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“Nos dias de hoje, sem uma teoria eu não posso ver uma pintura” – este artigo discute a provocação de Tom Wolfe em “A Palavra Pintada”, publicada em 1975. A proposta é entender a transição que se opera de uma teoria da autonomia para a autonomia da teoria. O que Wolfe identifica como problema, ainda que tardiamente, são os reflexos de um deslocamento que data do primeiro romantismo alemão: ali, ainda no século XIX, a teoria conquista filosoficamente sua autonomia. Desde então, aqueles que se ocuparam do seu exercício (sejam ‘filósofos da arte’, ‘teóricos’ ou ‘críticos’) parecem ter agido com um único propósito: estender os privilégios concedidos à teoria. Os abusos da Era da Teoria culminam, como bem sabemos, em teses sobre o fim da arte. Em última instância, a teoria acaba por revelar seu propósito mais ambicioso na obra de um filósofo analítico contemporâneo: a obra filosófica, o discurso filosófico sobre a arte, oferece-se como obra de arte ele mesmo, em si.
Coletânea de apontamentos fornecidos nas aulas lecionadas pela Professora Dra. Cristina Tavares.
This dissertation considers the experience of reflection presented in Kant‟s work in many subjective aspects. Thus it aims to recognize in contemporary art debate the topicality of the feelings of reflection, which consists in one of the most puzzling notions proposed by Kant. Initially we have made the following questions: how the concept of reflection appears in The Critique of Judgment? Is it possible to submit the contemporary art to a dialogue with Kant´s concept of reflection? Lastly, the required updating of Kantian aesthetics would bring some support to contemporary art? These questions were the starting point of this research, which the main goal consists of extending the concept of reflextion in The Critique of Judgment to the contemporary art production, identifying the conditions of possibility of an autonomous aesthetics. We conclude that both universalist thesis and power of reflection (Kant´s aesthetic fundamental concept) are not obsolete. At least, what we want to bring up for discussion answers that they enable us to a complete and authentic reception of the contemporary art.
Griot : Revista de Filosofia
A DIVISÃO DAS BELAS ARTES: KANT E HEGEL2018 •
O presente artigo aborda numa perspectiva filosófica a relação entre a divisão das artes belas propostas por Kant e Hegel. Objetiva explicitar as aproximações e distanciamentos entre a divisão das belas artes apresentadas pelos filósofos citados, apontando suas semelhanças e diferenças. Fundamenta sua análise nas obras Crítica da Faculdade do Juízo de 1790 e Cursos de Estética de 1820-21, respectivamente elaboradas por Immanuel Kant e Friedrich Hegel. Realiza uma análise comparativa entre a divisão das artes belas kantiana e hegeliana. Apresenta inicialmente a divisão das artes belas na perspectiva kantiana, abordando o conceito de arte bela, sua classificação e sua hierarquia, segundo o filósofo de Königsberg. Em seguida, expõe a divisão das artes segundo Hegel, apresentando o seu conceito de belo artístico, as formas de arte simbólica, clássica e romântica, expondo e analisando também as artes particulares de acordo com o filósofo de Stuttgart. Conclui afirmando que, apesar das diferenças entre ambas análises sobre a divisão das belas artes, tais como a defesa de Hegel em relação belo artístico e a de Kant ao belo natural, a afirmação hegeliana que há uma ciência do belo enquanto a concepção kantiana é de que não há ciência do belo, por exemplo, os filósofos em destaque concordam, entre outros aspectos, que a poesia ocupa o lugar mais alto na hierarquia das belas artes, sendo a mais livre e espiritual delas.
Resumo: O artigo pretende indicar a conexão entre belo natural e moralidade, nos termos abordados por Kant, na Crítica da Faculdade do Juízo. Trata-se de mostrar que o sentido ético assumido pela beleza natural envolve a possibilidade da expressão da superioridade da razão em relação à sensibilidade, a partir da noção de desinteresse, a representação da sistematicidade do conhecimento da natureza, com base na ideia de livre jogo entre imaginação e entendimento, e a sugestão de um substrato suprassensível da natureza, por meio do alargamento do nosso modo de considerar a natureza. Quanto à remissão ao substrato suprassensível da natureza, será objeto do texto apontar as relações entre juízo estético e juízo telelológico, do ponto de vista da relação de ambos com a moralidade, em Kant. Assim, em que medida a ideia de sistematicidade permeia a análise de belo natural e como uma investigação sobre o sentido moral que o mesmo possua envolve a questão do encontro entre a multiplicidade da intuição e a legalidade do entendimento, também presente na análise do juízo teleológico, será um dos temas privilegiados na exposição. Da mesma forma, como o belo natural permite a analogia com a arte e em que medida isso implica ou não a pressuposição de uma intencionalidade externa à natureza, será objeto de discussão. Por fim, no cotejo entre juízo estético e teleológico, apontaremos como as noções de organismo organizado e de causa final, causa essa requisitada pelo juízo reflexivo para explicar essas espécies naturais enquanto distintas dos mecanismos, autoriza a suposição de uma finalidade nas formas belas, o que possui certas consequências para alguns aspectos importantes da filosofia moral kantiana, as quais nos caberá expor. Palavras-chave: belo natural; sistematicidade; juízo teleológico. Abstract: This article intends to indicate the connection between natural beauty and morality, under adressed by Kant, in the Critique of the Power of Judgment. It consists to show that the ethical sense assumed by the natural beauty involves the possibility of the expression of the reason's superiority in relation to sensitivity, from the notion of disinterest, the representation of systematic knowledge of nature, based on the idea of free play between imagination and knowledge, and the suggestion of a supersensible substrate of nature, through the extension of our way of looking at nature. As to the remission of the supersensible substrate of nature, it will be object of this text point out the relations between aesthetic judgment and teleological judgment, by the point of view of the relation between these judgments with morality in Kant. Thus, in what extent the idea of systematicity permeates the analysis of the natural beauty and how the moral sense of this systematicity involves the issue of the encounter between the multiplicity of intuition and the legality of knowledge, also present in the analysis of teleological judgment, it will be one of the privileged themes on display. Similarly, as the natural beauty allows the analogy with art and in what extent this involves or do not involves the presumption of an external intentionality to nature, it will be the subject of this discussion. Finally, in the comparison between aesthetic and teleological judgment, we will point out how the notions of organized organism and final cause, causes that required by the reflective judgment to explain these natural species as distinct of mechanisms, authorizes the assumption of a finality in beauty forms, which has certain consequences for some important aspects of Kant's moral philosophy which we bottom to expose.
Quando a arte, através de processos internos e externos, atingiu um estado de autonomia como prática com saberes e fazeres próprios, começaram a surgir problemas sobre o seu sentido e/ou justificativa. O mundo da arte tornou-se uma instituição especializada dependente do mercado e/ou dos Estados que, exceto onde conflui com o entretenimento, se estrutura autotélicamente. Assim, resta pouca margem para questionamentos e para um grande número de receptores que não são interpelados pelo produzido no âmbito da cultura lhes é tanto alheio como indiferente. Cada vez mais, uma obra de arte é apresentada como uma comunicação em um Congresso, algo feito por conhecedores para os conhecedores. De outra parte, a filosofia e a teoria da arte têm considerado essa prática como alheia a conhecedores, como algo que, muitas vezes, nem sequer pode ser considerado arte, embora compartilhando técnicas e referências semelhantes às que fizeram possível a autonomia da qual falamos. A arte heterônoma é, num sentido radical, uma arte que não sabe que o é. Os saberes e fazeres em seu entorno eram outros, devido a eles foi possível que surgisse a arte heterônoma. Nossa tese defende que o conceito arte inclui a autonomia mesmo que seja num grau mínimo, relacionado sempre com a heteronomia, e que essa relação permite compreender o mesmo conceito arte como uma prática com história na sua relação com as técnicas e a recepção. Compreender alguns dos bojos históricos e filosóficos dessa relação, como sua articulação hegeliana para o que hoje chamamos “fim da arte” é um passo prévio inevitável para compreender a autonomia institucional, essencial na contemporaneidade e no fenômeno da pós-história.
Mahle, Steiner, Goehte: um estudo do conceito de Harmonia
Goethe e o Pensamento Estético-Musical de Ernst Mahle: Um Estudo do Conceito de Harmonia (Tese de Doutorado - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO)2015 •
Pandaemonium Germanicum
O programa de Hölderlin para Iena : Ideias estéticas além de Kant e Schiller2019 •
2007 •
Cadernos de Filosofia Alemã
A imaginação antropológica: conhecimento conjetural e teleologia nos escritos de Kant sobre as raças [Anthropological imagination: conjectural knowledge and teleology in Kant's writings on races]2016 •
2019 •
Schiller and art: the beauty as the elevation of man towards the absolute
Schiller e a arte : a beleza como elevação do homem rumo ao absoluto2007 •
2018 •
AnaLogos
Considerações acerca do belo em Kant e Gadamer: um possível para além da objetividade científica2019 •
Tese de Doutorado em Filosofia
Contribuições da filosofia de Charles S. Peirce para uma investigação acerca de questões de fenomenologia e ontologia das obras de arte2019 •
Ulisses Razzante Vaccari
Arte & Estética