[go: up one dir, main page]

Saltar para o conteúdo

Livre para Voar

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Livre para voar)
 Nota: Para outros significados, veja Livre para Voar (desambiguação).
Livre para Voar
Livre para Voar
Informação geral
Formato Telenovela
Duração 45 minutos
Criador(es) Walther Negrão
Elenco
País de origem Brasil
Idioma original português
Episódios 184
Produção
Diretor(es) Wolf Maya
Fred Confalonieri
Roteirista(s) Alcides Nogueira
Tema de abertura "Ao Que Vai Chegar" – Toquinho
Exibição
Emissora original TV Globo
Formato de exibição 480i (SDTV)
Transmissão original 17 de setembro de 1984 – 13 de abril de 1985
Cronologia
Amor com Amor Se Paga
A Gata Comeu

Livre para Voar é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo de 17 de setembro de 1984 a 13 de abril de 1985 em 184 capítulos.[1][2] Sucedeu Amor com Amor Se Paga e foi sucedida por A Gata Comeu, sendo a 29ª "novela das seis" exibida pela emissora.

Escrita por Walther Negrão, com a coautoria de Alcides Nogueira, foi dirigida por Wolf Maya e Fred Confalonieri, com direção de produção de Carlos Henrique de Cerqueira Leite.

Conta com as atuações de Tony Ramos, Carla Camurati, Elias Gleizer, Laura Cardoso, Nívea Maria, Carlos Augusto Strazzer e Dora Pellegrino.

O misterioso Pardal esconde seu nome verdadeiro e seu passado ao chegar à cidade mineira de Poços de Caldas. Fica amigo de Pedrão, um ex-maquinista, e faz de um antigo vagão a sua residência. Conhece Gibi, um menino fugido de um orfanato, levando-o para morar consigo no vagão. Enquanto usa de ferro-velho para desenvolver sua arte, Pardal conhece a doce Cristina, herdeira e pretensa funcionária de uma fábrica de cristais, apaixonando-se pela moça.

Mas ele não sabe que Cristina, na realidade, é Bebel, filha do falecido proprietário da fábrica, J. J. , a qual, após a morte do pai, retorna de Portugal para tomar conta dos negócios. Bebel, então desconhecida de todos, se infiltra na empresa como a moça do cafezinho, para descobrir quem está por trás da morte do pai.

Ao mesmo tempo em que Bebel é Cristina e se apaixona verdadeiramente por Pardal, é assediada na diretoria da empresa por Danilo, um boa vida e mau caráter que mantém um relacionamento doentio com a neurótica Helena. Ao descobrir a verdadeira identidade de Cristina, Pardal renega Bebel, mas esquece que ele mesmo tem muito a esconder, a começar por seu verdadeiro nome, Paulo Alberto Ramos de Almeida Lima, um arquiteto de Belo Horizonte.

A produção teve como cenário para gravação a cidade de Poços de Caldas, estância hidromineral.[3]

Primeira novela de Rodolfo Bottino, Tiago Santiago, Dora Pellegrino, Guida Vianna, Alexandre Frota e Denise Milfont.

As esculturas que Pardal (Tony Ramos) fazia na novela, eram feitas pelo artista Jorge de Salles.[2]

O personagem maquinista Pedrão (Elias Gleiser), foi criado por Walther Negrão em homenagem ao seu pai, que também era maquinista.[4]

A censura da ditadura militar quase impediu que Walther Negrão abordasse os problemas do alcoolismo na trama. Para dar prosseguimento à história, o autor e a Globo prestaram esclarecimentos ao governo, principalmente sobre os motivos do tema estar sendo abordado e sobre os desfechos da história.

Controvérsias

[editar | editar código-fonte]

Em entrevista ao podcast Não é Nada Pessoal, Alexandre Frota acusou Wolf Maya de assédio quando gravava a novela Livre para Voar, em 1984.: "O Wolf me chamou no quarto e veio com aquele papo: 'Tira a calça aí e o caramba'. E eu meio que corri por dentro do quarto e falei: 'Porra, Wolf, tá louco?'. E peguei e saí do quarto". Frota continua: "Engraçado que depois disso eu fiz a novela, a gente estourou, fiz outros trabalhos [com o Wolf], e fiz o Blue Jeans [espetáculo teatral dirigido por Maya]. E ele nunca tocou no assunto comigo, tipo: 'Pô, tu lembra quando a gente estava fazendo Livre Pra Voar...'"[5]

O diretor nega o relato de Alexandre Frota e diz que era o ex-ator que buscava ter relações sexuais com ele.[6]

Ator/Atriz Personagem
Tony Ramos Paulo Alberto Ramos de Almeida Lima (Pardal)
Carla Camurati Maria Isabel Jardim Julião (Bebel) / Cristina
Edney Giovenazzi Álvaro
Thaís de Campos Júlia (Julinha)
Suzana Faini Marta
Carlos Augusto Strazzer Danilo
Dora Pellegrino Helena
Fernando Almeida Gibi
Elias Gleizer Pedro (Pedrão)
Laura Cardoso Carolina
Nívea Maria Beatriz (Bia)
Cássio Gabus Mendes Luís Eduardo (Edu)
Jorge Dória Jardim Julião (J. J.)
Tiago Santiago Joaquim (Quim)
João Carlos Barroso Alvinho
Denise Milfont Jandira Montes da Silva (Janda)
Cléa Simões Iracema (Cema)
Abrahão Farc Seu Lau
Vera Gimenez Lygia
Jorge Cherques Max
Elizabeth Henreid Dona Xida
Rogério Fróes Dr. Geraldo
Cássia Kiss Verona
Élida L'Astorina Tuca
Alexandre Frota Cecílio
Guida Viana Divina
Rodolfo Bottino Jairo (Jajá)
Tony Vermont "Tio"
Paulo César Grande Calio
Solange Theodoro Camila Campobello
Clarice Derzié Luz Heloísa (Helô)

Elenco de apoio

[editar | editar código-fonte]
  • Cássia Foureaux - Maria do Rosário (Rô)
  • Oswaldo Campozana - Seu Eurico
  • Eduardo Figueiredo - Carlos (Carlão)
  • Débora Fucs - Suzana
  • Soraya D´Ávila - Herminia
  • Thelma Reston - Zuzu
  • Orion Ximenes - Arqueu
  • Mary Daniel - Cilica
  • Miguel Falabella - Dr. Sérgio
  • Gilda Sarmento - Jurema (dona da pensão onde Edu vai morar)

Foi reexibida pelo Vale a Pena Ver de Novo de 13 de outubro de 1986 a 24 de abril de 1987, substituindo Paraíso e sendo substituída por Vereda Tropical, em 140 capítulos.

Outras Mídias

[editar | editar código-fonte]

Foi disponibilizada pelo Projeto Resgate do Globoplay em 20 de novembro de 2023.[7]

O crítico Artur da Távola em seu balanço ao final de Livre Para Voar no jornal O Globo em 14 de abril de 1985, destacou o elenco e a produção do folhetim de Walter Negrão, no entanto afirmou que a novela foi "normal" e que a faixa das seis precisava de uma renovação urgente.[8] Enquanto Ismael Fernandes em seu livro Memória da Telenovela Brasileira teve uma análise mais negativa sobre o enredo telenovela: "O centro gerador da trama era inconsistente, frágil. Ele – Pardal (Tony Ramos) – vivendo ilegalmente e amparando um menor abandonado – Gibi (Fernando Almeida). Ela – Bebel (Carla Camuratti) – se empregando em sua própria firma disfarçada de humilde moça do café".[1][9]

Teve média geral de 39 pontos na exibição original e 21 pontos na reprise pelo Vale a Pena Ver de Novo.[10]

Trilha sonora

[editar | editar código-fonte]
Livre para Voar Nacional
Trilha sonora de vários intérpretes
Lançamento 1984
Gênero(s) Vários
Formato(s) Vinil
Gravadora(s) Opus Columbia
Cronologia de vários intérpretes
Livre para Voar Internacional

Internacional

[editar | editar código-fonte]
Livre para Voar Internacional
Trilha sonora de vários intérpretes
Lançamento 1985
Gênero(s) Vários
Formato(s) Vinil
Gravadora(s) Opus Columbia
Cronologia de vários intérpretes
Livre para Voar Nacional
  • "Drive" – The Cars (tema de Bebel e Pardal)
  • "Careless Whisper" – George Michael (tema de Edu e Julinha)
  • "Boys Do Fall In Love" – Robin Gibb (tema do núcleo jovem)
  • "Hold Me" – Teddy Pendergrass and Whitney Houston (tema de Jajá e Janda)
  • "You Get The Best From Me (Say, Say, Say)" – Alicia Myers (tema de Lígia)
  • "Once Again" – Damaris Carbaugh (tema de Bebel)
  • "If We Believe" – Morris Albert and Rebecca Godinez
  • "Do What You Do" – Jermaine Jackson (tema de Helena e Danilo)
  • "The Last Time I Made Love" – Joyce Kennedy & Jeffrey Osborne (tema de Verona e Álvaro)
  • "I Can Dream About You" – Dan Hartman (tema geral)
  • "You're My Woman, You're My Lady" – Tyzik (tema de Bia)
  • "Just The Way You Like It" – The S.O.S. Band
  • "Nobody Loves Me Like You Do" – Anne Murray featuring Dave Loggins (tema de Verona e Danilo)
  • "Love Theme" – Love Sound Orchestra (tema de Bebel)
Referências
  1. a b Xavier, Nilson. «Livre para Voar». Teledramaturgia. Consultado em 11 de março de 2024 
  2. a b «Livre pra voar». Memória Globo. Consultado em 9 de dezembro de 2017 
  3. Secco, Duh (20 de novembro de 2023). «10 curiosidades de Livre Para Voar, novela resgatada pelo Globoplay». Duh Secco. Consultado em 4 de março de 2024 
  4. «Livre pra voar - Curiosidades». Memória Globo. Consultado em 9 de dezembro de 2017 
  5. Jesus, Vanessa (25 de maio de 2019). «Alexandre Frota acusa Wolf Maya de assédio em novela da Globo: "Tira a calça"» 
  6. REDAÇÃO (1 de junho de 2023). «Wolf Maya rebate acusações de assédio de Alexandre Frota: 'Pessoa deplorável'». Notícias da TV. Consultado em 10 de março de 2024 
  7. «Lançamentos de novembro no Globoplay». Globo Imprensa. 1 de novembro de 2023. Consultado em 1 de novembro de 2023 
  8. "O Fim De Uma Novela Normal". Artur da Távola (14 de abril de 1985). O Globo
  9. Fernandes, Ismael (1997). Memória da Telenovela Brasileira. São Paulo: Brasiliense. p. 383 
  10. «Média Geral das Novelas das 18 horas da Globo de 1975 á 2010». TV Foco. 29 de maio de 2010. Consultado em 29 de outubro de 2015 
Ícone de esboço Este artigo sobre telenovelas é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.