Irlandeses
Irlandeses |
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Bandeira da Irlanda |
Mapa da diáspora irlandesa ao redor do mundo. |
População total |
70 – 80 milhões |
Regiões com população significativa |
Irlanda (ilha): 6 392 132[1] 4 045 473 (2020) 1 893 700 (2019) Estados Unidos: + 40 000 000[2] Reino Unido: 794 000[5] Argentina: 500 000 Nova Zelândia: 11 199[6] Alemanha: 10 000 |
Línguas |
gaélico irlandês, inglês, scots de Ulster, Shelta |
Religiões |
Catolicismo Romano (maioria), Presbiterianismo, Protestantismo, Anglicanismo, Metodismo, Secular. |
Grupos étnicos relacionados |
Bretões, Córnicos, Ingleses, Flamengos, Manx, Escoceses, Scots de Ulster, Galeses. |
Os irlandeses (em gaélico irlandês: Muintir na hÉireann ou na hÉireannaigh ou na Gaeil) (em inglês: Irish people) constituem o grupo étnico autóctone da Irlanda.
História
[editar | editar código-fonte]A Irlanda é povoada há mais de 9 000 anos, segundo estudos arqueológicos, sendo antepassados do povo irlandês[7] os Nemedianos, os Fomorianos, os Fir Bolgs, os Tuatha de Danann e os lendários Milesianos — não há registo histórico escrito antes do século VI — o último grupo supostamente representando os "puros" gaélicos da ancestralidade, e ainda actua como um termo para os actuais irlandeses. Os principais grupos que interagiram com os irlandeses na Idade Média incluem os escoceses e os viquingues, sendo que os islandeses, especialmente, têm alguma ascendência irlandesa devido a esse facto. A invasão anglo-normanda na Alta Idade Média, as plantações e as subsequentes leis inglesas no país apresenta os Normandos, Galeses, Flamengos, Anglo-saxões e Bretões na Irlanda.
Houve muitos irlandeses notáveis ao longo da História. No século VI, o monge irlandês e missionário São Columbano é considerado como um dos "pais da Europa", seguido de Kilian de Vurzburgo e Virgílio de Salzburgo. O cientista anglo-irlandês Robert Boyle é considerado o "pai da química". Exploradores irlandeses famosos incluem Brendan, o Navegador, Ernest Shackleton e Tom Crean. Segundo alguns relatos, o primeiro filho europeu nascido na América do Norte tinha ascendência irlandesa em ambos os lados;[8] enquanto um irlandês foi também o primeiro a pôr o pé em solo americano na expedição de Cristóvão Colombo de 1492.[9]
O povo irlandês é mais famoso pelos seus escritores. Até ao final do precoce período moderno, os irlandeses foram proficientes em falar e escrever em latim e grego.[10] Notáveis escritores irlandeses no idioma Inglês incluem Jonathan Swift, James Joyce, Oscar Wilde, William Butler Yeats e Seamus Heaney. Alguns escritores do século XX na língua irlandesa incluem Brian O'Nolan, Peig Sayers, Muiris Ó Súilleabháin e Máirtín Ó Direáin.
Pessoas da etnia irlandesa são comuns em muitos países ocidentais, especialmente nos países de língua inglesa. Historicamente, a emigração tem sido causada pela política, a opressão religiosa e as questões económicas. Mais de 80 milhões de pessoas compõem a diáspora irlandesa, que hoje inclui vários irlandeses a viver no Reino Unido, Austrália, Canadá, Argentina, Nova Zelândia, México, França e Alemanha. O maior número de pessoas de ascendência irlandesa está nos Estados Unidos, cerca de dez vezes mais do que na própria Irlanda.
Genética
[editar | editar código-fonte]De acordo com um estudo genético de 2015, a população irlandesa descende, em sua quase totalidade, de movimentos migratórios durante a idade do Bronze. Essa ancestralidade é composta de dois componentes: um componente do Neolítico (descendente de agricultores do Oriente Médio que se deslocaram para a Europa à época do Neolítico), majoritário; e um outro, de pastoralistas das estepes russas, o qual estaria relacionado com as línguas indo-europeias, e, por conseguinte, com as línguas célticas, línguas faladas na Irlanda antes da introdução do inglês.[11]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Irlandeses nascidos na Irlanda»
- ↑ «Irlandeses nos Estados Unidos da América». Cópia arquivada em 11 de fevereiro de 2020
- ↑ «Irlandeses no Canadá»
- ↑ «Irlandeses na Austrália». Cópia arquivada em 17 de fevereiro de 2021
- ↑ «Irlandeses no Reino Unido»
- ↑ «Irlandeses na Nova Zelândia»
- ↑ Boylan, Henry (1998). A Dictionary of Irish Biography, 3rd Edition. Dublin: Gill and MacMillan. pp. xvi. ISBN 0-7171-2945-4
- ↑ Smiley, p 630
- ↑ MacManus, p 343-344
- ↑ MacManus, pp 215; 221-222, 461-462
- ↑ Cassidy; et al. (2015). «Migrações neolíticas e da idade do Bronze e o estabelecimento do genoma insular atlântico» (pdf) (em inglês). 2015. 86 páginas. Consultado em 7 de janeiro de 2015
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Aldous, Richard (2007). Great Irish Speeches. London: Quercus Publishing PLC. ISBN 1847241956
- Davies, Norman (1996). Europe: A History. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-820171-0
- Ellis, Steven G. (1985). Tudor Ireland: Crown, Community, and the Conflict of Cultures, 1470-1603. Great Britain: Longman. ISBN 0582493412
- MacManus, Seumas (1921). The Story of the Irish Race: A Popular History of Ireland. Ireland: The Irish Publishing Co. ISBN 0-517-06408-1
- Various, Mark G. McLaughlin (1980). The Wild Geese: The Irish Brigades of France and Spain. Illustratorː Warner, Christopher. [S.l.]: Osprey Publishing. ISBN 0850453585
- Nicholls, Kenneth W. (1972). Gaelic and Gaelicised Ireland in the Middle Ages. [S.l.]: Gill and Macmillan. ISBN 0-7171-0561-X
- Oppenheimer, Stephen (2006). The Origins of the British: A Genetic Detective Story. [S.l.]: Carroll & Graf. ISBN 0-7867-1890-0
- Sykes, Bryan (2006). Blood of the Isles: Exploring the Genetic Roots of Our Tribal History. [S.l.]: DNA, Fossil. ISBN 0593056523
- Toman, Rolf (2007). The Art of Gothic: Architecture, Sculpture, Painting. photography by Achim Bednorz. [S.l.]: Tandem Verlag GmbH. ISBN 978-3-8331-4676-3
- Various (2001). The Sagas of Icelanders. edited by Smiley, Jane. [S.l.]: Penguin. ISBN 9780141000039
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Origem dos sobrenomes irlandeses» (em inglês)
- «Y-chromosome variation and Irish origins (PDF File)» (PDF) (em inglês)
- «The Longue Durée of Genetic Ancestry: Multiple Genetic Marker Systems and Celtic Origins on the Atlantic Facade of Europe October 2004» (em inglês)
- «Ancestrais irlandeses» (em inglês)
- «Genetic study that links the Irish to Basques» (em inglês)
- «Origem do irlandês» (em inglês)