Classical Studies and Orientalism
Estudos Clássicos, I, 2013
Pode-se dizer que os gregos receberam do Oriente estruturas e modelos que puderam utilizar e tran... more Pode-se dizer que os gregos receberam do Oriente estruturas e modelos que puderam utilizar e transformar em seus, mediante a adaptação de contribuições alheias e o acréscimo de elementos próprios. Este trabalho se propõe a apontar alguns elementos estruturais e modelares que os gregos herdaram – ou tomaram – do Oriente, e enfatizar que não se pode entender sua cultura clássica sem que se considere esse aporte. O conhecimento e a compreensão das íntimas relações entre o mundo grego e o Oriente Próximo ao longo da Idade do Bronze, revigoradas no início do Período Arcaico, autoriza-nos atualmente a ver com desconfiança afirmações como a de que “ainda não foi possível encontrar qualquer antepassado legítimo” para a civilização que surgiu na
Grécia na Idade do Ferro (desde o século XI a.C.) e que atingiu seu maior esplendor nos séculos V e IV a.C. Neste trabalho, sugerimos que no Oriente Próximo podem ser encontrados antepassados legítimos para muitos dos desenvolvimentos que ocorreram na Grécia Antiga, e não apenas na Idade do Ferro, mas ainda até bem depois dessa era.
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Este artigo consiste em uma avaliacao da conjuntura e implicacoes da afirmacao por Friedrich Wilh... more Este artigo consiste em uma avaliacao da conjuntura e implicacoes da afirmacao por Friedrich Wilhelm Joseph [von] Schelling, em suas Investigacoes Filosoficas sobre a Essencia da Liberdade Humana (1809), de que Plotino teria descrito a transicao do Bem originario para a materia e o mal de modo perspicaz mas insuficiente. Vislumbrando a necessidade de refutar a concepcao gnostica da materia sensivel e do tempo- spaco como sendo maus, Schelling nao apenas estimou as deficiencias da teodiceia de Plotino, construida antinomicamente em relacao ao entendimento gnostico do problema do Mal, mas tambem reconheceu suas virtudes, assimilando de Plotino contribuicoes essenciais a sua propria filosofia
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Here are presented some fundamental ideas about “Nature” in the thought from China and Japan. The... more Here are presented some fundamental ideas about “Nature” in the thought from China and Japan. The traditional attitude, in both the most rational speculation and the most existential reflection in these natural and historical regions, is usually characterized by a deep respect and by the impression of a relationship of filiation or unity, and not of superiority or contrariety, in relation to Nature - which is never represented as foreign or completely external to man -, reaching the perception that “Heaven/Nature and humanity are united through the Dao/Tao (Dō) [Path]” (天人一道 Tianren yidao/T’ien-jen i-tao [Chinese]; Tenjin ichidō [Japanese]), or the idea of the existence of an “unity between Heaven/Nature (Cosmos) and humanity” (天人合一 Tianren heyi/T’ien-jen ho-i [Chinese]; Tenjin gōitsu [Japanese]). This attitude resembles the understanding of the world by “shaman poets” and vates of all times, and also has affinities with the physiologia (a kind of “philosophy of nature”) of the ...
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Resumo São investigadas as origens da tradição da "gaia ciência" e a contribuição de el... more Resumo São investigadas as origens da tradição da "gaia ciência" e a contribuição de elementos dessa tradição, ou de uma apreensão rasa de alguns de seus ecos, para o entendimento atual da origem do vocábulo gay/guei e para o debate sobre a adequação de sua associação com a homossexualidade. Iniciando por uma apreciação do nascimento da tradição do gai saber no ambiente trovadoresco "provençal", são acompanhadas diversas instâncias da associação entre amor, alegria e juventude, promovida pelos trovadores em nome da sabedoria e do prazer de viver, investigando-se sugeridas vinculações etimológicas e estilísticas. Procura-se demonstrar como o regramento tratadístico e legal da "gaia ciência", abraçando a doutrina do "amor cortês", tolheu a liberdade expressiva da poesia trovadoresca, submetendo-a a cânones que muito contribuíram para sufocar a espontaneidade de sua alegria. É apontada a contribuição de Nietzsche para o resgate da idéia de "...
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Resumo : Este ensaio consiste de uma avaliacao critica da contribuicao iraniana para as origens d... more Resumo : Este ensaio consiste de uma avaliacao critica da contribuicao iraniana para as origens do milenarismo judaico-cristao, atraves do Zoroastrismo ou do Zurvanismo. Para tanto, sao recapitulados os primordios do milenarismo iraniano com Zaratustra (Zoroastro), e analisa-se a razao da criacao do tempo finito e sua funcao como ponte para o periodo vindouro do tempo ilimitado. Sao discutidos brevemente alguns aspectos da recepcao e transmissao grega de ideias escatologicas iranianas; e avaliada a relacao entre o milenarismo e a soteriologia zoroastriana e, finalmente, sao apontados alguns tracos da duradoura heranca ocidental do apocalipsismo zoroastriano.
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Nossa reflexao consiste na reavaliacao de algumas consideracoes originais de Vladimir Lossky em T... more Nossa reflexao consiste na reavaliacao de algumas consideracoes originais de Vladimir Lossky em Theologie negative et connaissance de Dieu chez Maitre Eckhart (publicacao postuma, Paris, 1960) quanto a uma aproximacao entre a teologia apofatica e a relacao entre Essencia e Energias divinas em escritos do Mestre Eckhart (1260-1328) e de Gregorio Palamas (1296-1359), rememorando o projeto losskiano (inacabado) de efetuar um estudo das convergencias ou semelhancas entre a mistica renana e o “palamismo”. Para isso, levamos em conta opinioes defendidas por Nikolai Gavryushin em "‘ Istinnoe bogoslovie preobrazhaet metafiziku’: Zametki o Vladimire Losskom" ("‘A verdadeira teologia transforma a metafisica’: Notas sobre Vladimir Lossky", 2004), e analisamos o inacabado projeto de Lossky a luz da revisao das ideias de Gregorio Palamas operada por pensadores da “escola russa de neoplatonismo”.
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Este ensaio consiste de uma avaliacao critica da contribuicao iraniana para as origens do milenar... more Este ensaio consiste de uma avaliacao critica da contribuicao iraniana para as origens do milenarismo judaico-cristao, atraves do Zoroastrismo ou do Zurvanismo. Para tanto, sao recapitulados os primordios do milenarismo iraniano com Zaratustra (Zoroastro), e analisa-se a razao da criacao do tempo finito e sua funcao como ponte para o periodo vindouro do tempo ilimitado. Sao discutidos brevemente alguns aspectos da recepcao e transmissao grega de ideias escatologicas iranianas; e avaliada a relacao entre o milenarismo e a soteriologia zoroastriana e, finalmente, sao apontados alguns tracos da duradoura heranca ocidental do apocalipsismo zoroastriano.
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Esta tese objetiva contribuir para um melhor entendimento da relacao entre o tempo e o mal no Fre... more Esta tese objetiva contribuir para um melhor entendimento da relacao entre o tempo e o mal no Freiheitsschrift de Schelling, a partir de aproximacoes desde o Gnosticismo. Para tanto, antes de comecar a tratar dessa relacao far-se-a uma revisao da questao do Gnosticismo (capitulo I) corrente de pensamento essencialmente preocupada com a problematica do tempo e permeada pela crenca em uma natureza ma da criacao, e que alegadamente teria influenciado de modo significativo algumas ideias de Schelling. Seguir-se-a uma avaliacao das aproximacoes entre Gnosticismo, gnose e pensamento alemao (capitulo II) e outra particularmente dedicada as aproximacoes schellinguianas ao Gnosticismo (capitulo III). Analisar-se-a entao o Freiheitsschrift como texto onde Schelling, tendo feito uma apropriacao muito particular do Gnosticismo, vai alem da teodiceia kantiana (capitulo IV). Interrogar-se a entao (capitulo V) se algumas ideiaschave da filosofia schellinguiana (sobre a gnose, a criacao, a dualidad...
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Conferencia apresentada no Departamento de Filosofia da UFRN, no dia 22 de novembro de 2007. Titu... more Conferencia apresentada no Departamento de Filosofia da UFRN, no dia 22 de novembro de 2007. Titulo original: “The Existence of God”.
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A recepcao de Platao no mundo islâmico, e especialmente na filosofia ( falsafa ), se deu principa... more A recepcao de Platao no mundo islâmico, e especialmente na filosofia ( falsafa ), se deu principalmente atraves dos ensinamentos das escolas da antiguidade tardia, calcados em escritos de Platao – embora sem acesso a maior parte das obras originais – e em obras de Aristoteles, bem como de comentadores peripateticos e neoplatonistas. Em 2005 Cristina D’Ancona apontou uma “estreita relacao entre o surgimento da falsafa e o modo como a filosofia foi concebida nas escolas neoplatonicas no fim da antiguidade”. Os filosofos do Isla classico costumeiramente enxergaram Platao sob a influencia de interpretes neoplatonicos como Plotino, Porfirio ou Proclo, embora quase sempre desconhecessem a verdadeira origem das ideias que analisavam e discutiam, e muitas vezes as atribuissem a Aristoteles. A teoria platonica das Ideias (Formas), conhecida pelos filosofos do Isla principalmente atraves de interpretacoes neoplatonicas tardias da obra de Aristoteles, teve uma fortuna bastante especial na civi...
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Estudos Clássicos IV: percursos, 2018
This article presents a brief reflection on the Classical Studies, as well a criticism about the ... more This article presents a brief reflection on the Classical Studies, as well a criticism about the Orientalism, represented by a generation of scholars of the Ancient
East that used only the so called historical and linguistic method, trying to explain the
Eastern mentality. It is based mainly on the idea that Greeks received the most diverse
oriental influences, although they have been refused for a long time by some researchers, but nowadays are being reconfigured based on various academic researches and other alternative sources. This perspective also examines a specific aspect of Greek philosophy and religion, relating to this Eurocentric vision of the past, to dwell on two terms used by these civilizations, which are the words metempsychosis and transmigration, whose conceptualizations are divergent among some researchers’ outlooks. Thus, the analysis defines the term Orientalism very important to the topic, according to the traditional and contrastive view of René Guénon (1886-1951), as well as some academics comments on this issue, by authors like Asti Vera (1995), Benoist (1969), Cornelli (2011), Fernandes (2013), Funari (2002), García Bazán (1985), Garaudy (1988), Pereira (1979), Said (1990), among others. Methodologically, utilizes the bibliographical search, by resorting to the works of these authors, comparing concordant and divergent viewpoints on this issue, implying that, given the vagueness and uncertainty of the subject, it is valid to use both sources, which may help to clarify this theme.
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Archai: Revista de Estudos sobre as Origens do Pensamento Ocidental, 2016
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On Pythagoreanism, 2013
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Archai: Revista de Estudos sobre as Origens do Pensamento Ocidental, 2013
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Archai: Revista de Estudos sobre as Origens do Pensamento Ocidental, 2013
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Representações da Cidade Antiga: categorias históricas e discursos filosóficos, 2012
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Dos homens e suas ideias: estudos sobre as vidas de Diógenes Laércio, 2013
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Princípios: Revista de …, 2010
Resumo: Nicolau de Cusa (1401-1464) ao acenar a dupla possibilidade de fazer descender o malum mu... more Resumo: Nicolau de Cusa (1401-1464) ao acenar a dupla possibilidade de fazer descender o malum mundi ou do pecado atual ou da culpa original, afirma que este pecado pode ser muito bem aquele da origem, da maneira que aquele que é concebido pela mãe no ...
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O Jnâna Yoga, controle das funcoes vitais com a finalidade de realizacao da sabedoria/do ?conheci... more O Jnâna Yoga, controle das funcoes vitais com a finalidade de realizacao da sabedoria/do ?conhecimento absoluto?, baseia-se, com raras excecoes, quase que totalmente nos ensinamentos da filosofia Advaita (nao-dualista) da escola Vedânta (do ?Final dos Vedas?), e tem o capitulo IV do Bhagavad-Gitâ (o ?Canto do Divino Mestre?) como uma referencia fundamental. Shankara (788-820), cujo sistema filosofico e denominado kevalâdvaita (nao-dualismo [monismo] unico/perfeito) ou shuddhâdvaita (nao-dualismo inqualificado), tomou a vida moral como um pre-requisito essencial ao conhecimento metafisico, necessario para que se atinja o objetivo ultimo da vida, o conhecimento da identidade essencial do eu (âtman) com o Ser Supremo (Brahman). No seu Viveka-Chudâmani (?A Joia Suprema do Discernimento?), bem como em outros escritos vedânticos, Brahman e chamado de Sat-Chit-Ânanda (Ser-Consciencia-Bem-aventuranca), e G. Dandoy faz a seguinte analogia entre essa concepcao e imagens de Deus em Santo Agost...
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Classical Studies and Orientalism
Grécia na Idade do Ferro (desde o século XI a.C.) e que atingiu seu maior esplendor nos séculos V e IV a.C. Neste trabalho, sugerimos que no Oriente Próximo podem ser encontrados antepassados legítimos para muitos dos desenvolvimentos que ocorreram na Grécia Antiga, e não apenas na Idade do Ferro, mas ainda até bem depois dessa era.
East that used only the so called historical and linguistic method, trying to explain the
Eastern mentality. It is based mainly on the idea that Greeks received the most diverse
oriental influences, although they have been refused for a long time by some researchers, but nowadays are being reconfigured based on various academic researches and other alternative sources. This perspective also examines a specific aspect of Greek philosophy and religion, relating to this Eurocentric vision of the past, to dwell on two terms used by these civilizations, which are the words metempsychosis and transmigration, whose conceptualizations are divergent among some researchers’ outlooks. Thus, the analysis defines the term Orientalism very important to the topic, according to the traditional and contrastive view of René Guénon (1886-1951), as well as some academics comments on this issue, by authors like Asti Vera (1995), Benoist (1969), Cornelli (2011), Fernandes (2013), Funari (2002), García Bazán (1985), Garaudy (1988), Pereira (1979), Said (1990), among others. Methodologically, utilizes the bibliographical search, by resorting to the works of these authors, comparing concordant and divergent viewpoints on this issue, implying that, given the vagueness and uncertainty of the subject, it is valid to use both sources, which may help to clarify this theme.
Grécia na Idade do Ferro (desde o século XI a.C.) e que atingiu seu maior esplendor nos séculos V e IV a.C. Neste trabalho, sugerimos que no Oriente Próximo podem ser encontrados antepassados legítimos para muitos dos desenvolvimentos que ocorreram na Grécia Antiga, e não apenas na Idade do Ferro, mas ainda até bem depois dessa era.
East that used only the so called historical and linguistic method, trying to explain the
Eastern mentality. It is based mainly on the idea that Greeks received the most diverse
oriental influences, although they have been refused for a long time by some researchers, but nowadays are being reconfigured based on various academic researches and other alternative sources. This perspective also examines a specific aspect of Greek philosophy and religion, relating to this Eurocentric vision of the past, to dwell on two terms used by these civilizations, which are the words metempsychosis and transmigration, whose conceptualizations are divergent among some researchers’ outlooks. Thus, the analysis defines the term Orientalism very important to the topic, according to the traditional and contrastive view of René Guénon (1886-1951), as well as some academics comments on this issue, by authors like Asti Vera (1995), Benoist (1969), Cornelli (2011), Fernandes (2013), Funari (2002), García Bazán (1985), Garaudy (1988), Pereira (1979), Said (1990), among others. Methodologically, utilizes the bibliographical search, by resorting to the works of these authors, comparing concordant and divergent viewpoints on this issue, implying that, given the vagueness and uncertainty of the subject, it is valid to use both sources, which may help to clarify this theme.