CO N TA B I LI D A D E
GE R AL
Junho/2013
Atualização: Prof. Mauricio Barros
SUMÁRIO
OBJETIVOS DO CURSO
02
OBJETIVOS DA CONTABILIDADE
03
USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
04
INFORMAÇÕES PRESTADAS PELA CONTABILIDADE
04
CONCEITO DE CONTABILIDADE
05
PRINCIPIOS DE CONTABILIDADE
06
CARACTERISTICAS QUALITATIVAS DE INFORMAÇÃO
08
PATRIMÔNIO
10
ELEMENTOS PATRIMÔNIAIS
11
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
15
REGISTROS CONTÁBEIS
16
PLANO DE CONTAS
17
BALANÇO PATRIMONIAL
24
MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL
28
CRITERIOS DE AVALIAÇÃO DAS CONTAS DO BP
29
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO
32
MODELO DE DRE
33
ENTENDENDO A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
34
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
37
APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
42
CONJUNTO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
43
DEPRECIAÇÃO
44
OPERAÇÕES CONTÁBEIS
47
FOLHA DE PAGAMENTO
49
OPÇOES TRIBUTÁRIAS
51
CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL
56
GESTÃO DOS NEGÓCIOS ATRAVÉS DA CONTABILIDADE
57
CADERNO DE EXERCÍCIOS
61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
73
1
OBJETIVOS DO CURSO
Oferecer aos alunos da Fundação Sergio Contente o conhecimento inicial necessário para
ingressar na profissão contábil.
Com uma linguagem simples e acessível ao iniciante em Contabilidade, apresentamos nesse
material os conceitos e aplicações, princípios e estruturação da escrituração contábil.
É importante que o aluno tenha ideia da importância de estudar contabilidade, pois o estudo
dessa ciência fornece informações de utilidade para a tomada de decisão dentro e fora de uma
empresa.
Cabe aqui ressaltar que o mercado de trabalho na área contábil é de alto nível, sendo um dos
melhores no sentido financeiro, dentre os seus profissionais. Seu campo de atuação é muito
amplo, tendo em vista a necessidade do controle e organização do Patrimônio de uma entidade.
Entretanto trata-se de um mercado muito exigente onde não se esgotam os esforços para
melhorar seu conhecimento.
A partir dos estudos da Ciência Contábil na Fundação Sergio Contente, você será capaz de
entender o conceito de Patrimônio, bom como os seus componentes. Será capaz de visualizar a
contabilidade como uma ferramenta gerencial para controle do Patrimônio de uma entidade e
conhecerá os principais pontos das demonstrações contábeis.
Desejamos a todos os nossos alunos muito sucesso nos estudos e boa sorte.
Corpo Docente
Fundação Sergio Contente.
2
CONCEITO DE CONTABILIDADE
Contabilidade é a ciência social que visa ao registro e ao controle dos atos e fatos econômicos,
financeiros e administrativos das entidades.
Trata-se de um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com
demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com
relação à entidade objeto de contabilização.
ENTIDADE
A palavra Entidade na contabilidade tem sentido amplo e nada tem a ver com entidades
filantrópicas por exemplo. Entidade é o conjunto de todas as pessoas físicas ou jurídicas da qual a
ciência contábil estuda.
Assim, entidades são em linhas gerais:
Todas as empresas (indiferente do tamanho);
Todas as entidades filantrópicas como Ong´s, Fundações, Igrejas, etc.;
Cooperativas;
Pessoa Física;
OBJETO DE ESTUDO CONTABILIDADE
A contabilidade tem como objeto de estudos o Patrimônio das Entidades, sejam elas entidades de
fins lucrativos ou não. Tem como Função Administrativa controlar o patrimônio visando
demonstrar a sua situação em um determinado momento e como Função Econômica visa apurar
resultados a fim de demonstra-los periodicamente independente se positivos ou negativos.
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OBJETIVOS DA CONTABILIDADE
O principal objetivo da contabilidade é permitir aos usuários a avaliação da situação econômica e
financeira da entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências
futuras.
As principais funções da Contabilidade são: registrar, organizar, demonstrar, analisar e
acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da atividade econômica ou social que a
empresa exerce no contexto econômico.
Registrar todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário;
Organizar um sistema de controle adequado à empresa;
Demonstrar com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de
demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa;
Analisar os demonstrativos financeiros com a finalidade de apuração dos resultados
obtidos pela empresa;
Acompanhar a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os pagamentos a
serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros e alertando para eventuais
problemas.
Para que isso ocorra, primeiramente é necessário registrar todas as operações que ocorrem na
empresa tais como compras, vendas, recebimentos, pagamentos, etc.
4
USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
São todas as pessoas físicas ou jurídicas que tenha interesse na avaliação da situação e do
progresso de determinada entidade, seja tal entidade empresa, ente de finalidades não
lucrativas, ou mesmo patrimônio familiar.
INFORMAÇÕES PRESTADAS PELA CONTABILIDADE
A. Informações de natureza econômico-financeira;
B. Informações de natureza física;
C. Informações sobre produtividade.
5
PATRIMÔNIO
A finalidade da Contabilidade é controlar o Patrimônio das entidades com o objetivo de fornecer
informações sobre a sua composição e suas variações. Portanto todas as movimentações
possíveis de mensuração monetária são registradas pela contabilidade, que, em seguida, resume
os dados registrados em forma de relatórios contábeis.
O Patrimônio, sendo o objeto da Contabilidade, define-se como o conjunto formado pelos Bens,
pelos Direitos e pelas Obrigações pertencentes a uma pessoa física ou jurídica, independente se
com fins lucrativos ou não, e que seja passível de avaliação em moeda.
Portanto, o patrimônio das entidades corresponde ao objeto de estudos da contabilidade e pode
ser representado da seguinte forma:
PATRIMONIO
BENS E
OBRIGAÇÕES
DIREITOS
(Com Terceiros e com os Sócios)
(ATIVO)
(PASSIVO)
Pessoa Física é a pessoa natural, registrada no cartório de registro de pessoas naturais, com
direitos e obrigações perante o Estado e a sociedade, responde individualmente pelos seus atos.
Pessoa Jurídica é composta por pessoas físicas por meio de um contrato registrado em cartório e
em outros órgãos competentes (receita federal, junta comercial etc.), no qual manifestam um
acordo de vontades de praticar determinada atividade. Pela pessoa jurídica respondem os sócios,
e sua extinção se dá por um acordo entre eles ou por determinação judicial.
6
ELEMENTOS PATRIMONIAIS
BENS: São os itens que a empresa possui para satisfazer suas necessidades de troca, consumo ou
aplicação, que sejam suscetíveis de avaliação econômica. Os Bens de uma entidade podem ser
classificados como Tangíveis ou Intangíveis.
− TANGIVEIS: São bens matérias, concretos, ou seja, são corpóreos.
− INTANGIVEL: São bens imatérias, abstratos, ou seja, que não tem forma física.
Exemplos de Bens Tangíveis:
•
•
•
•
•
Caixa;
Estoques;
Equipamentos;
Terrenos.
Maquinas
Exemplos de Bens Intangíveis:
•
•
•
Softwares;
Marcas;
Patentes;
DIREITOS: É a representação do que a empresa tem a receber de terceiros por conta de uma
operação. Os direitos são facilmente identificados por conta das expressões “A Receber” ou “A
Recuperar”.
Exemplos de direitos:
•
•
•
Aplicações financeiras;
Duplicatas a receber;
Clientes.
7
OBRIGAÇÕES: São as dívidas ou repasses de responsabilidade da empresa junto a terceiros.
Seguindo o exemplo dos direitos, as obrigações também são facilmente identificadas por contas
das expressões “A Pagar” ou “A Recolher”.
Exemplos de obrigações:
•
•
•
•
•
Fornecedores;
Empréstimos;
Salários a pagar.
Duplicatas a Pagar
Tributos a Recolher
Exemplo de Patrimônio
PATRIMONIO CIA SP LTDA.
BENS
Caixa
500
Veículos
OBRIGAÇÕES
25.000 Fornecedores
DIREITOS
Salários a Pagar
Banco
1.500 Impostos a Recolher
Duplicatas a Receber
3.000
TOTAL
30.000 TOTAL
15.000
12.000
3.000
30.000
Com isso demonstra-se claramente a necessidade do equilíbrio no total entre os Bens e Direitos,
e as Obrigações de uma entidade.
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Conforme a matéria apresentada em aula, sabemos que o Patrimônio de uma entidade é
composto por Bens, Direitos e Obrigações. Contudo o patrimônio das entidades deve ser dividido
em dois grupos para que haja o equilíbrio entre seus elementos.
O Patrimônio será divido da seguinte forma:
ATIVO: Representa a parte positiva do patrimônio, figura do lado esquerdo do balanço e é
composto pelos Bens e Direitos.
PASSIVO: Representa a parte negativa do patrimônio, figura do lado direito do balanço e é
composto pelas obrigações da entidade e o Patrimônio Líquido.
Exemplo:
PATRIMÔNIO
ATIVO
PASSIVO
Obrigações com
Bens e
Terceiros
Direitos
Patrimônio Líquido
Obrigações com
Sócios
9
SITUAÇÃO LIQUIDA DO PATRIMONIO: É a diferença entre o Ativo e o Passivo, podendo
apresentar três situações líquidas:
1ª situação: Quando o Ativo é maior que o Passivo, resultando uma Situação Líquida Ativa,
também chamada positiva, superavitária ou favorável.
2ª situação: Quando o Ativo é menor que o Passivo resultando em uma Situação Líquida Passiva,
também denominada negativa, deficitária ou desfavorável. Nesse caso há um déficit patrimonial
ou passivo a descoberto.
3ª situação: Quando o Ativo é igual ao Passivo, resultando em uma Situação Nula. Nesse caso o
capital foi absorvido e todo o patrimônio pertence a terceiros, considerando que o total dos bens
e direitos é igual ao das obrigações.
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMONIO
SL
B
D
O
OU
SL
A
P
ONDE:
SL = Situação Liquida
A = Ativo
B = Bens
P = Passivo
D = Direitos
O = Obrigações
10
PRINCIPIOS DE CONTABILIDADE
(Resolução CFC nº 750/93, com alterações pela Resolução CFC nº 1.282/10)
Os Princípios de Contabilidade são regras, doutrinas, essências e teorias que a profissão contábil
utiliza para fixar padrões de comparação e de credibilidade em função do reconhecimento dos
critérios adotados para a elaboração das demonstrações financeiras. Desta forma, as regras
gerais da ciência contábil no Brasil são regidas pelos Princípios de Contabilidade.
Segue a exposição da regra que todos os contabilistas têm de seguir como ponto inicial da
profissão.
São Princípios de Contabilidade:
Entidade;
Continuidade;
Oportunidade;
Registro pelo Valor Original;
Atualização Monetária;
Competência;
Prudência.
Principio da Entidade: Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a
autonomia patrimonial, ou seja, a Contabilidade deve ter plena distinção e separação entre
pessoa física e pessoa jurídica. Enfim, o patrimônio da empresa jamais se confunde com o dos
seus sócios.
Principio da Continuidade: O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio
levam em conta esta circunstância.
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Principio da Oportunidade: Refere-se ao momento em que devem ser registradas as variações
patrimoniais. Devem ser feitas de forma integra e tempestiva, independentemente das causas
que as originaram, contemplando os aspectos físicos e monetários. A integridade dos registros é
de fundamental importância para a análise dos elementos patrimoniais, pois todos os fatos
contábeis devem ser registrados.
Principio do Registro pelo Valor Original: Os componentes do patrimônio devem ser registrados
pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na
moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive
quando configurarem agregações ou decomposições no interior da entidade.
Principio da Atualização Monetária: Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda
nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão
formal dos valores dos componentes patrimoniais.
Principio da Competência: As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do
resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se relacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.
Principio da Prudência: Determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do
maior valor para os componentes do Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. – visa a
prudência na preparação dos registros contábeis, com a adoção de menor valor par os itens do
ativo e da receita, e o de maior valor para os itens do passivo e de despesa.
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Características qualitativas de informação em demonstrações contábeis
Além dos Princípios de Contabilidade estudados anteriormente, existem características
qualitativas de enorme importância no estudo da ciência contábil. A seguir destacamos algumas
dessas características apresentadas na integra na pela Resolução CFC nº 1255/10.
Compreensibilidade
A informação apresentada em demonstrações contábeis deve ser apresentada de modo a tornála compreensível por usuários que têm conhecimento razoável de negócios e de atividades
econômicas e de contabilidade, e a disposição de estudar a informação com razoável diligência.
Entretanto, a necessidade por compreensibilidade não permite que informações relevantes
sejam omitidas com a justificativa que possam ser de entendimento difícil demais para alguns
usuários.
Relevância
A informação fornecida em demonstrações contábeis deve ser relevante para as necessidades de
decisão dos usuários. A informação tem a qualidade da relevância quando é capaz de influenciar
as decisões econômicas de usuários, ajudando-os a avaliar acontecimentos passados, presentes e
futuros ou confirmando, ou corrigindo, suas avaliações passadas.
Materialidade
A informação é material e, portanto tem relevância se sua omissão ou erro puder influenciar as
decisões econômicas de usuários, tomadas com base nas demonstrações contábeis.
Confiabilidade
A informação fornecida nas demonstrações contábeis deve ser confiável. A informação é
confiável quando está livre de desvio substancial e viés, e representa adequadamente aquilo que
tem a pretensão de representar ou seria razoável de se esperar que representasse.
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Primazia da essência sobre a forma
Transações e outros eventos e condições devem ser contabilizados e apresentados de acordo
com sua essência e não meramente sob sua forma legal. Isso aumenta a confiabilidade das
demonstrações contábeis.
Prudência
As incertezas que inevitavelmente cercam muitos eventos e circunstâncias são reconhecidas pela
divulgação de sua natureza e extensão e pelo exercício da prudência na elaboração das
demonstrações contábeis.
Integralidade
Para ser confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser completa,
dentro dos limites da materialidade e custo. Uma omissão pode tornar a informação falsa ou
torná-la enganosa e, portanto, não confiável e deficiente em termos de sua relevância.
Comparabilidade
Os usuários devem ser capazes de comparar as demonstrações contábeis da entidade ao longo
do tempo, a fim de identificar tendências em sua posição patrimonial e financeira e no seu
desempenho. Os usuários devem, também, ser capazes de comparar as demonstrações contábeis
de diferentes entidades para avaliar suas posições patrimoniais e financeiras, desempenhos e
fluxos de caixa relativos.
Tempestividade
Para ser relevante, a informação contábil deve ser capaz de influenciar as decisões econômicas
dos usuários. Tempestividade envolve oferecer a informação dentro do tempo de execução da
decisão. Se houver atraso injustificado na divulgação da informação, ela pode perder sua
relevância.
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CONTAS
CONCEITOS
Conta é o nome técnico que identifica um componente patrimonial (Bem, Direito, Obrigação ou
Patrimônio Líquido) ou um componente de Resultado (Despesa ou Receita).
Portanto, as Contas representam registros de débitos e créditos da mesma natureza ou espécie,
identificadas por nomes (títulos) que qualificam elementos patrimoniais (bens, direitos,
obrigações, patrimônio líquido, despesas e receitas).
A conta tem sempre objeto distinto de outras contas porque reúne fatos de características
próprias, iguais por sua natureza e que sucedem no patrimônio.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS
Teoria Patrimonialista
É a teoria usualmente adotada no Brasil. Considera o patrimônio como objeto da contabilidade.
Classifica as contas como:
a) Contas Patrimoniais: são as contas do Ativo representativas dos bens e dos direitos da
entidade, e do Passivo representativas das obrigações e do Patrimônio Líquido da entidade;
b) Contas De Resultado: são as contas que representam as receitas e as despesas da entidade.
FUNÇÃO DAS CONTAS
A função das contas é controlar as variações ocorridas no patrimonio, mediante registro dos atos
e fatos da administração econômica dos componentes do patrimônio e a formação dos
resultados realizados em cada período de tempo (exercício social).
É através das contas que a contabilidade consegue desempenhar o seu papel. Todos os
acontecimentos que ocorrem na empresa, responsáveis pela sua gestão, são registrados em
livros próprios através dessas contas.
ATOS CONTÁBEIS - São acontecimentos que não alteram o patrimônio, por isso, não são
registrados nos livros contábeis. Ex: contratos, avais, fianças, orçamentos, etc.
FATOS CONTÁBEIS - São aqueles que provocam modificação no Patrimônio da entidade, sendo,
por isso, objeto de contabilização através de conta patrimonial ou conta de resultado, podendo
ou não alterar o Patrimônio Líquido.
Ex: Compras, Vendas, Pagamentos, Recebimentos, etc.
15
Exemplo:
FATOS
CONTAS
Pagamento a vista em dinheiro
Caixa
Pagamento a vista em cheque
Bancos
Automóveis
Veículos
Cadeiras, mesas, armários, calculadoras
Móveis e Utensílios
Máquinas e equipamentos industriais
Máquinas e Equipamentos
Vendas a prazo
Duplicatas a Receber, Títulos a Receber
Compras a prazo
Duplicatas a Pagar, Títulos a Pagar
Integralização em Dinheiro
Capital Social
FUNCIONAMENTO DAS CONTAS
As contas são movimentadas através de débitos e de créditos. Para entender o mecanismo do
débito e crédito das contas é preciso, primeiramente, conhecer a natureza de cada conta.
As contas do Ativo e as contas de Custos e Despesas são de natureza devedora, ou seja, de
débito. O aumento dos saldos dessas contas se dará pelos respectivos débitos, e as diminuições
pelos respectivos créditos.
As contas do Passivo e as contas de Receitas são de natureza credora, ou seja, de crédito,
aumentando-se seus saldos pelo respectivo crédito e diminuindo pelo débito.
As Contas de natureza Retificadora ou Redutora são contas que têm saldo contrário ao saldo do
grupo ao qual pertencem. Assim, as contas retificadoras de Ativo (ou redutoras de Ativo) têm
saldos credores; as contas retificadoras de Passivo (ou redutoras de passivo) e de Patrimônio
Líquido têm seus respectivos saldos devedores.
Elas tem a função de reduzir o saldo de outra conta. Possui a natureza inversa, a natureza do
grupo ao qual pertencem.
Ex. depreciação acumulada, capital a integralizar, PCLD – Provisão para Credito de Liquidação
Duvidosa.
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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS CONTAS
Para simplificar as ilustrações e a resolução de problemas, utilizaremos uma representação
gráfica bastante simples, que será denominada CONTA T ou RAZONETE ou simplesmente T.
O Razonete é formado pelo:
•
•
•
Título da Conta: indica o elemento patrimonial ou de resultado.
Lado Esquerdo: indica o lado do Débito.
Lado Direito: indica o lado do Crédito.
D (Título da conta) C
•
•
•
Debitar significa lançar valores do lado esquerdo do Razonete;
Creditar significa lançar valores do lado direito do Razonete;
O Saldo de uma conta é o valor da diferença entre a soma dos débitos e a soma dos
créditos do respectivo Razonete.
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PLANO DE CONTAS
O Plano de Contas é o elenco de todas as contas utilizadas pelo contabilista e criado de acordo
com a natureza da entidade. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, o plano de
contas é a estrutura básica da escrituração contábil, pois é com sua utilização que se estabelece o
banco de dados com informações para geração de todos os relatórios e livros contábeis, tais
como: Diário, Razão, Balancete, Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado e Análises,
além de outros.
Observadas as regras e explicações acima, para que sejam estruturadas um Sistema Contábil
adequado é necessário um plano de contas que atenda de fato os requisitos da Entidade. Deve-se
analisar não apenas o momento atual, mas prever como será o futuro da Entidade, bem como
seu possível crescimento, possíveis negociações com terceiros, tributação, despesas, custos, etc,
ou seja, o Plano de Contas deverá contemplar nomenclaturas para as mais variadas situações que
necessitem contabilização. E com o passar do tempo o plano de contas recebem adaptações
necessárias em conformidade com novos negócios ou fatos que possam ocorrer nesta Entidade.
Assim, neste modelo, apresentamos um plano de contas simplificado de quatro graus, ou seja,
com quatro níveis, a exemplo do modelo disponível na Resolução CFC nº 1.418/12 onde:
Nível 1:
Ativo;
Passivo e Patrimônio Líquido; e
Receitas, Custos e Despesas (Contas de Resultado).
Nível 2:
Ativo Circulante e Ativo Não Circulante.
Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido.
Receitas de Venda, Outras Receitas Operacionais, Custos e Despesas Operacionais.
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Nível 3:
Contas sintéticas que representam o somatório das contas analíticas que recebem os
lançamentos contábeis, como, por exemplo, Caixa e Equivalentes de Caixa.
Nível 4: Contas analíticas que recebem os lançamentos contábeis, como, por exemplo, Bancos
Conta Movimento.
Exemplo de plano de contas com quatro níveis conforme acima:
Nível 1 – Ativo
Nível 2 – Ativo Circulante
Nível 3 – Caixa e Equivalentes de Caixa
Nível 4 – Bancos Conta Movimento
O contabilista responsável pela escrituração contábil deverá avaliar a quantidade de dígitos em
cada nível, de forma que atenda as necessidades da empresa.
A seguir apresentamos um modelo de Plano de Contas simplificado disponível no anexo IV da
Resolução CFC nº 1.418/12:
19
PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO
Código
D escr içã o das Cont a s
1
ATI VO
1 .1
ATI VO CI RCULANTE
1.1.1
Caixa e Equivalent es de Caixa
1.1.1.01
Caixa
1.1.1.02
Bancos Cont a Movim ent o
1.1.2
Cont as a Receber
1.1.2.01
Clientes
1.1.2.02
( - ) Perdas Est im adas com Créditos de Liquidação Duvidosa
1.1.3
Est oque
1.1.3.01
Mercadorias
1.1.3.02
Produt os Acabados
1.1.3.03
I nsum os
1.1.4
Out ros Crédit os
1.1.4.01
Tít ulos a Receber
1.1.4.02
I m postos a Recuperar
1.1.4.03
Out ros Valores a Receber
20
1 .3
ATI VO NÃO CI RCULAN TE
1.3.1
Realizável a Longo Prazo
1.3.1.01
Cont as a Receber
1.3.1.02
( - ) Perdas Est im adas com Créditos de Liquidação Duvidosa
1.3.2
I nvest im ent os
1.3.2.01
Part icipações Societárias
1.3.2.02
Out ros I nvest im ent os
1.3.3
I m obilizado
1.3.3.01
Terrenos
1.3.3.02
Edificações
1.3.3.03
Máquinas e Equipam ent os
1.3.3.04
Veículos
1.3.3.05
Móveis e Utensílios
1.3.3.06
( - ) Depreciação Acum ulada
1.3.4
I nt angível
1.3.4.01
Soft wares
1.3.4.02
( - ) Am ort ização Acum ulada
2
PASSI VO E PATRI M ÔN I O LÍ QUI D O
2 .1
PASSI VO CI RCULAN TE
21
2.1.1
Fornecedores Nacionais
2.1.1.01
Fornecedor
2.1.2
Em prést im os e Financiam ent os
2.1.2.01
Em prést im os Bancários
2.1.2.02
Financiam ent os
2.1.3
Obrigações Fiscais
2.1.3.01
SI MPLES NACI ONAL
2.1.3.02
I CMS a Recolher
2.1.3.03
I SSQN a Recolher
2.1.4
Obrigações Trabalhistas e Sociais
2.1.4.01
Salários a Pagar
2.1.4.02
FGTS a Recolher
2.1.4.03
I NSS dos Segurados a Recolher
2.1.5
Cont as a Pagar
2.1.5.01
Telefone a Pagar
2.1.5.02
Energia a Pagar
2.1.5.03
Aluguel a Pagar
2.1.6
Provisões
2.1.6.01
Provisão de Férias
2.1.6.02
Provisão de 13º Salário
2.1.6.03
Provisão de Encargos Sociais sobre Férias e 13º Salário
22
2 .2
PASSI VO N ÃO CI RCULANTE
2.2.1
Financiam ent os
2.2.1.01
Financiam ent os Banco A
2.2.2
Out ras Contas a Pagar
2.2.2.01
Em prést im os de Sócios
2 .3
PATRI MÔN I O LÍ QUI DO
2.3.1
Capit al Social
2.3.1.01
Capit al Subscrit o
2.3.1.02
( - ) Capit al a I nt egralizar
2.3.2
Reservas
2.3.2.01
Reservas de Capital
2.3.2.02
Reservas de Lucros
2.3.3
Lucros/ Prej uízos Acum ulados
2.3.3.01
Lucros Acum ulados
2.3.3.02
( - ) Prej uízos Acum ulados
3
RECEI TAS
3.1
Receit as Operacionais
23
3.1.1
Receit as de Venda
3.1.1.01
Venda de Produt os
3.1.1.02
Venda de Mercadorias
3.1.1.03
Venda de Serviços
3.1.1.04
( - ) Deduções de Tribut os, Abat im ent os e Devoluções
3.1.2
Receit as Financeiras
3.1.2.01
Receit as de Aplicações Financeiras
3.1.2.02
Juros At ivos
3.1.3
Out ras Receitas Operacionais
3.1.3.01
Receit as de Venda de I m obilizado
3.1.3.02
Receit as de Venda de I nvest im ent os
3.1.3.03
Out ras Receitas
4
D ESPESAS
4.1
Despesas Operacionais
4.1.1
Despesas de Com ercialização
4.1.1.01
Despesas Adm inist rat ivas
4.1.1.02
Despesas com Vendas
4.1.1.03
Out ras Despesas Gerais
24
METODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
É o método pelo qual cada Débito efetuado em uma ou mais contas, deve corresponder um
Crédito em uma ou mais contas, de tal forma que o total debitado seja sempre igual ao total
creditado. Isso significa que toda aplicação de recurso deve ter uma origem, portanto não há
Débito sem um Crédito correspondente ou não há uma aplicação sem uma origem respectiva.
DÉBITO = Aplicação do Recurso
CRÉDITO = Origem do Recurso
Origem: aprimoramento das partidas simples.
Propósito: evidenciar o efeito provocado ao patrimônio, a partir de um fato contábil.
Duas Perguntas Essenciais...
25
REGISTROS CONTÁBEIS
DEBITO – Corresponde ao aumento de Bens ou Diretos, ou ainda a diminuição de Obrigações. A
título de exemplo, debitamos a conta de “Duplicatas a Receber” pela venda a prazo, pois esta
conta agora é um devedor da empresa, deve pagar a duplicata.
CREDITO – Corresponde ao aumento de obrigações para com alguém ou a diminuição de bens ou
direitos de uma empresa. A título de exemplo, creditamos a conta de fornecedores pelo
lançamento do registro de uma obrigação, pois o fornecedor passou a ser credor da empresa.
REGRA DE COMO FAZER LANÇAMENTOS CONTÁBEIS:
ATIVO
PASSIVO
RESULTADO
(+) Aumenta = DÉBITO
(+) Aumenta = CRÉDITO
(+) RECEITA = CRÉDITO
(-) Diminui = CRÉDITO
(-) Diminui = DÉBITO
(-) DESPESA = CRÉDITO
26
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
Livro Diário
Todos os registros de fatos ocorridos em uma entidade, no decorrer de um terminado exercício,
devem ser escriturados em um livro que chamamos de Livro Diário. Sendo um dos livros
obrigatórios para efeitos de registros e posteriores fiscalizações pelos órgãos competentes,
devendo seguir algumas formalidades para ser escriturado conforme a seguir:
No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização, clareza e
referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que
provoquem variações patrimoniais.
A escrituração deve conter, no mínimo:
a) data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu;
b) conta devedora;
c) conta credora;
d) histórico que represente a essência econômica da transação.
e) valor do registro contábil;
f) informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram um
mesmo lançamento contábil.
Razão
Este livro tem por finalidade informar a movimentação de cada conta escriturada no livro Diário.
Ele seguira a mesma ordem cronológica que o Livro Diário. No Razão será demonstrado em cada
folha de seu livro, o movimento de uma determinada conta, sempre trazendo o seu saldo inicial,
a movimentação do período e o saldo final, sendo devedor ou credor.
Para este livro, não existe nenhuma formalidade básica, seja para a sua escrituração ou para o
seu registro. Para a legislação comercial, ele não é um livro obrigatório para as empresas, sendo
um livro facultativo, já para os contribuintes do imposto de renda com base no Lucro Real se
torna obrigatório conforme a legislação fiscal.
27
Balancete de Verificação
Balancete de Verificação tem a finalidade de identificar os possíveis erros após ter feito os
registros no livro diário e no razão. É uma demonstração facultativa para as empresas ou
entidades, e a sua estrutura terá três colunas, onde na primeira encontra-se saldo inicial da
conta, na Segunda a movimentação (a débito e a crédito) do referido período e na terceira, o
saldo final da conta. Esses saldos, no Balancete de Verificação devem ser iguais, aos do Diário e
Razão.
Existem também outros modelos de Balancete que já vem nos software de contabilidade, que
também são aceitos para serem impressos se a empresa ou entidade preferir cabendo até
registro.
Exemplo Prático de Escrituração Contábil:
A Empresa Cia SP Ltda., iniciou as atividades em 01 de janeiro de 2012 e terá que efetuar a
escrituração contábil.
No primeiro mês, a empresa realizou as seguintes operações:
a) 01/01 – Integralização de Capital Social no valor de $ 100.000,00, sendo $ 30.000 em
dinheiro e $ 70.000 em Móveis e Utensílios;
b) 05/01 – Abertura de uma Conta Corrente no Banco X S/A., com depósito inicial de $
20.000;
c) 10/01 – Compra de um Veículo para uso da empresa no valor de $ 25.000 sendo
15.000 à vista com cheque 0001 e o saldo para 30 dias;
d) 20/01 – Venda de Serviço à vista, com depósito no Banco X, valor de $ 2.500;
e) 30/01 – Apropriação de Despesas com Salários no valor total de $ 10.800
28
ESCRITURAÇÃO LIVRO DIÁRIO:
SÃO PAULO,
DE
DE 20
SÃO PAULO,
D:
C:
H:
DE
DE 20
SÃO PAULO,
D:
C:
DE
DE 20
SÃO PAULO,
D:
C:
H:
DE
DE 20
SÃO PAULO,
D:
C:
H:
DE
DE 20
D:
C:
H
H
29
LIVRO RAZÃO (RAZONETES)
30
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
EMPRESA :
PERÍODO: / / 2012
CONTAS
DÉBITO
CRÉDITO
SALDO ATUAL
D/C
NOTA:
O art. 1.179 do Novo Código Civil Brasileiro, instituído pela Lei nº 10.406/02, traz o seguinte texto.
(...)
“Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado
ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a
levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico”.
(...)
Portanto, fica expresso de forma clara que todas as entidades, sejam com fins de lucros ou não, devem manter a
escrituração contábil, independente do regime tributário, pois não se pode confundir normas societárias com as
normas fiscais.
31
APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Além das variações patrimoniais observadas através do conjunto que compõem o patrimônio das
empresas Bens, Direitos e Obrigações, medidas pela aplicação da Equação Fundamental da
Contabilidade: PL = B + D – O, existem os efeitos provocados pelas atividades praticadas pelas
empresas ao longo de cada período (exercício fiscal). Atribuímos a estes efeitos o título de
Resultado.
O Resultado de um exercício é apurado através do confronto entre as receitas e despesas ou
contas de resultado, gerando lucro quando as receitas forem superiores e prejuízos quando as
despesas forem superiores.
O processo de apuração consiste em efetuar lançamentos de transferência dos saldos das
receitas e despesas para uma conta temporária chamada ARE – Apuração do Resultado do
Exercício. Naturalmente este procedimento gerará escrituração no diário, razão e a necessidade
do levantamento de um novo balancete de verificação.
O resultado apurado neste processo, qualquer que seja (lucro ou prejuízo), é imediatamente
transferido para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados no Patrimônio Liquido refletindo,
portanto, o aumento ou diminuição na situação patrimonial da empresa.
EXEMPLO DE APURAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
Procederemos agora a Apuração do Resultado do Exercício relativo ao exemplo anterior.
APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ( ARE )
DESPESAS
TOTAL
RECEITAS
TOTAL
32
PROCESSO CONTÁBIL
Considerando o conteúdo apresentado até o momento, podemos considerar que o processo
contábil completo é definido da seguinte forma:
BALANÇO PATRIMONIAL
(Estrutura Básica Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09)
O Balanço Patrimonial é destinado a evidenciar em uma determinada data a real situação
financeira de uma Entidade.
O Novo Código Civil Brasileiro destaca em seu artigo 1.188 o seguinte texto:
(...)
“Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da
empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais,
indicará, distintamente, o ativo e o passivo”. (Grifo nosso)
(...)
Portanto o Balanço Patrimonial deve apresentar a saúde financeira de uma Entidade, bem como
a sua elaboração deverá atender as normas contábeis e estar em acordo com os Princípios de
Contabilidade.
33
No Balanço Patrimonial, as contas serão classificadas de acordo com os elementos do patrimônio
que registrem, e deveram ser divida em grupos do modo em que facilite o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.
O Ativo e o Passivo deverão ser divididos da seguinte forma:
ATIVO:
Ativo Circulante
Ativo Não Circulante
PASSIVO:
Passivo Circulante
Passivo Não Circulante
Lei nº 6.404/76 art. 178
Em acordo com a Lei nº 6.404/76, as contas serão classificadas do seguinte modo:
ATIVO CIRCULANTE: Disponibilidades, Valores a Receber, Estoques e Outros Valores a Receber
até o final do exercício subsequente.
ATIVO NÃO CIRCULANTE: O Ativo Não Circulante será divido em:
a) Realizável a Longo Prazo: São normalmente direitos que a Entidade tem a seu favor e serão
realizados após o final do exercício subsequente. Exemplo: Duplicatas a Receber a Longo Prazo;
b) Investimentos: As participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer
natureza, não classificáveis no Ativo Circulante, e que não se destinem à manutenção da
atividade da companhia ou da empresa. Exemplo: Obras de arte; Participações em outras
empresas; etc;
c) Imobilizado: Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das
atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os
decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses
bens;
34
d) Intangível: Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
PASSIVO CIRCULANTE: São as obrigações da entidade exigíveis até o fim do exercício
subsequente. Exemplos: Duplicatas a Pagar, Impostos a Recolher, Empréstimos e Financiamentos
etc.
PASSIVO NÃO CIRCULANTE: Empréstimos e Financiamentos e outras Obrigações com expectativa
de vencimento previsto após o termino do exercício subsequente.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Valor das entradas de Capital a titulo de investimento dos Sócios, mais as
reservas originárias de lucros retidos, além de estatutárias e outras que se fazer relevante.
35
CONCEITOS FUNDAMENTAIS.
Realização: É um conceito fundamental, aplicado de duas maneiras:
•
•
Para indicar a condição característica quando da transformação dos bens, direitos
e obrigações em moeda, para o ativo e passivo;
Para indicar o momento da ocorrência dos eventos econômicos para as despesas e
receitas.
Assim um ativo é realizado no momento do seu recebimento ou quando transformado em
dinheiro e um passivo, é realizado quando ocorrer seu pagamento ou quando a obrigação que lhe
representa é liquidada.
Uma receita, por sua vez, é realizada ao considerar-se que foi efetuada a sua transmissão para a
outra parte e ao ser reconhecida pela entidade como direito, independente de seu recebimento.
Uma despesa é realizada quando a entidade reconhece a aceitação do serviço por ela prestada.
Curto e Longo Prazo: Objetivando classificar os bens e direitos realizáveis dentro de um perfil
mínimo de vencimento, convencionou-se considerar que os ativos circulantes são os bens e
direitos realizáveis até um ano após a data de encerramento do balanço. Todos os bens e direitos
não permanentes, cujo vencimento ou expectativa de realização seja superior a um ano da data
de encerramento do balanço são considerados de longo prazo.
O mesmo conceito é aplicado ao passivo: obrigações vencíveis dentro de um ano da data do
balanço são classificadas como passivo circulante e todas as obrigações vencíveis ou com
expectativa de pagamento superior a um ano da data do balanço são classificadas como exigível
em longo prazo.
Data do balanço
Circulante (curto prazo)
365 dias depois
Mais de 365 dias
Longo prazo
Ordem decrescente e grau de liquidez ou realização:
os elementos do ativo devem ser
dispostos em ordem decrescente de grau de liquidez ou realização. Realização, neste caso
36
significa a transformação do ativo em moeda corrente; assim, os ativos que se transformam mais
rapidamente em dinheiro devem ser apresentados em primeiro lugar. Essa é a razão das contas
de Caixa e Bancos (disponibilidades) aparecerem em primeiro lugar no Ativo Circulante, assim
como o próprio ativo circulante e apresentado antes do Realizável a Longo Prazo. Desse modo, os
ativos são apresentados na melhor ordem, obedecendo ao grau de liquidez. Logo após às
disponibilidades vêm as aplicações financeiras de curtíssimo prazo, depois os valores a receber,
as demais aplicações financeiras, e assim sucessivamente.
Ativo Não Circulante: No ativo, o conceito básico de classificação é entre ativos circulantes e não
circulantes. Consideram-se ativos imobilizados (ou ativos fixos) os bens e direitos adquiridos com
a intenção de “não-venda”, ou seja, para utilização no desenvolvimento das atividades
operacionais da companhia, como imóveis operacionais, máquinas, equipamentos, instalações,
veículos, moveis e etc, para os itens exemplificados atribuímos a classificação de imobilizado.
Nesse grupo (não circulante) incluem-se os investimentos em outras empresas, adquiridos em
caráter de permanência. A definição de classificar como Ativo Imobilizado é feita no momento de
sua aquisição ou construção. Se a empresa entende que o bem ou direito não será objeto de
revenda, que não há essa intenção preliminar e básica, o elemento patrimonial será classificado
como não circulante.
Custo com base de valor:
representa um principio de grande importância na contabilidade
societária: os ativos são avaliados pelo custo. A regra genérica é que somente se avaliará por um
preço diferente do custo, um preço de mercado, caso este seja menor que o custo. Isto significa
que outros critérios de avaliação não são considerados pela contabilidade tradicional.
37
MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
31.12.X1 31.12.X0
PASSIVO
31.12.X1 31.12.X0
CIRCULANTE
Caixa e Equivalentes de Caixa
Contas a Receber
Estoques
Outros Créditos
CIRCULANTE
Fornecedores
Empréstimos e Financiamentos
Obrigações Fiscais
Obrigações Trabalhistas e Sociais
Contas a Pagar
Provisões
NÃO CIRCULANTE
Contas a Receber a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
(-) Depreciação Acumuladas
NÃO CIRCULANTE
Financiamentos
TOTAL
TOTAL
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Reservas de Capital
Reservas de Lucros
Lucros Acumulados
(-) Prejuízos Acumulados
LEITURA FUNDAMENTAL I
LEITURA FUNDAMENTAL II
PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR
ORIGINAL.
PRINCIPIO DA ENTIDADE
Art. 7º – O Princípio do Registro pelo Valor
Original determina que os componentes do
patrimônio devem ser inicialmente registrados
pelos valores originais das transações, expressos
em moeda nacional.
(Resolução CFC nº 750/93)
Art. 4º. O Princípio da ENTIDADE reconhece o
Patrimônio como objeto da Contabilidade e
afirma a autonomia patrimonial, a necessidade
da diferenciação de um Patrimônio particular no
universo dos patrimônios existentes,
independentemente de pertencer a uma pessoa,
um conjunto de pessoas, uma sociedade ou
instituição de qualquer natureza ou finalidade,
com ou sem fins lucrativos.
(Resolução CFC nº 750/93)
38
AS CONTAS DO BALANÇO PATRIMONIAL E SEUS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
ATIVO CIRCULANTE
Caixa e Bancos
CONTEÚDO
Numerário
em
caixa
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
e
saldo Valor nominal dos saldos
bancários
Aplicações financeiras
Aplicações de renda fixa ou variável, Valor aplicado mais juros e atualização
etc.
Contas a receber de clientes
monetária até a data do balanço patrimonial
Duplicatas a receber de clientes por Valor nominal das duplicatas.
vendas a prazo.
(-)
Provisão
para
devedores Estimativa das prováveis perdas com Percentual médio histórico de perdas e/ou
duvidosos
as contas existentes.
critério fiscal para fins de imposto de renda.
(-) Títulos descontados
Duplicatas ou saques negociados e Valor nominal das duplicatas ou saques.
recebidos antecipadamente
Estoque de materiais
Estoque
de
materiais
(matérias-primas,
embalagens)
e
diretos Custo
materiais
Critério
menos
do
impostos
preço
médio
de ponderado ou critério PEPS – Primeiro a
Entrar, Primeiro a Sair.
Provável perda de valor, estoques Diferença entre o preço de mercado menor
sem utilização
Estoque de materiais em processo
aquisição
componentes, recuperáveis.
consumo (manutenção e escritório)
(-) Provisão retificadora
de
Estoques
em
que o custo; valor dos estoques inúteis.
elaboração,
semi- Custo real/histórico de fabricação no estágio
acabados.
Estoque de produtos acabados
Estoques de produtos prontos para Custo real/histórico de fabricação acabado.
venda.
Adiantamentos a fornecedores
Antecipação a fornecedores
Impostos a recuperar
Saldos credores ou a recuperar de Valor dos impostos corrigidos pelo indexador
impostos diretos ou indiretos
Despesas do exercício seguinte
Valor nominal dos adiantamentos
até a data do balanço.
Despesas pagas antecipadamente de Valor
competência futura
da
despesa
a
ser
lançada
na
competência seguinte.
39
ATIVO NÃO CIRCULANTE
CONTEÚDO
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
REALIZAVEL A
LONGO PRAZO
Depósitos judiciais.
Incentivos fiscais.
Depósitos
espontâneos
ou Valor dos depósitos, corrigidos até a data do balanço, se
compulsórios para contenciosos.
for o caso.
Créditos fiscais obtidos por legislação.
Valor nominal deduzido das perdas prováveis na
realização, se já conhecidas.
Investimentos
Ações
de
outras
empresas Valor de custo ou valor patrimonial equivalente na data
(controladas, coligadas).
Imobilizado bruto
do balanço. (coligadas / controladas).
Bens e direitos adquiridos em caráter Custo de aquisição menos impostos recuperáveis,
de permanência
Imóveis, máquinas, equipamentos
Outros imobilizados
Bens
corrigidos monetariamente até 31.12.95.
ligados
às
atividades Custo de aquisição menos impostos recuperáveis,
operacionais
corrigidos monetariamente até 31.12.95.
Outros bens permanentes
Custo de aquisição menos impostos recuperáveis,
corrigidos monetariamente até 31.12.95.
INTANGÍVEL
São direitos que tenham por objeto Diferença entre o valor da avaliação a preços de
bens
incorpóreos
manutenção
exercidos
inclusive
da
com
o
destinados
companhia
essa
fundo
de
à mercado (-) o valor contábil corrigido.
ou
finalidade,
comércio
adquirido.Exemplo:
software
adquirido, Marcas adquiridas.
(-) Depreciação acumulada
Perda estimada de valor dos bens por Aplicação das taxas de depreciação anuais sobre o valor
desgaste e obsolescência
corrigido/reavaliado dos bens.
40
PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores
CONTEÚDO
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
Duplicatas a pagar a fornecedores por Valor nominal das duplicatas / valor em moeda
compras a prazo / faturas a pagar a estrangeira, atualizado monetariamente até a
fornecedores do exterior
Salários e encargos a pagar
data do balanço.
Vencimentos dos empregados ainda não Valor das remunerações
quitados
Encargos legais a recolher (INSS, FGTS)
Valor nominal dos encargos a recolher.
Provisão de encargos salariais a pagar
Valor dos duodécimos calculados em cima dos
salários na data do balanço.
Férias / décimo terceiro
Impostos a recolher s/ mercadoria
Data do balanço
Valor dos impostos e contribuições Valor das guias, corrigidas por indexador legal,
apurados a vencer
Impostos a recolher s/ lucros
mais multa e juros, em caso de atraso.
Valor dos impostos e contribuições Valor das guias, corrigidas por indexador legal,
apurados a vencer
Adiantamento de clientes
mais multa e juros, em caso de atraso.
Valor recebido antecipadamente por Valor nominal dos adiantamentos
conta de pedidos de venda
Empréstimos
Empréstimos e financiamentos bancários Valor atualizado monetariamente, mais juros
ou de mutuo
Dividendos a pagar
devidos até a data do balanço.
Valor já destinado à distribuição aos Valor
acionistas
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
nominal
(corrigido,
caso
esteja
estabelecido)
CONTEÚDO
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
EXIGIVEL A LONGO PRAZO
Financiamentos
Empréstimos e financiamentos bancários Valor atualizado monetariamente, mais juros
ou de mútuo.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social
devidos até a data do balanço
CONTEÚDO
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
Entradas e aumentos de capital até a Valor das entradas e dos aumentos de capital
data do balanço.
Reservas de capital
corrigidos monetariamente até 31.12.95
Incentivos (doações) governamentais, Valor corrigido monetariamente até 31.12.95
ágio na subscrição de capital
Reserva de reavaliação
Contrapartida
das
reavaliações Valor corrigido monetariamente até 31.12.95
contabilizadas no imobilizado
Reservas de lucros
diminuído das reavaliações realizadas.
Lucros acumulados, não capitalizados ou Valor corrigido monetariamente até 31.12.95
distribuídos, reservados
Lucros acumulados
Lucros
acumulados
à
espera
de Valor corrigido monetariamente até 31.12.95
destinação
41
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO
A informação meramente quantitativa do resultado de um período não é o bastante para
conclusões na esfera da gestão empresarial; tão ou mais importante do que saber quanto foi
ganho é saber como foi ganho.
O resultado das atividades resulta de uma grande variedade de eventos econômicos, cada um
com seu processo de geração de ganho ou perda. É necessário identificar todos os tipos
relevantes de eventos econômicos que produzem resultados e classificá-los de acordo com
sua natureza, para que seja possível prover as administrações de instrumentos de análise e
planejamento de ações futuras.
A partir do conhecimento das receitas e despesas, podemos estruturar a Demonstração dos
Resultados, que tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o
resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado
período. Abaixo estão identificadas as principais atividades geradoras de lucro de uma
empresa:
Resultado Operacional Bruto ou Lucro Bruto: obtido na venda de mercadorias ou
serviços, que é a diferença entre o valor das vendas e os impostos incidentes sobre
elas, deduzidos de seus custos de aquisição;
Resultado Operacional Líquido ou Lucro Operacional: corresponde ao lucro básico
das operações de compra/produção/venda, diminuindo do lucro bruto os gastos com
os setores administrativos e comerciais;
Resultados Financeiros ou Lucro não Operacional:
as atividades não relacionadas à
especialidade da empresa (atividade-fim) devem ser segregadas dos resultados
operacionais, pois têm uma administração alheia as operações principais;
Resultado Líquido do Exercício ou Lucro Líquido:
é a linha final da demonstração
do resultado que mostra o efeito de ganho ou perda em um dado período de tempo,
precedida da retirada de impostos no caso de período com lucro.
42
MODELO SIMPLIFICADO DE D.R.E – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
31.12.x1 31.12.x0
VENDAS DE PRODUTOS, MERCADORIAS E SERVIÇOS
Vendas de Produtos, Mercadorias e Serviços
(-) Deduções de Tributos, Abatimentos e Devoluções
(=) RECEITA
(-) CUSTO DAS VENDAS
Custo dos Produtos, Mercadorias e Serviços
(=) LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas Administrativas
Despesas com Vendas
Outras Despesas Gerais
(=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO
(+/-) RESULTADO FINANCEIRO
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras
(+/-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
(=) RESULTADO ANTES DAS DESPESAS COM TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
(-) Despesa com Contribuição Social (*)
(-) Despesa com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (*)
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
DIVISÃO DAS CONTAS CONTÁBEIS
CONTAS PATRIMONIAIS
ATIVO E PASSIVO (BP)
CONTAS DE RESULTADO
RECEITAS E DESPESAS (DRE)
43
Entendendo a Demonstração de Resultados (DRE).
A estrutura básica, já explicada acima é:
(+) Receitas
(-) Custos
(-) Despesas
(=) Resultado:
Porém a legislação sugere que sejam detalhadas todas as contas da estrutura básica apresentada.
Assim, é necessário conhecer o conceito básico da estrutura acima:
RECEITA: É a soma das vendas executadas por uma Entidade, sendo essa venda de mercadorias,
produtos ou serviços e são classificas em:
Receitas Operacionais: É o produto da venda de produtos industrializados, ou da comercialização
ou ainda da prestação de serviços da pessoa jurídica, nos mercados interno e externo;
Receitas não Operacional: Receita não operacional, são aquelas receitas decorrentes de
transações não incluídas nas atividades principais ou acessórias que constituam objeto da
empresa. Exemplo: A empresa é uma indústria de calçados. Sua atividade e construir sapatos,
porém decide vender uma máquina. A venda dessa máquina gerou uma Receita não Operacional.
NOTA: Receita Bruta sobre Vendas é o nome dado ao título das contas de receitas, portanto “não é a mesma coisa
que faturamento”. Observe:
Uma empresas que tem em sua composição o IPI (Imposto sobre o Produto Industrializado) em seu faturamento
deverá extraí-lo dessa base para determinar a Receita Bruta, por ser um tributo fiscal. Exemplo:
Faturamento .......................100 000,00
(-) IPI_....................................10 000,00
(=) Receita Bruta de Vendas...90 000,00
44
DEDUÇÕES DA RECEITA
São compostas por valores que deduzem o valor das vendas de mercadorias, produtos ou
serviços tais como:
a) Abatimentos: por razões de qualidade da mercadoria ou outros;
b) Vendas Canceladas: correspondem à anulação de valores registrados como receita bruta
de Vendas e serviços.
c) Descontos Concedidos: são descontos comerciais e deverão estar presentes na nota fiscal
de vendas.
d) Tributos sobre as vendas e serviços: são os tributos (impostos, taxas e contribuições) que
no ato de obter a receita com a venda e /ou prestação de serviços incidem sobre as
mesmas. Os tributos são PIS, Cofins, ICMS, ISS.
CMV – CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA
Para compreender o CMV (Custo da Mercadoria Vendida) é necessário dominar o conceito básico
de custo.
Mas o que é custo?
De forma simplificada Custo é o gasto efetuado pela empresa pelo qual se obtém um bem, direito
ou serviço. O custo insere-se no montante do gasto com matéria-prima, mão-de-obra e outros
encargos diretamente ligados à produção de bens ou serviços. Ele é, portanto, o desembolso que
a empresa adquire um bem ou serviço, bem como o valor que se tem no processo interno da
empresa para prestação de serviços ou obtenção de bens, para venda ou uso interno.
Exemplo:
Compra de mercadorias para o estoque onde, a entrada dessa mercadoria fará parte do
Patrimônio. Porém na venda, nascerá uma receita (entrada de numerários) e para saber o
resultado da operação, é necessário conhecer o valor do custo pago por essa mercadoria
vendida.
Assim, a título de exemplificação, o CMV (empresas comerciais) é composto por:
CMV = EI + C – EF
Ou seja:
Custo de Mercadoria Vendida = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final.
45
Exemplo:
A empresa SP Comercial Ltda., apresenta no seu estoque em 01/01/2008 o montante de R$
600.000,00 em mercadorias.
Em 10/01/2008 comprou mais R$ 450 000,00 e novas mercadorias. O exercício corre e em
31/12/2008 o estoque final é de R$ 35000,00. Qual o CMV?
Usando a fórmula temos?
CMV = EI + C – EF
CMV = ( EI 600 000 + C 450 000) – EF 35 000,00
CMV = 1050 000 – 35 000
CMV = 1015 000.
DESPESA
É o sacrifício que a Empresa ou Entidade necessita para comercializar os bens ou serviços, objetos
da atividade, bem como para a manutenção da estrutura empresarial independentemente da sua
frequência. A despesa, embora direta ou indiretamente necessária para a geração da receita, não
está associada à prestação do serviço ou à produção do bem, não sendo, agregada ao custo.
As despesas são classificadas em duas:
Despesa Operacional: São as despesas não computadas nos custos, necessárias à atividade da
empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora. As despesas operacionais admitidas são
as usuais ou normais no tipo de transações, operações ou atividades da empresa, entendendo-se
como necessárias as pagas ou incorridas para a realização das transações ou operações exigidas
pela atividade da empresa (RIR/1999, art. 299 e seus §§ e PN CST no 32, de 1981).
Exemplo: Despesas Administrativas, Despesas com salários e ordenados, etc.;
Despesa não Operacional: São as despesas decorrentes de transações não incluídas nas
atividades principais ou acessórias que constituam objeto da empresa.
46
O CONJUNTO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
BP – Balanço Patrimonial – Demonstração Obrigatória;
DRE – Demonstração dos Resultados do Exercício - Demonstração Obrigatória;
DLPA – Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - Demonstração
Obrigatória;
DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Demonstração
Obrigatória;
DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa - Demonstração Obrigatória;
DVA – Demonstração do Valor Adicionado - Demonstração Obrigatória apenas para
empresas S/A - de capital aberto (ações em bolsa) – Lei 11638/07.
NE – Notas Explicativas.
DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Extinta a partir de 2008
por força da Lei 11.638/07;
47
DEPRECIAÇÃO DOS ATIVOS
DEFINIÇÃO
É o registro contábil da diminuição do valor de bens do ativo imobilizado, resultante do desgaste
pelo uso, pela ação da natureza ou pela obsolescência.
Ilustração da depreciação:
Veículo no ano de aquisição
Valor: R$ 40.000,00
Veículo no Ano 02
Valor: R$ 34.000
Veículo no Ano 03
Valor: R$ 28.000
Cabe lembrar que a depreciação é destinada a bens do ativo imobilizado, ou seja, aos bens
mantidos para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços. A depreciação do
ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condição
de funcionamento.
VALOR RESIDUAL
É o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas
estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida
útil (CPC 27 item 06).
Exemplo: Veículo da ilustração anterior na data de aquisição.
Valor de Aquisição:
R$ 40.000
(-) Valor Residual:
(R$ 10.000)
(=) Valor Depreciável
R$ 30.000
48
REPRESENTAÇÃO CONTÁBIL DO EXEMPLO:
Balanço Patrimonial no Ano 01
ATIVO
PASSIVO
ANC
PL
Imobilizado
Veículo
40.000 Capital Social
40.000
Balanço Patrimonial no Ano 02
ATIVO
PASSIVO
ANC
PL
Imobilizado
Veículo
(-) Depreciação Acumulada
40.000 Capital Social
-6.000 Prejuízo Acumulado
40.000
-6.000
Balanço Patrimonial no Ano 03
ATIVO
PASSIVO
ANC
Imobilizado
Veículo
(-) Depreciação Acumulada
PL
40.000 Capital Social
-12.000 Prejuízo Acumulado
40.000
-12.000
Balanço Patrimonial – Final da Vida Útil
ATIVO
ANC
Imobilizado
Veículo
(-) Depreciação Acumulada
PASSIVO
PL
40.000 Capital Social
-30.000 Prejuízo Acumulado
40.000
-30.000
Observe que o valor atual do bem é justamente o valor residual definido anteriormente.
49
Taxas de Depreciação Fiscal:
VIDA UTIL ESTIMADA
TAXA DE
DEPRECIAÇÃO ANUAL
Terrenos
Indeterminada
Não Existe
Edifícios
25 anos
4%
Instalações
10 anos
10%
Maquinas
10 anos
10%
Moveis e Utensílios
10 anos
10%
Veículos
05 anos
20%
Equipamentos de Informática
05 anos
20%
IMOBILIZADO
(Tabela com base na Instrução Normativa SRF nº 162/98 – Anexo I)
Cálculo da Depreciação Fiscal
A depreciação poderá ser calculada por:
•
Quotas anuais: é calculada uma única vez ao ano. O valor da quota anual é obtido
aplicando-se a taxa de depreciação sobre o valor do bem;
•
Quotas mensais: é calculada e contabilizada mensalmente. O valor da quota mensal é
obtido dividindo-se o valor da quota anual por 12.
Exemplo:
•
•
•
Veículo: R$ 150.000,00
Depreciação: 20% a.a
Cálculo: R$ 150.000,00 X 20% = R$ 30.000,00 (valor da depreciação fiscal anual).
Contabilização:
D - Depreciação Fiscal - Veiculo (Conta de Resultado)................R$ 30.000,00
C - Depreciação Fiscal Acumulada - Veiculo (Redutora Ativo).....R$ 30.000,00
NOTA: As normas internacionais de contabilidade determinam que a depreciação econômica, ou seja, a depreciação
contábil (taxa real de depreciação) deve ser apurada pela empresa, conforme o desgaste e uso real do bem/direito.
As taxas de depreciação acima, só tem validade para fins fiscais, ou seja, para fins do Imposto de Renda e para a CSLL
e não apresentam a realidade da informação contábil.
Essa nova regra para a Depreciação Contábil é advinda das normas internacionais de contabilidade e está prevista no
CPC 27 que trata sobre o Ativo Imobilizado, bem como na Resolução CFC 1.255/09.
50
OPERAÇOES CONTÁBEIS
São diversas as operações contábeis existentes na rotina diária de uma empresa, para isso
destacamos alguns exemplos que possam auxilia-los nos estudos e na profissão contábil.
Capital Social – Subscrição e Integralização
Os sócios ao constituírem uma empresa necessitam primeiramente, efetuar o primeiro
investimento para constituição do Capital dessa empresa. A subscrição do capital, nada mais é do
que a promessa apresentada pelos sócios ou acionistas nos documentos de constituição da
entidade como o contrato social.
Para abertura da escrita contábil dessa empresa, deve-se efetuar os lançamentos de subscrição
do capital e, em seguida, a integralização total ou parcial do capital subscrito.
A integralização do capital social nada mais é do que a realização da promessa feita
anteriormente e poderá ser efetuada em dinheiro ou em bens móveis ou imóveis suscetíveis de
avaliação em dinheiro. Para melhor entendimento, segue um exemplo hipotético de lançamento:
Contabilizar o investimento inicial efetuado pelos sócios na SP Comercial Ltda., no valor total de
R$ 100.000,00 em dinheiro:
Para efetuar o registro da subscrição do Capital Social:
Data, mês e ano.
D - Capital Social a Realizar*
C - Capital Social Subscrito...............................R$ 100.000,00
Histórico: xxxxx
Para registrar a integralização do Capital Social:
Data, mês e ano.
D- Caixa ou Banco
C- Capital Social a Realizar...........................R$ 100.000,00
Histórico: xxxxx
* Capital Social a Realizar é também conhecido como Capital Social a integralizar, dependendo do
critério de denominação do plano de contas da entidade.
Em continuidade as operações contábeis, veremos a seguir a contabilização do adiantamento de
salários.
51
Adiantamento de salários
O Adiantamento de Salário para colaboradores, como o próprio nome já diz, nada mais é que
uma antecipação salarial, concedida por liberalidade do empregador ou por imposição de
Convenção Coletiva, a qual é oferecida até o limite de 50% do montante salarial.
A contabilização do adiantamento de salários é simples, conforme o exemplo a seguir:
Data, mês e ano.
D - Adiantamentos Salarial (Ativo Circulante)
C - Caixa ou Bancos (Ativo Circulante)
Histórico: xxxxx
OBS: Neste exemplo, debita-se a conta Adiantamento Salarial no Ativo Circulante, pois essa conta
demonstra um direito que a empresa tem perante seus colaboradores.
Aplicação Financeira
A empresa deseja fazer aplicação financeira, pois tem “sobra” de numerários no seu capital de
giro cujo controle é via conta banco:
Desta forma a contabilização para essa operação é apresentada da seguinte forma:
Data, mês e ano.
D- Aplicações Financeiras Curto Prazo (Ativo circulante)
C- Banco Conta Movimento (Ativo circulante)
Histórico: xxxxx
Operações com Imobilizado
Na aquisição de bens para o Ativo Imobilizado da empresa, temos o seguinte lançamento
contábil:
Pela compra de Máquinas para a produção, com pagamento a prazo:
Data, mês e ano
D - Maquina (Ativo Imobilizado)
C – Duplicatas a Pagar (Passivo Circulante)
Histórico: xxxxx
OBS: Se o pagamento for efetuado a vista, creditar Caixa ou Banco, conforme a real operação.
52
FOLHA DE PAGAMENTO
A folha de pagamento é um relatório mensal elaborado, normalmente por uma equipe de
Departamento Pessoal ou do Recursos Humanos cujo objetivo é apresentar os valores dos
salários, tributos sobre salários, descontos sobre a folha e valores agregados a este relatório.
O contabilista de posse de um relatório de folha de pagamento deverá contabilizar todos os fatos
ocorridos na Folha de Pagamento.
Portanto, a contabilização da Folha de Pagamento poderá ser da seguinte forma:
1) Pelo adiantamento salarial concedido aos empregados:
D - Adiantamentos a Empregados (Ativo Circulante)
C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
C - IR Fonte a Recolher (Passivo Circulante)
2) Pela apropriação dos salários devidos aos empregados (exceto salário-família)
D - Salários e Ordenados (Contas de Resultado)
C - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante)
3) Pela apropriação do salário-família:
D - INSS a Recolher (Passivo Circulante)
C - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante)
4) Pela apropriação dos encargos previdenciários (INSS), do Imposto de Renda na Fonte e da
Contribuição Sindical:
D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante)
C - INSS a Recolher (Passivo Circulante)
C - IR Fonte a Recolher (Passivo Circulante)
C - Contribuição Sindical de Empregados a Recolher (Passivo Circulante)
5) Pela apropriação do adiantamento salarial, do desconto relativo ao vale-transporte e vale
alimentação.
D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante)
C - Adiantamento de Salários (Ativo Circulante)
C - Vale-Transporte (Conta de Resultado)
C - Vale-Refeição - PAT (Conta de Resultado)
53
6) Pela apropriação dos encargos previdenciários a cargo da empresa, incidentes sobre a folha
de pagamento:
D - INSS (Conta de Resultado)
C - INSS a Recolher (Passivo Circulante)
7) Pela apropriação do FGTS incidente sobre a folha de pagamento:
D - FGTS (Conta de Resultado)
C - FGTS a Recolher (Passivo Circulante)
A seguir a contabilização do pagamento dos salários sociais. Supondo que a Entidade tenha como
critério efetuar o pagamento dos salários dos empregados no 5º dia útil do mês subsequente a
que se refere a folha de pagamento:
8) Pelo pagamento dos salários referentes ao mês de novembro/20X1:
D - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante)
C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
Admitindo-se, ainda, que todos os encargos sociais incidentes sobre a folha de pagamento sejam
pagos nas datas dos vencimentos, em dezembro/20X1, teremos:
9) Pelo pagamento da contribuição previdenciária referente ao mês de novembro/20X1:
D - INSS a Recolher (Passivo Circulante)
C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
10) Pelo pagamento do FGTS referente ao mês de novembro/20X1:
D - FGTS a Recolher (Passivo Circulante)
C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
11) Pelo pagamento do Imposto de Renda na Fonte retido sobre a folha de pagamento do mês
de novembro/20X1:
D - IR Fonte a Recolher (Passivo Circulante)
C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
12) Pelo pagamento da Contribuição Sindical retida na folha de pagamento referente ao mês de
novembro/20X1:
D - Contribuição Sindical a Recolher (Passivo Circulante)
C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
54
OPÇÕES TRIBUTÁRIAS
No Brasil muito se comenta na mídia sobre a carga tributaria e se não houver uma escolha
planejada do contabilista responsável, a Entidade poderá sofrer com o ônus financeiro.
Uma escolha sobre a opção tributaria depende de diversos fatores tais como a atividade
econômica, localização da entidade, localização dos clientes, estudo analítico das normas
tributarias, administração do risco tributário, fluxo financeiro da entidade, orçamento da
entidade e controle das normas tributarias. Esses são os passos básicos para um orçamento
tributário.
Porém o assunto deve ser analisado em curso especifico, e neste, cabe destacar as principais
formas de tributação no Brasil.
Na prática existem no Brasil quatro tipos de enquadramento tributário:
55
Lucro Real: Para se apurar o lucro real é necessário manter escrituração comercial regular,
incluindo o Livro de Apuração do lucro. Os impostos são calculados com base no lucro real da
empresa apurado, considerando-se todas as receitas, menos todos os custos e despesas da
empresa, de acordo com o regulamento do imposto de renda.
Lucro Arbitrado: O Lucro arbitrado também é uma forma de tributação simplificada, porém
muito mais onerosa visto que os percentuais aplicados sobre a receita bruta da empresa são
maiores se comparados aos percentuais aplicados no lucro presumido. O Lucro arbitrado é uma
modalidade de tributação muito utilizada pelo Fisco para determinar o imposto devido quando
não há como fazê-lo por meio do lucro real ou presumido.
Lucro Presumido: É uma forma simplificada de tributação onde os impostos são calculados com
base num percentual estabelecido sobre o valor das vendas realizadas, independentemente da
apuração do lucro, sendo sua apuração trimestral.
Simples Nacional: O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e
fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei
Complementar nº 123/06.
É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da
Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios.
Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das seguintes condições:
•
•
•
Enquadrar-se na definição de microempresa ou empresa de pequeno porte;
Cumprir os requisitos previstos na legislação; e
Formalizar a opção pelo Simples Nacional.
(Fonte: Portal Simples Nacional)
56
Forma de Recolhimento - Lucro Presumido
É o regime tributário que determina a forma de recolhimento do imposto de renda com base na
presunção do lucro. Este regime é determinado por períodos de apuração trimestrais, encerrados
em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário
conforme determina a Lei nº 9.430/96 e RIR/99.
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta são os abaixo discriminados, conforme
determinação do RIR/99:
Atividades
Atividades em geral (RIR/1999, art. 518)
Percentuais (%)
8
Revenda de combustíveis
1,6
Serviços de transporte (exceto o de carga)
16
Serviços de transporte de cargas
8
Serviços em geral (exceto serviços hospitalares)
32
Serviços hospitalares
8
Intermediação de negócios
32
Administração, locação ou cessão de bens e
direitos de qualquer natureza (inclusive
imóveis)
32
Pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras
de serviços, exceto as que prestam serviços
hospitalares e as sociedades civis de prestação
de
serviços de
profissão
legalmente
regulamentada, cuja receita bruta anual não
ultrapassar R$120.000,00 (cento e vinte mil
reais),
16% (RIR/1999, art. 519, § 4º).
Exemplo hipotético de calculo do IRPJ Lucro Presumido: Empresa com atividade de comercio:
Faturamento:
R$ 40.000,00 (trimestre)
(X) Percentual presunção:
(X) 8%
______________________________________________
Base de cálculo.........................R$ 3.200,00
(X) Alíquota IRPJ...................... (X) 15 %
_____________________________________________
Valor a recolher IRPJ ..................480,00
57
Lucro Presumido - CSLL: O art. 22 da Lei 10.684/03 determina que a base de cálculo da CSLL
devida pelas pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido corresponderá a:
•
•
12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços hospitalares e de
transporte;
32% para:
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e transporte;
b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza.
Exemplo hipotético:
Empresa com atividade de comercio:
Faturamento :
R$ 40.000,00 (trimestre)
(X) Percentual presunção:
(X) 12%
______________________________________________
Base de cálculo........................R$ 4.800,00
(X) Alíquota CSLL...................... (X) 9 %
_____________________________________________
Valor a recolher CSLL .............R$ 432,00
NOTA: Não há adicional de CSLL, somente para IRPJ.
Forma de Recolhimento - Lucro Real
Lucro Real é o regime de tributação que se da mediante a apuração contábil dos resultados, com
os ajustes determinados pela legislação fiscal.
Para elaborar a base de cálculo da CSLL e do IRPJ no final do exercício é necessário a elaboração
de ajustes determinado pela legislação fiscal e apresentados no LALUR – Livro de Apuração do
Lucro Real – criado pelo Decreto Lei 1598/77.
Diversas normas destacam os fatos que devem ser ajustados, porém de forma resumida, tais
ajustes referem-se exclusivamente a fatos que não pertençam a atividade fim da Entidade, ou
seja, confusão patrimonial.
Exemplo: Empresa “X” , atividade fim supermercado, adquire passagens de passeio para Paris –
França – para divertimento dos sócios.
Observando esse fato, em regras gerais, tal viagem não pertence a atividade fim da empresa e
não contribui para beneficiar a mesma. Por outro lado, a legislação fiscal trata de diversos
aspectos dos referidos ajustes ao lucro contábil.
58
O lucro contábil ou econômico é aquela que resultou da contabilidade e que, para apurar a base
de calculo da CSLL e do IRPJ, na opção Lucro Real, deverá ser ajustado pelas adições, exclusões e
compensações.
A seguir apresentamos um exemplo hipotético de Lalur:
O 1º passo é elaborar o Ajuste da CSLL:
•
Lucro Antes da CSLL (extrair da DRE). ........ ____________________
+ Adições
Gastos com alimentação de sócios (extrair da DRE) ......... ___________
(=) CSLL ajustada pelas adições ........................
___________________
(-) Exclusões
(-) Compensações
(=) Base de cálculo da CSLL ....................................
_________________
X Alíquota da CSLL – 9 % ......................................
__________________
CSLL a recolher : ____________________
O 2º passo é elaborar o Ajuste do IRPJ
•
Lucro antes do IRPJ (extrair da DRE)................. __________________
(+) Adições
CSLL (extrair da DRE)................................ ______________________
Multa de transito(extrair da DRE)........................ _________________
Gastos com alimentação de sócios (extrair da DRE)... ______________
(=) IRPJ ajustado pelas adições.......................................
_____________
(-) Exclusões
(-) Compensações
= Base de cálculo do IRPJ........................
_________________________
X Alíquota da IRPJ –15 %...................................
IRPJ a recolher : ____________________
____________________
59
CONTABILIDADE FINANCEIRA E CONTABILIDADE GERENCIAL
Contabilidade Financeira:
É considerada como a contabilidade tradicional, que cumpre as exigências legais através de
procedimentos e relatórios destinados aos usuários externos. Por conta deste padrão entre as
contabilidades é possível comparar as empresas dentro de seus segmentos ou mesmo situá-las
em relação ao mercado como um todo.
Contabilidade Gerencial:
Os usuários internos das empresas não necessitam especificamente dos relatórios formais, ou
legalmente exigidos para avaliação dos negócios. Desta maneira, por conta da liberdade em
relação ao que está estabelecido, em termos legais para a contabilidade financeira, a
contabilidade gerencial constitui elemento de fundamental importância no aspecto do controle
econômico das entidades e no auxilio para a tomada de decisão.
Embora apresentem características diferentes, as duas estruturas sustentam o processo decisório
de uma organização. O atendimento a aspectos formais pela contabilidade financeira, através do
registro de fatos passados e da elaboração de relatórios padronizados é complementado pela
flexibilidade oriunda da contabilidade gerencial compondo, assim, o sistema de informação
contábil.
A administração de uma empresa esta pautada em um processo constante de tomada de
decisões visando, sobretudo, a continuidade das atividades. Não basta apenas, como em um
passado longínquo, apresentar ao empresário o lucro obtido em um dado período, ou em uma
determinada atividade. É necessário, mais do que tudo, avaliar a capacidade de cumprimento de
seus compromissos financeiros, a capacidade de produção de bens ou serviços, o poder de
venda, situar a empresa no mercado, avaliar as perspectivas futuras, enfim, conhecer todos os
elementos capazes de sustentar uma decisão por parte dos administradores, cujo resultado se
aproxime ao máximo do nível desejado.
60
GESTÃO DOS NEGÓCIOS ATRAVÉS DA CONTABILIDADE
Desempenho das atividades.
A expressão “Gestão” corresponde ao ato de administrar que por sua vez só é possível quando
relacionada a algo que conhecemos. Como pode ser possível administrar algo quando não
conhecemos as verdades a respeito dele?
Na esfera empresarial não é diferente; as decisões devem ter como propósitos primordiais, a
busca de melhores resultados. O que nos leva a decidir algo visando melhor o nível de uma
atividade é o conhecimento de seu desempenho, que somente pode ser medido através de um
conjunto de procedimentos denominado: “Análise das Demonstrações Financeiras”.
A análise das demonstrações financeiras constitui-se em um processo de meditação sobre os
demonstrativos contábeis, a fim de avaliar a situação da empresa em seus aspectos operacionais,
econômicos, patrimoniais e financeiros. A avaliação sobre a empresa busca analisar o processo
operacional e financeiro da companhia, objetivando propor alternativas de curso futuro a serem
tomadas e seguidas pelos gestores da empresa.
A utilização de uma série de cálculos
matemáticos traduz os demonstrativos financeiros em indicadores, que por sua vez buscam
evidenciar as características dos principais relacionamentos existentes entre os componentes do
balanço patrimonial. Os efeitos de uma análise devem contribuir para o gerenciamento da
informação contábil, portanto, um meio útil e eficaz é a utilização de indicadores que levem a
uma comparação em aspectos como:
Períodos passados;
Períodos orçados;
Padrões setoriais;
Padrões internacionais;
Padrões internos;
Concorrentes.
61
O acompanhamento dos indicadores de forma contínua possibilita apreender situações de
tendência futura, permitindo aos gestores agirem em relação as suas estratégias.
TECNICAS BÁSICAS DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Análise Vertical;
Análise Horizontal;
Avaliação Final.
ANÁLISE VERTICAL – AV
Corresponde a participação percentual de cada elemento do balanço do demonstrativo em
relação ao elemento principal. Para a análise do balanço patrimonial estabeleceu-se como
elementos principais a eles atribuídos à taxa de 100%, o total do ativo e o total do passivo.
Para a demonstração de resultados o elemento 100% corresponde ao valor das vendas liquida
dos impostos ou também chamada de receita operacional líquida. A atribuição como elemento
principal para a receita liquida operacional possibilita o conhecimento através da análise da DRE
da estrutura de custos e despesas da empresa em relação as suas vendas.
ANÁLISE HORIZONTAL – AH
Ao contrário da AV que mede a relação entre os elementos patrimoniais do mesmo período, a
análise horizontal serve para medir o comportamento dos mesmos em relação a outros períodos.
Ao assumirmos a taxa de 100% para todos os elementos do período base, conseguimos mediar à
evolução ou diminuição de cada um em relação aos demais períodos analisados. Vale lembrar
que esta análise é considerada nominal, já que sua base é a moeda corrente sem a retirada dos
efeitos inflacionários.
62
AVALIAÇÃO FINAL
A avaliação final são as conclusões obtidas a partir do conjunto das análises dos demonstrativos,
através de um parecer objetivo que apresenta a situação atual da empresa e, sobretudo, as
tendências futuras, quando possível for.
A seguir alguns dos principais indicadores, subdivididos por categorias:
LIQUIDEZ OU CAPACIDADE DE PAGAMENTO
Indicador
Liquidez Imediata
Fórmula
Disponibilidades / Passivo Circulante
Conceito
Parâmetro
Poder de pagamento de
Quanto maior,
todo passivo circulante
melhor.
com recursos de Caixa /
Bancos.
Liquidez Corrente
Liquidez Seca
Ativo Circulante / Passivo Circulante
AC (-) Estoques / Passivo Circulante
Poder de pagamento de
Quanto maior,
dividas de curto prazo.
melhor.
Poder de pagamento de
Quanto maior,
dívidas de curto prazo via
melhor.
ativos líquidos.
ESTRUTURA DE CAPITAL
Indicador
Fórmula
Conceito
Parâmetro
Participação de Capital de
Capital de terceiros / Patrimônio
Quanto à empresa tomou
Quanto menor,
Terceiros.
Liquido x 100
de capitais de terceiros em
melhor.
relação ao capital próprio.
Composição do
Passivo Circulante / Capitais de
Qual o percentual de
Quanto menor,
Endividamento
Terceiros x 100
obrigações a curto prazo
melhor.
em relação às obrigações
totais.
Imobilizações do PL
Ativo Permanente / Patrimônio
Quanto foi aplicado no AP
Quanto menor
Líquido x 100
em relação ao PL
melhor.
63
RENTABILIDADE
Indicador
Giro do Ativo
Margem Líquida
Fórmula
Conceito
Receita Operacional Líquida / Ativo
Quanto à empresa vendeu
Total
em relação ao ativo total
Lucro / Receita Operacional Líquida x
Quanto à empresa obtém
100
de lucro em relação às
Parâmetro
Quanto maior, melhor.
Quanto maior, melhor.
vendas
Rentabilidade do Ativo
Lucro / Ativo x 100
Quanto à empresa obtém
Quanto maior, melhor.
de lucro em relação ao
ativo total
Rentabilidade do PL
Lucro / PL x 100
Quanto à empresa obtém
Quanto maior, melhor.
de lucro em relação ao
capital próprio.
NOTA EXTRA:
Lei nº 12.249/2010 altera Lei de Regência da Contabilidade e institui Exame de Suficiência
No dia 11 de junho de 2010 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 12.249.
Os Artigos que se referem à profissão contábil são os de números 76 e 77. Eles trazem
substanciais modificações ao Decreto-lei nº 9.295, de 1946, que criou o Conselho Federal de
Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade.
Dentre as principais mudanças estão:
a) O direito do CFC de emitir as Normas Brasileiras de Contabilidade fica estabelecido na nova
lei, incluindo-se aí as Normas Internacionais de Contabilidade, adaptadas para o Brasil e
emitidas pelo CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis).
B) Instituição do Exame de Suficiência para obtenção de registro em Conselho Regional de
Contabilidade, de forma similar à realizada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e à
qual se submetem os bacharelandos em Direito.
c) Curso Técnico: Validade até 2015 para quem cursar neste período tendo que participar do
exame de suficiência.
c) Aos contabilistas que não seguirem as normas do CFC serão penalizados e até censurados,
destacando também as penalidades ético-disciplinares aplicáveis por infração ao exercício
legal da profissão.
64
CADERNO DE EXERCÍCIOS
Contabilidade Geral
65
01 - De acordo com o estudado e explicações do Professor o que é Contabilidade?
02 - EXERCÍCIO PARA FIXAÇÃO
A. Classifique os elementos patrimoniais abaixo como:
*BENS
Mercadorias em Estoque
Duplicatas a Pagar
Empréstimos a Pagar
Computadores
Impostos a Recolher
*DIREITOS
*OBRIGAÇÕES.
Caixa
Duplicatas a Receber
Terrenos
Bancos
Moveis e Utensílios
B. Qual é o valor do Patrimônio Líquido de uma empresa que apresenta os seguintes elementos
patrimoniais:
Empréstimo a pagar
Terrenos
Caixa
Duplicatas a receber
Móveis
Fornecedores
Aplicação financeira
Salários a pagar
Bancos
$ 3.552
$ 9.443
$ 244
$ 1.001
$ 988
$ 490
$ 750
$ 455
$ 659
03 - De acordo com o estudado assinale a equação patrimonial correta:
(
(
(
(
)
)
)
)
Bens + Direitos= Capital
Bens + Direitos = Obrigações
Bens + Direitos = Obrigações + PL
Bens + PL = Obrigações
66
04 - O que são os Princípios de Contabilidade e quais são as normas que os regem?
05 - Classifique os fatos a seguir conforme os Princípios Contábeis estudados:
a)
Compra de veículo cujo valor da nota fiscal não está claro. Você entrou em contato com a
empresa, mas ninguém sabe ao certo se é R$ 5.000,00 ou R$ 50 000,00. Nesse caso usa-se o
____________________________.
b)
Receita obtida com as vendas de mercadorias do estoque e que serão recebidas parte no
mês seguinte e o restante daqui a dois meses. Ao reconhecer a receita sobre vendas no ato da
ocorrência, estou atendendo o________________________________________________.
c) O administrador da empresa comprou um terno e roupas para sua esposa, além de pagar as
contas da escola de seu filho com o cartão corporativo da empresa. Essa ação fere o
_____________________.
d) Juiz solicita ao Perito Contador analisar o ativo imobilizado (máquinas e computadores) da
empresa a fim de saber qual é o valor dos bens a serem leiloados por força de falência. Essa
determinação o contabilista deverá agir conforme o principio da________________________.
06 - O que contém o Livro Diário e para que serve?
07 - O que é um Ativo Circulante conforme as normas em vigência?
08 - O que é um Ativo Não Circulante de acordo com as normas em vigência?
09 - O que é um Passivo Circulante conforme as normas em vigência?
67
10 - O que é um Patrimônio Líquido conforme as normas em vigência?
11 - Qual a diferença entre contas sintéticas e contas analíticas? De exemplo com base no plano
de contas acima.
12 - Para que serve um Plano de Contas?
13 - Defina com as suas palavras o que são contas de Patrimônio e o que são contas de
Resultado.
14 - O que são contas de resultado? Cite 02 exemplos.
15 - O que são contas patrimoniais? Cite 02 exemplos.
68
16 - Classificar os fatos a seguir, visualizando graficamente seus efeitos para o patrimônio:
Exemplo:
Duas pessoas constituem uma empresa, com a entrega de $ 50.000,00 em dinheiro por parte de
cada uma:
ATIVO
PASSIVO
BANCO.................................... 100.000,00
Patrimônio Líquido
CAPITAL SOCIAL ......................... 100.000,00
TOTAL................................... 100.000,00
TOTAL ...................................... 100.000,00
A) Adquiriu um empréstimo junto ao Banco: $ 150.000.
ATIVO
PASSIVO
TOTAL
B) Compra de Veículo a prazo no valor de $ 48.000.
ATIVO
TOTAL
PASSIVO
TOTAL
69
C) Aumento de Capital pelos sócios, sendo $ 5.000 em dinheiro e $ 12.500 em Máquinas.
ATIVO
PASSIVO
TOTAL
TOTAL
D) Transferência de dinheiro do Banco para o Caixa da empresa, no valor de $ 850.
ATIVO
PASSIVO
TOTAL
TOTAL
E) Compra de material para Estoque, sendo metade à vista e metade a prazo: Total de $ 6.000.
ATIVO
PASSIVO
TOTAL
TOTAL
70
CONCEITOS DE BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÃO
CONTAS
VALOR
CAIXA
R$ 5.000,00
ESTOQUE
R$ 10.000,00
FORNECEDOR
R$ 20.000,00
DUPLIC. RECEBER
R$ 2.000,00
SALÁRIOS Á PAGAR R$ 3.000,00
EMPREST. Á PAGAR
R$ 5.000,00
MÓVEIS E UTENSÍLIOS R$ 3.000,00
TERRENOS
R$ 10.000,00
HONORÁRIOS A PAGAR R$ 6.000,00
VEÍCULOS
R$ 7.000,00
TITULO Á PAGAR L.P. R$ 5.000,00
CONTAS Á PAGAR
R$ 8.000,00
CAPITAL
R$ 20.000,00
INSTALAÇÕES
R$ 2.000,00
FERRAMENTAS
R$ 3.000,00
ALUGUEIS Á PAGAR R$ 1.000,00
IMPOSTOS Á PAGAR R$ 2.500,00
BANCO
R$ 15.500,00
MÁQUINAS
R$ 15.000,00
TÍTULOS Á PAGAR
R$ 2.000,00
TOTAL
BEM
X
DIREITO OBRIGAÇÃO ATIVO PASSIVO P.L. DÉBITO
X
R$ 5.000,00
R$ 10.000,00
CRÉDITO
R$ 20.000,00
R$ 2.000,00
R$ 3.000,00
R$ 5.000,00
R$ 3.000,00
R$ 10.000,00
R$ 6.000,00
R$ 7.000,00
R$ 5.000,00
R$ 8.000,00
R$ 20.000,00
R$ 2.000,00
R$ 3.000,00
R$ 1.000,00
R$ 2.500,00
R$ 15.500,00
R$ 15.000,00
R$ 2.000,00
R$ 72.500,00 R$ 72.500,00
GRUPO DO BALANÇO
circulante
71
18 - A partir do conhecimento dos elementos que compõem o patrimônio da empresa, bem
como da estrutura do Balanço Patrimonial, monte o mesmo considerando as informações
abaixo:
Estoques
Capital social
Empréstimos a Pagar
Investimentos a Longo Prazo
Fornecedores
Bancos Futuro S/A
Terrenos
Adiantamentos a fornecedores
1.332
29.800
2.565
1.956
543
2.009
4.574
333
Salários e encargos a pagar
Veículos
Lucros Acumulados
Empréstimos a Longo Prazo
Aplicações financeiras
Títulos a receber de clientes
Edificações
(-) Depreciação acumulada
6.830
40.000
1.555
899
2.122
854
5.012
16.000
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
PATRIMONIO LÍQUIDO
TOTAL DO ATIVO
TOTAL DO PASSIVO
72
19 - Qual o valor das vendas brutas e também do lucro do exercício, a partir das informações
abaixo:
Custo da mercadoria vendida
60.000
Despesas financeiras
LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS 1.980
770
Impostos sobre vendas
2.010
CSLL
178,20
LUCRO OPERACIONAL
2.500
IRPJ
297
Despesas administrativas
1.150
LUCRO BRUTO
4.990
Receitas financeiras
Comissões s/ vendas
250
1.340
Estoques
49.332
VENDAS LIQUIDAS
64.990
Veículos
56.000
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
31.12.x1
31.12.x0
VENDAS DE PRODUTOS, MERCADORIAS E SERVIÇOS
Vendas de Produtos, Mercadorias e Serviços
(-) Deduções de Tributos, Abatimentos e Devoluções
(=) RECEITA
(-) CUSTO DAS VENDAS
Custo dos Produtos, Mercadorias e Serviços
(=) LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas Administrativas
Despesas com Vendas
Outras Despesas Gerais
(=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO
(+/-) RESULTADO FINANCEIRO
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras
(+/-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
(=) RESULTADO ANTES DAS DESPESAS COM TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
(-) Despesa com Contribuição Social (*)
(-) Despesa com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (*)
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
73
20 - A partir dos saldos abaixo elabore o BP e a DRE e em seguida efetue os cálculos dos
indicadores (liquidez, estrutura de capital e rentabilidade).
Conta
Caixa
Fornecedores
Banco Bradesco
Salários a pagar
Clientes
INSS a recolher
ICMS a recuperar
FGTS a recolher
PIS a recuperar
IRRF a recolher
Despesa Financeiras
Valor
9.400,00
19.780,00
150.830,00
2.994,00
70.735,00
1.187,00
272,00
272,00
866,00
5.945,00
3.060,00
Conta
Cofins a recuperar
ICMS a recolher
Computadores
Pis a recolher
Deprec. Acum.
Emprestimos a LP
Capital social
Receita com vendas
Despesas com Aluguel
Despesas Administrativas
Valor
3.990,00
12.600,00
28.000,00
1.155,00
2.400,00
5.320,00
220.000,00
30.000,00
8.000,00
26.500,00
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
PATRIMONIO LÍQUIDO
TOTAL DO ATIVO
TOTAL DO PASSIVO
74
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
31.12.x1 31.12.x0
VENDAS DE PRODUTOS, MERCADORIAS E SERVIÇOS
Vendas de Produtos, Mercadorias e Serviços
(-) Deduções de Tributos, Abatimentos e Devoluções
(=) RECEITA
(-) CUSTO DAS VENDAS
Custo dos Produtos, Mercadorias e Serviços
(=) LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas Administrativas
Despesas com Vendas
Outras Despesas Gerais
(=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO
(+/-) RESULTADO FINANCEIRO
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras
(+/-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
(=) RESULTADO ANTES DAS DESPESAS COM TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
(-) Despesa com Contribuição Social (*)
(-) Despesa com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (*)
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
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CÁLCULO DOS INDICADORES
LIQUIDEZ
ESTRUTURA DE CAPITAL
RENTABILIDADE
76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial – Teoria e Prática ed. Atlas. São Paulo, 1998.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das
Sociedades Por Ações ed. Atlas Sexta Edição. São Paulo, 2003.
MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços ed. Atlas Sexta Edição. São Paulo, 2003.
PADOVANE, Luiz Clóvis. Introdução à Contabilidade, com abordagem para não contadores ed.
Thomson. São Paulo, 2006.
BRASIL, Instrução Normativa SRF 162 de 31 de dezembro de 1998 – Lex: Legislação Federal.
Disponível em: <www.receita.fazenda.gov.br>. Acesso em: 27 mai. 2013.
BRASIL, Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Lex: Legislação Federal. Disponível em:
<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 27 mai. 2013.
BRASIL, Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002. Lex: Legislação Federal. Disponível em:
<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 27 mai. 2013.
BRASIL, Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Lex: Legislação Federal. Disponível em:
<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 27 mai. 2013.
BRASIL, Lei 11.941 de 27 de maio de 2009. Lex: Legislação Federal. Disponível em:
<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 27 mai. 2013.
BRASIL, Lei 12.249 de 11 de junho de 2010. Lex: Legislação Federal. Disponível em:
<www.planalto.gov.br>. Acesso em: 27 mai. 2013.
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BRASIL, Pronunciamento Técnico CPC 27 de 24 de julho de 2009 – Ativo Imobilizado. Acesso em:
27 mai. 2013
BRASIL, Resolução CFC 750 de 29 de dezembro de 1993. Dispõe sobre os Princípios de
Contabilidade. Acesso em: 27 mai. 2013
BRASIL, Resolução CFC 1.255 de 10 de Dezembro de 2009. Aprova a NBC TG 1000 - Contabilidade
para pequenas e médias empresas. Acesso em: 27 mai. 2013
BRASIL, Resolução CFC 1.282 de 28 de maio de 2010. Atualiza e consolida dispositivos da
Resolução CFC nº 750/93. Acesso em: 27 mai. 2013
BRASIL, Resolução CFC 1.418 de 05 de dezembro de 2012. Aprova a ITG 1000 – Modelo Contábil
para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Acesso em: 27 mai. 2013
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