Papers by Carlos Bem Gonçalves
This paper, which is based on the polemical discourse perspective (Amossy, 2017), has... more This paper, which is based on the polemical discourse perspective (Amossy, 2017), has two objectives, namely analyzing Fake News as a disinformation strategy used by the Brazilian Far Right, and investigating the resignification of verbal insults as a subaltern resistance tactic. Through Queer Linguistics (Borba, 2015), we suggest the conceptual distinction between “strategies”and “tactics”(Certeau, 2007), as well as “subaltern resignification”as a solution for the “Paradox of Tolerance”(Popper, 1974). Furthermore, we use semantic chains (Morais, 2018) to formalize the “architecture of disinformation”and the “architecture of information.” Our analysis is based on a few statements given by Bolsonarists in interviews, in the Federal Senate Committee and five tweets posted on former Federal Deputy Jean Wyllys’ official Twitter account. We conclude that linguistic expressions that reiterate situations of symbolic violence are the primary foundation for legitimizing physical and structural violence against LGBT people. Despite this fact, the controversial clash indicates the possibility of a tactical emergence of new political and social subjects who were previously subordinate.
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Partindo da perspectiva de discurso polêmico (Amossy, 2017), neste artigo temos dois objetivos: primeiro, analisar as Fake News como estratégia de desinformação da extrema direita brasileira; segundo, investigar a ressignificação dos insultos verbais como tática de resistência subalterna. Por meio da Linguística Queer (Borba, 2015), sugerimos a distinção conceitual entre “estratégias”e “táticas”(Certeau, 2007) e a “ressignificação subalterna” como solução para o “Paradoxo da Tolerância”(Popper, 1974). Além disso, utilizamos as cadeias semânticas (Morais, 2018) para formalizar a “arquitetura da desinformação” e a “arquitetura da informação”. Nossa análise baseia-se em algumas declarações de bolsonaristas em entrevistas e na Comissão do Senado Federal e em cinco tweets publicados na conta oficial do ex-Deputado Federal Jean Wyllys no Twitter. Concluímos que as expressões linguísticas que reiteram situações de violência simbólica são o fundamento primário para legitimar a violência física e estrutural contra grupos LGBT. A despeito disso, o conflito polêmico indica a possibilidade de emergência tática de novos sujeitos políticos e sociais, antes subalternizados.
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A pandemia causada pelo coronavírus isolou o mundo e aprofundou a vulnerabilidade de grupos socia... more A pandemia causada pelo coronavírus isolou o mundo e aprofundou a vulnerabilidade de grupos sociais oprimidos, como é o caso das pessoas LGBTI+. O contexto político contemporâneo em que a extrema-direita representada pelo bolsonarismo chegou ao palácio do planalto parece ser um elemento que agravou ainda mais a vulnerabilidade desse grupo social. Nosso objetivo é refletir sobre o contrato de comunicação cisheteronormativo e as margens de manobra como estratégias de resistência. O trabalho está organizado em três seções, sendo: na primeira, apresentamos uma breve conceituação da Linguística Queer e suas potencialidades nos estudos linguísticos. Na segunda, discorremos sobre o contrato de comunicação proposto pela Teoria Semiolinguística. Na terceira, e última, discorremos sobre a metodologia adotada e analisamos os dados. Os resultados apontam que as pessoas LGBTI+ podem não se reconhecer no contrato de comunicação cisheteronormativo da extrema-direita e passam a utilizar as margens de manobra como estratégia de resistência, além de batalhar pela ressignificação de insultos verbais. O material de análise é composto por enunciados do ex-Presidente Jair Bolsonaro sobre o uso de máscara para proteção da covid-19 atribuindo seu uso a “coisa de viado” e a reação a esse enunciado no microblog Twitter.
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THE FAR RIGHT COMMUNICATION CONTRACT AND DISCURSIVE
BATTLES IN THE COVID 19 PANDEMIC
The pandemic caused by the coronavirus has isolated the world and deepened the vulnerability of oppressed social groups, such as LGBTI+ people. The contemporary political context in which the extreme right represented by Bolsonarism arrived at the Planalto Palace seems to be an element that further aggravated the vulnerability of this social group. Our objective is to reflect on the cisheteronormative communication contract and the room for maneuver as resistance strategies. The work is organized into three sections, as follows: in the first, we present a brief conceptualization of Queer Linguistics and its potential in linguistic studies. In the second, we discuss the communication contract proposed by the Semiolinguistic Theory. In the third, and last, we discuss the adopted methodology and analyze the data. The results indicate that LGBTI+ people may not recognize themselves in the far-right cisheteronormative communication contract and start to use room for maneuver as a resistance strategy, in addition to fighting for the re-signification of verbal insults. The material for analysis consists of statements by former President Jair Bolsonaro on the use of a mask to protect against covid-19, attributing its use to “a fag thing” and the reaction to this statement on the Twitter microblog.
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Estudos Linguisticos (Novos) Caminhos , 2021
Neste trabalho, temos como objetivo analisar as guerras de narrativas que surgiram nas plataforma... more Neste trabalho, temos como objetivo analisar as guerras de narrativas que surgiram nas plataformas digitais quando uma empresa de cosméticos – a NATURA - anunciou que Thammy Miranda, um homem transexual, seria integrante da campanha do dia dos pais no ano de 2020. Essa informação gerou reações de grupos conservadores nas plataformas de mídia social, sobretudo de líderes religiosos vinculados a igrejas evangélicas neopentecostais. Esse trabalho se insere num contexto de avanço do neoconservadorismo, ou seja, do aumento de religiosos conservadores em cargos políticos alçados num discurso de defesa da moral que serviria de base para a regulação da vida social e reprodutiva da população.
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Transmasculinity and paternity: entextualization, performativities and indexicality in a network
In this work, we aim to analyze the narrative wars that emerged on digital platforms when a cosmetics company - NATURA - announced that Thammy Miranda, a transsexual man, would be part of the Father's Day campaign in the year 2020. This information generated reactions from conservative groups on social media platforms, especially from religious leaders linked to neo-Pentecostal evangelical churches. This work is part of a context of the advance of neoconservatism, that is, the increase of religious conservatives in political positions raised in a speech in defense of the moral that would serve as a basis for the regulation of the social and reproductive life of the population.
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Cadernos de Gênero e Tecnologia
No Brasil contemporâneo as batalhas discursivas sobre gênero e sexualidade tem se apresentado cad... more No Brasil contemporâneo as batalhas discursivas sobre gênero e sexualidade tem se apresentado cada vez mais polêmicas e produzido diversos efeitos de sentido. Neste trabalho, nosso objetivo é conceituar as visadas polêmicas como tecnologias de resistência queer. O texto foi organizado em duas seções, sendo: na primeira, definimos o que entendemos como a nova direita brasileira e apresentamos um breve histórico sobre o queer. Na segunda, discorremos sobre o discurso polêmico e sua estrutura. Adotamos os construtos teórico-metodológicos da Linguística Queer para analisar os dados. Os resultados mostram que as visadas polêmicas se configuram como estratégias argumentativas que podem reiterar estruturas de poder e dominação, mas também como possibilidades de resistência aos intentos biopolíticos da heteronormatividade, ou seja, tecnologias de resistência queer. O material de análise é composto por enunciados de parlamentares numa reunião da comissão de direitos humanos da Câmara dos Deputados.
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Controversial targets as technologies of queer resistance.
In contemporary Brazil, discursive battles about gender and sexuality have become increasingly controversial and have produced various effects of meaning. In this work, our aim is to conceptualize the polemical targets as technologies of queer resistance. The text was organized into two sections, as follows: in the first, we define what we understand as the new Brazilian right and present a brief history of queer. In the second, we discuss the controversial discourse and its structure. We adopted the theoretical-methodological constructs of Queer Linguistics to analyze the data. The results show that the polemical targets are configured as argumentative strategies that can reiterate structures of power and domination, but also as possibilities of resistance to the biopolitical intentions of heteronormativity, that is, technologies of queer resistance. The material for analysis consists of statements by parliamentarians at a meeting of the human rights commission of the Chamber of Deputies.
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Dentre os afazeres dos Deputados Federais, quais são os que de fato causam impacto na vida das pe... more Dentre os afazeres dos Deputados Federais, quais são os que de fato causam impacto na vida das pessoas LGBTs brasileiras? Em meio a muitas e complexas questões que deveriam ocupar a agenda de quem foi eleito para fiscalizar o Executivo Federal e legislar, vemos propostas sem relevância marcarem a atuação de boa parte dos deputados federais do Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU) nos anos de 2003 a 2016. Referidos partidos são os quatro maiores agrupamentos políticos do espectro “esquerdista” em número de filiados, segundo o Sistema de Filiação Partidária – Filiaweb, do Tribunal Superior Eleitoral – TSE. E ao analisarmos as proposições dos seus 245 deputados e deputadas eleitos e/ou reeleitos nos pleitos de 2002, 2006, 2010 e 2014, ou seja, durante os 13 anos em que o Partido dos Trabalhadores esteve a frente do Poder Executivo Federal (2003 a 2016), constatamos que mais da metade das proposições feitas por estes deputados e deputadas não fariam falta para a comunidade LGBT, segundo critérios da ONG Transparência Brasil e da Checklist da Freedom House. Num viés historicista é possível ver a retirada da discussão ou tratamento exclusivo da sexualidade da esfera privada e sua inserção na esfera pública. Em outras palavras: com o âmbito político alcançado pela sexualidade, vemos hoje que as pessoas têm sobre si mesmas uma percepção fundada na identidade de gênero, cidadania e conquista de direitos dentro do Estado Democrático que, por sua vez, foi constituído no Brasil a partir dos anos 1980, ou seja, uma politização da sexualidade. Nesse sentido, partindo da hipótese de que quanto mais à esquerda do espectro ideológico o partido político se encontra, maior seria a probabilidade de encontrarmos posturas político-discursivas em favor dos “LGBTs”, pretende-se nesse trabalho investigar o reconhecimento das histórias da população LGBT brasileira, evidenciando quem de fato assume suas pautas políticas contra as violações de seus direitos básicos, bem como qual desses partidos encampa estratégias públicas de reconhecimento das vítimas de LGBTfobia. O objetivo desse trabalho é então registrar uma compreensão sobre a participação desses partidos no devir histórico dos direitos LGBTs ao aproximar o passado recente das questões ainda aberto sobre os 13 anos de governo PT e sua relação entre democracia e direitos humanos.
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Artigo - produto do projeto de extensão - jornalismo, 2014
Este trabalho apresenta uma discussão da gestão de comunicação da
organização não-governamental M... more Este trabalho apresenta uma discussão da gestão de comunicação da
organização não-governamental Movimento Gay da Região das Vertentes (MGRV), da cidade de São João del-Rei, Minas Gerais, a partir de um estudo de caso da assessoria de comunicação implantada, fruto de projeto de extensão do curso de graduação em Comunicação Social – Jornalismo, da Universidade Federal de São João del-Rei. A partir
da compreensão da comunicação como espaço de mediação social e estratégico de luta pela cidadania e direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), o MGRV ganha em termos de visibilidade ao ampliar a divulgação de sua atuação. Foi possível a produção de veículos próprios como estratégia de resistência e
democratização da mídia, aumentando consideravelmente a difusão das ações executadas pelo Movimento.
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Este artigo tem por objetivo discutir como o Movimento Gay da Região das Vertentes (MGRV) constru... more Este artigo tem por objetivo discutir como o Movimento Gay da Região das Vertentes (MGRV) construiu um debate sobre os direitos humanos, luta contra a AIDS e o combate a homofobia, machismo e racismo a partir da adoção de estratégias de comunicação utilizadas durante a parada da cidadania e do orgulho de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais da Região das Vertentes, na cidade de São João del-
Rei, Minas Gerais, no ano de 2011. Ao tomar como corpus de análise o material produzido e divulgado na 4ª Parada do Orgulho LGBT do Campo das Vertentes, a pesquisa constata a importância dos meios de comunicação para a garantia da visibilidade e o avanço no debate da garantia da cidadania plena e dos direitos humanos LGBT numa das cidades históricas no interior de Minas Gerais.
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Monografia - Trabalho de conclusão do curso de graduação em comunicação social pela UFSJ, 2014
O presente trabalho é um estudo de caso que busca identificar as estratégias de comunicação do Mo... more O presente trabalho é um estudo de caso que busca identificar as estratégias de comunicação do Movimento Gay da Região das Vertentes
(MGRV) na Semana da Diversidade Sexual no ano de 2013 em São João del-Rei, Minas Gerais, tomando como principal objeto de análise a revista Folha Diversidade, produzida pelo MGRV e divulgada durante a Parada da Cidadania e do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, travestis e Transexuais (LGBT). Propõe, ainda, analisar como objeto secundário e complementar o discurso adotado pelos veículos de comunicação do movimento em comparação com outros dois veículos de comunicação de massa: um local e um regional - as notícias veiculadas pela emissora TV Campo de Minas, de São João del-Rei, e
pelo portal de notícias vinculado Integração, de Juiz de Fora, o site G1, que faz cobertura de eventos na Região das Vertentes.
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Dissertação de Mestrado, 2019
Este trabalho tem como objetivo identificar e analisar o contrato de comunicação e a polêmica no ... more Este trabalho tem como objetivo identificar e analisar o contrato de comunicação e a polêmica no programa Estação Plural da TV Brasil; propõe-se relacioná-los aos papéis de gênero regulados por uma cultura fundada na matriz heterossexual. Para o estudo do contrato de comunicação, foram utilizadas as formulações de Charaudeau (2004; 2006; 2008a; 2008b; 2012; 2015). Para o estudo do duplo papel que a mídia desempenha, foram utilizados os estudos de Arão (2008) e Burger (2002). Para o estudo da Teoria Queer e da Linguística Queer, utilizamos as formulações de Austin (1990), Butler (1993; 2002; 2009; 2010; 2011; 2015), Louro (2008), Borba (2008; 2011; 2014; 2015) e Santos Filho (2012; 2015). Para o estudo da polêmica como categoria argumentativa, utilizamos Amossy (2017). Para relacionarmos a violência de gênero com a moral, utilizamos Drawin (2011) e La Taille (2002; 2009). E para sustentar, metodologicamente, as análises, adotamos a proposta das cadeias semânticas de Morais (2018). O material de análise é composto por um programa de entrevista-debate com o cantor Ney Matogrosso, com 50 minutos, que foi descrito e analisado conforme o contrato de comunicação de Charaudeau (2004; 2008a; 2012) e conforme os pressupostos teóricos da Linguística Queer com o objetivo de identificar como se materializa o funcionamento desse contrato, bem como os conflitos e tensões que caracterizam o discurso no Estação Plural frente à heterossexualidade compulsória. Propomos, para tanto, a polêmica (AMOSSY, 2017) como estratégia discursiva que potencializa as vozes de sujeitos subalternizados (SPIVAK, 2010) no jogo democrático. A pesquisa evidenciou que, apesar de buscar romper com padrões heterossexuais, seja nos comportamentos ou nas formas de ver o mundo, o sujeito inscrito numa cultura heteronormativa não consegue ressignificar por completo suas performances, sendo, de certa forma, regulado pelo padrão de comportamento heterossexual.
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Papers by Carlos Bem Gonçalves
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Partindo da perspectiva de discurso polêmico (Amossy, 2017), neste artigo temos dois objetivos: primeiro, analisar as Fake News como estratégia de desinformação da extrema direita brasileira; segundo, investigar a ressignificação dos insultos verbais como tática de resistência subalterna. Por meio da Linguística Queer (Borba, 2015), sugerimos a distinção conceitual entre “estratégias”e “táticas”(Certeau, 2007) e a “ressignificação subalterna” como solução para o “Paradoxo da Tolerância”(Popper, 1974). Além disso, utilizamos as cadeias semânticas (Morais, 2018) para formalizar a “arquitetura da desinformação” e a “arquitetura da informação”. Nossa análise baseia-se em algumas declarações de bolsonaristas em entrevistas e na Comissão do Senado Federal e em cinco tweets publicados na conta oficial do ex-Deputado Federal Jean Wyllys no Twitter. Concluímos que as expressões linguísticas que reiteram situações de violência simbólica são o fundamento primário para legitimar a violência física e estrutural contra grupos LGBT. A despeito disso, o conflito polêmico indica a possibilidade de emergência tática de novos sujeitos políticos e sociais, antes subalternizados.
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THE FAR RIGHT COMMUNICATION CONTRACT AND DISCURSIVE
BATTLES IN THE COVID 19 PANDEMIC
The pandemic caused by the coronavirus has isolated the world and deepened the vulnerability of oppressed social groups, such as LGBTI+ people. The contemporary political context in which the extreme right represented by Bolsonarism arrived at the Planalto Palace seems to be an element that further aggravated the vulnerability of this social group. Our objective is to reflect on the cisheteronormative communication contract and the room for maneuver as resistance strategies. The work is organized into three sections, as follows: in the first, we present a brief conceptualization of Queer Linguistics and its potential in linguistic studies. In the second, we discuss the communication contract proposed by the Semiolinguistic Theory. In the third, and last, we discuss the adopted methodology and analyze the data. The results indicate that LGBTI+ people may not recognize themselves in the far-right cisheteronormative communication contract and start to use room for maneuver as a resistance strategy, in addition to fighting for the re-signification of verbal insults. The material for analysis consists of statements by former President Jair Bolsonaro on the use of a mask to protect against covid-19, attributing its use to “a fag thing” and the reaction to this statement on the Twitter microblog.
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Transmasculinity and paternity: entextualization, performativities and indexicality in a network
In this work, we aim to analyze the narrative wars that emerged on digital platforms when a cosmetics company - NATURA - announced that Thammy Miranda, a transsexual man, would be part of the Father's Day campaign in the year 2020. This information generated reactions from conservative groups on social media platforms, especially from religious leaders linked to neo-Pentecostal evangelical churches. This work is part of a context of the advance of neoconservatism, that is, the increase of religious conservatives in political positions raised in a speech in defense of the moral that would serve as a basis for the regulation of the social and reproductive life of the population.
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Controversial targets as technologies of queer resistance.
In contemporary Brazil, discursive battles about gender and sexuality have become increasingly controversial and have produced various effects of meaning. In this work, our aim is to conceptualize the polemical targets as technologies of queer resistance. The text was organized into two sections, as follows: in the first, we define what we understand as the new Brazilian right and present a brief history of queer. In the second, we discuss the controversial discourse and its structure. We adopted the theoretical-methodological constructs of Queer Linguistics to analyze the data. The results show that the polemical targets are configured as argumentative strategies that can reiterate structures of power and domination, but also as possibilities of resistance to the biopolitical intentions of heteronormativity, that is, technologies of queer resistance. The material for analysis consists of statements by parliamentarians at a meeting of the human rights commission of the Chamber of Deputies.
organização não-governamental Movimento Gay da Região das Vertentes (MGRV), da cidade de São João del-Rei, Minas Gerais, a partir de um estudo de caso da assessoria de comunicação implantada, fruto de projeto de extensão do curso de graduação em Comunicação Social – Jornalismo, da Universidade Federal de São João del-Rei. A partir
da compreensão da comunicação como espaço de mediação social e estratégico de luta pela cidadania e direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), o MGRV ganha em termos de visibilidade ao ampliar a divulgação de sua atuação. Foi possível a produção de veículos próprios como estratégia de resistência e
democratização da mídia, aumentando consideravelmente a difusão das ações executadas pelo Movimento.
Rei, Minas Gerais, no ano de 2011. Ao tomar como corpus de análise o material produzido e divulgado na 4ª Parada do Orgulho LGBT do Campo das Vertentes, a pesquisa constata a importância dos meios de comunicação para a garantia da visibilidade e o avanço no debate da garantia da cidadania plena e dos direitos humanos LGBT numa das cidades históricas no interior de Minas Gerais.
(MGRV) na Semana da Diversidade Sexual no ano de 2013 em São João del-Rei, Minas Gerais, tomando como principal objeto de análise a revista Folha Diversidade, produzida pelo MGRV e divulgada durante a Parada da Cidadania e do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, travestis e Transexuais (LGBT). Propõe, ainda, analisar como objeto secundário e complementar o discurso adotado pelos veículos de comunicação do movimento em comparação com outros dois veículos de comunicação de massa: um local e um regional - as notícias veiculadas pela emissora TV Campo de Minas, de São João del-Rei, e
pelo portal de notícias vinculado Integração, de Juiz de Fora, o site G1, que faz cobertura de eventos na Região das Vertentes.
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Partindo da perspectiva de discurso polêmico (Amossy, 2017), neste artigo temos dois objetivos: primeiro, analisar as Fake News como estratégia de desinformação da extrema direita brasileira; segundo, investigar a ressignificação dos insultos verbais como tática de resistência subalterna. Por meio da Linguística Queer (Borba, 2015), sugerimos a distinção conceitual entre “estratégias”e “táticas”(Certeau, 2007) e a “ressignificação subalterna” como solução para o “Paradoxo da Tolerância”(Popper, 1974). Além disso, utilizamos as cadeias semânticas (Morais, 2018) para formalizar a “arquitetura da desinformação” e a “arquitetura da informação”. Nossa análise baseia-se em algumas declarações de bolsonaristas em entrevistas e na Comissão do Senado Federal e em cinco tweets publicados na conta oficial do ex-Deputado Federal Jean Wyllys no Twitter. Concluímos que as expressões linguísticas que reiteram situações de violência simbólica são o fundamento primário para legitimar a violência física e estrutural contra grupos LGBT. A despeito disso, o conflito polêmico indica a possibilidade de emergência tática de novos sujeitos políticos e sociais, antes subalternizados.
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THE FAR RIGHT COMMUNICATION CONTRACT AND DISCURSIVE
BATTLES IN THE COVID 19 PANDEMIC
The pandemic caused by the coronavirus has isolated the world and deepened the vulnerability of oppressed social groups, such as LGBTI+ people. The contemporary political context in which the extreme right represented by Bolsonarism arrived at the Planalto Palace seems to be an element that further aggravated the vulnerability of this social group. Our objective is to reflect on the cisheteronormative communication contract and the room for maneuver as resistance strategies. The work is organized into three sections, as follows: in the first, we present a brief conceptualization of Queer Linguistics and its potential in linguistic studies. In the second, we discuss the communication contract proposed by the Semiolinguistic Theory. In the third, and last, we discuss the adopted methodology and analyze the data. The results indicate that LGBTI+ people may not recognize themselves in the far-right cisheteronormative communication contract and start to use room for maneuver as a resistance strategy, in addition to fighting for the re-signification of verbal insults. The material for analysis consists of statements by former President Jair Bolsonaro on the use of a mask to protect against covid-19, attributing its use to “a fag thing” and the reaction to this statement on the Twitter microblog.
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Transmasculinity and paternity: entextualization, performativities and indexicality in a network
In this work, we aim to analyze the narrative wars that emerged on digital platforms when a cosmetics company - NATURA - announced that Thammy Miranda, a transsexual man, would be part of the Father's Day campaign in the year 2020. This information generated reactions from conservative groups on social media platforms, especially from religious leaders linked to neo-Pentecostal evangelical churches. This work is part of a context of the advance of neoconservatism, that is, the increase of religious conservatives in political positions raised in a speech in defense of the moral that would serve as a basis for the regulation of the social and reproductive life of the population.
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Controversial targets as technologies of queer resistance.
In contemporary Brazil, discursive battles about gender and sexuality have become increasingly controversial and have produced various effects of meaning. In this work, our aim is to conceptualize the polemical targets as technologies of queer resistance. The text was organized into two sections, as follows: in the first, we define what we understand as the new Brazilian right and present a brief history of queer. In the second, we discuss the controversial discourse and its structure. We adopted the theoretical-methodological constructs of Queer Linguistics to analyze the data. The results show that the polemical targets are configured as argumentative strategies that can reiterate structures of power and domination, but also as possibilities of resistance to the biopolitical intentions of heteronormativity, that is, technologies of queer resistance. The material for analysis consists of statements by parliamentarians at a meeting of the human rights commission of the Chamber of Deputies.
organização não-governamental Movimento Gay da Região das Vertentes (MGRV), da cidade de São João del-Rei, Minas Gerais, a partir de um estudo de caso da assessoria de comunicação implantada, fruto de projeto de extensão do curso de graduação em Comunicação Social – Jornalismo, da Universidade Federal de São João del-Rei. A partir
da compreensão da comunicação como espaço de mediação social e estratégico de luta pela cidadania e direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), o MGRV ganha em termos de visibilidade ao ampliar a divulgação de sua atuação. Foi possível a produção de veículos próprios como estratégia de resistência e
democratização da mídia, aumentando consideravelmente a difusão das ações executadas pelo Movimento.
Rei, Minas Gerais, no ano de 2011. Ao tomar como corpus de análise o material produzido e divulgado na 4ª Parada do Orgulho LGBT do Campo das Vertentes, a pesquisa constata a importância dos meios de comunicação para a garantia da visibilidade e o avanço no debate da garantia da cidadania plena e dos direitos humanos LGBT numa das cidades históricas no interior de Minas Gerais.
(MGRV) na Semana da Diversidade Sexual no ano de 2013 em São João del-Rei, Minas Gerais, tomando como principal objeto de análise a revista Folha Diversidade, produzida pelo MGRV e divulgada durante a Parada da Cidadania e do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, travestis e Transexuais (LGBT). Propõe, ainda, analisar como objeto secundário e complementar o discurso adotado pelos veículos de comunicação do movimento em comparação com outros dois veículos de comunicação de massa: um local e um regional - as notícias veiculadas pela emissora TV Campo de Minas, de São João del-Rei, e
pelo portal de notícias vinculado Integração, de Juiz de Fora, o site G1, que faz cobertura de eventos na Região das Vertentes.