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  • Doutorado em História da Arte na especialidade de Museologia e Património Artístico pela Faculdade de Ciências Sociai... moreedit
  • Raquel Henriques da Silvaedit
O quarto volume da série de monografias "Coleções Em Foco | Palácios Nacionais | Sintra Queluz Pena" é consagrado à atividade de D. Fernando II enquanto colecionador, tendo por base um inventário manuscrito pelo rei em 1866, documento... more
O quarto volume da série de monografias "Coleções Em Foco | Palácios Nacionais | Sintra Queluz Pena" é consagrado à atividade de D. Fernando II enquanto colecionador, tendo por base um inventário manuscrito pelo rei em 1866, documento doado ao Palácio Nacional da Pena. Dedicado aos núcleos de ourivesaria, marfins e esmaltes da coleção, o inventário constitui uma ferramenta essencial para dar a conhecer aquela faceta do monarca, uma vez que este alude, em discurso direto, aos objetos reunidos, descrevendo-os, classificando-os, revelando proveniências, propondo datações e fazendo por vezes apreciações técnicas e estéticas acerca dos mesmos.
O interesse deste documento levou à transcrição integral do mesmo, acompanhada por um estudo aprofundado onde, ao longo de dez capítulos, se exploram temas como a caracterização da coleção, a forma como se encontrava exposta, os agentes de mercado a quem o rei recorria ou a dispersão ocorrida após a sua morte. Foi ainda objetivo deste estudo identificar o maior número possível de peças mencionadas no inventário, há muito dispersas por diferentes coleções públicas e privadas, nacionais e estrangeiras ou em paradeiro incerto.
Entre os antecedentes dos primeiros museus de arte criados em Portugal merece destaque a Galeria Nacional de Pintura da Academia de Belas Artes de Lisboa. O seu núcleo fundador assenta nas pinturas dos conventos extintos pelo Liberalismo,... more
Entre os antecedentes dos primeiros museus de arte criados em Portugal merece destaque a Galeria Nacional de Pintura da Academia de Belas Artes de Lisboa. O seu núcleo fundador assenta nas pinturas dos conventos extintos pelo Liberalismo, em 1834, tendo sido inaugurada em 1868, no antigo convento de S. Francisco, graças ao apoio mecenático de D. Fernando II (1816-1885) que permitiu abundantes incorporações. A estas associaram-se as dádivas efetuadas pelo conde de Carvalhido (1817-1900), negociante portuense enriquecido no Brasil e residente em Paris.
Paralelamente à pinacoteca, organizaram-se outras coleções (desenho, artes decorativas, gessos e arqueologia) no intuito de se proceder à criação de uma instituição patrimonial mais ampla, o que ocorreu em 1884 com a abertura, na rua das Janelas Verdes, do Museu Nacional de Belas Artes e Arqueologia.
Em análise neste livro estão 50 anos de esforços empreendidos por vários agentes, com destaque para o marquês de Sousa Holstein (1838-1878), vice-inspetor da Academia. A sua ação foi determinante na organização, conservação, exposição, estudo, promoção e divulgação do seu acervo, assim como do seu enriquecimento por meio de transferências, aquisições ou doações que estão na origem do mais relevante museu público de arte nacional: o Museu Nacional de Arte Antiga.
Os primeiros anos do reinado de D. Luís ficaram marcados pela criação de uma pinacoteca no Palácio da Ajuda, então e pela primeira vez escolhido para residência oficial. Hoje disperso por diferentes museus e palácios nacionais, aquele... more
Os primeiros anos do reinado de D. Luís ficaram marcados pela criação de uma pinacoteca no Palácio da Ajuda, então e pela primeira vez escolhido para residência oficial. Hoje disperso por diferentes museus e palácios nacionais, aquele acervo pretende ser dado a conhecer ao longo deste trabalho, procurando-se simultaneamente reconstituir as principais etapas da sua formação, tanto em Portugal como no estrangeiro, a apagada memória do espaço que o albergou, a organização dos catálogos, as visitas públicas, entre outros aspectos. Foi essencialmente considerado o período de 1865 a 1873 correspondente à acção de Marciano da Silva como pintor do rei, organizador e director da galeria de pintura
Pintor de transição do século XVIII para o século XIX, do Neoclassicismo para o Romantismo, Domingos António de Sequeira procura ser dado a conhecer ao longo do presente volume. Através dele reconstituiu-se um interessante percurso de... more
Pintor de transição do século XVIII para o século XIX, do Neoclassicismo para o Romantismo, Domingos António de Sequeira procura ser dado a conhecer ao longo do presente volume. Através dele reconstituiu-se um interessante percurso de vida, analisa-se uma obra reveladora de novos valores em ascensão e as opções estéticas, políticas e religiosas de um artista singular e assumidamente do seu tempo. O clima de constante tensão em que viveu e que o levou muitas vezes a comportamentos contraditórios reflecte-se no seu trabalho e explica a sua predilecção por alegorias de cariz político e composições religiosas, numa permanente aspiração a um mundo melhor. O percurso de Sequeira é igualmente assinalado pela sua faceta de retratista, de pintor de história e de notável desenhador em projectos vários, manifestando grande versatilidade. Para além destes aspectos centrais da carreira do artista, há a salientar a sua fase final, onde se destacou por revelar surpreendentes e fantasmáticos dotes de colorista.
Figura central do colecionismo de arte em Portugal no século XIX, D. Fernando II (1816-1885) teve na ourivesaria uma das suas áreas de eleição, interesse partilhado com o filho, D. Luís I (1838-1889). Através de aquisições efetuadas em... more
Figura central do colecionismo de arte em Portugal no século XIX, D. Fernando II (1816-1885) teve na ourivesaria uma das suas áreas de eleição, interesse partilhado com o filho, D. Luís I (1838-1889). Através de aquisições efetuadas em Portugal e no estrangeiro, mas também de ofertas, reuniram importantes peças que desde cedo atraíram a atenção de estudiosos, tendo sido cedidas para exposições. Ambas as coleções foram diminuídas na sequência de partilhas efetuadas entre a família real e, após a implantação da República, em 1910, com a dispersão por palácios nacionais e museus.
Corresponde este texto a um ponto do capítulo “Compras em Portugal”, inserido num estudo mais alargado sobre as coleções de D. Fernando II, por nós iniciado em 2017, a partir de um inventário redigido pelo rei em 1866, documento doado à... more
Corresponde este texto a um ponto do capítulo “Compras em Portugal”, inserido num estudo mais alargado sobre as coleções de D. Fernando II, por nós iniciado em 2017, a partir de um inventário redigido pelo rei em 1866, documento doado à Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML) para integrar o acervo do Palácio Nacional da Pena. A publicação deste estudo, que inclui a transcrição integral do inventário, está prevista para 2021, no âmbito da iniciativa editorial da PSML “Coleções em Foco”, com o título “'Propriedade minha': ourivesaria, marfins e esmaltes da coleção de D. Fernando II”.
D. Fernando II, rei-consorte de Portugal, reuniu ao longo da segunda metade do século XIX, no Palácio das Necessidades, em Lisboa, alguns objetos arqueológicos em ouro e prata de grande interesse patrimonial. Neste artigo pretendemos... more
D. Fernando II, rei-consorte de Portugal, reuniu ao longo da segunda metade do século XIX, no Palácio das Necessidades, em Lisboa, alguns objetos arqueológicos em ouro e prata de grande interesse patrimonial. Neste artigo pretendemos abordar a incorporação e a circulação de alguns desses objetos, hoje dispersos por coleções nacionais e estrangeiras, como a taça de Tróia (Museu-Biblioteca da Casa de Bragança, Vila Viçosa), o par de braceletes (Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto), a “fíbula Bragança” (British Museum, Londres) ou o desaparecido “colar de Penela”.

Ferdinand II, king-consort of Portugal, gathered over the second half of the 19th century, at Necessidades Palace, in Lisbon, some archaeological objects in gold and silver of great patrimonial interest. In this article we intend to speak about the acquisition and of some of these objects, today dispersed in national and foreign collections, such as the “Tróia cup” (Museum-Library of Casa de Bragança, Vila Viçosa), the pair of bracelets (Museu Nacional de Soares dos Reis, Oporto), the “Braganza brooch” (British Museum, London) or the lost "Penela necklace".
Entre 1865 e 1869, D. Fernando II (1816-1885) cedeu parte da dotação que lhe era atribuída pelo Estado à Academia de Belas Artes de Lisboa com o objetivo de enriquecer a sua coleção de pintura, concretizando uma aspiração do vice-inspetor... more
Entre 1865 e 1869, D. Fernando II (1816-1885) cedeu parte da dotação que lhe era atribuída pelo Estado à Academia de Belas Artes de Lisboa com o objetivo de enriquecer a sua coleção de pintura, concretizando uma aspiração do vice-inspetor do estabelecimento, o marquês de Sousa Holstein (1838-1878). Para além do aumento do número de pinturas estrangeiras em que o acervo académico era deficitário, este  gesto permitiu criar um núcleo consistente de obras de Domingos Sequeira, vindo a propiciar a abertura em 1868 da Galeria Nacional de Pintura, embrião do Museu Nacional de Arte Antiga. A gestão das verbas e as opções aquisitivas são objeto de análise neste texto, dando a conhecer os seus intervenientes.
Empenhado em enriquecer e diversificar o acervo da Academia de Belas Artes de Lisboa, o seu vice-inspetor, marquês de Sousa Holstein, procurou incorporar objetos nos diferentes domínios das artes decorativas, no intuito de formar um... more
Empenhado em enriquecer e diversificar o acervo da Academia de Belas Artes de Lisboa, o seu vice-inspetor, marquês de Sousa Holstein, procurou incorporar objetos nos diferentes domínios das artes decorativas, no intuito de formar um núcleo museológico específico. A azulejaria não escapou aos seus interesses e é nesse contexto que ocorre a entrada nas coleções nacionais de um emblemático painel produzido entre nós: o Grande Panorama de Lisboa, cuja aquisição se revestiu de um processo algo rocambolesco, dado a conhecer no presente texto.
Entre as doações efectuadas no decorrer da segunda metade do século XIX à Academia de Belas Artes de Lisboa, destacam-se pela sua prodigalidade as do conde de Carvalhido (1817-1900). Nascido na cidade do Porto e enriquecido no Brasil,... more
Entre as doações efectuadas no decorrer da segunda metade do século XIX à Academia de Belas Artes de Lisboa, destacam-se pela sua prodigalidade as do conde de Carvalhido (1817-1900). Nascido na cidade do Porto e enriquecido no Brasil, viria a fixar-se em Paris onde desenvolveu hábitos continuados de compra, estabelecendo um importante contacto no mercado de arte que o levou a fazer-se notar como colecionador. As repetidas remessas de pinturas para Lisboa consolidaram a sua imagem enquanto mecenas e tiveram o ponto cimeiro na abertura de uma sala com o seu nome no Museu Nacional de Belas Artes e Arqueologia
Os primeiros anos do reinado de D. Luís ficaram marcados pela criação de uma galeria de pintura no Palácio da Ajuda. A formação do seu acervo pretende ser colocada em evidência ao longo deste texto, dando a conhecer o movimento de... more
Os primeiros anos do reinado de D. Luís ficaram marcados pela criação de uma galeria de pintura no Palácio da Ajuda. A formação do seu acervo pretende ser colocada em evidência ao longo deste texto, dando a conhecer o movimento de aquisições desenvolvido a partir de 1865, tanto em Portugal como no estrangeiro, os contactos com os agentes de mercado, e o papel exercido pelo pintor Marciano Henriques da Silva. Será igualmente alvo de análise a criação numa sala próxima à galeria de um "museu de antiguidades", onde o monarca expôs e conservou o essencial das suas coleções de numismática e ourivesaria, acrescidas de diversas peças pertencentes à Coroa. Estes núcleos foram igualmente enriquecidos com aquisições, destacando-se a atividade desenvolvida nesse sentido pelo colecionador Teixeira de Aragão, nomeado seu conservador.
A transferência em 1867 para a Academia de Belas Artes de Lisboa das alfaias litúrgicas dos conventos masculinos extintos pelo Liberalismo, então conservadas na Casa da Moeda, está na base do núcleo fundador do que virá a ser o "Museu de... more
A transferência em 1867 para a Academia de Belas Artes de Lisboa das alfaias litúrgicas dos conventos masculinos extintos pelo Liberalismo, então conservadas na Casa da Moeda, está na base do núcleo fundador do que virá a ser o "Museu de Arte Ornamental". Através deste artigo são colocados em evidência os esforços do marquês de Sousa Holstein, vice-inspector da Academia, na organização e enriquecimento do acervo, através de campanhas de recolha de peças nos conventos femininos, de transferências e trocas com corporações religiosas e organismos públicos. Não são esquecidas as ofertas de alguns particulares assim como as aquisições efectuadas junto de negociantes da especialidade
Iniciativa paralela à galeria de pintura criada pelo rei D. Luís no Palácio da Ajuda, em 1867, o "museu de antiguidades" conservou e expôs o essencial das colecções de numismática e ourivesaria daquele monarca, acrescidas com diversas... more
Iniciativa paralela à galeria de pintura criada pelo rei D. Luís no Palácio da Ajuda, em 1867, o "museu de antiguidades" conservou e expôs o essencial das colecções de numismática e ourivesaria daquele monarca, acrescidas com diversas peças pertencentes ao tesouro da Casa Real, parte das quais provenientes dos conventos extintos pelo Liberalismo. Hoje disperso por diferentes instituições museológicas, colecções particulares ou em paradeiro incerto, aquele acervo pretende ser dado a conhecer ao longo deste artigo, sobretudo no que diz respeito aos seus núcleos mais representativos, procurando-se simultaneamente reconstituir a apagada memória do espaço que o albergou, o papel desempenhado pelo seu conservador, Teixeira de Aragão, e as aquisições efectuadas. Em foco estarão também os catálogos editados, a cedência de peças para exposições nacionais e internacionais e a atenção dada por D. Luís aos novos processos fotográficos como forma de documentar e divulgar a colecção real
O recheio do Palácio de Monserrate, em Sintra, foi leiloado em 1946 pela casa Leiria & Nascimento. Este texto procura contextualizar a dispersão que teve então lugar e as aquisições efetuadas por alguns colecionadores nacionais, entre os... more
O recheio do Palácio de Monserrate, em Sintra, foi leiloado em 1946 pela casa Leiria & Nascimento. Este texto procura contextualizar a dispersão que teve então lugar e as aquisições efetuadas por alguns colecionadores nacionais, entre os quais, António de Medeiros e Almeida e Ricardo do Espírito Santo Silva.
Texto publicado no catálogo da exposição comemorativa do bicentenário do nascimento de D. Fernando II: "Fernando Coburgo fecit: a atividade artística do rei-consorte" (Palácio Nacional da Pena, 29 de outubro de 2016 a 30 de abril de 2017).
Texto publicado no catálogo da exposição "Belas Artes da Academia: uma colecção desconhecida" (Galeria de Pintura do Rei D. Luís, Palácio Nacional da Ajuda, 14 de janeiro a 20 de março de 2016).
Em 1960, o Banco Nacional Ultramarino encomendou à Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva a decoração destinada aos principais gabinetes da sua administração. Através deste texto, evocam-se as principais oficinas envolvidas na... more
Em 1960, o Banco Nacional Ultramarino encomendou à Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva a decoração destinada aos principais gabinetes da sua administração. Através deste texto, evocam-se as principais oficinas envolvidas na empreitada para o gabinete do governador, e dá-se a conhecer o laborioso processo de execução dos móveis e demais objectos, recorrendo essencialmente aos desenhos de pormenor e de construção conservados nos arquivos da FRESS. O papel exercido pelo então director-delegado da fundação, Guilherme Possolo (1889-1973), é também aqui colocado em evidência.
Estudo sobre os acervos pictóricos do Palácio de Belém durante a monarquia, do reinado de D. João V ao de D. Carlos.