Alex Antônio Vanin
Doutorando em História pela Universidade de Passo Fundo. Atua como bolsista PROSUC/CAPES sob a orientação do prof. Dr. João Carlos Tedesco, analisando o período de desenvolvimento da política indigenista do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) no Rio Grande do Sul, enfocando nas décadas de 1940 a 1970. Mestre (2020) e Licenciado (2018) em História pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Membro efetivo do Instituto Histórico de Passo Fundo (IHPF) e Editor-chefe da Acervus Editora. Tem interesse em áreas como: História Indígena e do Indigenismo; História Regional; História Política.
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Em homenagem aos 160 anos de emancipação político-administrativa do município, julgamos pertinente dar centralidade ao patrimônio humano, à história de grupos sociais que estão na sua constituição primeira, como é o caso das coletividades indígenas Guarani e Kaingang, os luso-brasileiros e imigrantes e/ou descendentes de europeus e do Oriente Médio, estendendo a análise até meados do século XX.
A memória social desses grupos é visível na própria ocupação e delimitação dos espaços da cidade e do meio rural. É perceptível, no caso dos sírios e libaneses, judeus e italianos, a opção por desenvolver suas atividades e/ou residir no meio urbano, bem como determinados grupos indígenas e luso-brasileiros no atual espaço rural. Porém, na realidade, tanto a territorialidade urbana, quanto a rural do município, foi se constituindo para além da dimensão da especificidade étnica.
O objetivo é mostrar que a multiplicidade étnica é um grande recurso social, permite interconhecimento e integração, configura pertencimentos, demarca fronteiras, ritualiza presenças e constitui vestígios que se transtemporalizam. Nesse sentido, buscamos, brevemente, reconstituir lembranças narradas e simbolizadas por imagens e ambientes construídos, pequenos fragmentos de vida familiar, social e empresarial de determinados grupos sociais, saberes e crenças expressas na gastronomia, na arquitetura, nas concepções de mundo, etc. Buscamos dar vida à memória através de ilustrações, bem como intensificar a presença e a importância de memórias vivas, produzir história com recursos variados de lembranças, assim como presentificar lembranças com histórias de vida pessoal e de grupos familiares.
Sabemos que não contemplamos tudo nem a todos; não obstante, com mãos e intenções multiplicadas, esperamos ter dado uma singela contribuição humana, social e cultural à trajetória histórica do município de Passo Fundo.
Os Organizadores
Na referida região, há mais de duas dezenas de focos de conflitos entre esses dois sujeitos sociais. Nenhum ainda foi solucionado, fato esse que ocasiona instabilidade e insegurança para ambos. Alguns deles já se arrastam por quase duas décadas. Desse modo, são colocados frente-a-frente dois grupos sociais numa grande tensão social e alteração em seus cotidianos de vida, sociabilidades, culturas, expectativas de sobrevivência e perspectivas em geral.
A intenção desse volume é oferecer um debate amplo, de base histórica, para além dos sujeitos sociais envolvidos atualmente. No entanto, os campos político, jurídico e de representação dos grupos sociais estarão ainda em evidência, bem como as polêmicas, os múltiplos interesses e intenções em jogo.
Os aspectos envoltos na dimensão histórica, principalmente entre meados do século XIX até meados do século XX, ajudam-nos a entender as demandas indígenas, os processos que constituíram a ocupação e a apropriação privada da terra na região, bem como os vários agentes sociais e políticos envolvidos.
Desse modo, tempos passados vinculam-se ao tempo presente e compõem a dinâmica argumentativa e a base de sustentação das lutas de ambos os grupos. Buscamos demonstrar que a terra continua sendo um elo agregador de múltiplos horizontes da vida e da história dos grupos sociais em conflito.
João Carlos Tedesco
Papers
Em homenagem aos 160 anos de emancipação político-administrativa do município, julgamos pertinente dar centralidade ao patrimônio humano, à história de grupos sociais que estão na sua constituição primeira, como é o caso das coletividades indígenas Guarani e Kaingang, os luso-brasileiros e imigrantes e/ou descendentes de europeus e do Oriente Médio, estendendo a análise até meados do século XX.
A memória social desses grupos é visível na própria ocupação e delimitação dos espaços da cidade e do meio rural. É perceptível, no caso dos sírios e libaneses, judeus e italianos, a opção por desenvolver suas atividades e/ou residir no meio urbano, bem como determinados grupos indígenas e luso-brasileiros no atual espaço rural. Porém, na realidade, tanto a territorialidade urbana, quanto a rural do município, foi se constituindo para além da dimensão da especificidade étnica.
O objetivo é mostrar que a multiplicidade étnica é um grande recurso social, permite interconhecimento e integração, configura pertencimentos, demarca fronteiras, ritualiza presenças e constitui vestígios que se transtemporalizam. Nesse sentido, buscamos, brevemente, reconstituir lembranças narradas e simbolizadas por imagens e ambientes construídos, pequenos fragmentos de vida familiar, social e empresarial de determinados grupos sociais, saberes e crenças expressas na gastronomia, na arquitetura, nas concepções de mundo, etc. Buscamos dar vida à memória através de ilustrações, bem como intensificar a presença e a importância de memórias vivas, produzir história com recursos variados de lembranças, assim como presentificar lembranças com histórias de vida pessoal e de grupos familiares.
Sabemos que não contemplamos tudo nem a todos; não obstante, com mãos e intenções multiplicadas, esperamos ter dado uma singela contribuição humana, social e cultural à trajetória histórica do município de Passo Fundo.
Os Organizadores
Na referida região, há mais de duas dezenas de focos de conflitos entre esses dois sujeitos sociais. Nenhum ainda foi solucionado, fato esse que ocasiona instabilidade e insegurança para ambos. Alguns deles já se arrastam por quase duas décadas. Desse modo, são colocados frente-a-frente dois grupos sociais numa grande tensão social e alteração em seus cotidianos de vida, sociabilidades, culturas, expectativas de sobrevivência e perspectivas em geral.
A intenção desse volume é oferecer um debate amplo, de base histórica, para além dos sujeitos sociais envolvidos atualmente. No entanto, os campos político, jurídico e de representação dos grupos sociais estarão ainda em evidência, bem como as polêmicas, os múltiplos interesses e intenções em jogo.
Os aspectos envoltos na dimensão histórica, principalmente entre meados do século XIX até meados do século XX, ajudam-nos a entender as demandas indígenas, os processos que constituíram a ocupação e a apropriação privada da terra na região, bem como os vários agentes sociais e políticos envolvidos.
Desse modo, tempos passados vinculam-se ao tempo presente e compõem a dinâmica argumentativa e a base de sustentação das lutas de ambos os grupos. Buscamos demonstrar que a terra continua sendo um elo agregador de múltiplos horizontes da vida e da história dos grupos sociais em conflito.
João Carlos Tedesco