Logística de Transportes
Redação Portogente
Categoria: Portopédia
01 de Janeiro de 2016 às 10:01
Logística de Transportes é um ramo da logística que envolve a
escolha do melhor modal de transporte, para transportar o maior
número de mercadorias, com o mínimo custo e menor tempo possível.
Portanto, Transportar mercadorias garantindo a integridade da carga,
no prazo combinado e a baixo custo exige o que se chama "logística
de transporte".
Índice ()
1. Papel do Transporte na Logística
2. Curso online grátis de Logística 2014
3. Transporte x Estoque
4. Transporte x Serviço ao Cliente
5. Escolha do Modal de Transporte
6. Importância do Transporte na Cadeia Logística
Papel do Transporte na Logística
O transporte é uma das principais funções logísticas. Além de
representar a maior parcela dos custos logísticos na maioria das
organizações, tem papel fundamental no desempenho de diversas
dimensões do Serviço ao Cliente. Do ponto de vista de custos,
representa, em média, cerca de 60% das despesas logísticas, o que
em alguns casos pode significar duas ou três vezes o lucro de uma
companhia, como é o caso, por exemplo, do setor de distribuição de
combustíveis.
Fonte:
Arte equipe Portogente
As principais funções do transporte na Logística estão ligadas
basicamente às dimensões de tempo e utilidade de lugar. Desde os
primórdios o transporte de mercadorias tem sido utilizado para
disponibilizar produtos onde existe demanda potencial, dentro
do prazo adequado às necessidades do comprador. Mesmo com o
avanço de tecnologias que permitem a troca de informações em
tempo real, o transportecontinua sendo fundamental para que seja
atingido o objetivo logístico, que é o produto certo, na quantidade
certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível.
Muitas empresas brasileiras vêm buscando atingir tal objetivo em suas
operações. Com isso, vislumbram na Logística, e mais
especificamente na função transporte, uma forma de obter diferencial
competitivo. Dentre as iniciativas para aprimorar as atividades de
transporte, destacam-se os investimentos realizados em tecnologia de
informação que objetivam fornecer às empresas melhor planejamento
e controle da operação, assim como a busca por soluções intermodais
que possibilitem uma redução significativa nos custos. São inúmeros
os exemplos de empresas com iniciativas deste tipo, destacando-se
entre elas a Souza Cruz, Coca-Cola, Alcoa, OPP-Trikem, Brahma,
Martins, Dow Química, entre outras.
Fonte: Arte equipe Portogente
Ao longo deste artigo, a função transporte será tratada inicialmente
sob a perspectiva de integração às demais funções logísticas. Em
seguida, os cinco diferentes tipos de modais serão classificados sob a
ótica de custos e serviço. Também serão tratadas as questões que
tornam a matriz de transporte brasileira desbalanceada. O artigo se
encerra com uma discussão sobre os impactos que a tecnologia de
informação, mais especificamente a Internet, vêm causando na gestão
do transporte.
Transporte x Estoque
O ponto central deste trade-off é a relação entre políticas de
transporte e de estoque. Dentro de uma visão não integrada, o gestor
de estoques possui comumente o objetivo de minimizar os custos com
estoque, sem analisar todos os custos logísticos. Este tipo de
procedimento impacta de forma negativa outras funções logísticas,
como por exemplo, a produção que passa a necessitar de uma maior
flexibilidade (com lotes menores e mais freqüentes, ocasionando um
custo maior) e uma gestão de transporte caracterizada pelo transporte
mais fracionado, aumentando de uma forma geral o custo unitário de
transporte. É importante deixar claro, que esta política pode ser a mais
adequada em situações onde se utilizam estratégias baseadas no
tempo, como JIT, ECR, QR. Estas estratégias visam reduzir o estoque
a partir de uma visão integrada da Logística, exigindo da função
transporte a rapidez e consistência necessária para atender os
tamanhos de lote e os prazos de entrega. Além disso, em muitos
casos a entrega deve ser realizada em uma janela de tempo que pode
ser de um turno ou até de uma hora.
Fonte:
Arte equipe Portogente -Transporte X Estoque(caminhão
demonstrando uma rápida entrega)
Outra questão importante ligada a este trade-off está associada a
escolha de modais. Dependendo do modal escolhido, o transit time
poderá variar em dias. Por exemplo, um transporte típico de São
Paulo para Recife pelo modal rodoviário demora em torno de 5 dias,
enquanto o ferroviário pode ser realizado em cerca de 18 dias. A
escolha dependerá evidentemente do nível de serviço desejado
pelo cliente, e dos custos associados a cada opção. O custo total
desta operação deve contemplar todos os custos referentes a um
transporte porta-a-porta mais os custos do estoque, incluindo o
estoque em trânsito. Para produtos de maior valor agregado pode ser
interessante o uso de modais mais caros e de maior velocidade.
Fonte: Arte
equipe Portogente (Balança mostrando desequilíbrio de tempo e
dinheiro)
Transporte x Serviço ao Cliente
O Serviço ao Cliente é um componente fundamental da Logística
Integrada. Todas as funções logísticas contribuem para o nível de
serviço que uma empresa presta aos seus clientes. O impacto do
transporte no Serviço ao Cliente é um dos mais significativos e as
principais exigências do mercado geralmente estão ligadas à
pontualidade do serviço (além do próprio tempo de viagem), à
capacidade de prover um serviço porta-a-porta; à fllexibilidade, no que
diz respeito ao manuseio de uma grande variedade de produtos; ao
gerenciamento dos riscos associados a roubos, danos e avarias e à
capacidade do transportador oferecer mais que um serviço básico de
transporte, tornando-se capaz de executar outras funções logísticas.
As repostas para cada uma destas exigências estão vinculadas ao
desempenho e às características de cada modal de transporte, tanto
no que diz respeito às suas dimensões estruturais, quanto à sua
estrutura de custos.
Fonte: Arte
equipe Portogente(Homem demostrando serviço ao cliente)
Escolha do Modal de Transporte
Os cinco modais de transporte são o ferroviário, o rodoviário,
o aquaviário (que também pode ser denominado de hidroviário),
o dutoviário e o aéreo. A importância relativa de cada modal pode ser
medida em termos da quilometragem do sistema, volume, receita e
natureza da composição do tráfego. Existem diferenças no
desempenho entre os modais relativos a custos fixos e variáveis,
velocidade, disponibilidade, confiabilidade, capacidade e freqüência.
Estes fatores são considerados na escolha do modal a ser utilizado,
dependendo também das características do nível de serviço a ser
realizado.
A escolha do tipo de transporte se dá entre o custo de transporte de
um determinado produto (eficiência) e a velocidade com que o produto
é transportado (responsividade) (CHOPRA & MEINDL, 2003). Para
Lambert et al. (1998), os fatores que influenciam os custos/preços de
transporte estão relacionados com o produto e com o mercado. Os
fatores relacionados com o produto englobam a densidade ou
peso/volume do produto, a facilidade de armazenagem e manuseio do
produto e o risco envolvido, ou seja, produtos que podem ser
facilmente danificados ou sujeitos a roubos e furtos. Os fatores
relacionados com o mercado incluem grau de concorrência entre cada
meio de transporte, localização dos mercados, natureza e extensão da
regulamentação governamental dos transportadores, equilíbrio ou
desequilíbrio do tráfego de fretes em um território, sazonalidade das
movimentações de produtos e se o produto está sendo transportado
dentro do país ou internacionalmente. Reduzir o custodos transportes
e também melhorar o serviço ao cliente são objetivos esperados do
serviço logístico.
Fonte: Arte equipe Portogente
Ao planejar a movimentação da mercadoria pela cadeia de distribuição
física internacional, o importador ou exportador de pequenos lotes
deve escolher, inicialmente, o modal de transporte mais adequado
para conduzir a carga ao destino final estabelecido pelo importador.
Os modais de transporte apresentam vantagens e desvantagens, em
decorrência de fatores como a segurança e rapidez no atendimento às
demandas do comprador, o custo do frete em relação ao valor da
mercadoria, o tipo e a natureza da mercadoria e vários outros fatores.
No Brasil, uma das principais barreiras para o desenvolvimento da
logística está relacionada com as enormes deficiências encontradas
na infra-estrutura de transportes e comunicação. Dados publicados na
revista As Maiores do Transporte mostram que o transporte brasileiro
apresenta uma exagerada dependência do modal rodoviário, o
segundo mais caro, atrás apenas do aéreo. Com a expressiva
participação de 65 % a 75% na matriz dos transportes brasileiros,
seguido por cerca de 20% da ferrovia, o transporte rodoviário é o
grande eixo de movimentação de cargas no transporte brasileiro (A
MELHOR, 2001).
Fonte: CNT ANO XX Nº230 NOVEMBRO 2014
Importância do Transporte na Cadeia Logística
É conhecida a importância decisiva que tem o transporte na logística
de qualquer cadeia produtiva. Um sistema de transporte não
adequado encarece significativamente os custos da cadeia toda, mais
ainda com as rodovias em condições precárias e os problemas
relacionados com afetações meio-ambientais que geram perdas do
produto e de tempo, ocasionando filas de espera enormes nos
armazéns e estradas para o escoamento e comercialização.
Numa cadeia produtiva regional, a logística de transportes produtorarmazém poderia ser analisada de forma sistêmica, determinando
integralmente o que é melhor para a cadeia toda e não de forma
individual.