DURASSIANA - Encontro de pesquisadores de Marguerite Duras - UFRJ - Rio, 15 e 16 de agosto 2019.
A obra de Marguerite Duras, além de ser das mais prolíficas, não se limita apenas à perspectiva literária. O cinema a que ela se dedicou ao longo dos anos setenta, revela ao mesmo tempo, a relação estreita do literário ao fílmico, além da afirmação de um trabalho cinematografico inovador. O acesso aos arquivos cinematográficos de Marguerite Duras conservados na França, no IMEC – Institut Mémoire de l’Édition contemporaine – permite desvelar o processo criativo da escritora, que transita entre texto e imagem.
Essa comunicação pretente explorar o processo simbiótico entre o literário e o cinematográfico examinando a poética durassiana numa perspectiva da intermidialidade. Tal perspectiva se benerficia da reflexão em torno da relação mídiatica, a qual é o cerne da obra de Marguerite Duras. O fundo de arquivos de Marguerite Duras revela o quanto a obra cinematográfica durassiana se priviegia do imbricamento entre texto e filme até mesmo no seu processo criativo. Além disso, no cinema de Duras, a prática do found footage, - que permite que outros filmes sejam montados a partir de cenas remanescentes de um filme matriz - faz parte desse fazer cinema à maniera durassiana. Tal prática se inscreve numa estética da reciclagem, que sera também aqui explorada.
Nossa refexão se apoiará então no corpus durassiano, a partir de exemplos de filmes como Le Navire Night e os curtas metragem Les mains négatives e Césarée , e ainda, Agatha e les lectures illimitées et L’Homme Atlantique. Os procedimentos do cinema de Marguerite Duas,como a imagem “noire” e a aparente divisão da voz off e da imagem, serão aqui discutidos à luz dos estudos intermidiais.
Luciene Guimarães de Oliveira hasn't uploaded this document.
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