Thesis Chapters by Ivo Louro

“Here I’ll be happy!” said a Portuguese advertising slogan from the mid-2000s. In modern higher i... more “Here I’ll be happy!” said a Portuguese advertising slogan from the mid-2000s. In modern higher income societies, the prevailing cultural norm of consumerism leads people to equate the consumption of goods and services with happiness and the solution to all of life's problems. As a result, the scale of consumption and human activities in general is now at unsustainable levels.
In a prominent place in the system of production and consumption, is the business of advertising, which works as its catalyst.
The goal of this dissertation is to answer two key questions: what are the environmental pressures of the production and dissemination of advertising messages? And which ones result from the influence on consumption patterns?
To meet this objective, we carried out as a case study a LCA of a generic advertising campaign in MUPI format, choosing the method EcoBlok as a system of indicators. We used LCA-IO to determine GHG emissions from the Portuguese advertising sector, with reference to the year 2008.
To answer the question of pressures caused by the incitement to consumption, we conducted a literature review on the influence of advertising over it and a correlation between the advertising pressure and the Ecological Footprint.
The results of the LCA show that a MUPI campaign can have an EcoBlok footprint between 4,5 and 6,0 global ha/year. The posters display is the phase that contributes most to the pressures along the life cycle of the campaign.
The LCA-IO reveals that the advertising industry has a total carbon intensity of 117 g CO2eq./€ and was responsible for direct and indirect emission of 579 kt CO2eq. in 2008.
We also conclude that there are historical and empirical grounds for considering advertising as a major mechanism that promotes the culture of consumerism and the unsustainable level of consumption.
This work is in Portuguese language.
Books by Ivo Louro

Gardens and Human Agency in the Anthropocene [Routledge Environmental Humanities], 2019
Gardens in television and film are more than just opportunities for showcasing little patches of ... more Gardens in television and film are more than just opportunities for showcasing little patches of green on the screen. They reflect the beliefs of characters and provide valuable clues about in-world meanings, emotions and associations, much like they do in real life. Now, as we enter the Anthropocene, the representation of gardens in fiction takes on an renewed importance. In the (proposed) new epoch in which anthropogenic impacts on Earth’s ecosystems are transformed into planetary forces, capable of affecting climate change and other global phenomena, gardens hold great potential for the exploration of anthropocenic poetics. Gardens work as miniature universes that encapsulate human relationship(s) to nature, technology and itself. This is especially true in animation, where unlike live-action films, visions of “nature” are constructed from scratch through drawings, sound design and the illusion of movement. Our chapter focuses on one such case to explore the representation of gardens in the Anthropocene: Mononoke Hime (もののけ姫), or Princess Mononoke, Studio Ghibli’s 1997 box office hit written and directed by the guru of Japanese animation, Hayao Miyazaki. The choice may seem odd. For one thing, Mononoke Hime is set in the historical past, albeit a fantastic one. It does not present us with visions of futuristic techno-gardens, nor is it commonly included in the “genre” of anthropocenic cinema. And for another, a cursory look at Mononoke Hime will not return any prominent, or even recognizable, gardens.
Nevertheless, we hope to demonstrate that, 1) the centres of human and natural spaces in Mononoke Hime are underlined by garden affects and aesthetics, as enclosed spaces of otherness whose meaning emerges from their connectivity; 2) the film’s message and resolution rests upon the negotiation of “basic forces, forms and ideas of man and nature, control and chaos, stasis and growth, the wild and the civilized, escape and involvement, ideals and reality” (Helphand 1997, 101) found in garden theory. Mononoke Hime echoes this interdependency of natural and human agencies, but evades ecomodernist fantasies of a Garden Earth. Instead, the concept of Safe Operating Space (Steffen et al. 2015) captures more adequately the complex entanglement of nature, culture, gender and race in Mononoke Hime, that sets it apart from other environmental films (even within Miyazaki’s oeuvre), endowing its gardens with particular weight in terms of anthropocenic poetics.
A booklet with essays and illustrations made by the participants of the 1st Soundscape Campus t... more A booklet with essays and illustrations made by the participants of the 1st Soundscape Campus that took place at the Faculty of Sciences and Technology of NOVA University of Lisbon.

Parte da reforma do ensino de 1973 de Veiga Simão, a Universidade Nova de Lisboa, ao contrário da... more Parte da reforma do ensino de 1973 de Veiga Simão, a Universidade Nova de Lisboa, ao contrário das restantes “novas”, estabeleceu-se num território já reclamado por universidades estabelecidas em 1911, pela República, a Universidade de Lisboa, herdeira da Escola Politécnica, e o Instituto Superior Técnico, herdeiro dos Institutos Industrial e Comercial. Neste sentido, a NOVA, teve de enfrentar desafios suplementares no sentido de encontrar o seu espaço próprio, sem um apoio preferencial por parte das autoridades locais e naturalmente “hostilizada” pelas escolas já instaladas em Lisboa.
A estratégia seguida pela NOVA para se afirmar passou pela renovação da oferta pedagógica, com a criação de cursos que não existiam na estrutura universitária tradicional e pela escolha de um campus de inspiração anglo-saxónica, situado fora da cidade, embora no espaço da grande Lisboa. Em 1977, quatro anos após a sua fundação, devido a incompatibilidades científicas e pessoais, o projecto integrador da NOVA desfez-se, dando lugar a uma estrutura tradicional de quatro faculdades: a Faculdade de Ciências e Tecnologia, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, a Faculdade de Economia e a Faculdade de Ciência Médicas. Com faculdades institucionalmente independentes, o projecto de um campus comum ruiu e só a FCT se mudou para o Monte de Caparica. É esta história, do outro lado do rio, que nos propomos contar.
A obra A outra margem da NOVA. A Faculdade de Ciências e Tecnologia no campus da Caparica propõe-se, na comemoração dos 40 anos, recuperar alguns dos tópicos que foram abordados nas comemorações dos 30 anos e relê-los na perspectiva do historiador da ciência e da tecnologia. O projecto envolve uma equipa interdisciplinar e multigeracional, o que permitiu leituras diferentes dos 40 anos da FCT, construindo-se pontes e rasgando-se caminhos de interpretação que pensamos contribuir para melhor perceber a identidade da FCT.
São quatro os tópicos focados:
O projecto das universidades novas no âmbito da reforma do ensino de Veiga Simão.
A FCT no Campus de Caparica: a construção de uma identidade pedagógica e de investigação própria.
De espaço da Universidade Nova a campus da FCT: arquitectura e poder no Monte de Caparica.
Os alunos da FCT: estratégias de uma vivência distinta face à academia clássica
No capítulo 1, analisamos o percurso que levou à criação das novas universidades e da UNL em particular, tendo em conta a reforma Veiga Simão, o papel de organizações internacionais na definição das políticas educativas nacionais, os diferentes modelos de ensino superior e de concepções de universidade, a intervenção de académicos que realizaram estudos pós-graduados em universidades estrangeiras e a importância dos professores cujas carreiras se iniciaram em universidades ultramarinas, ou em instituições dos países onde se exilaram durante a ditadura.
No capítulo 2, centramo-nos na FCT. Sozinha no campus de Caparica, a FCT desenvolveu, num primeiro momento, estratégias específicas de sobrevivência no panorama das faculdades de ciências e engenharias, apostando em cursos inovadores, únicos e excêntricos às universidades tradicionais — Engenharia Informática, Engenharia do Ambiente e Engenharia de Produção Industrial — e incluindo no seu campus a área de ciências sociais aplicadas, retomando a aproximação das “duas culturas” que havia estado na base da criação das universidades novas.
No capítulo 3, percorremos os espaços arquitectónicos reais e imaginários que começaram por construir a identidade da NOVA e acabaram por materializar a FCT, e acompanhamos o modo como o campus do Monte da Caparica foi sendo edificado através de decisões políticas, territoriais, pedagógicas e empresariais, além de arquitectónicas. Começando pelo plano inicial de conjunto do Eixo Equipado dos anos 70, passando pela inauguração do Conjunto Sul no início de 1980 e seguindo pelos dois planos urbanos que orientam a entrada da faculdade no séc. XXI, traçamos uma cronologia arquitectónica dos 40 anos da Faculdade de Ciências e Tecnologia e identificamos o que mudou, o que se manteve e o que foi abandonado da visão original para a Universidade do Sul.
No capítulo 4, olhamos para os alunos. Ao longo dos seus 40 anos, a FCT cresceu de um grupo de alunos de licenciatura abaixo da centena para perto de 8 mil alunos. Desde cedo, estes alunos sentiram necessidade de desenvolver estratégias de afirmação dos seus cursos no mercado de trabalho e no contexto da engenharia nacional e promover o espírito inovador das suas licenciaturas, com uma participação ativa na renovação das práticas pedagógicas, incluindo o retorno à Faculdade após os cursos.
Destacamos o papel da Associação de Estudantes e a sua estratégia de inserção numa Faculdade organicamente distinta das suas congéneres “clássicas”. Através de um contínuo ininterrupto de publicações estudantis, analisamos as suas principais preocupações, as pontes que estabeleceram com movimentos sociais, instituições e empresas, a adoção de tradições académicas, e o debutar de várias iniciativas que se tornaram emblemáticas para a faculdade.
A memória da Faculdade foi já tratada por diversas vezes por alguns dos protagonistas da presente obra, quer em termos pontuais (discursos ou notas em momentos comemorativos), quer em breves apontamentos gerais, quer, ainda, na obra que foi publicada por altura dos 30 anos FCT, da autoria de Hermínio Duarte-Ramos, Caminho de Excelência, em que o testemunho de vivência pessoal se liga aos registos oficiais. A outra margem da NOVA. A Faculdade de Ciências e Tecnologia no campus da Caparica acrescenta a estas contribuições uma visão de historiadores interessados na instituição não só pela sua história per se, pelo seu significado enquanto memória, mas como parte de um contexto mais global, nacional e europeu, que se pretende analisar e compreender.
(Excerto das Palavras Iniciais)
Papers by Ivo Louro
International Conference on Networks, 2017

Cadernos de arte e antropologia
The introduction to this double issue entitled "A Sonic Anthropocene: Sound Practices in a Changi... more The introduction to this double issue entitled "A Sonic Anthropocene: Sound Practices in a Changing Environment" explores some of the concepts and methodological issues that inform our understanding of what we call the "Sonic Anthropocene". We argue that incorporating practices of listening and aural documentation that register the transformations in the acoustic landscape creates a space of potential for examining the increasing impact of human activity on the environment. This introduction is divided into six sections. First, we provide an overview of the notion of the Anthropocene. Secondly, we explore the relationship between sound, environment and perception as cultivated by different strands of scholarship. Thirdly, we discuss the capacity of ethnography to generate new insights into the conditions of life in the Anthropocene. With this in mind, we highlight various examples of collaboration between environmental sound artists, researchers, and activists. Lastly, we introduce the essays included in this first volume. Ultimately, this double issue seeks to contribute toward sounding the Anthropocene by placing sound at the centre of an interdisciplinary conversation about the economic, social, cultural, political and ecological processes that underlie the currently ongoing planetary transformations.
Gardens and Human Agency in the Anthropocene, 2019

Cadernos de Arte e Antropologia - A Sonic Anthropocene – Sound Practices in a Changing Environment 1, 2021
The introduction to this double issue entitled "A Sonic Anthropocene: Sound Practices in a Changi... more The introduction to this double issue entitled "A Sonic Anthropocene: Sound Practices in a Changing Environment" explores some of the concepts and methodological issues that inform our understanding of what we call the "Sonic Anthropocene". We argue that incorporating practices of listening and aural documentation that register the transformations in the acoustic landscape creates a space of potential for examining the increasing impact of human activity on the environment. This introduction is divided into six sections. First, we provide an overview of the notion of the Anthropocene. Secondly, we explore the relationship between sound, environment and perception as cultivated by different strands of scholarship. Thirdly, we discuss the capacity of ethnography to generate new insights into the conditions of life in the Anthropocene. With this in mind, we highlight various examples of collaboration between environmental sound artists, researchers, and activists. Lastly, we introduce the essays included in this first volume. Ultimately, this double issue seeks to contribute toward sounding the Anthropocene by placing sound at the centre of an interdisciplinary conversation about the economic, social, cultural, political and ecological processes that underlie the currently ongoing planetary transformations.
Historians of science and technology have already singled out how scholarships in these fields is... more Historians of science and technology have already singled out how scholarships in these fields is particularly suitable to deal with the narratives in the longue-durée concerning chances at the crossroad of science, technology, and the environment. We further argue that the challenges of the Anthropocene require us a deeper engagement with materiality, summoning historians and philosophers of science and technology to a wide debate in which the underpinnings and effects of crucial conceptual categories (nature, society and technology in the first place), and the subsequent disciplinary boundaries, are put into question.
Calls by Ivo Louro
We welcome applications for the Anthropocene Campus Lisboa: Parallax (ACL: Parallax), taking plac... more We welcome applications for the Anthropocene Campus Lisboa: Parallax (ACL: Parallax), taking place at Culturgest in Lisbon, Portugal, between 6 and 11 January 2020. The Campus is organised by the Portuguese research center CIUHCT and is part of the Anthropocene Curriculum initiated by the Haus der Kulturen der Welt (HKW) and the Max Planck Institute for the History of Science (MPIWG), which has generated two Anthropocene Campus in Berlin (2014, 2016) and several satellite events worldwide. Deadline: October 15, 2019.
Uploads
Thesis Chapters by Ivo Louro
In a prominent place in the system of production and consumption, is the business of advertising, which works as its catalyst.
The goal of this dissertation is to answer two key questions: what are the environmental pressures of the production and dissemination of advertising messages? And which ones result from the influence on consumption patterns?
To meet this objective, we carried out as a case study a LCA of a generic advertising campaign in MUPI format, choosing the method EcoBlok as a system of indicators. We used LCA-IO to determine GHG emissions from the Portuguese advertising sector, with reference to the year 2008.
To answer the question of pressures caused by the incitement to consumption, we conducted a literature review on the influence of advertising over it and a correlation between the advertising pressure and the Ecological Footprint.
The results of the LCA show that a MUPI campaign can have an EcoBlok footprint between 4,5 and 6,0 global ha/year. The posters display is the phase that contributes most to the pressures along the life cycle of the campaign.
The LCA-IO reveals that the advertising industry has a total carbon intensity of 117 g CO2eq./€ and was responsible for direct and indirect emission of 579 kt CO2eq. in 2008.
We also conclude that there are historical and empirical grounds for considering advertising as a major mechanism that promotes the culture of consumerism and the unsustainable level of consumption.
This work is in Portuguese language.
Books by Ivo Louro
Nevertheless, we hope to demonstrate that, 1) the centres of human and natural spaces in Mononoke Hime are underlined by garden affects and aesthetics, as enclosed spaces of otherness whose meaning emerges from their connectivity; 2) the film’s message and resolution rests upon the negotiation of “basic forces, forms and ideas of man and nature, control and chaos, stasis and growth, the wild and the civilized, escape and involvement, ideals and reality” (Helphand 1997, 101) found in garden theory. Mononoke Hime echoes this interdependency of natural and human agencies, but evades ecomodernist fantasies of a Garden Earth. Instead, the concept of Safe Operating Space (Steffen et al. 2015) captures more adequately the complex entanglement of nature, culture, gender and race in Mononoke Hime, that sets it apart from other environmental films (even within Miyazaki’s oeuvre), endowing its gardens with particular weight in terms of anthropocenic poetics.
A estratégia seguida pela NOVA para se afirmar passou pela renovação da oferta pedagógica, com a criação de cursos que não existiam na estrutura universitária tradicional e pela escolha de um campus de inspiração anglo-saxónica, situado fora da cidade, embora no espaço da grande Lisboa. Em 1977, quatro anos após a sua fundação, devido a incompatibilidades científicas e pessoais, o projecto integrador da NOVA desfez-se, dando lugar a uma estrutura tradicional de quatro faculdades: a Faculdade de Ciências e Tecnologia, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, a Faculdade de Economia e a Faculdade de Ciência Médicas. Com faculdades institucionalmente independentes, o projecto de um campus comum ruiu e só a FCT se mudou para o Monte de Caparica. É esta história, do outro lado do rio, que nos propomos contar.
A obra A outra margem da NOVA. A Faculdade de Ciências e Tecnologia no campus da Caparica propõe-se, na comemoração dos 40 anos, recuperar alguns dos tópicos que foram abordados nas comemorações dos 30 anos e relê-los na perspectiva do historiador da ciência e da tecnologia. O projecto envolve uma equipa interdisciplinar e multigeracional, o que permitiu leituras diferentes dos 40 anos da FCT, construindo-se pontes e rasgando-se caminhos de interpretação que pensamos contribuir para melhor perceber a identidade da FCT.
São quatro os tópicos focados:
O projecto das universidades novas no âmbito da reforma do ensino de Veiga Simão.
A FCT no Campus de Caparica: a construção de uma identidade pedagógica e de investigação própria.
De espaço da Universidade Nova a campus da FCT: arquitectura e poder no Monte de Caparica.
Os alunos da FCT: estratégias de uma vivência distinta face à academia clássica
No capítulo 1, analisamos o percurso que levou à criação das novas universidades e da UNL em particular, tendo em conta a reforma Veiga Simão, o papel de organizações internacionais na definição das políticas educativas nacionais, os diferentes modelos de ensino superior e de concepções de universidade, a intervenção de académicos que realizaram estudos pós-graduados em universidades estrangeiras e a importância dos professores cujas carreiras se iniciaram em universidades ultramarinas, ou em instituições dos países onde se exilaram durante a ditadura.
No capítulo 2, centramo-nos na FCT. Sozinha no campus de Caparica, a FCT desenvolveu, num primeiro momento, estratégias específicas de sobrevivência no panorama das faculdades de ciências e engenharias, apostando em cursos inovadores, únicos e excêntricos às universidades tradicionais — Engenharia Informática, Engenharia do Ambiente e Engenharia de Produção Industrial — e incluindo no seu campus a área de ciências sociais aplicadas, retomando a aproximação das “duas culturas” que havia estado na base da criação das universidades novas.
No capítulo 3, percorremos os espaços arquitectónicos reais e imaginários que começaram por construir a identidade da NOVA e acabaram por materializar a FCT, e acompanhamos o modo como o campus do Monte da Caparica foi sendo edificado através de decisões políticas, territoriais, pedagógicas e empresariais, além de arquitectónicas. Começando pelo plano inicial de conjunto do Eixo Equipado dos anos 70, passando pela inauguração do Conjunto Sul no início de 1980 e seguindo pelos dois planos urbanos que orientam a entrada da faculdade no séc. XXI, traçamos uma cronologia arquitectónica dos 40 anos da Faculdade de Ciências e Tecnologia e identificamos o que mudou, o que se manteve e o que foi abandonado da visão original para a Universidade do Sul.
No capítulo 4, olhamos para os alunos. Ao longo dos seus 40 anos, a FCT cresceu de um grupo de alunos de licenciatura abaixo da centena para perto de 8 mil alunos. Desde cedo, estes alunos sentiram necessidade de desenvolver estratégias de afirmação dos seus cursos no mercado de trabalho e no contexto da engenharia nacional e promover o espírito inovador das suas licenciaturas, com uma participação ativa na renovação das práticas pedagógicas, incluindo o retorno à Faculdade após os cursos.
Destacamos o papel da Associação de Estudantes e a sua estratégia de inserção numa Faculdade organicamente distinta das suas congéneres “clássicas”. Através de um contínuo ininterrupto de publicações estudantis, analisamos as suas principais preocupações, as pontes que estabeleceram com movimentos sociais, instituições e empresas, a adoção de tradições académicas, e o debutar de várias iniciativas que se tornaram emblemáticas para a faculdade.
A memória da Faculdade foi já tratada por diversas vezes por alguns dos protagonistas da presente obra, quer em termos pontuais (discursos ou notas em momentos comemorativos), quer em breves apontamentos gerais, quer, ainda, na obra que foi publicada por altura dos 30 anos FCT, da autoria de Hermínio Duarte-Ramos, Caminho de Excelência, em que o testemunho de vivência pessoal se liga aos registos oficiais. A outra margem da NOVA. A Faculdade de Ciências e Tecnologia no campus da Caparica acrescenta a estas contribuições uma visão de historiadores interessados na instituição não só pela sua história per se, pelo seu significado enquanto memória, mas como parte de um contexto mais global, nacional e europeu, que se pretende analisar e compreender.
(Excerto das Palavras Iniciais)
Papers by Ivo Louro
Calls by Ivo Louro
In a prominent place in the system of production and consumption, is the business of advertising, which works as its catalyst.
The goal of this dissertation is to answer two key questions: what are the environmental pressures of the production and dissemination of advertising messages? And which ones result from the influence on consumption patterns?
To meet this objective, we carried out as a case study a LCA of a generic advertising campaign in MUPI format, choosing the method EcoBlok as a system of indicators. We used LCA-IO to determine GHG emissions from the Portuguese advertising sector, with reference to the year 2008.
To answer the question of pressures caused by the incitement to consumption, we conducted a literature review on the influence of advertising over it and a correlation between the advertising pressure and the Ecological Footprint.
The results of the LCA show that a MUPI campaign can have an EcoBlok footprint between 4,5 and 6,0 global ha/year. The posters display is the phase that contributes most to the pressures along the life cycle of the campaign.
The LCA-IO reveals that the advertising industry has a total carbon intensity of 117 g CO2eq./€ and was responsible for direct and indirect emission of 579 kt CO2eq. in 2008.
We also conclude that there are historical and empirical grounds for considering advertising as a major mechanism that promotes the culture of consumerism and the unsustainable level of consumption.
This work is in Portuguese language.
Nevertheless, we hope to demonstrate that, 1) the centres of human and natural spaces in Mononoke Hime are underlined by garden affects and aesthetics, as enclosed spaces of otherness whose meaning emerges from their connectivity; 2) the film’s message and resolution rests upon the negotiation of “basic forces, forms and ideas of man and nature, control and chaos, stasis and growth, the wild and the civilized, escape and involvement, ideals and reality” (Helphand 1997, 101) found in garden theory. Mononoke Hime echoes this interdependency of natural and human agencies, but evades ecomodernist fantasies of a Garden Earth. Instead, the concept of Safe Operating Space (Steffen et al. 2015) captures more adequately the complex entanglement of nature, culture, gender and race in Mononoke Hime, that sets it apart from other environmental films (even within Miyazaki’s oeuvre), endowing its gardens with particular weight in terms of anthropocenic poetics.
A estratégia seguida pela NOVA para se afirmar passou pela renovação da oferta pedagógica, com a criação de cursos que não existiam na estrutura universitária tradicional e pela escolha de um campus de inspiração anglo-saxónica, situado fora da cidade, embora no espaço da grande Lisboa. Em 1977, quatro anos após a sua fundação, devido a incompatibilidades científicas e pessoais, o projecto integrador da NOVA desfez-se, dando lugar a uma estrutura tradicional de quatro faculdades: a Faculdade de Ciências e Tecnologia, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, a Faculdade de Economia e a Faculdade de Ciência Médicas. Com faculdades institucionalmente independentes, o projecto de um campus comum ruiu e só a FCT se mudou para o Monte de Caparica. É esta história, do outro lado do rio, que nos propomos contar.
A obra A outra margem da NOVA. A Faculdade de Ciências e Tecnologia no campus da Caparica propõe-se, na comemoração dos 40 anos, recuperar alguns dos tópicos que foram abordados nas comemorações dos 30 anos e relê-los na perspectiva do historiador da ciência e da tecnologia. O projecto envolve uma equipa interdisciplinar e multigeracional, o que permitiu leituras diferentes dos 40 anos da FCT, construindo-se pontes e rasgando-se caminhos de interpretação que pensamos contribuir para melhor perceber a identidade da FCT.
São quatro os tópicos focados:
O projecto das universidades novas no âmbito da reforma do ensino de Veiga Simão.
A FCT no Campus de Caparica: a construção de uma identidade pedagógica e de investigação própria.
De espaço da Universidade Nova a campus da FCT: arquitectura e poder no Monte de Caparica.
Os alunos da FCT: estratégias de uma vivência distinta face à academia clássica
No capítulo 1, analisamos o percurso que levou à criação das novas universidades e da UNL em particular, tendo em conta a reforma Veiga Simão, o papel de organizações internacionais na definição das políticas educativas nacionais, os diferentes modelos de ensino superior e de concepções de universidade, a intervenção de académicos que realizaram estudos pós-graduados em universidades estrangeiras e a importância dos professores cujas carreiras se iniciaram em universidades ultramarinas, ou em instituições dos países onde se exilaram durante a ditadura.
No capítulo 2, centramo-nos na FCT. Sozinha no campus de Caparica, a FCT desenvolveu, num primeiro momento, estratégias específicas de sobrevivência no panorama das faculdades de ciências e engenharias, apostando em cursos inovadores, únicos e excêntricos às universidades tradicionais — Engenharia Informática, Engenharia do Ambiente e Engenharia de Produção Industrial — e incluindo no seu campus a área de ciências sociais aplicadas, retomando a aproximação das “duas culturas” que havia estado na base da criação das universidades novas.
No capítulo 3, percorremos os espaços arquitectónicos reais e imaginários que começaram por construir a identidade da NOVA e acabaram por materializar a FCT, e acompanhamos o modo como o campus do Monte da Caparica foi sendo edificado através de decisões políticas, territoriais, pedagógicas e empresariais, além de arquitectónicas. Começando pelo plano inicial de conjunto do Eixo Equipado dos anos 70, passando pela inauguração do Conjunto Sul no início de 1980 e seguindo pelos dois planos urbanos que orientam a entrada da faculdade no séc. XXI, traçamos uma cronologia arquitectónica dos 40 anos da Faculdade de Ciências e Tecnologia e identificamos o que mudou, o que se manteve e o que foi abandonado da visão original para a Universidade do Sul.
No capítulo 4, olhamos para os alunos. Ao longo dos seus 40 anos, a FCT cresceu de um grupo de alunos de licenciatura abaixo da centena para perto de 8 mil alunos. Desde cedo, estes alunos sentiram necessidade de desenvolver estratégias de afirmação dos seus cursos no mercado de trabalho e no contexto da engenharia nacional e promover o espírito inovador das suas licenciaturas, com uma participação ativa na renovação das práticas pedagógicas, incluindo o retorno à Faculdade após os cursos.
Destacamos o papel da Associação de Estudantes e a sua estratégia de inserção numa Faculdade organicamente distinta das suas congéneres “clássicas”. Através de um contínuo ininterrupto de publicações estudantis, analisamos as suas principais preocupações, as pontes que estabeleceram com movimentos sociais, instituições e empresas, a adoção de tradições académicas, e o debutar de várias iniciativas que se tornaram emblemáticas para a faculdade.
A memória da Faculdade foi já tratada por diversas vezes por alguns dos protagonistas da presente obra, quer em termos pontuais (discursos ou notas em momentos comemorativos), quer em breves apontamentos gerais, quer, ainda, na obra que foi publicada por altura dos 30 anos FCT, da autoria de Hermínio Duarte-Ramos, Caminho de Excelência, em que o testemunho de vivência pessoal se liga aos registos oficiais. A outra margem da NOVA. A Faculdade de Ciências e Tecnologia no campus da Caparica acrescenta a estas contribuições uma visão de historiadores interessados na instituição não só pela sua história per se, pelo seu significado enquanto memória, mas como parte de um contexto mais global, nacional e europeu, que se pretende analisar e compreender.
(Excerto das Palavras Iniciais)