuja construção participou o decorador Álvaro Pinto de Miranda (1881-1927), estabelecido na Granja, Vila Nova de Gaia. Deste modo, atualizamos a produção artística deste pintor do período romântico, bem como a informação relativa a uma pintura do espólio da Casa-Museu, valorizando o legado artístico Moniziano, e abordamos a temática Dinisiana nas questões essenciais ao desenvolvimento deste estudo, domínios que se intersetam na série de acontecimentos que se desenrolam na década de vinte do século XX.
Estudo que aprofunda a comunicação efetuada nas Jornadas Europeias do Património 2018.
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Resumo: Nascido em Lisboa, onde se formou na Escola de Belas Artes, Raul Marques Carneiro (1890-1969) lecionou em diversas cidades, mas entre os anos 1930 e 1960 desenvolveu atividade docente e artística em Vila Nova de Gaia. Contudo, o... more
Resumo: Nascido em Lisboa, onde se formou na Escola de Belas Artes, Raul Marques Carneiro (1890-1969) lecionou em diversas cidades, mas entre os anos 1930 e 1960 desenvolveu atividade docente e artística em Vila Nova de Gaia. Contudo, o seu nome surge entre os protagonistas do movimento futurista que marcou as primeiras décadas do século XX em Faro, aspetos que desenvolvemos e integramos no seu percurso artístico-profissional.
Resumo: Foram muitas as mulheres portuenses que desenvolveram atividade artística ou se empenharam em causas de índole social, mas poucas alcançaram dimensão historiográfica que lhes assegurasse presença duradora na memória coletiva.... more
Resumo: Foram muitas as mulheres portuenses que desenvolveram atividade artística ou se empenharam em causas de índole social, mas poucas alcançaram dimensão historiográfica que lhes assegurasse presença duradora na memória coletiva. Laura Nobre (1868-1924) beneficiou do modelo de educação oitocentista, tendo adquirido competências ao nível da música e das belas artes, aprendizagem que deu a conhecer no âmbito da sociabilidade burguesa, e emprestou o seu nome à Creche n.º 2 de «O Comércio do Porto», sita na rua Fernão de Magalhães, Bonfim, Porto, inaugurada em 1932. A partir destas perspetivas, a sua biografia contribui para o conhecimento da história cultural da arte, história da mulher e história da educação na sociedade portuense, na transição do século XIX para o século XX.
Resumo: O percurso biográfico e a atividade artística (desenho, pintura, escultura e arquitetura) de Joaquim Augusto Marques Guimarães (1857-1937) assentam numa invulgar energia vital, capacidade de trabalho, adaptabilidade, pioneirismo e... more
Resumo: O percurso biográfico e a atividade artística (desenho, pintura, escultura e arquitetura) de Joaquim Augusto Marques Guimarães (1857-1937) assentam numa invulgar energia vital, capacidade de trabalho, adaptabilidade, pioneirismo e salutar companheirismo. Esse trajeto apresenta-se dividido em dois períodos e desenvolve-se em dois continentes: a fase portuguesa, que decorre até 1895, compreende a vivência no Porto e a passagem por Vila Nova de Gaia, Lousada, Lisboa e outras localidades; e a fase brasileira, de 1895 até ao fim da vida, que se estende da chegada ao Rio de Janeiro e migração para o estado de São Paulo, onde acaba por se fixar em Guaratinguetá, localidade que ficou conhecida como a «Atenas» do Vale da Paraíba. Apesar das especificidades próprias dos contextos de cada nação, Marques Guimarães surge em cada momento como um promotor da «modernidade artística».
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Resumo: Adelaide Lucinda Fontes (1871-1951) e Emília Ernestina da Silva (1869-1952) fazem parte do grupo das primeiras mulheres que frequentaram a Academia Portuense de Belas Artes, ainda no século XIX. Mas as suas biografias apresentam... more
Resumo: Adelaide Lucinda Fontes (1871-1951) e Emília Ernestina da Silva (1869-1952) fazem parte do grupo das primeiras mulheres que frequentaram a Academia Portuense de Belas Artes, ainda no século XIX. Mas as suas biografias apresentam outro elemento em comum, contraíram matrimónio com eminentes artistas gaienses: os irmãos Teixeira Lopes. A partir de uma perspetiva individual, este estudo contribui para a análise do percurso profissional empreendido pelas pioneiras do ensino artístico na instituição portuense, uma linha de investigação que temos vindo a desenvolver, e colmata constrangimentos historiográficos associados ao género, nomeadamente a sua presença nas biografias de António Teixeira Lopes (1866-1942) e de José Teixeira Lopes (1872-1919).
Resumo: Luise Ey (1854-1936) nasceu na Alemanha, mas instalou-se no Porto em 1883, onde foi professora em colégios e casas particulares. Frequentou a Academia Portuense de Belas Artes (1889-1890). A sua amizade com Carolina Michaëlis de... more
Resumo: Luise Ey (1854-1936) nasceu na Alemanha, mas instalou-se no Porto em 1883, onde foi professora em colégios e casas particulares. Frequentou a Academia Portuense de Belas Artes (1889-1890). A sua amizade com Carolina Michaëlis de Vasconcelos (1851-1925) e Joaquim de Vasconcelos (1849-1936) reforçou o interesse que desenvolveu pelos costumes, pela língua e cultura portuguesas. Regressou ao seu país em 1896, ano em que proferiu a comunicação Memória acerca da Mulher Portuguesa no Congresso Internacional Feminista, em Berlim, movimento em que participou. Depois de uma breve estadia em Portugal (1905-1906), prosseguiu o estudo e divulgação do Português na Alemanha, elaborando guias turísticos, gramáticas, dicionários, traduções e ministrando aulas. Esse proselitismo granjeou-lhe o lugar de primeira leitora de Português na universidade de Hamburgo, cargo que ocupou desde a sua fundação, em 1919. Produziu uma extensa obra, da qual destacamos a tradução de As cidades e as serras (Stadt und Gebirg), em 1903, e a publicação de cinco antologias de escritores modernos para a coleção Neuere portugiesische Schriftsteller: José Francisco Trindade Coelho (1861-1908), em 1918, Abílio Manuel Guerra Junqueiro (1850-1923) e Júlio Dantas (1876-1962), em 1920, António Correia de Oliveira (1879-1960), em 1922, e José Maria Eça de Queiroz (1945-1900), em 1926.
1.º Encontro de História & Património de Mafamude. 16-05-2015. Resumo: Um estudo crítico sobre Joaquim Gonçalves da Silva (1863-1912) não pode escamotear as questões historiográficas relativas à emergência da denominada Escola de... more
1.º Encontro de História & Património de Mafamude. 16-05-2015. Resumo: Um estudo crítico sobre Joaquim Gonçalves da Silva (1863-1912) não pode escamotear as questões historiográficas relativas à emergência da denominada Escola de Escultura de Gaia. Um conceito avançado por António Arroio (1856-1934), em 1909, que coloca António Soares dos Reis (1847-1889) como o elo inicial da cadeia, seguido por Diogo de Macedo (1889-1959), em 1929 (publ. 1938), e materializado na exposição Escultores de Gaia, realizada na Casa-Museu Teixeira Lopes, em 1958. Não tendo sido incluído nesse grupo, podemos afirmar que os artigos publicados pelo Pe. Manuel Romero Vila (1912-1997), logo nos anos 60 do século XX, resgataram do esquecimento o nome de Joaquim Gonçalves da Silva e fixaram, em grande medida, a memória material do escultor. De forma complementar, conhecemos a sua fisionomia através do retrato desenhado por António Cândido da Cunha (1866-1926), atualmente na coleção da Junta de Freguesia de Santa Marinha.
Metodologicamente, a nossa investigação atendeu aos estudos do Pe. Romero Vila e integrou novos achados, explorando aspetos da Cripto-História de Arte. Deste modo, evoluímos no conhecimento sobre o percurso formativo que empreendeu, aprofundamos as parcerias profissionais que estabeleceu, com o estatuário António Teixeira Lopes (1866-1942) ou com o arquiteto José Marques da Silva (1869-1947), o que nos permitiu sistematizar a obra do escultor, objetivando práticas, técnicas e modalidades de produção (desenho, pintura, gesso, mobiliário, faiança, mármore, bronze), não descurando o seu envolvimento na dinâmica artística da época, sensivelmente, entre o final do século XIX e início de XX. Por extensão, apreendemos o contexto e cunho pessoal do seu processo criativo, o qual pontua na escultura funerária em bronze, de 1910, - A Dor, para o jazigo da família de João Pinho e Costa (1865-1956), no cemitério de Santiago de Riba Ul; e que culmina em 1912, com a conceção da monumental escultura, em mármore, - A Dor, realizada para o jazigo de José Pinto Mourão (1848-1911), no cemitério da freguesia de Mafamude.

Boletim da Associação Cultural Amigos de Gaia. Vila Nova de Gaia. 13.º Volume, n.º 83 (dezembro de 2016), p. 17-45.
Resumo: Christina Amélia Machado, nascida no seio da média burguesia portuguesa, foi a primeira mulher a frequentar a Academia Portuense de Belas Artes, entre 1882 e 1884, e Marie Bashkirtseff, aristocrata russa, foi uma das alunas da... more
Resumo: Christina Amélia Machado, nascida no seio da média burguesia portuguesa, foi a primeira mulher a frequentar a Academia Portuense de Belas Artes, entre 1882 e 1884, e Marie Bashkirtseff, aristocrata russa, foi uma das alunas da Academia Julian, Paris, entre 1877 e 1884. Ambas nasceram em 1860 e faleceram em 1884, aos 24 anos, de tuberculose. Apesar do respetivo enquadramento sociocultural ser muito distinto, o paralelismo crono biográfico estende-se ao desenvolvimento de uma atividade dita amadora, condição que ambas contrariam com uma vontade em contracorrente: ser uma Artista. As dinâmicas psicoafectivas e a volição artística associadas à construção de identidade de Mulher Artista nos anos oitenta de oitocentos, sustentam o processo de afirmação e legitimação no mundo da arte. Afinal, um sistema de valor que articula aspetos formais e informais (que inclui a perspetiva de género), eivado de feminismo, ativo em Paris e latente no Porto, e que se materializa na aura de «Artista». Mecanismos válidos tanto em França como em Portugal.
1.º Encontro de História & Património de Mafamude. 16-05-2015. Resumo: Um estudo crítico sobre Joaquim Gonçalves da Silva (1863-1912) não pode escamotear as questões historiográficas relativas à emergência da denominada Escola de... more
1.º Encontro de História & Património de Mafamude. 16-05-2015. Resumo: Um estudo crítico sobre Joaquim Gonçalves da Silva (1863-1912) não pode escamotear as questões historiográficas relativas à emergência da denominada Escola de Escultura de Gaia. Um conceito avançado por António Arroio (1856-1934), em 1909, que coloca António Soares dos Reis (1847-1889) como o elo inicial da cadeia, seguido por Diogo de Macedo (1889-1959), em 1929 (publ. 1938), e materializado na exposição Escultores de Gaia, realizada na Casa-Museu Teixeira Lopes, em 1958. Não tendo sido incluído nesse grupo, podemos afirmar que os artigos publicados pelo Pe. Manuel Romero Vila (1912-1997), logo nos anos 60 do século XX, resgataram do esquecimento o nome de Joaquim Gonçalves da Silva e fixaram, em grande medida, a memória material do escultor. De forma complementar, conhecemos a sua fisionomia através do retrato desenhado por António Cândido da Cunha (1866-1926), atualmente na coleção da Junta de Freguesia de Santa Marinha.
Metodologicamente, a nossa investigação atendeu aos estudos do Pe. Romero Vila e integrou novos achados, explorando aspetos da Cripto-História de Arte. Deste modo, evoluímos no conhecimento sobre o percurso formativo que empreendeu, aprofundamos as parcerias profissionais que estabeleceu, com o estatuário António Teixeira Lopes (1866-1942) ou com o arquiteto José Marques da Silva (1869-1947), o que nos permitiu sistematizar a obra do escultor, objetivando práticas, técnicas e modalidades de produção (desenho, pintura, gesso, mobiliário, faiança, mármore, bronze), não descurando o seu envolvimento na dinâmica artística da época, sensivelmente, entre o final do século XIX e início de XX. Por extensão, apreendemos o contexto e cunho pessoal do seu processo criativo, o qual pontua na escultura funerária em bronze, de 1910, - A Dor, para o jazigo da família de João Pinho e Costa (1865-1956), no cemitério de Santiago de Riba Ul; e que culmina em 1912, com a conceção da monumental escultura, em mármore, - A Dor, realizada para o jazigo de José Pinto Mourão (1848-1911), no cemitério da freguesia de Mafamude.
Resumo: Embora o título destaque apenas os elementos do sexo feminino, este estudo foca três gerações de uma família de artistas ativos no Porto e em Vila Nova de Gaia, dos finais do século XVIII até ao século XX. Damos a conhecer aspetos... more
Resumo: Embora o título destaque apenas os elementos do sexo feminino, este estudo foca três gerações de uma família de artistas ativos no Porto e em Vila Nova de Gaia, dos finais do século XVIII até ao século XX. Damos a conhecer aspetos biográficos, a formação, o exercício e os mecanismos de representação artística de António Simões Pereira de Vasconcelos (ativo entre 1805 e 1819), retratista e pintor de flores; o seu genro, Manuel da Fonseca Pinto (1802-1882), escultor, docente e diretor da Academia Portuense de Belas-Artes; Maria da Glória da Fonseca Vasconcelos (n. 1831) e Eduardo da Fonseca Vasconcelos (1835-1913), filhos deste; e uma prima, Leonor Augusta Gonçalves Pinto (1849-1931). Esta abordagem diacrónica compreende um período de convulsões sociais, políticas e militares, bem como profundas alterações no quadro das mentalidades, em consonância com a transição de uma sociedade do Antigo Regime para uma sociedade sob regime liberal, mas, sobretudo, permite reforçar a nossa linha de investigação sobre a educação pelas Belas Artes e a construção social da figura da Mulher Artista.
Palavra-chave: Ensino Artístico; Mulheres Artistas; Porto; Vila Nova de Gaia; século XIX.
Resumo: A perspetiva de género revitalizou a investigação no domínio da Instrução para o sexo feminino, contribuindo para o desenvolvimento de campos teóricos e linhas de estudo transnacionais, que vão desde a abordagem biográfica,... more
Resumo: A perspetiva de género revitalizou a investigação no domínio da Instrução para o sexo feminino, contribuindo para o desenvolvimento de campos teóricos e linhas de estudo transnacionais, que vão desde a abordagem biográfica, evidenciando comportamentos de rutura com os modelos instituídos, aos estudos sobre os conteúdos curriculares segundo o género, contextos particulares de educação, estudos comparativos e outros. Em síntese, a perspetiva de género contribuiu para compreender a articulação entre representação cultural do sexo feminino, educação e práticas sociais (BODINIER, 2009:26). Em Portugal, a Instrução Pública promovida pela monarquia constitucional, através da Constituição de 1822, não correspondeu às expetativas dos mais informados, revelando-se ineficaz na aplicação prática dos programas e no cumprimento da obrigatoriedade escolar, atendendo à resistência parental à frequência e assiduidade da prole, já em pleno século XX. Em contraponto aos curricula normativos decretados pelo ministério do reino, a partir da segunda metade do século XIX, e no termo do Porto, os colégios privados para meninas cresceram em número e ampliaram o leque curricular, oferecendo um ensino diversificado e complementado pela educação artística. A comunicação que proferimos neste Colóquio de História da Educação em Vila Nova de Gaia apresenta alguns resultados extraídos da investigação que temos vindo a efetuar no âmbito das Mulheres Artistas, dando enfase à construção social do género, à educação artística desenvolvida no ensino particular, suas modalidades, estratégias e representações.
Resumo: As políticas da educação, os princípios pedagógicos e a conceção dos programas curriculares ministrados nas escolas para o sexo feminino (laicas ou religiosas), no âmbito da sociedade liberal do século XIX, têm interessado... more
Resumo: As políticas da educação, os princípios pedagógicos e a conceção dos programas curriculares ministrados nas escolas para o sexo feminino (laicas ou religiosas), no âmbito da sociedade liberal do século XIX, têm interessado investigadores nacionais e estrangeiros, em especial os que se dedicam à História da Educação e História das Mulheres. Neste amplo campo teórico e metodológico dos estudos culturais, que envolve a construção social do Género e beneficia com os estudos comparativos transnacionais, interessa-nos o papel da Educação Artística, em especial a socialização do Desenho, pelo seu potencial papel na formação e afirmação da Mulher Artista de oitocentos.
Sob esta perspetiva, consultámos os Estatutos, Regulamentos Internos e Livros de Comprador do Recolhimento de Órfãs de Nossa Senhora da Esperança, no Porto, um estabelecimento de ensino fundado no século XVIII e administrado pela Santa Casa da Misericórdia do Porto, procurando elementos sensíveis da transição do paradigma educativo setecentista para o oitocentista, nomeadamente a introdução da Educação Artística, uma mudança representada pela presença de professores especializados e pela participação das suas educandas nas exposições da Academia Portuense de Belas Artes.
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Resumo: Entre outros cargos, José de Amorim Braga (1810-1881) foi um negociante com assento na Associação Comercial do Porto, tendo assistido ao lançamento da primeira pedra e acompanhado a construção do Palácio da Bolsa. Ao pintor João... more
Resumo: Entre outros cargos, José de Amorim Braga (1810-1881) foi um negociante com assento na Associação Comercial do Porto, tendo assistido ao lançamento da primeira pedra e acompanhado a construção do Palácio da Bolsa. Ao pintor João António Correia (1822-1896), autor do retrato de D. Maria II para o novo edifício, confiou a educação artística dos filhos, Arminda, Sofia e Roberto, e a organização da sua galeria de quadros, elementos da vida privada que dão profundidade à personalidade do homem público.

Palavras-chave - Educação feminina, Educação artística, Porto, Século XIX.
Resumo - Tal como no antigo regime as boas ações conduziam à salvação da alma, o sistema de valor oitocentista laico exalta as virtudes individuais e cívicas dos cidadãos pelo investimento na causa pública. É nesse contexto que devemos... more
Resumo - Tal como no antigo regime as boas ações conduziam à salvação da alma, o sistema de valor oitocentista laico exalta as virtudes individuais e cívicas dos cidadãos pelo investimento na causa pública. É nesse contexto que devemos entender a inauguração da escola de instrução primária, para ambos os sexos, no ambiente rural de Canelas, Vila Nova de Gaia, em 1869, instituída por D. Luís Manuel Benedito da Natividade de Castro Pamplona de Sousa Holstein (1844-1875), 5.º Conde de Resende. Contudo, esse ato de liberalidade alia uma intenção de remissão de um percurso de vida de costumes desregrados. Efetivamente, durante o ano de 1869, D. Luís de Castro financia uma escola gratuita, efetua uma viagem ao Egito, acompanhado de Eça de Queiroz (1845-1900) e lida com a paternidade, elementos de conversão e moratória que contribuem para a conformação a uma ordem superior, a do nascimento.
Resumo: Enquanto objeto de devoção, a iconografia religiosa obedece a cânones e carece de aprovação eclesiástica, mas, enquanto representação sensível do mundo das formas, as imagens são informadas por questões de estilo e a qualidade... more
Resumo: Enquanto objeto de devoção, a iconografia religiosa obedece a cânones e carece de aprovação eclesiástica, mas, enquanto representação sensível do mundo das formas, as imagens são informadas por questões de estilo e a qualidade artística tende a depender da situação financeira das confrarias e irmandades responsáveis pela encomenda. Com este estudo, propomo-nos analisar o programa iconográfico retabular da igreja de Santa Marinha a partir de três registos distintos, a saber: 1) As Memórias Paroquiais de 1758; 2) o manuscrito de 1849, Descripção Historica da Antiquissima Villa Nova de Gaya, de Henrique Duarte de Sousa Reis; 3) a situação atual. Metodologicamente, a comparação do programa iconográfico identificado em cada estrato permite-nos colocar em evidência a permanência, o desaparecimento e a mobilidade das devoções entre o século XVIII e o século XXI, objetivando aspetos da vivência religiosa dos paroquianos de Santa Marinha na longa diacronia, algo que se relaciona, necessariamente, com o perfil sociológico dessa população ribeirinha. De forma complementar, o recurso à cripto-história do reportório hagiográfico e iconográfico sancionado pelas reformas e depurado pelas visitações, associa-se ao método estilístico, numa abordagem que se aproxima de uma arqueologia devocional.
Resumo: O Centro Artístico Portuense foi a única associação de ensino artístico livre no âmbito do associativismo portuense da segunda metade de oitocentos e, pela ação que desenvolve entre 1880 e 1893, nos diversos domínios estatuídos... more
Resumo:
O Centro Artístico Portuense foi a única associação de ensino artístico livre no âmbito do associativismo portuense da segunda metade de oitocentos e, pela ação que desenvolve entre 1880 e 1893, nos diversos domínios estatuídos (ensino, estudo do nu, exposições e arqueologia artística), assume um carácter singular e epistémico no panorama nacional do século XIX. Reuniu uma massa associativa de extração social diversa, formada por quase duzentos indivíduos, entre os quais se encontram figuras com protagonismo artístico ou cultural, historiograficamente relevantes, mas a maioria são artistas que nunca atingiram notoriedade crítica.
Sabemos que os estatutos e os regulamentos associativos são instrumentos normativos e que as dinâmicas fluem no quadro das relações interpessoais, sendo essas que nos interessam. A conformação de comportamentos e práticas - a socialização - no respeito à regra e prossecução dos objetivos estatuídos, materializam a entidade associativa, conferindo-lhe individualidade e correspondente reconhecimento público.
Com este estudo damos a conhecer artistas de diferentes gerações ativos no Porto, seus percursos de formação, sociabilidades e intervenção cívica. Evidenciamos a especificidade do Centro Artístico Portuense enquanto agente sociocultural, pelas propostas e capacidade de intervenção em domínios emergentes da sociedade do século XIX em Portugal: o associativismo, o estudo pelo modelo vivo em regime livre (modalidade académica com raízes no renascimento romano), o ensino artístico (reforma surge em 1881) e o ensino industrial (que irá surgir em 1884); a salvaguarda do património artístico e arquitetónico (medidas oficiais sistemáticos a partir de 1880/1881), ou o fomento da Arte Moderna (uma realidade social em construção).
A partir deste estudo, o Centro Artístico Portuense encontra por fim o seu lugar como modelador nos processos de socialização do Ensino (belas-artes e artes industriais), da História (imaterial e material), e da Arte Moderna (filantropia e mercado), no seu alinhamento nacional e europeu. A metodologia adotada contribuiu para a perceção de uma evolução no domínio das mentalidades, onde Herbert Spencer e J. Ruskin surgem como os mais influentes nas orientações do ensino, e imbuídos pelas noções do evolucionismo seletivo; e Auguste Comte como o pensador que informa as conceções ao nível da História imaterial e da valorização da Arte Moderna.
Palavras-chave: Centro Artístico Portuense, Ensino Artístico, Cultura Artística, Arte Moderna, Século XIX.
Resumo: O nome de Christina Amélia Machado (1860-1884) associa-se à história da Academia Portuense de Belas-Artes, e aos estudos de género, como a primeira mulher a matricular-se na instituição, no ano letivo de 1882/1883. Este facto não... more
Resumo: O nome de Christina Amélia Machado (1860-1884) associa-se à história da Academia Portuense de Belas-Artes, e aos estudos de género, como a primeira mulher a matricular-se na instituição, no ano letivo de 1882/1883. Este facto não é displicente sob a perspetiva da transição da sua condição de Amadora para a de uma Aluna que projeta um destino artístico-profissional no âmbito académico, circunstância que encerra questões de ordem legal e da tradição, dita a barreira dos costumes, mas também de ordem simbólica e de representação que a tornam instauradora de uma nova realidade.
Apesar de pouco expressivo no quadro da crítica artística feminista, este estudo de caso objetiva aspetos da sociedade portuense e da história cultural da Arte do século XIX, com impacto nos processos historiográficos que se lhe associam, nomeadamente, a revisão de assunções como a função e o destino social dos géneros no meio artístico.

MONCÓVIO, Susana - «Christina Amélia Machado (1860-1884): a primeira aluna da Academia Portuense de Belas Artes ou a prefiguração de um destino coletivo” in SOUSA, Gonçalo Vasconcelos e (coordenação) - Actas do II Congresso “O Porto Romântico” (11-12 abril 2014). Porto: CITAR. Universidade Católica Porto, 2016, pp. 174-187.
Resumo: Este estudo visa reabilitar a memória artística de Francisco Pinto da Costa (1826-1869), um pintor nascido nas Costeiras, Vila Nova de Gaia. A reconstituição dos momentos mais significativos da sua vida que, embora breve, foi... more
Resumo: Este estudo visa reabilitar a memória artística de Francisco Pinto da Costa (1826-1869), um pintor nascido nas Costeiras, Vila Nova de Gaia. A reconstituição dos momentos mais significativos da sua vida que, embora breve, foi orientada pelas Belas Artes, pode ser o primeiro passo para fazer justiça a uma figura do Romantismo nacional que tem permanecido no esquecimento.
Resumo: Os estudos de caso de senhoras Amadoras oitocentistas tenderão, em futuro próximo, a convergir para um conhecimento amplo e objetivo de uma realidade artística enraizada em aspetos estruturais da sociedade portuense, como o modelo... more
Resumo: Os estudos de caso de senhoras Amadoras oitocentistas tenderão, em futuro próximo, a convergir para um conhecimento amplo e objetivo de uma realidade artística enraizada em aspetos estruturais da sociedade portuense, como o modelo de Educação feminina e suas implicações sociológicas. Em Maria Magdalena Paredes Galvão (1842-1871), discípula de seu pai José Gomes Ribeiro Galvão (c.1802-1863) e próxima do pintor e retratista Francisco Pinto da Costa (1826-1869), e demais Amadoras apresentadas neste estudo, encontramos a vitalidade de Artistas que desafiam uma historiografia modelada pelo Género.
Resumo: A encomenda dos retratos dos seus Benfeitores permitiu à Santa Casa da Misericórdia reunir um ativo artístico bem documentado e estilisticamente informado. Por um lado, manteve viva a memória dos que a distinguiram nas suas... more
Resumo: A encomenda dos retratos dos seus Benfeitores permitiu à Santa Casa da Misericórdia reunir um ativo artístico bem documentado e estilisticamente informado. Por um lado, manteve viva a memória dos que a distinguiram nas suas últimas vontades, por outro, essa prática sustentou a atividade dos pintores portuenses. Deste modo, o retrato de Hermenegilda Giselda (c. 1845-1898), pintado por Júlio Gonzaga Ramos (1868-1945), em 1898, constituiu o móbil para revelar aspetos da biografia de uma das suas Benfeitoras, salientando a sua formação artística no círculo dos irmãos Almeida Furtado, nomeadamente, Tadeu, Francisca e Rosa, pintores, miniaturistas e aguarelistas, e o percurso como Amadora, com participações nas Exposições Trienais da Academia Portuense de Belas-Artes, nos anos 60 do século XIX. Com este estudo, pretendemos dar a conhecer sociabilidades, e modalidades de ensino do âmbito privado, que fomentam uma produção artística com expressão nas exposições públicas da instituição académica, mas que cai, invariavelmente, na designação de Amadora.
Resumo: O nosso estudo pretende contribuir para o conhecimento de Marciano de Azuaga (c. 1840-1905), enquanto colecionador e expositor de objetos arqueológicos e artísticos, através da sua participação na I Exposição-Bazar do Centro... more
Resumo: O nosso estudo pretende contribuir para o conhecimento de Marciano de Azuaga (c. 1840-1905), enquanto colecionador e expositor de objetos arqueológicos e artísticos, através da sua participação na I Exposição-Bazar do Centro Artístico Portuense, realizada no Palácio de Cristal, em 1881. Partindo do respetivo Catálogo, procedemos à correspondência das peças então expostas com os objetos descritos no Inventário da Coleção Marciano Azuaga (1904-1908). Reunidas algumas dessas peças, atualmente em depósito no Solar Condes de Resende, procuramos evidências do conceito subjacente à Exposição: a aliança da Arte com a Indústria. 
Palavras-chave - Marciano Azuaga; Colecionismo, Centro Artístico Portuense; Século XIX.
Abstract: The Fine Arts Oporto Academy created in 1836 admits its first female student in 1882. Between 1842 and 1887 the press and Catalogs of Triennial Exhibitions of the Fine Arts Oporto Academy testify the presence of 75 women and... more
Abstract:
The Fine Arts Oporto Academy created in 1836 admits its first female student in 1882. Between 1842 and 1887 the press and Catalogs of Triennial Exhibitions of the Fine Arts Oporto Academy testify the presence of 75 women and their works, some with a male or female teacher. The aim of this study is to characterize their artistic presentation and its connection with contemporary feminine educational model. Their personal identification has been made through Parochial Books and reached about 75% women. The analyses showed a medium and high level of bourgeoisie origin, ages over 10 years old, both single and married. The decline of embroideries at the Exhibitions matches with the increase presence of Drawing and Painting on feminine Education. Wax sculpture seems to continue a traditional feminine practice. Generally, Drawings are made from gravures, plaster, or progressive Courses. Miniature is a specific Painting mainly presented by D. Francisca de Almeida Furtado. On original oil Painting women chose mostly Death-Nature genre, a few numbers on portraits and a single self-portrait. The association of Drawings or Painting, at a basic level of learning, and Music lessons brought by de research is a strong evidence for these women represents a model of feminine Education subscribed by Oporto Bourgeoisie. Only the daughters of Fine Arts environment achieve an artistic autonomy in the Oporto short Art market. 
Key-words – Fine Arts, Artistic teaching, Artistes, Feminine Education in 19th Century, Oporto Bourgeoisie.
Resumo 
A Academia Portuense de Belas Artes admitiu a sua primeira Aluna em 1882. De 1842 a 1887, a imprensa e os Catálogos das Exposições Trienais da Academia Portuense de Belas Artes registam a participação de 75 senhoras e seus trabalhos, algumas com professor ou professora. Este estudo tem como objectivo caracterizar essa actividade artística particular e a relação com o modelo educativo vigente. A sua identificação foi efectuada através dos Assentos Paroquiais e atingiu 75% das participantes. A análise evidenciou a sua origem social nos estratos médio e alto da Burguesia portuense, com idade superior a 10 anos, solteiras e casadas. O declínio dos trabalhos de Bordados nas Exposições coincide com o ascendente do Desenho e da Pintura na Educação feminina. A Escultura em cera aparece em continuidade com a tradição. De modo geral, o Desenho está associado a cópias de estampas, pelo gesso, ou a Cursos didácticos. Na Pintura de miniatura distingue-se D. Francisca de Almeida Furtado. Nas obras originais de Pintura a óleo vence o género de Natureza-morta, alguns retratos e um auto-retrato. A associação do nível elementar de Desenho, ou da Pintura, com a Música, torna consistente a hipótese de as participantes nas Exposições Trienais representarem o modelo de Educação para o sexo feminino da Burguesia portuense. Apenas as filhas criadas nas Belas Artes atingem uma autonomia artística no escasso mercado das Artes do Porto.
Palavras-chave – Belas-Artes, Ensino artístico, Artistas, Educação feminina no século XIX, Burguesia portuense.
Abstract: The Fine Arts Oporto Academy created in 1836 admits its first female student in 1882. Between 1842 and 1887 the press and Catalogs of Triennial Exhibitions of the Fine Arts Oporto Academy testify the presence of 75 women and... more
Abstract: 
The Fine Arts Oporto Academy created in 1836 admits its first female student in 1882. Between 1842 and 1887 the press and Catalogs of Triennial Exhibitions of the Fine Arts Oporto Academy testify the presence of 75 women and their works, some with a male or female teacher. The aim of this study is to characterize their artistic presentation and its connection with contemporary feminine educational model. Their personal identification has been made through Parochial Books and reached about 75% women. The analyses showed a medium and high level of bourgeoisie origin, ages over 10 years old, both single and married. The decline of embroideries at the Exhibitions matches with the increase presence of Drawing and Painting on feminine Education. Wax sculpture seems to continue a traditional feminine practice. Generally, Drawings are made from gravures, plaster, or progressive Courses. Miniature is a specific Painting mainly presented by D. Francisca de Almeida Furtado. On original oil Painting women chose mostly Death-Nature genre, a few numbers on portraits and a single self-portrait. The association of Drawings or Painting, at a basic level of learning, and Music lessons brought by de research is a strong evidence for these women represents a model of feminine Education subscribed by Oporto Bourgeoisie. Only the daughters of Fine Arts environment achieve an artistic autonomy in the Oporto short Art market. 
Key-words – Fine Arts, Artistic teaching, Artistes, Feminine Education in 19th Century, Oporto Bourgeoisie.
Resumo 
A Academia Portuense de Belas Artes admitiu a sua primeira Aluna em 1882. De 1842 a 1887, a imprensa e os Catálogos das Exposições Trienais da Academia Portuense de Belas Artes registam a participação de 75 senhoras e seus trabalhos, algumas com professor ou professora. Este estudo tem como objectivo caracterizar essa actividade artística particular e a relação com o modelo educativo vigente. A sua identificação foi efectuada através dos Assentos Paroquiais e atingiu 75% das participantes. A análise evidenciou a sua origem social nos estratos médio e alto da Burguesia portuense, com idade superior a 10 anos, solteiras e casadas. O declínio dos trabalhos de Bordados nas Exposições coincide com o ascendente do Desenho e da Pintura na Educação feminina. A Escultura em cera aparece em continuidade com a tradição. De modo geral, o Desenho está associado a cópias de estampas, pelo gesso, ou a Cursos didácticos. Na Pintura de miniatura distingue-se D. Francisca de Almeida Furtado. Nas obras originais de Pintura a óleo vence o género de Natureza-morta, alguns retratos e um auto-retrato. A associação do nível elementar de Desenho, ou da Pintura, com a Música, torna consistente a hipótese de as participantes nas Exposições Trienais representarem o modelo de Educação para o sexo feminino da Burguesia portuense. Apenas as filhas criadas nas Belas Artes atingem uma autonomia artística no escasso mercado das Artes do Porto.
Palavras-chave – Belas-Artes, Ensino artístico, Artistas, Educação feminina no século XIX, Burguesia portuense.
Abstract: The Fine Arts Oporto Academy created in 1836 admits its first female student in 1882. Between 1842 and 1887 the press and Catalogs of Triennial Exhibitions of the Fine Arts Oporto Academy testify the presence of 75 women and... more
Abstract: 
The Fine Arts Oporto Academy created in 1836 admits its first female student in 1882. Between 1842 and 1887 the press and Catalogs of Triennial Exhibitions of the Fine Arts Oporto Academy testify the presence of 75 women and their works, some with a male or female teacher. The aim of this study is to characterize their artistic presentation and its connection with contemporary feminine educational model. Their personal identification has been made through Parochial Books and reached about 75% women. The analyses showed a medium and high level of bourgeoisie origin, ages over 10 years old, both single and married. The decline of embroideries at the Exhibitions matches with the increase presence of Drawing and Painting on feminine Education. Wax sculpture seems to continue a traditional feminine practice. Generally, Drawings are made from gravures, plaster, or progressive Courses. Miniature is a specific Painting mainly presented by D. Francisca de Almeida Furtado. On original oil Painting women chose mostly Death-Nature genre, a few numbers on portraits and a single self-portrait. The association of Drawings or Painting, at a basic level of learning, and Music lessons brought by de research is a strong evidence for these women represents a model of feminine Education subscribed by Oporto Bourgeoisie. Only the daughters of Fine Arts environment achieve an artistic autonomy in the Oporto short Art market. 
Key-words – Fine Arts, Artistic teaching, Artistes, Feminine Education in 19th Century, Oporto Bourgeoisie.
Resumo 
A Academia Portuense de Belas Artes admitiu a sua primeira Aluna em 1882. De 1842 a 1887, a imprensa e os Catálogos das Exposições Trienais da Academia Portuense de Belas Artes registam a participação de 75 senhoras e seus trabalhos, algumas com professor ou professora. Este estudo tem como objectivo caracterizar essa actividade artística particular e a relação com o modelo educativo vigente. A sua identificação foi efectuada através dos Assentos Paroquiais e atingiu 75% das participantes. A análise evidenciou a sua origem social nos estratos médio e alto da Burguesia portuense, com idade superior a 10 anos, solteiras e casadas. O declínio dos trabalhos de Bordados nas Exposições coincide com o ascendente do Desenho e da Pintura na Educação feminina. A Escultura em cera aparece em continuidade com a tradição. De modo geral, o Desenho está associado a cópias de estampas, pelo gesso, ou a Cursos didácticos. Na Pintura de miniatura distingue-se D. Francisca de Almeida Furtado. Nas obras originais de Pintura a óleo vence o género de Natureza-morta, alguns retratos e um auto-retrato. A associação do nível elementar de Desenho, ou da Pintura, com a Música, torna consistente a hipótese de as participantes nas Exposições Trienais representarem o modelo de Educação para o sexo feminino da Burguesia portuense. Apenas as filhas criadas nas Belas Artes atingem uma autonomia artística no escasso mercado das Artes do Porto.
Palavras-chave – Belas-Artes, Ensino artístico, Artistas, Educação feminina no século XIX, Burguesia portuense.
Resumo: O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia oferece múltiplas perspetivas de estudo à investigação dirigida aos hospitais com história. Enquanto entidade jurídica, criada em 1977, no âmbito da implementação do estado social, e... more
Resumo: O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia oferece múltiplas perspetivas de estudo à investigação dirigida aos hospitais com história. Enquanto entidade jurídica, criada em 1977, no âmbito da implementação do estado social, e reformada em 2007, no contexto gestionário, agrega organizações com um passado dedicado aos cuidados de saúde em diferentes paradigmas: o Sanatório Marítimo do Norte, o Hospital Eduardo Santos Silva (antigo Centro Sanatorial D. Manuel II), o Hospital Distrital de Vila Nova de Gaia (Misericórdia), o Centro de Saúde Mental de Gaia e, mais recentemente, o Hospital de Nossa Senhora da Ajuda de Espinho (Misericórdia). Pretendemos ainda associar a história institucional às tipologias envolvidas, o que nos remete para a leitura arquitetónica e estética das respetivas unidades, a qual acompanha a desenvolvimento da arquitetura portuguesa do século XX.
Resumo: Abordar a atual igreja de São João Baptista, na freguesia de Gatão, concelho de Amarante, apenas do ponto de vista formal, tendo como objetivo isolar as persistências construtivas atribuíveis à Arquitetura Românica e estimar a sua... more
Resumo: Abordar a atual igreja de São João Baptista, na freguesia de Gatão, concelho de Amarante, apenas do ponto de vista formal, tendo como objetivo isolar as persistências construtivas atribuíveis à Arquitetura Românica e estimar a sua cronologia, envolve uma análise ancorada nos valores e elementos que a identificam estilisticamente. A esta perspetiva, deve aliar-se as alterações introduzidas ao longo do tempo e a variedade de manifestações existente no Entre-Douro-e-Minho (EDM), unidade geográfica constituída, até ao século XIV, pelos bispados de Tui, Braga e Porto.
Resumo:
Colégio Nossa Senhora da Bonança. V. N. Gaia - História da Cultura e das Artes - 28 de maio de 2019
António Soares dos Reis & António Teixeira Lopes: Homem / Património  / Memória
Jornadas Europeias do Património 2018
Research Interests:
1.º Encontro de História & Património de Mafamude. Vila Nova de Gaia. 2015
Jornadas Europeias do Património 2017
A História da Educação em Vila Nova de Gaia. 2016 Resumo: A perspetiva de género revitalizou a investigação no domínio da Instrução para o sexo feminino, contribuindo para o desenvolvimento de campos teóricos e linhas de estudo... more
A História da Educação em Vila Nova de Gaia. 2016
Resumo: A perspetiva de género revitalizou a investigação no domínio da Instrução para o sexo feminino, contribuindo para o desenvolvimento de campos teóricos e linhas de estudo transnacionais, que vão desde a abordagem biográfica, evidenciando comportamentos de rutura com os modelos instituídos, aos estudos sobre os conteúdos curriculares segundo o género, contextos particulares de educação, estudos comparativos e outros. Em síntese, a perspetiva de género contribuiu para compreender a articulação entre representação cultural do sexo feminino, educação e práticas sociais (BODINIER, 2009:26). Em Portugal, a Instrução Pública promovida pela monarquia constitucional, através da Constituição de 1822, não correspondeu às expetativas dos mais informados, revelando-se ineficaz na aplicação prática dos programas e no cumprimento da obrigatoriedade escolar, atendendo à resistência parental à frequência e assiduidade da prole, já em pleno século XX. Em contraponto aos curricula normativos decretados pelo ministério do reino, a partir da segunda metade do século XIX, e no termo do Porto, os colégios privados para meninas cresceram em número e ampliaram o leque curricular, oferecendo um ensino diversificado e complementado pela educação artística. A comunicação que proferimos neste Colóquio de História da Educação em Vila Nova de Gaia apresenta alguns resultados extraídos da investigação que temos vindo a efetuar no âmbito das Mulheres Artistas, dando enfase à construção social do género, à educação artística desenvolvida no ensino particular, suas modalidades, estratégias e representações.
Jornadas Europeias do Património 2015 Resumo: Comunicação efetuada nas Jornadas Europeias do Património de 2015. Apresentação do estudo preparatório sobre a Fábrica de Louça das Devesas, José Pereira Valente, fundada por José Pereira... more
Jornadas Europeias do Património 2015
Resumo: Comunicação efetuada nas Jornadas Europeias do Património de 2015. Apresentação do estudo preparatório sobre a Fábrica de Louça das Devesas, José Pereira Valente, fundada por José Pereira Valente (1841-1904), em 1884. Antecedentes, instalação, periodos de laboração, sinergias e constrangimentos de uma unidade industrial do setor cerâmico de Vila Nova de Gaia, em atividade desde 1884 até aos anos 60 do século XX.
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O Grupo Saudade Perpétua foi fundado no Facebook em 10 de Julho de 2011. Inicialmente, foi inspirado na experiência enriquecedora que tinha como membro de um outro grupo dito “secreto” existente nas redes sociais, o qual se destinava à... more
O Grupo Saudade Perpétua foi fundado no Facebook em 10 de Julho de 2011. Inicialmente, foi inspirado na experiência enriquecedora que tinha como membro de um outro grupo dito “secreto” existente nas redes sociais, o qual se destinava à partilha e discussão de imagens antigas de Portugal ou de portugueses, criado pela reconhecida olissipógrafa Marina Tavares Dias.
A minha ideia foi tentar transpor o conceito, de grupo de partilha fechado mas suficientemente abrangente para abarcar desde académicos a curiosos, a um tema mais vasto, ainda que perfeitamente delimitado: o Romantismo em Portugal. Assim, o propósito inicial do Grupo Saudade Perpétua, e que ainda se mantém, era o de permitir a partilha, num ambiente confinado mas informal, de fontes, pesquisa inédita e curiosidades sobre as vertentes estética, cultura e social do Romantismo em Portugal. Urbanismo, Arquitectura, Escultura, Tumulária, Azulejaria, Estuques, Pintura, Gravura, Fotografia, Artes Aplicadas, Moda e Publicidade, Costumes e Curiosidades, eram apenas alguns dos tópicos possíveis.
O Romantismo em Portugal, sobretudo na sua vertente estética, não é uma área em que haja muitos investigadores “fiéis”, se assim podemos dizer. Mas muitos dos investigadores que insistem em pesquisar o tema, nas suas mais diversas vertentes, foram entrando para o Grupo Saudade Perpétua.
Ao longo dos anos que se seguiram, o Grupo raramente teve mais do que 150 membros, mas, entre eles, pontuam verdadeiros especialistas em certas áreas do saber relacionadas com o Romantismo ou com o século XIX em geral. Por esse motivo, e porque, durante muito tempo, o lado estético e cultural do Romantismo foi sendo menosprezado em Portugal (com excepção, talvez, da vertente literária e, mais recentemente, de abordagens de carácter regional e local, como os congressos sobre o Porto Romântico, na Universidade Católica), predominando, sim, as análises sociais, políticas e económicas, percebi que faltava um espaço em que os investigadores pudessem formalmente partilhar os seus trabalhos já estruturados, não só para os demais membros do Grupo Saudade Perpétua, mas também para fora do mesmo. Inicialmente, pensei na edição de uma revista, enquadrada por um centro de investigação – neste caso, o CEPESE: Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade(Universidade do Porto). Porém, tal ideia revestia-se de várias dificuldades e limitações. Ora, desde o início, foi hábito do Grupo Saudade Perpétua realizar
eventos para os membros e seus convidados, que invariavelmente incluíam visitas a alguns edifícios e espaços do Romantismo menos conhecidos ou menos acessíveis ao público em geral. Por isso, entendi que havia condições para que o Grupo organizasse um evento que tivesse também uma componente de divulgação do conhecimento científico produzido pelos membros. Além disso, alguns dos mais prolixos investigadores do Romantismo em Portugal não aderiram às redes sociais e, portanto, um evento científico permitiria que pudessem também participar com os seus contributos.
Foi assim que nasceu o 1º Colóquio “Saudade Perpétua”, assinalando o 5º aniversário do Grupo Saudade Perpétua. Foi o primeiro evento científico em Portugal dedicado ao Romantismo proposto e dinamizado por um grupo com carácter informal, que não é uma associação sequer.

Outubro de 2017
Francisco Queiroz
(coordenador da edição e fundador do Grupo Saudade Perpétua)
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Síntese biográfica do pintor Francisco Pinto da Costa (1826-1869), artista gaiense do período romântico, seu percurso, contributo e obras.
Síntese biográfica de João António Monteiro e Azevedo (1740-1815), salientando a sua relação com Vila Nova de Gaia.
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Edição comemorativa dos 150 anos do nascimento de Aurélia de Sousa (1866-1922), servindo de catálogo das exposições instaladas na Casa Museu Marta Ortigão Sampaio / Câmara Municipal do Porto e na Quinta de Santiago, Leça da Palmeira /... more
Edição comemorativa dos 150 anos do nascimento de Aurélia de Sousa (1866-1922), servindo de catálogo das exposições instaladas na Casa Museu Marta Ortigão Sampaio / Câmara Municipal do Porto e na Quinta de Santiago, Leça da Palmeira / Câmara Municipal de Matosinhos (13 jun. a 30 out. 2016)
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