Marco Púpio Pisão Frúgio Calpurniano
Marco Púpio Pisão Frúgio Calpurniano | |
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Cônsul da República Romana | |
Consulado | 61 a.C. |
Marco Púpio Pisão Frúgio Calpurniano (em latim: Marcus Pupius Piso Frugi Calpurnianus) foi um político da gente Púpia da República Romana eleito cônsul em 61 a.C. com Marco Valério Messala Níger. Nascido originalmente na gente Calpúrnia, foi adotado em sua nova gente já idoso[1] e manteve o cognome de sua família, "Pisão", o que prescindia o acréscimo do agnome "Calpurniano", pois o cognome já demonstrava claramente a sua origem.
Carreira
[editar | editar código-fonte]Ficou famoso durante a primeira guerra civil. Com a morte de Cina, em 84 a.C., casou-se com sua viúva, Ânia, e, no ano seguinte, foi nomeado questor do cônsul Lúcio Cornélio Cipião. Apesar disto, desertou sua facção original, os populares, e se uniu a Sula, que o obrigou a separar-se de sua esposa por causa da ligação dela com Cina.[2]
Não conseguiu chegar a edil[3] e o ano de seu pretorado é incerto. Depois dele, governou a Hispânia com o título de propretor e, ao voltar a Roma, celebrou um triunfo (69 a.C.), apesar de algumas fontes não citarem esta distinção.[4]
Pisão serviu também na Terceira Guerra Mitridática como legado de Pompeu, que o enviou a Roma, em 62 a.C., para que apresentasse sua candidatura ao consulado. Ele estava ansioso para obter a ratificação de seus atos na Ásia e precisava, portanto, de um de seus partidários no comando da República. Por causa do medo de Pompeu, Pisão foi eleito por unanimidade para o ano seguinte, 61 a.C., com Marco Valério Messala Níger como colega.[5] Durante seu mandato, Pisão ofendeu profundamente Cícero ao não perguntá-lo, na primeira sessão do Senado, sua opinião e enfureceu-o ainda mais quando passou a proteger Públio Clódio Pulcro depois que ele profanou os mistérios da Bona Dea. Cícero se vingou impedindo que lhe dessem o comando da rica província da Síria, que havia sido prometida a Pisão Frúgio.[6]
Pisão provavelmente morreu antes do início da segunda guerra civil, já que, em 47 a.C., Marco Antônio passou a viver em sua casa em Roma.[7]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Cônsul da República Romana | ||
Precedido por: Décimo Júnio Silano |
Marco Valério Messala Níger 61 a.C. |
Sucedido por: Lúcio Afrânio |
- ↑ Cícero, Pro Dom. 13
- ↑ Cícero, In Verrem I 14; Veleio Patérculo, História Romana II 41.
- ↑ Cícero, Pro Planc. 5, 21
- ↑ Cícero, pro Flacc. 3, in Pison 26; Ascônio, in Pison p. 15
- ↑ Dião Cássio, História Romana XXXVII, 44.3
- ↑ Dião Cássio, História Romana XXXVII 44; Cícero, Epistulae ad Atticum I 12 - 18
- ↑ Cícero, Philippicae II 25.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Broughton, T. Robert S. (1952). The Magistrates of the Roman Republic. Volume II, 99 B.C. - 31 B.C. (em inglês). Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas
- Este artigo contém texto do do Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em domínio público), de William Smith (1870).
- (em alemão) Jens Bartels: Pupius [I 3]. In: Der Neue Pauly (DNP). Volume 10, Metzler, Stuttgart 2001, ISBN 3-476-01480-0, Pg. 601.
- Richard Goulet: Piso Frugi Calpurni(a)nus (Marcus Pupius). In: Richard Goulet (Hrsg.): Dictionnaire des philosophes antiques. Bd. 5, Teil 1, CNRS Éditions, Paris 2012, ISBN 978-2-271-07335-8, S. 622 f.
- Gille Sauron: Un interlocuteur du De finibus à Oplontis (Torre Annunziata): M. Pupius Piso. In: Revue des Études Latines 73, 1995, S. 92–114
- Ronald Syme: Piso Frugi and Crassus Frugi. In: The Journal of Roman Studies 50, 1960, S. 12–20