Ana Elisa Ribeiro
Sou professora Titular do Departamento de Linguagem e Tecnologia do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), na sede, em Belo Horizonte. Nessa instituição centenária, atuo como professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens, onde recebo orientandos e orientandas de mestrado, doutorado e pós-doc; do Bacharelado em Letras (Tecnologias da Edição), onde desenvolvo atividades com pesquisadores iniciantes, extensionistas e na editora-laboratório do curso; e da educação de nível médio, na qual dou aulas de Redação. Sou pesquisadora da CNPq e da Fapemig e coordeno com colegas o grupo de estudos Mulheres na Edição. Também sou a atual vice-coordenadora da Red Latinoamericana de Cultura Gráfica, que congrega pesquisadores de vários países. Fiz doutorado em Linguística Aplicada na UFMG, onde também me formei como mestre, licenciada e bacharel em Letras. Fiz estágios pós-doutorais na PUC Minas, na Unicamp, na UFMG e na UNC (Córdoba, Argentina). Sou autora de vários livros, entre técnicos e literários, entre eles: "Livro - edição e tecnologias no séc. XXI" (Moinhos/Contafios, 2018, que está em tradução no Peru com apoio da Biblioteca Nacional do Brasil), "Multimodalidade, textos e tecnologias" (Parábola, 2021) e "Linguística Aplicada - ensino de português" (Contexto, 2023, em coautoria com Carla Coscarelli). Em 2023, publiquei o ensaio "Como nasce uma editora" (Entretantas), que tem acesso aberto e está em tradução no México. Meu site reúne parte do meu trabalho e mais informações: anadigital. pro.br
Address: Brazil
Address: Brazil
less
InterestsView All (12)
Uploads
Papers by Ana Elisa Ribeiro
composto por seis peças publicadas pela TAG Livros no Instagram, por ocasião do Dia Internacional Contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, em 17 de maio de 2022. Embora a questão política e humanitária abordada seja de enorme relevância, deteremo-nos nos elementos que compõem as peças, produzindo um exercício de leitura de seus processos de produção e consumo, à luz da multimodalidade. As peças
foram selecionadas diretamente do perfil da TAG Livros, baixadas e organizadas para análise. Os resultados desta incursão teórica pelas peças, em especial informada pelos livros Multimodal discourse e Reading images, de Kress e Van Leeuwen (2001; 2006), favorecem indagações e reflexões sobre nossa concepção de texto e design. O escopo e o alcance dos estudos linguísticos e mesmo da formação de linguistas também está em pauta, diante de objetos tão complexos e, ao mesmo tempo, socialmente presentes. Algumas categorias da abordagem são postas em debate, a partir da materialidade das peças. Nas considerações finais, deixamos novas perguntas quanto a composições semelhantes à que focalizamos aqui, além de propor um exercício constante de ampliação de horizontes aos linguistas e aos professores de leitura e produção de textos. Palavras-chave: multimodalidade; textos multimodais; design; letramento visual.
usual e fértil noção de “letramentos digitais”, em especial discutindo uma proposta do início dos anos 2000 e outra publicada no Brasil, em 2016. Relato também episódios que provavelmente guardam alguma tipicidade, se não possibilidade de generalização, sobre o que aprendemos a respeito de tecnologias e ensino durante a pandemia, por mais traumática e dolorosa que a experiência compulsória tenha sido. Finalizo narrando alguns contratempos e inconciliações que temos vivido em tempos pós-pandêmicos e chamo a uma reflexão sobre o aprendido.
composto por seis peças publicadas pela TAG Livros no Instagram, por ocasião do Dia Internacional Contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, em 17 de maio de 2022. Embora a questão política e humanitária abordada seja de enorme relevância, deteremo-nos nos elementos que compõem as peças, produzindo um exercício de leitura de seus processos de produção e consumo, à luz da multimodalidade. As peças
foram selecionadas diretamente do perfil da TAG Livros, baixadas e organizadas para análise. Os resultados desta incursão teórica pelas peças, em especial informada pelos livros Multimodal discourse e Reading images, de Kress e Van Leeuwen (2001; 2006), favorecem indagações e reflexões sobre nossa concepção de texto e design. O escopo e o alcance dos estudos linguísticos e mesmo da formação de linguistas também está em pauta, diante de objetos tão complexos e, ao mesmo tempo, socialmente presentes. Algumas categorias da abordagem são postas em debate, a partir da materialidade das peças. Nas considerações finais, deixamos novas perguntas quanto a composições semelhantes à que focalizamos aqui, além de propor um exercício constante de ampliação de horizontes aos linguistas e aos professores de leitura e produção de textos. Palavras-chave: multimodalidade; textos multimodais; design; letramento visual.
usual e fértil noção de “letramentos digitais”, em especial discutindo uma proposta do início dos anos 2000 e outra publicada no Brasil, em 2016. Relato também episódios que provavelmente guardam alguma tipicidade, se não possibilidade de generalização, sobre o que aprendemos a respeito de tecnologias e ensino durante a pandemia, por mais traumática e dolorosa que a experiência compulsória tenha sido. Finalizo narrando alguns contratempos e inconciliações que temos vivido em tempos pós-pandêmicos e chamo a uma reflexão sobre o aprendido.
segundo semestre de 2018, na disciplina “Tarefas da Edição:
ficções da escrita e do livro em correspondências de escritores”,
ministrada por nós no Programa de Pós-Graduação em Estudos
de Linguagens (POSLING) do Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais – CEFET-MG. A disciplina, que
contou com a participação de professores do CEFET-MG e da
UFMG, visava a estimular reflexões sobre a edição literária a partir
de correspondências de escritores brasileiros modernos. Nesta
perspectiva, as cartas eram vistas como arquivos editoriais e
arquivos literários.
relação de leitores pouco letrados com a leitura de jornais impressos e digitais. Este estudo de caso foi desenvolvido, em uma primeira etapa, com 144 alunos do primeiro período do curso de Enfermagem de uma instituição privada de ensino, em Belo Horizonte. A partir do perfil de leitores gerado por questionários, um grupo de 23 alunos foi selecionado para fazer testes de navegação e leitura nos jornais Estado de Minas e O Tempo, nas plataformas impressa e
digital. Estes alunos foram divididos em três grupos: leitores de jornais impressos, de jornais
digitais e não-leitores de jornais. O Estado de Minas e O Tempo foram analisados quanto à
sua usabilidade e os leitores foram submetidos a testes em que deveriam cumprir uma tarefa simples de navegação. As habilidades de leitura foram medidas a partir de testes de leitura de notícias. Os alunos deveriam responder a questões propostas com base em descritores da
matriz de Língua Portuguesa do Saeb. Os dados gerados pela pesquisa mostram grande variação nos comportamentos dos leitores de mídias mosaiquicas. Essa variação de letramento independe de a plataforma em que lêem notícias ser impressa ou digital. Bons navegadores
podem se mostrar leitores fracos, assim como bons leitores podem se mostrar maus navegadores. A relação entre saber gerenciar o objeto de ler e as habilidades leitoras não se mostrou direta e proporcional. Conclui-se que a leitura se constrói a partir de uma sobreposição complexa de habilidades, grande parte delas sem atenção adequada da
Lingüística e da matriz de Língua Portuguesa do Saeb. Embora seja importante que o leitor desenvolva letramentos vários, é possível apresentar habilidades assimétricas em relação a diferentes aspectos da leitura, sendo um deles os procedimentos ajustados ao objeto de ler. Os leitores mais competentes dos testes são aqueles que têm experiência na leitura freqüente de livros, jornais e outros objetos. A leitura de jornais depende do desenvolvimento de uma gamade habilidades, independentemente da plataforma de leitura. Talvez esta pesquisa possa contribuir para uma discussão séria sobre a importância de ler e ensinar a ler, atribuição a cada dia mais complexa para os professores.