Papers by Nathalie de la Cadena
HomaPublica Revisa Internacional de Derechos Humanos y Empresas, 2024
A presente investigação tem por objetivo responder à questão título considerando os argumentos ap... more A presente investigação tem por objetivo responder à questão título considerando os argumentos apresentados, de um lado,
pelos desenvolvimentistas e, de outro, pelos ambientalistas. Entendemos que os argumentos apresentados refletem um
conflito de valores mais profundo que, se abordado por uma metodologia de solução de conflitos adequada, pode contribuir
para elucidação da questão. A metodologia proposta é o personalismo ético de Scheler. A hierarquia de valores a ser
aplicada na solução de conflitos traz (i) o valor pessoa como o mais elevado, seguido dos (ii) valores espirituais, como a
justiça, (iii) os vitais, como o bem estar e o útil, e (iv) os sensíveis. Através das ações de preferir e postergar, é possível
encontrar pontos de equilíbrio numa permanente atitude crítica. O objetivo é contribuir para que as ações ocorram com a
devida diligência para com os direitos humanos. A hipótese inicial é que, identificando os valores em conflito e aplicando a
metodologia descrita, a solução de conflitos neste caso concreto permite pensar numa transição energética que concilie o
desenvolvimento e o meio ambiente. Compreendemos que ambos têm como fim proteger o valor pessoa. Portanto, o que
está em conflito de fato, sem com isso assumir uma postura ingênua, são os valores espirituais e vitais de cada uma das
partes. Neste sentido, defendemos que, diante da inevitável demanda por energia da sociedade contemporânea e do alto
custo da transição energética, é preciso conciliar o desenvolvimento com o meio ambiente a partir de uma programada
transição energética financiada pela exploração do petróleo e gás, mas com metas definidas comprometidas com a
neutralidade da emissão de GEE em 2050. Para tanto, é necessário regulamentação, monitoramento e fiscalização por parte
do Estado e do governo federal com a finalidade de garantir a substituição dos combustíveis fósseis por fontes energéticas
limpas.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics, Nov 13, 2017
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Phenomenology, Humanities and Sciences, 2022
In this article I intend to highlight how the relationship between the psychic ego (seelischen Ic... more In this article I intend to highlight how the relationship between the psychic ego (seelischen Ich) and the spiritual ego (geistige Ich) is fundamental to the understanding of intersubjectivity and the lifeworld (Lebenswelt). In Ideas II, Husserl explains how, from the ego, natural, psychic and spiritual objectivities are constituted. These three strata of objectivity are known, first, in the theoretical attitude and, second, in the spiritual attitude. In this process, the ego becomes explicit. In the theoretical attitude, the constitution of nature takes place, for which the body (Körper/Leib) is fundamental. This is followed by the constitution of objects of psychic nature, human or animal (tierisch), including self-perception. In assuming the spiritual attitude, the other is perceived (Urpräsenz) initially as a body together with things, and alongside this perception there is an apprehension (Appräsenz) of co-given horizons. There is an identity between the body of others and mine; it is the moment of empathy (Einfühlung). The scientific world constituted in the theoretical attitude is a reduction of the surrounding world (Umwelt)-the lifeworld (Lebenswelt). This lifeworld is the world of spiritual attitude and precedes any comprehension or explanation of the world. It is therefore through the spiritual attitude that a community of spiritual subjects is constituted and constitutes the lifeworld.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Conjectura: Filosofia e Educação, 2023
Resumen: Husserl propone una teoría sobre la intersubjetividad que parte de la conciencia trascen... more Resumen: Husserl propone una teoría sobre la intersubjetividad que parte de la conciencia trascendental como inserta en el mundo de la vida donde están los otros y donde la comunidad se construye bajo una estructura de esencias que garantiza la comunalidad. El mundo de la vida es dado y compartido por todas las conciencias intencionales y trascendentales, es condición para intuiciones empíricas y eidéticas, la epoché y las reducciones eidética y trascendental. Cada momento del método fenomenológico se basa en la existencia de un mundo de la vida independiente de la subjetividad. En este mundo, hay objetos reales y, entre estos, los otros, reconocidos por analogía a través de la empatía. Desde una perspectiva metodológico-epistemológico, el yo es anterior al mundo y a los otros yos. El yo constituye, en sentido fenomenológico, la realidad. La conciencia es el lugar de evidenciación de la realidad. No obstante, en la perspectiva ontológica, es lo contrario. El mundo de la vida es anterior a la conciencia individual. El mundo de la vida está ahí, disponible, existente, independiente del sujeto, funcionando con su propio orden, con sus leyes y reglas. Es el yo el que esta insertado en el mundo de la vida y que se esfuerza por desvendarlo. La realidad se impone y el yo es, sobre todo, miembro de una comunidad de otros yos. Aun así, ¿cómo compartir las experiencias? Las vivencias pueden ser diferentes, pero hay un límite en las variaciones, un límite dado por la esencia del objeto vivido y por las leyes que rigen las relaciones de tal objeto. Así, la constitución del mundo y de sus objetos está permanentemente en progreso. Es posible donarles nuevos sentidos, en los límites de su esencia. Para Husserl, la constitución comunal del mundo es la condición de posibilidad para la existencia de sujetos separados unos de los otros, y este entendimiento recíproco solo es posible a través de la constitución trascendental de la objetividad. Así, no hay una separación entre la intersubjetividad y la constitución del mundo, es la comunidad de yos la que dona sentidos a las objetividades. En el mundo de la vida con los otros en comunidad. Abstract: Husserl proposes a theory on intersubjectivity that starts from transcendental consciousness as inserted in the lifeworld where the others and where the community are built under a structure of essences that guarantees communality. The lifeworld is given and shared by all intentional and transcendental consciousnesses, it is a condition for empirical and eidetic intuitions, the epoché and the eidetic and transcendental reductions. Every moment of the phenomenological method is based on the existence of a lifeworld independent of subjectivity. In this world, there are real objects and, among these, the others, recognized by analogy through empathy. From a methodologicalepistemological perspective, the self is prior to the world and the other selves. The self constitutes, in a phenomenological sense, reality. Consciousness is the locus of evidence of reality. However, from the ontological perspective, it is the opposite. The lifeworld is prior to individual consciousness. The lifeworld is there, available, existing, independent of subjectivity, functioning with its own order, with its laws and rules. It is the self that is inserted in the lifeworld and that strives to unveil it. Reality prevails and the self is, above all, a member of a community of other selves. Even so, how to share the experiences? The experiences can be different, but there is a limit in variations, a limit given by the essence of the lived object and by the laws that govern the relation of the object. Thus, the constitution of the world and its objects is permanently in progress. It is possible to give them new meanings, within the limits of their essence. For Husserl, the communal constitution of the world is the condition of possibility for the existence of subjects separated from each other, and this reciprocal understanding is only possible through the transcendental constitution of objectivity. therefore, there is no separation between intersubjectivity and the constitution of the world, it is the community of selves that gives meaning to objectivities.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Ética e Filosofia Política, Dec 27, 2017
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Max Scheler apresentou sua formulação sobre o problema do livre arbítrio no opúsculo Phänomenolog... more Max Scheler apresentou sua formulação sobre o problema do livre arbítrio no opúsculo Phänomenologie und Metaphysik der Freiheit, de 1912- 1914, publicado em Gesammelte Werke, Band X. No presente capítulo, esta compreensão é apresentada de maneira resumida e, em seguida, apreciada à luz do debate contemporâneo entre o compatibilismo e o incompatibilismo. Ao fim, se pretende justificar a hipótese de que a posição scheleriana neste debate seria em favor do incompatibilismo libertarianista
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista De Filosofia Aurora, Aug 8, 2019
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Viktor Frankl’s Logotherapy is based on Max Scheler’s theory of values and anthropology. Frankl b... more Viktor Frankl’s Logotherapy is based on Max Scheler’s theory of values and anthropology. Frankl builds his psychological thinking based on critical concepts of Schelerian thinking such as (i) value and goods, (ii) will and feelings, (iii) the hierarchy of values, and (iv) the idea of person. It is with them that he develops his original theses of (i) the spiritual motivation of human action, (ii) the search for meaning and (iii) the spiritual unconscious. In doing so, he offered not only a psychotherapy of values, but also a new theory of positive human motivation, not conceived as a result of deficiency or need, but as a result of the free spirit toward objective values. The human search for meaning in life can only be successful by living and realizing superior values, in the hierarchical sense proposed by Scheler.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
The aim of this investigation is to discuss the concept of realism and idealism applied to Husser... more The aim of this investigation is to discuss the concept of realism and idealism applied to Husserlian phenomenology, distinguishing the ontological and the epistemological dimensions. Therefore, I propose questions that will help to mark this distinction. The answers will be given with reference to Husserl’s texts and commentators
Bookmarks Related papers MentionsView impact
En la presente tesis se pretende fundamentar en la Fenomenologia los derechos humanos como derech... more En la presente tesis se pretende fundamentar en la Fenomenologia los derechos humanos como derechos universales. La metodologia es filosofica, mas concretamente el metodo fenomenologico, y el criterio de verdad es la coherencia. Son presentadas las razones que llevaron a descartar otras corrientes de pensamiento, con especial enfasis a las razones de '?Por que no Kant?'. La fenomenologia husserliana es pilar central presente en cada uno de los fundamentos presentados. Los Fundamentos Metafisicos propuestos son la defensa del realismo ontologico y de la existencia de universales. Los Fundamentos Antropologico-filosoficos son el yo trascendental activo cognoscitivamente y autonomo. Los Fundamentos Gnoseologicos son el realismo gnoseologico y el conocimiento de los universales. Los Fundamentos Practicos combinan los conceptos de Husserl y Scheler, la empatia, la libertad entendida como autodeterminacion y tambien limitada, y la existencia de una jerarquia de valores. Los Fundamentos Linguisticos son el lenguaje como instrumento de la intersubjetividad y capaz de describir objetos fisicos y metafisicos. Finalmente, el Fundamento Iusfilosofico es el Derecho a priori propuesto por Reinach analizado a la luz de la fenomenologia husserliana. En conclusion, habria leyes formales a priori y leyes materiales a priori del Derecho, los derechos humanos: todo derecho tiene origen en seres racionales y libres, todo derecho tiene origen en la intersubjetividad entre seres racionales y libres, y todo derecho solo debe regular comportamientos externos libres. Estos podrian ser tomados como criterio de evaluacion de cualquier ordenamiento juridico, ley o decision.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Aoristo, Feb 3, 2023
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Aoristo, Nov 13, 2017
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista da Abordagem Gestáltica, 2021
In this article I intend to highlight how the relationship between psychic subject and spiritual ... more In this article I intend to highlight how the relationship between psychic subject and spiritual subject is fundamental for the understanding of intersubjectivity and the life world (Lebenswelt). In Ideas II, Husserl explains how, from the self, subject and object are constituted in the world: nature, soul and spirit. These three strata of the being are known from the theoretical attitude and the spiritual attitude and, in the process, the self is explicit. In a theoretical attitude we have nature's constitution, for which the body (Körper / Leib) is fundamental. Then the constitution of objects of animic nature, human or animal, including self-perception. Assuming the spiritual attitude, the other is perceived (Urpräsenz) initially as a body together with things, and beside this perception there is an apprehension (Appräsenz) of co-given horizons. There is an identity between the body of others and mine, it is the moment of empathy (Einfühlung). The world constituted from a naturalistic or theoretical attitude is a reduction of the surrounding world (Umwelt), but the everyday world of the personalistic or spiritual attitude precedes it, the life-world (Lebenswelt). It is therefore through the personalistic or spiritual attitude that a community of spiritual subjects is constituted. Palavras-chave : Husserl; Soul; Spirit; Intersubjectivity; Life-world.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Phainomenon, May 1, 2023
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Fragmentos de Cultura, Jul 7, 2021
Neste artigo pretendo estender a evidenciação do encobrimento do mundo da vida formulada por Huss... more Neste artigo pretendo estender a evidenciação do encobrimento do mundo da vida formulada por Husserl ao uso das tecnologias disruptivas da 4ª Revolução Industrial, mais precisamente o uso da inteligência artificial (IA) nas plataformas sociais. Primeiro, apresento o conceito de mundo da vida que se mantém consistente ao longo das obras de Husserl; em seguida, apresento seu encobrimento derivado da matematização da natureza e do rompimento com o telos, o que originou a crise da humanidade europeia. Segundo, mais camadas de encobrimento do mundo da vida vão se sobrepondo com a 3ª e 4ª RIs. Em mais detalhe, o encobrimento e o afastamento do mundo da vida provocado pelo uso da IA e seus efeitos negativos, individual e coletivamente. Terceiro, a proposta Husserliana de retorno ao mundo da vida através de uma epoché radical. Concluo que a solução proposta por Husserl para a crise ainda é atual e urgente.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Phainomenon
In this article, I present the phenomenological tradition as a new grounding for human rights as ... more In this article, I present the phenomenological tradition as a new grounding for human rights as universal rights. The hypothesis defended is to conciliate Husserl’s phenomenological method, and Reinach’s a priori law in order to offer a new grounding to human rights. Combining Husserl and Reinach’s ideas, I propose to expand the comprehension of a priori. It would be present as eidos of each object, and I name it as material a priori; it also be present in the eidetic relations and I name it as formal a priori. Yet the object would have an essence, a necessary content, a material a priori, and necessary states of affairs, necessary relations and connections, a formal a priori. Reinach, in The A priori Foundations of the Civil Law, describes eidetic relations, such as the relation between promise, claim, and obligation. I propose three eidetic universalities to ground law; these are what I will call human rights. I also face a few difficulties presented by DuBois and De Vecchi deriv...
Bookmarks Related papers MentionsView impact
de la Cadena, Nathalie, 2023
In this article, I present the phenomenological tradition as a new grounding for human method, a ... more In this article, I present the phenomenological tradition as a new grounding for human method, a priori law in order to offer a new grounding to human rights. Combining a priori. It would be present as eidos of each object, and I name it as material a priori; it also be present in the eidetic relations and I name it as formal a priori. Yet the object would have an essence, a necessary content, a material a priori, and necessary states of affairs, necessary relations and connections, a formal a priori. Reinach, in The A priori Foundations of the Civil Law, describes eidetic relations, such as the relation between promise, claim, and obligation. I propose three eidetic universalities to ground law; these are what I will call human rights. I also face a few difficulties presented by DuBois and De Vecchi derived from the amoral approach of a priori laws. Then, I that a priori laws are beyond natural and positive laws.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Philósophos, 2021
Life-world is a concept present in various texts about Husserl’s phenomenology. Some interpreters... more Life-world is a concept present in various texts about Husserl’s phenomenology. Some interpreters consider it a late and inconsistent con-cept present in The Crisis of European Sciences and Transcendental Phe-nomenology. In this paper, I argue that the idea of the life-world had already been thought in Husserl’s early texts such as Ideas II (first manuscript 1912). This idea was firstly named as surrounding world (Umwelt), then world of experience (Erfahrungswelt), and finally life-world (Lebenswelt). However, de-spite the different nomenclature, the essence of the life-world remains the same throughout his work. The life-world is a priori, transcendent, and co-given. I will analyze each of these characteristics and conclude in favor of a conceptual monism running through Husserl’s work.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
PHENOMENOLOGICAL STUDIES - Revista da Abordagem Gestáltica, 2021
In this article I intend to highlight how the relationship between psychic subject and spiritual ... more In this article I intend to highlight how the relationship between psychic subject and spiritual subject is fundamental for the understanding of intersubjectivity and the life world (Lebenswelt). In Ideas II, Husserl explains how, from the self, subject and object are constituted in the world: nature, soul and spirit. These three strata of the being are known from the theoretical attitude and the spiritual attitude and, in the process, the self is explicit. In a theoretical attitude we have nature's constitution, for which the body (Körper / Leib) is fundamental. Then the constitution of objects of animic nature, human or animal, including self-perception. Assuming the spiritual attitude, the other is perceived (Urpräsenz) initially as a body together with things, and beside this perception there is an apprehension (Appräsenz) of co-given horizons. There is an identity between the body of others and mine, it is the moment of empathy (Einfühlung). The world constituted from a nat...
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
Papers by Nathalie de la Cadena
pelos desenvolvimentistas e, de outro, pelos ambientalistas. Entendemos que os argumentos apresentados refletem um
conflito de valores mais profundo que, se abordado por uma metodologia de solução de conflitos adequada, pode contribuir
para elucidação da questão. A metodologia proposta é o personalismo ético de Scheler. A hierarquia de valores a ser
aplicada na solução de conflitos traz (i) o valor pessoa como o mais elevado, seguido dos (ii) valores espirituais, como a
justiça, (iii) os vitais, como o bem estar e o útil, e (iv) os sensíveis. Através das ações de preferir e postergar, é possível
encontrar pontos de equilíbrio numa permanente atitude crítica. O objetivo é contribuir para que as ações ocorram com a
devida diligência para com os direitos humanos. A hipótese inicial é que, identificando os valores em conflito e aplicando a
metodologia descrita, a solução de conflitos neste caso concreto permite pensar numa transição energética que concilie o
desenvolvimento e o meio ambiente. Compreendemos que ambos têm como fim proteger o valor pessoa. Portanto, o que
está em conflito de fato, sem com isso assumir uma postura ingênua, são os valores espirituais e vitais de cada uma das
partes. Neste sentido, defendemos que, diante da inevitável demanda por energia da sociedade contemporânea e do alto
custo da transição energética, é preciso conciliar o desenvolvimento com o meio ambiente a partir de uma programada
transição energética financiada pela exploração do petróleo e gás, mas com metas definidas comprometidas com a
neutralidade da emissão de GEE em 2050. Para tanto, é necessário regulamentação, monitoramento e fiscalização por parte
do Estado e do governo federal com a finalidade de garantir a substituição dos combustíveis fósseis por fontes energéticas
limpas.
pelos desenvolvimentistas e, de outro, pelos ambientalistas. Entendemos que os argumentos apresentados refletem um
conflito de valores mais profundo que, se abordado por uma metodologia de solução de conflitos adequada, pode contribuir
para elucidação da questão. A metodologia proposta é o personalismo ético de Scheler. A hierarquia de valores a ser
aplicada na solução de conflitos traz (i) o valor pessoa como o mais elevado, seguido dos (ii) valores espirituais, como a
justiça, (iii) os vitais, como o bem estar e o útil, e (iv) os sensíveis. Através das ações de preferir e postergar, é possível
encontrar pontos de equilíbrio numa permanente atitude crítica. O objetivo é contribuir para que as ações ocorram com a
devida diligência para com os direitos humanos. A hipótese inicial é que, identificando os valores em conflito e aplicando a
metodologia descrita, a solução de conflitos neste caso concreto permite pensar numa transição energética que concilie o
desenvolvimento e o meio ambiente. Compreendemos que ambos têm como fim proteger o valor pessoa. Portanto, o que
está em conflito de fato, sem com isso assumir uma postura ingênua, são os valores espirituais e vitais de cada uma das
partes. Neste sentido, defendemos que, diante da inevitável demanda por energia da sociedade contemporânea e do alto
custo da transição energética, é preciso conciliar o desenvolvimento com o meio ambiente a partir de uma programada
transição energética financiada pela exploração do petróleo e gás, mas com metas definidas comprometidas com a
neutralidade da emissão de GEE em 2050. Para tanto, é necessário regulamentação, monitoramento e fiscalização por parte
do Estado e do governo federal com a finalidade de garantir a substituição dos combustíveis fósseis por fontes energéticas
limpas.