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Pesquisa Empírica em Direito na Atualidade, 2020
A pesquisa empírica nas áreas de humanidades e ciências sociais é um importante canal para a ... more A pesquisa empírica nas áreas de humanidades e ciências sociais é um importante canal para a problematização de questões inerentes à realidade social e que envolvem sujeitos de carne e osso, que têm necessidades materiais e demandas concretas a serem conhecidas, compreendidas, problematizadas, analisadas e, quiçá, dirimidas.
Mesmo atrasada, a área do Direito tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas a quantidade de pesquisas empíricas, com qualidade e relevância, em diálogo interdisciplinar e crítico com outras áreas do saber.
Ainda não houve mudança de agenda na área do Direito, ainda hegemonizada pela premissa falaciosa da neutralidade científica e por pesquisadores(as), pesquisas e temas de características dogmáticas, abstratas e normativistas, com famigerados capítulos “históricos”.
Mas já existem obras de referência e grupos/redes de pesquisa com vocação política aliada a formação acadêmica consistente, em termos epistemológicos, teóricos e metodológicos. Suas agendas de trabalho são coletivas, adotam técnicas de investigação ainda pouco utilizadas na área do Direito e têm como premissa os sujeitos sociais em situação de dominação, opressão, subalternidade. Seus temas de pesquisa são os impostos pela materialidade da vida social àqueles sujeitos: as desigualdades socioeconômicas; as discriminações étnico-culturais; a fome e a pobreza; a violência; e as estratégias de organização e as táticas de mobilização política para mudanças nesse cenário.
Este livro é fruto de experiências conjuntas na orientação de pesquisas e/ou no exame de dissertações de mestrado e teses de doutorado, cujos(as) autores(as) aqui apresentam os resultados de suas pesquisas em artigos. Almejamos apresentar e difundir um mosaico de questões, temas, autores(as) e abordagens, para contribuir com o avanço da Pesquisa Empírica em Direito no Brasil e incentivar cada vez mais pesquisadores(as) a ingressarem ou se aprimorarem nesse universo.
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Papers by Manuela Meireles
A pesquisa empírica nas áreas de humanidades e ciências sociais é um importante canal para a ... more A pesquisa empírica nas áreas de humanidades e ciências sociais é um importante canal para a problematização de questões inerentes à realidade social e que envolvem sujeitos de carne e osso, que têm necessidades materiais e demandas concretas a serem conhecidas, compreendidas, problematizadas, analisadas e, quiçá, dirimidas. Mesmo atrasada, a área do Direito tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas a quantidade de pesquisas empíricas, com qualidade e relevância, em diálogo interdisciplinar e crítico com outras áreas do saber. Ainda não houve mudança de agenda na área do Direito, ainda hegemonizada pela premissa falaciosa da neutralidade científica e por pesquisadores(as), pesquisas e temas de características dogmáticas, abstratas e normativistas, com famigerados capítulos “históricos”. Mas já existem obras de referência e grupos/redes de pesquisa com vocação política aliada a formação acadêmica consistente, em termos epistemológicos, teóricos e metodológicos. Suas agendas de trabalho são coletivas, adotam técnicas de investigação ainda pouco utilizadas na área do Direito e têm como premissa os sujeitos sociais em situação de dominação, opressão, subalternidade. Seus temas de pesquisa são os impostos pela materialidade da vida social àqueles sujeitos: as desigualdades socioeconômicas; as discriminações étnico-culturais; a fome e a pobreza; a violência; e as estratégias de organização e as táticas de mobilização política para mudanças nesse cenário. Este livro é fruto de experiências conjuntas na orientação de pesquisas e/ou no exame de dissertações de mestrado e teses de doutorado, cujos(as) autores(as) aqui apresentam os resultados de suas pesquisas em artigos. Almejamos apresentar e difundir um mosaico de questões, temas, autores(as) e abordagens, para contribuir com o avanço da Pesquisa Empírica em Direito no Brasil e incentivar cada vez mais pesquisadores(as) a ingressarem ou se aprimorarem nesse universo.
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A proposta deste artigo é apreender as noções de direito à cidade e a disputa pelo habitar no últ... more A proposta deste artigo é apreender as noções de direito à cidade e a disputa pelo habitar no último grande ciclo de remoções desencadeado a partir do anúncio da realização dos megaeventos esportivos, tendo como foco a cidade do Rio de Janeiro. Não é a simples realização dos megaeventos esportivos que desencadeiam o ciclo de remoções e outras violações de direitos humanos, mas sim um projeto de gestão das cidades que está em curso no Rio de Janeiro desde a década de 90. A injeção de técnicas empresariais e o direcionamento das políticas públicas urbanas a favor de uma maior rentabilidade e eficiência ante o mercado de valores, através do modelo “cidade empresa”, altera substancialmente o papel do Estado e do Direito. Neste artigo, recorremos às histórias e trajetórias de lutas de um sujeito político que, embora ainda pouco referenciado na literatura de estudos urbanos, é maioria na organização da resistência contra uma cidade excludente para a maior parte de seus habitantes e usuários: as mulheres negras
habitantes de favelas. A partir dos processos de remoção de quatro comunidades situadas em diferentes regiões do Rio de Janeiro (Recreio II, Metro-Mangueira, Vila Autódromo e Estradinha), nosso objetivo é, por meio dos relatos das mulheres negras moradoras destas áreas, compreender os sentidos do habitar e do direito à cidade impressos nas lutas que elas protagonizam frente as políticas institucionais.
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A Umbanda é uma religião brasileira que agrega diversas tradições culturais que compõem a socieda... more A Umbanda é uma religião brasileira que agrega diversas tradições culturais que compõem a sociedade. Reconhecidamente recebeu as influências culturais dos povos originários, de povos trazidos do continente africano e de europeus, o que remonta ao violento processo de colonização. Hoje ela é amplamente praticada no Brasil e em outros lugares do mundo, existindo entre os terreiros de Umbanda uma grande diversidade de práticas rituais, já que ela constantemente agrega novos elementos, sendo também essa fluidez e pluralidade interna uma de suas principais características. A partir da hibridez característica da Umbanda, buscarei compreendê-la sob uma visão crítica pós-colonial. Para isso, analisarei esses elementos através do diálogo de autores como Gilroy, Bhabha e Hall, seus estudos diaspóricos e olhar sobre os processos culturais, bem como das chaves do passado, presente e futuro.
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Mesmo atrasada, a área do Direito tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas a quantidade de pesquisas empíricas, com qualidade e relevância, em diálogo interdisciplinar e crítico com outras áreas do saber.
Ainda não houve mudança de agenda na área do Direito, ainda hegemonizada pela premissa falaciosa da neutralidade científica e por pesquisadores(as), pesquisas e temas de características dogmáticas, abstratas e normativistas, com famigerados capítulos “históricos”.
Mas já existem obras de referência e grupos/redes de pesquisa com vocação política aliada a formação acadêmica consistente, em termos epistemológicos, teóricos e metodológicos. Suas agendas de trabalho são coletivas, adotam técnicas de investigação ainda pouco utilizadas na área do Direito e têm como premissa os sujeitos sociais em situação de dominação, opressão, subalternidade. Seus temas de pesquisa são os impostos pela materialidade da vida social àqueles sujeitos: as desigualdades socioeconômicas; as discriminações étnico-culturais; a fome e a pobreza; a violência; e as estratégias de organização e as táticas de mobilização política para mudanças nesse cenário.
Este livro é fruto de experiências conjuntas na orientação de pesquisas e/ou no exame de dissertações de mestrado e teses de doutorado, cujos(as) autores(as) aqui apresentam os resultados de suas pesquisas em artigos. Almejamos apresentar e difundir um mosaico de questões, temas, autores(as) e abordagens, para contribuir com o avanço da Pesquisa Empírica em Direito no Brasil e incentivar cada vez mais pesquisadores(as) a ingressarem ou se aprimorarem nesse universo.
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habitantes de favelas. A partir dos processos de remoção de quatro comunidades situadas em diferentes regiões do Rio de Janeiro (Recreio II, Metro-Mangueira, Vila Autódromo e Estradinha), nosso objetivo é, por meio dos relatos das mulheres negras moradoras destas áreas, compreender os sentidos do habitar e do direito à cidade impressos nas lutas que elas protagonizam frente as políticas institucionais.
Mesmo atrasada, a área do Direito tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas a quantidade de pesquisas empíricas, com qualidade e relevância, em diálogo interdisciplinar e crítico com outras áreas do saber.
Ainda não houve mudança de agenda na área do Direito, ainda hegemonizada pela premissa falaciosa da neutralidade científica e por pesquisadores(as), pesquisas e temas de características dogmáticas, abstratas e normativistas, com famigerados capítulos “históricos”.
Mas já existem obras de referência e grupos/redes de pesquisa com vocação política aliada a formação acadêmica consistente, em termos epistemológicos, teóricos e metodológicos. Suas agendas de trabalho são coletivas, adotam técnicas de investigação ainda pouco utilizadas na área do Direito e têm como premissa os sujeitos sociais em situação de dominação, opressão, subalternidade. Seus temas de pesquisa são os impostos pela materialidade da vida social àqueles sujeitos: as desigualdades socioeconômicas; as discriminações étnico-culturais; a fome e a pobreza; a violência; e as estratégias de organização e as táticas de mobilização política para mudanças nesse cenário.
Este livro é fruto de experiências conjuntas na orientação de pesquisas e/ou no exame de dissertações de mestrado e teses de doutorado, cujos(as) autores(as) aqui apresentam os resultados de suas pesquisas em artigos. Almejamos apresentar e difundir um mosaico de questões, temas, autores(as) e abordagens, para contribuir com o avanço da Pesquisa Empírica em Direito no Brasil e incentivar cada vez mais pesquisadores(as) a ingressarem ou se aprimorarem nesse universo.
habitantes de favelas. A partir dos processos de remoção de quatro comunidades situadas em diferentes regiões do Rio de Janeiro (Recreio II, Metro-Mangueira, Vila Autódromo e Estradinha), nosso objetivo é, por meio dos relatos das mulheres negras moradoras destas áreas, compreender os sentidos do habitar e do direito à cidade impressos nas lutas que elas protagonizam frente as políticas institucionais.