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0 FICHA TÉCNICA RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DOS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE BELO HORIZONTE 2018 Uma publicação do Observatório do Milênio, formado por: REALIZAÇÃO Prefeitura de Belo Horizonte - PBH Secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão André Abreu Reis Subsecretário de Planejamento e Orçamento Bruno Passeli Diretora Central de Planejamento Denise Rezende Barcellos Bastos Gerente de Indicadores Rodrigo Nunes Ferreira Fundação João Pinheiro - FJP Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC-MG Universidade FUMEC Centro Universitário UNA Centro Universitário Newton Paiva Prefeitura de Belo Horizonte Coordenação Executiva Rodrigo Nunes Ferreira Rosane Castro Equipe de Apoio Rodrigo Guimarães Projeto Gráfico e Diagramação Juarez Dutra Ferreira - Prefeitura de Belo Horizonte/Assessoria de Comunicação Fotos Acervo PBH Contatos Tel: 55(31) 32460456 E-mail: observatório@pbh.gov.br COLABORADORES DAS OFICINAS E ATIVIDADES DE DEFINIÇÃO DOS INDICADORES ODS Prefeitura de Belo Horizonte: Adriana Sayar Ferreira de Queiroz e Oliveira (SMED), Afonso Henrique Fraga de Souza (SMMA), Ana Maria Caetano (SMMA), Ana Otávia Ribeiro Paiva (SMSA), Andrea Scalon (Urbel), Artur França da Silva (SMMA), Caroline Schelling Soares (SMSA), Dany Amaral (SMMA), Eliana Maria Oliveira Sá (SMSA), Eveline Trevisan (BHTrans/Observatório da Mobilidade), Fernando Barbosa Moreira (SMMA), Guilherme Pereira de Vargas (SMPU), Hebert Guilherme de Azevedo (SMPU), Iáskara Ribeiro Garcia (SMED), Jaqueline Camilo de Souza (SMSA), José Geraldo Dolabela (Belotur/Observatório Turismo), Karla Vilas Marques (Urbel), Lívia de Oliveira Monteiro (SMPU), Lívia Moraes Torres (SMSA), Lucas Alexandre Alves (SUPDEC/SMOBI), Lucia Maria Miana Mattos Paixão (SMSA), Marcia Cristina Alves (SMSP), Maria Thereza Saez Magalhães (Belotur/Observatório Turismo), Nadine Daniele Magalhães (SMSA), Raquel Arantes Braga (SMOBI), Renata Mascarenhas Bernardes (SMSA), Roberto Vitoi (SMASAC), Verônica Nunes (SMASAC). Fundação João Pinheiro: Ana Paula Salej, Celeste de Souza Rodrigues, Denise Maia, Denise de Almada Madsen, Júnia Santa Rosa, Luiza de Marilac de Souza, Paulo Frederico Madsen. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): Amanda Cristina de Souza Andrade (Observatório de Saúde Urbana/Faculdade de Medicina - OSUBH), Bárbara Lopes Campos (Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher-NEPEM/FAFICH), Breno Henrique Cypriano (NEPEM/FAFICH), Maria Angélica de Salles Dias (OSU-BH), Marlise Matos (NEPEM/FAFICH), Waleska Caiaffa (OSUBH). Universidade FUMEC: Elisabeth Andrade Centro Universitário Newton Paiva: Andréia Abrahão Sant'Anna, Ariane Vanessa Macedo Moura, Bernardo Gomes Barbosa Nogueira, Carolina Lacerda Silva, Cláudia Pires, Giovanna Santos Gomes da Silva, Giselha da Silva Oliveira, Natália Ribeiro Silva. Centro Universitário UNA: Mônica Lucchesi Batista Governo do Estado/Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte: Nísio Torres de Miranda ONU-Habitat: José Chong (Global Public Space Programme) ICLEI América do Sul: Armelle Cibaka RESPONSÁVEIS PELAS RELATORIAS ODS 1 Karina Rabelo Leite Marinho (Fundação João Pinheiro) ODS 2 Bruno Dias Magalhães (PBH/Subsecretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional) ODS 3 Aline Dayrell Ferreira Sales (UFMG/Faculdade de Medicina/OSUBH) ODS 4 Maria Ceres Pimenta Spínola Castro (UFMG/Comunicação Social) ODS 5 Bárbara Lopes Campos e Breno Ferreira Cypriano (UFMG/ FAFICH/Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher – NEPEM) ODS 6 Cláudia Teresa Pires (Centro Universitário Newton Paiva/Arquitetura e Urbanismo) ODS 7 Rodrigo Nunes Ferreira (PBH/Subsecretaria Municipal de Planejamento e Orçamento – SUPLOR) ODS 8 Mônica Lucchesi Batista – docente e Bruno Henrique de Souza Ribeiro, Gabriel Victor Martins Gomes, Lorran René Bortoletto, Thaís Karoline Dumont Oliveira - Discentes do projeto Observatório (Centro Universitário UNA/Ciências Econômicas) ODS 9 Andréia Abrahão Sant’Anna – Centro Universitário Newton Paiva/Smart Campus ODS 10 Bárbara Lopes Campos e Breno Ferreira Cypriano (UFMG/ FAFICH/Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher – NEPEM) ODS 11 Denise de Almada Horta Madsen - Fundação João Pinheiro/Diretoria de Políticas Públicas ODS 12 Mônica Lucchesi Batista e Thais Karoline Dumont Oliveira - Aluna bolsista (Centro Universitário UMA/Ciências Econômicas) ODS 13 Ana Maria Caetano/ PBH/Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA ODS 14 Cláudia Teresa Pires – Centro Universitário Newton Paiva/Arquitetura e Urbanismo ODS 15 Rosane Castro - PBH/Subsecretaria Municipal de Planejamento e Orçamento - SUPLOR ODS 16 Márcia Cristina Alves - PBH/ Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção - SMSP ODS 17 Denise Rezende Barcellos - PBH/Subsecretaria Municipal de Planejamento e Orçamento - SUPLOR APRESENTAÇÃO O protagonismo das cidades na promoção do desenvolvimento sustentável requer ações de planejamento para o enfrentamento de desafios cada vez mais complexos para gestores públicos e para os demais atores locais. Nesta nova etapa de desenvolvimento, a efetividade da ação pública diz respeito não apenas aos seus resultados econômicos mas, sobretudo, à sua capacidade de planejar em diálogo e colaboração com outras instâncias sociais, por meio de arranjos cooperativos com vistas à uma nova governança pública. O presente Relatório é fruto desta colaboração entre governo local e instituições acadêmicas e de pesquisa, por meio da rede do Observatório do Milênio, que entrega à cidade de Belo Horizonte um conjunto qualificado de dados e informações que subsidiarão as ações públicas e as atividades de outros atores locais, com vistas ao alcance de um novo patamar de desenvolvimento nos seus aspectos econômicos, sociais e ambientais. Em 2018, o Observatório do Milênio de Belo Horizonte completa 10 anos de reconhecida atuação, tornando-se um modelo de referência estudado e replicado em outros municípios e regiões, o que fortalece nosso propósito e responsabilidade de aprimorar este protagonismo em prol do desenvolvimento sustentável local. Belo Horizonte destacou-se ao longo dos últimos anos pelos resultados alcançados no acompanhamento da agenda dos Objetivos do Milênio. Além do diálogo e cooperação com outras instituições, o compromisso da atual gestão municipal é o de avançar com as conquistas por meio do monitoramento sistemático dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O Plano Plurianual de Ação Governamental para o período 2018-2021 e os Projetos Estratégicos de Governo incorporaram as metas estabelecidas, em um esforço de ampliar a prestação de contas, a transparência e o controle social sobre nossas ações que possibilitem a avaliação dos resultados das políticas públicas. Conscientes dos desafios colocados, desejamos que este seja mais um instrumento para induzir o uso eficiente de recursos e para o engajamento crescente de pessoas e instituições rumo à plena transformação da cidade em um local seguro, resiliente e sustentável para todos os seus cidadãos e cidadãs. 73 ODS 10. REDUZIR A DESIGUALDADE DENTRO DOS PAÍSES E ENTRE ELES O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 10 das Nações Unidas tem como foco a redução das desigualdades dentro dos países e entre eles mesmos. Nesse sentido, o objetivo apresenta uma séria de diretrizes que não são exatamente voltadas para um público especifico, mas para determinadas comunidades (como as próprias organizações e instituições internacionais) no sentido da criação de mecanismos e ações que possam contribuir para algumas das problemáticas que dizem respeito à temática da desigualdade como um todo, inclusive envolvendo relações entre os próprios países. Tendo em vista as metas15 que seriam mais relevantes no nosso contexto, optamos por focar, prioritariamente, nos indicadores que nos possibilitam fazer inferências sobre a desigualdade de renda no município. Estabelecemos, assim, quatro indicadores: a porcentagem da renda dos 20% mais pobres no total da renda apropriada; a razão entre a taxa de crescimento do rendimento per capita dos 40% com os menores rendimentos da população e da população total; a proporção das pessoas vivendo abaixo de 50% da mediana da renda; e a população em situação de rua. Além disso, reconhecendo a importância de lidar com as problemáticas ligadas às populações em situação de refúgio no cenário internacional, incorporamos o indicador de número de migrantes na situação de refúgio no município. A partir dos indicadores coletados, podemos identificar como há uma clara desproporção entre a renda do munícipio e aqueles que representam os 20% da população mais pobre. Além disso, observamos que mais de 20% da população vive em uma condição extremamente precária de pobreza. Em relação ao número de migrantes em situação de refúgio, conseguimos identificar um total de 103 solicitações deferidas da condição de refugiado registradas em Belo Horizonte. Entretanto, não é possível saber se os solicitantes permanecem na cidade ou mesmo no país. Dados do Sistema Nacional de Cadastro A ONU estabeleceu dez metas que dizem respeito às temáticas de desigualdades. Aqui optamos por trabalhar indicadores a partir de três destas: 10.1 Até 2030, progressivamente alcançar e sustentar o crescimento da renda dos 40% da população mais pobre a uma taxa maior que a média nacional; 10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de todos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica ou outra; 10.7 Facilitar a migração e a mobilidade ordenada, segura, regular e responsável das pessoas, inclusive por meio da implementação de políticas de migração planejadas e bem geridas. 15 74 e Registro de Estrangeiros, gerido pela Polícia Federal, informam que entre 2000 e 2017 foram registrados em Belo Horizonte um total de 65 pedidos de visto de residência para estrangeiro com amparo legal no Estatuto dos Refugiados. Essa situação demonstra a necessidade da criação de mecanismos de monitoramento e acompanhamento dessas pessoas em situação de vulnerabilidade dentro do município. Quadro 12: Indicadores Selecionados para Monitoramento do ODS 10 Meta 10.1 10.1 10.2 Indicador Último valor Apurado Data de apuração PNAD-C 4,5 2017 PNAD-C 0,5 2016-2017 PNAD-C 21,7 2017 6.241 ago/18 Fonte Porcentagem da renda dos 20% mais pobres no total da renda apropriada Razão entre a taxa de crescimento do rendimento per capita dos 40% com os menores rendimentos da população e da população total Proporção da pessoas vivendo abaixo de 50% da mediana da renda 10.2 População em situação de rua (IC) CADUNICO 10.2 Número de migrantes na situação de refúgio no município CONARE 75 ND 76