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Guarda-marinha

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Guarda-marinha constitui uma patente existente nas forças navais de diversos países. Conforme o país, a patente pode pertencer à subcategoria dos oficiais subalternos ou à dos alunos de uma escola superior naval.

O posto de guarda-marinha tem origem nos guardas de Richelieu, quando exercia a função de responsável pela Marinha do Reino da França. Esses guardas eram designados "guardas da Marinha" ou "guarda-marinhas". Em 1670, os guarda-marinhas foram enquadrados em companhias, tornando-se oficiais alunos. Existiam companhias de guarda-marinhas em vários portos da França, das quais eram retirados os futuros oficiais de Marinha. Além de estudarem matemática, desenho, engenharia naval, hidrografia e outras matérias, os guarda-marinhas embarcavam a bordos dos navios do Rei onde tirocinavam como marinheiros e soldados.

Sobretudo a partir do século XVIII várias marinhas de outros países criaram guarda-marinhas de modelo francês. Enquanto que, nalgumas marinhas, o posto continuou a corresponder ao de um oficial em tirocínio ou aluno de uma escola naval, noutras marinhas, guarda-marinha passou a ser o primeiro posto de oficial subalterno.

Na Marinha do Brasil, guarda-marinha é a patente equivalente à de aspirante-a-oficial no Exército e na Força Aérea.

Os postos de aspirante guarda-marinha (aspirante guardiamarina) e de guarda-marinha (guardiamarina) constituem, respetivamente, a primeira e a segunda patentes em ordem hierárquica crescente de oficial subalterno da Marinha Militar Italiana. A patente de guarda-marinha corresponde a subtenente (sottotenente) dos restantes ramos das Forças Armadas da Itália, mas a patente de aspirante guarda-marinha não tem equivalente em mais nenhum ramo.

Atualmente, na Marinha Portuguesa, guarda-marinha é o primeiro posto da subcategoria dos oficiais subalternos formados na Escola Naval, sendo obtido quando da sua graduação nesta escola. Nos restantes ramos das Forças Armadas Portuguesas, a patente correspondente é a de alferes.

O posto de guarda-marinha foi criado inicialmente em 1761, para ser atribuído aos jovens que assentavam praça a bordo de uma embarcação de guerra para receberem formação com o objetivo de se tornarem oficiais da Marinha Portuguesa. O posto tinha características semelhantes às do de cadete do Exército, mas era equiparado, em termos de soldo e de insígnias, ao de alferes de infantaria. Em 1782, foi criada a Companhia dos Guarda-Marinhas para os enquadrar. Mais tarde, foi também criado o posto de aspirante guarda-marinha, de patente inferior, mas também enquadrado na Companhia dos Guarda Marinhas. Em 1796, foi criada a Academia Real dos Guarda-Marinhas. A Companhia e a Academia dos Guarda-Marinhas deram origem à Escola Naval em 1845. Apesar dos alunos da Escola Naval já não terem o posto de guarda-marinha enquanto a frequentam, o posto ainda é reservado para os oficiais provenientes daquela escola, sendo que os restantes oficiais da Marinha têm uma patente equivalente, mas designada "subtenente".

Insígnias e distintivos

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Referências