Psi Exercícios 8
Psi Exercícios 8
Ética do Cuidado é uma expressão da Clínica de Winnicott, que tomou por base a técnica ativa de Ferenczi e se
diferenciava da Clínica de Freud por não buscar autonomia nos pacientes que apresentavam um grau de
imaturidade importante. Nesses casos, o paciente primeiro precisava ser resgatado de onde havia parado (em
fases primitivas do processo de amadurecimento). Por isso, a função materna do analista. Como isso é manejado
no setting analítico?
Nota: 10.0
B Sendo bonzinho e permissivo, para que o paciente se sinta sempre certo e aprovado.
C Fazendo interpretações desde as primeiras sessões para que o paciente se aproprie da capacidade de
raciocínio do analista.
Você acertou!
Correto: letra d) a necessidade é de cuidados ambientais regulares e confiáveis, ou, como diz Winnicott,
de manejo, e não de interpretações. Se estas são oferecidas, sem consideração pela capacidade
maturacional do paciente, poderão constituir-se em invasões que reproduzem o padrão ambiental invasivo
da origem. Winnicott afirma, por exemplo, que a “interpretação fora do amadurecimento do material é
doutrinação e produz submissão” (1968i/1975, 75). Dessa perspectiva, o que denominei de ética da
autonomia, se aplicada a pacientes cujo amadurecimento foi interrompido nas etapas precoces, torna-se
uma antiética, podendo constituir-se numa violência. Tema 4, página 34.
Nota: 10.0
Você acertou!
Não podemos evitar de aceitar para tratamento determinados pacientes que são tão desamparados e
incapazes de uma vida comum, que, para eles, há que se combinar a influência analítica com a educativa;
e mesmo no caso da maioria, vez por outra surgem ocasiões nas quais o médico é obrigado a assumir a
posição de mestre e mentor. Mas isso deve sempre ser feito com muito cuidado, e o paciente deve ser
educado para liberar e satisfazer a sua própria natureza, e não para assemelhar-se conosco. (pag. 06)
Nota: 10.0
A Estimular que o paciente relembre experiências dolorosas e coloque tudo para fora, para desabafar,
como uma catarse.
B Evitar silêncios. Se o paciente não quer falar o analista precisa respeitar e falar por ele, explicando o
que imagina que está acontecendo no seu inconsciente.
C Incentivar que o paciente compartilhe suas experiências infantis para que o psicanalista possa fazer
interpretações sobre a raiz dos problemas.
D Explicar ao paciente qual é o papel dele no tratamento e explicar que o papel do psicanalista é trazer o
conteúdo do inconsciente e mostrar ao paciente para que ele tome consciência.
E Aceitar o paciente como ele chegar, sem apresentar expectativas que ele seja diferente. Estar
disponível para ficar junto, seja qual for a possibilidade de ser do paciente.
Você assinalou essa alternativa (E)
Você acertou!
Correta: Letra E) Se assumimos o lugar de quem cuida, precisamos estar disponíveis para deixar ser o
outro como é e como pode ser, seja qual for a possibilidade de ser do outro que se apresente num dado
momento da relação terapêutica.
O reconhecimento de que o outro está doente “leva-nos naturalmente para a posição daquele que
responde à necessidade, ou seja, à adaptação, à preocupação e à confiabilidade, à cura no sentido de
cuidado. Isso não acarreta”, diz Winnicott, “nenhum sentido de superioridade” (1986f[1970]/1989, p. 90)
Nota: 10.0
Você acertou!
Nota: 10.0
A Não produz efeito nenhum, pois o paciente não irá compreender, então, tanto faz falar ou não falar, será
de toda maneira, tempo perdido do analista.
B Se for simplesmente falada não vai produzir sentido, mas se o analista explicar detalhadamente a teoria,
daí sim o paciente vai parar com os sintomas.
C Produzirá um efeito positivo se o analista conseguir mostrar para o paciente o conteúdo que está no
inconsciente, pois assim ele vai entender os seus traumas.
D Poderão constituir-se em invasões que reproduzem o padrão ambiental invasivo da origem. Seria
um ato violento do analista que causa doutrinação e submissão no paciente.
Você assinalou essa alternativa (D)
Você acertou!
Correta: letra D) A autora cita Winnicott para explicar que: Se estas interpretações são oferecidas, sem
consideração pela capacidade (de maturidade) do paciente, poderão constituir-se em invasões que
reproduzem o padrão ambiental invasivo da origem. A interpretação nesse caso é doutrinação e produz
submissão. Dessa perspectiva, a ética da autonomia, se aplicada a pacientes cujo amadurecimento foi
interrompido nas etapas precoces, torna-se uma antiética, podendo constituir-se numa violência.
Nota: 10.0
A Freud reconhece que a psicanálise é uma filosofia da mente, pois a psicanálise tem uma função
filosófica para além da clínica.
B Freud entende que a psicanálise não pode ser submetida ao saber filosófico, haja visto que ele criou um
saber autônomo.
C Para Freud a psicanálise preenche as lacunas da filosofia, pois ela exerce um valor moral sobre o
sujeito.
D Segundo Freud, servir-se da psicanálise numa perspectiva filosófica para impor valores ao
paciente seria de uma violência contra ele.
Você assinalou essa alternativa (D)
Você acertou!
Na opinião de Freud, em última análise se servir da psicanálise de forma filosófica para enobrecer as
pessoas, seria usar de violência, ainda que se revista dos motivos mais honrosos. (pag. 6)
E A psicanálise é para Freud uma educação filosófica sobre o mundo e as pessoas, pois seus conceitos
são plenos e devem ser transmitidos aos pacientes.
Nota: 10.0
A Interromper o tratamento e orientar que busque tratamento médico, pois a prioridade é a manutenção da
vida.
B Orientar para que siga recomendações médicas, pois a pessoa nessas condições “não se manda mais”.
C O psicanalista não deve frustrar os pacientes nessas condições, mas sim intensificar experiências de
satisfação de desejos.
Você acertou!
Correto: letra d) Pela ética do cuidado, a responsabilidade do analista nada tem a ver com preservação da
vida ou de interesses vitais, de autonomia e adequação ao princípio de realidade. A questão central é a
dignidade do paciente como pessoa, o valor da vida enquanto viva, a não traição do si-mesmo. A fonte
dessa vida viva não é necessariamente instintual. Pode bem ocorrer de frustrarmos os pacientes, mas não
os decepcionamos com a quebra da confiabilidade. Podemos até infligir sofrimento, mas não os
objetificar. Diz Heidegger, nos “Seminários de Zollikon”: “No que diz respeito ao querer-ajudar do médico,
deve-se notar que se trata sempre do existir e não de fazer funcionar algo. Quando se visa este último, não
se ajuda a existir” (Heidegger, 2001, p. 175). Tema 4, página 32.
E A responsabilidade do psicanalista é atuar junto com a equipe multiprofissional para que o paciente
continue vivo, com os sinais vitais funcionando.
Nota: 10.0
A Trata-se de um silêncio absoluto feito pelo analista, a fim de deixar apenas que o paciente fale.
B Trata-se de um lugar de escuta, uma posição do analista, onde ele se coloca numa relação com o
paciente, no sentido de restabelecer o vazio.
Você assinalou essa alternativa (B)
Você acertou!
Freud explica o método de abstinência, não por uma ausência do analista, mas por um lugar de escuta.
Diz: “Por abstinência, no entanto, não se deve entender que seja agir sem qualquer satisfação - o que seria
certamente impraticável; nem queremos dizer o que o termo popularmente conota, isto é, abster-se da
relação sexual; significa algo diferente, que tem muito mais conexão com a dinâmica da doença e da
recuperação. (pag. 04)
C Refere-se a um método de suspensão, onde o paciente se relaciona apenas com ele mesmo, o analista
não entra nessa relação.
D Refere-se a uma abstinência sexual, onde o paciente é levando a se abster de ter relação sexual
durante o tratamento.
E Refere-se ao conceito onde o paciente não diz nada e o analista observa apenas dando-lhe sua
presença.
Nota: 10.0
A O analista deve criar e manter, para o paciente, um lugar protegido, uma pequena amostra de um
mundo encontrável e previsível, em que ele, a seu tempo, possa começar a ser.
Você assinalou essa alternativa (A)
Você acertou!
Correto: letra a) A nova provisão ambiental a que Winnicott se refere, diz respeito a criação e manutenção,
para o paciente, de um lugar protegido, uma pequena amostra de um mundo encontrável e previsível, em
que ele, a seu tempo, possa começar a ser. Esse lugar consiste na totalidade dos cuidados que
fornecemos, e que é basicamente em que consiste o setting analítico.
B No processo de análise a cura deve ser tomada no sentido de que, "a saúde se restaura no paciente, a
doença é destruída, exorciza-se o espírito mau", visto que o bem-estar, trata-se de um estado de saúde
psíquica.
C A ética da autonomia tende a suprir a ética do cuidado. Nesse ponto, ocorre um desencontro na
afirmação de Heidegger, pelo qual, o homem essencialmente não consegue lidar consigo mesmo.
D O teor pedagógico da análise, da intolerância deste com anomalias e fraquezas de qualquer tipo, da sua
incapacidade de compreender e tolerar a loucura conduz o sujeito para a “fuga para a sanidade”.
E A analista deve sugerir que o indivíduo supere o que seria a tendência universal ao infantilismo, ou seja,
o apego ao princípio do prazer, e enfrentar o princípio de realidade; deve dominar os instintos.
I- Para Freud, ainda que a psicanálise avance para outros métodos, os seus ingredientes mais efetivos e mais
importantes devem ser mantidos estrito e não tendencioso.
II- A psicanálise ainda que alcance a população em larga escala, jamais deve ser alterada em seu método.
III- A aplicação em larga escala da psicanálise pode levar a fundir o ouro puro da análise livre com o cobre da
sugestão direta.
Nota: 10.0
A I e II estão corretos.
Você acertou!
I e III estão corretas. A II não é correta, pois Freud evidencia a possibilidade de ter que alterar o método
para alcançar um público mais desamparado, carentes, menos preparados para a psicanálise clássica, que
tolera menos a frustração. (pag. 08)
I- Para Freud, ainda que a psicanálise avance para outros métodos, os seus ingredientes mais efetivos e mais
importantes devem ser mantidos estrito e não tendencioso.
II- A psicanálise ainda que alcance a população em larga escala, jamais deve ser alterada em seu método.
III- A aplicação em larga escala da psicanálise pode levar a fundir o ouro puro da análise livre com o cobre da
sugestão direta.
A I e II estão corretos.
I e III estão corretas. A II não é correta, pois Freud evidencia a possibilidade de ter que alterar o método
para alcançar um público mais desamparado, carentes, menos preparados para a psicanálise clássica, que
tolera menos a frustração. (pag. 08)
A Freud reconhece que a psicanálise é uma filosofia da mente, pois a psicanálise tem uma função
filosófica para além da clínica.
B Freud entende que a psicanálise não pode ser submetida ao saber filosófico, haja visto que ele criou um
saber autônomo.
C Para Freud a psicanálise preenche as lacunas da filosofia, pois ela exerce um valor moral sobre o
sujeito.
D Segundo Freud, servir-se da psicanálise numa perspectiva filosófica para impor valores ao
paciente seria de uma violência contra ele.
Na opinião de Freud, em última análise se servir da psicanálise de forma filosófica para enobrecer as
pessoas, seria usar de violência, ainda que se revista dos motivos mais honrosos. (pag. 6)
E A psicanálise é para Freud uma educação filosófica sobre o mundo e as pessoas, pois seus conceitos
são plenos e devem ser transmitidos aos pacientes.
A Os pacientes psicóticos pairam permanentemente entre “o viver e o não viver”, colocando os analistas
frente ao dilema da fantasia.
B O analista será levado a enfrentar uma questão ética de saber “sobre o que versa a vida”, ou
seja, não basta estar fisiologicamente vivo, é preciso sentir-se vivo.
Correto: letra B) Os analistas enfrentam a questão de saber “sobre o que versa a vida”; essa questão se
faz necessária, pois os pacientes psicóticos, “que pairam permanentemente entre o viver e o não viver,
forçam-nos a encarar este tipo de problema. Nesse ponto reside uma questão ética, sobre o valor da vida.
(p.23 -24)
C Os conflitos são próprios dos psiconeuróticos, pois apenas nessa estrutura o sentido da vida será
buscado, mas isso não envolve o analista.
D A questão sobre o que faz a vida ser digna de ser vivida reside na constituição moral, concebida no seio
familiar, pelo qual o analista não é apto para intervir.
E O viver e o não viver carregam consigo uma estranheza básica, na qual só os humanos podem ter o
domínio do seu destino.
Estar vivo por condescendência é o sentimento de uma existência não reconhecida, não legitimada como tal, para
quem o ambiente não abriu, já na recepção, o nicho necessário de paciência e cuidado e que, portanto, tendo
carecido de favorecimento, não pode chegar ao começo; nesses casos, o indivíduo perambula pelo mundo como
um não nascido; eventualmente, como uma alma penada.
Analise as falas de pacientes apresentadas abaixo e aponte quais delas são exemplos de pessoas com a condição
clínica descrita no trecho apresentado acima?
I. Enquanto eu era policial da ativa eu era respeitado, depois que tomei um tiro nunca mais me recuperei (lesão
permanente na perna em uso de muletas). Algumas pessoas nem me cumprimentam mais. Resolvi cursar teologia
para ocupar minha cabeça com algo bom.
II. Tenho muita saudade da minha mãe, depois que ela morreu minha vida mudou. Não sou mais a mesma.
Passo muito tempo lendo sozinha, pois é a única coisa que me faz bem. Converso com ela em pensamento.
III. Se eu tivesse força não estaria mais aqui, na verdade nunca estive. Quando procuro um motivo para insistir
não encontro nenhum.
IV. Sou a mais nova de 8 filhos, 9 comigo. Usava roupa que os mais velhos deixavam, não importava se era de
menina ou de menino. Ninguém reparava mesmo. Minha mãe morreu cedo e meu pai me deu porque ele dizia que
eu não era filha dele.
A O analista deve criar e manter, para o paciente, um lugar protegido, uma pequena amostra de um
mundo encontrável e previsível, em que ele, a seu tempo, possa começar a ser.
Correto: letra a) A nova provisão ambiental a que Winnicott se refere, diz respeito a criação e manutenção,
para o paciente, de um lugar protegido, uma pequena amostra de um mundo encontrável e previsível, em
que ele, a seu tempo, possa começar a ser. Esse lugar consiste na totalidade dos cuidados que
fornecemos, e que é basicamente em que consiste o setting analítico.
B No processo de análise a cura deve ser tomada no sentido de que, "a saúde se restaura no paciente, a
doença é destruída, exorciza-se o espírito mau", visto que o bem-estar, trata-se de um estado de saúde
psíquica.
C A ética da autonomia tende a suprir a ética do cuidado. Nesse ponto, ocorre um desencontro na
afirmação de Heidegger, pelo qual, o homem essencialmente não consegue lidar consigo mesmo.
D O teor pedagógico da análise, da intolerância deste com anomalias e fraquezas de qualquer tipo, da sua
incapacidade de compreender e tolerar a loucura conduz o sujeito para a “fuga para a sanidade”.
E A analista deve sugerir que o indivíduo supere o que seria a tendência universal ao infantilismo, ou seja,
o apego ao princípio do prazer, e enfrentar o princípio de realidade; deve dominar os instintos.
A Interromper o tratamento e orientar que busque tratamento médico, pois a prioridade é a manutenção da
vida.
B Orientar para que siga recomendações médicas, pois a pessoa nessas condições “não se manda mais”.
C O psicanalista não deve frustrar os pacientes nessas condições, mas sim intensificar experiências de
satisfação de desejos.
E A responsabilidade do psicanalista é atuar junto com a equipe multiprofissional para que o paciente
continue vivo, com os sinais vitais funcionando.
I. Em casos que um indivíduo saudável nos procura para relatar frustrações no relacionamento conjugal.
II. Em casos de pacientes neuróticos que se queixam de serem muito ansiosos ou terem dificuldade de delegar
tarefas para suas equipes no trabalho.
III. Em casos de pacientes idosos hospitalizados em fase terminal de câncer.
IV. Em casos de adolescentes em tratamento para dependência química que foram expulsos de casa e se
encontram em comunidades terapêuticas.
Assinale a alternativa que corresponde aos casos que seria um erro técnico o manejo de acordo com a ética do
cuidado.
A I e II
Correta: Letra A) Na psicanálise freudiana, a teoria foi formulada a partir do estudo das neuroses e supôs
um homem que, embora dilacerado pelo conflito pulsional, permanece inteiro, ciente de si e capaz de se
relacionar com a realidade externa, a despeito da tendência a escapar às frustrações impostas pelo
princípio de realidade e a fazer perpetuar o regime do princípio do prazer. A cura aqui significa,
naturalmente, poder defrontar-se com o princípio de realidade. “Na medida do possível”, diz Freud, “o
tratamento analítico deve ser executado em estado de privação – de abstinência” (Freud, 1919/1989, p.
155). Essa é a ética da autonomia na clínica em Freud. (Tema 2, página 26).
B I, II e IV
C III e IV
D Apenas a I
E Apenas a II
D O indivíduo adulto imaturo tem a estrutura da personalidade intacta, já o indivíduo com infantilismo não
tem.
E Todos nós temos momentos de infantilidade e imaturidade, portanto, a regra da abstinência e a ética da
autonomia devem guiar todos os tratamentos.
A Não produz efeito nenhum, pois o paciente não irá compreender, então, tanto faz falar ou não falar, será
de toda maneira, tempo perdido do analista.
B Se for simplesmente falada não vai produzir sentido, mas se o analista explicar detalhadamente a teoria,
daí sim o paciente vai parar com os sintomas.
C Produzirá um efeito positivo se o analista conseguir mostrar para o paciente o conteúdo que está no
inconsciente, pois assim ele vai entender os seus traumas.
D Poderão constituir-se em invasões que reproduzem o padrão ambiental invasivo da origem. Seria
um ato violento do analista que causa doutrinação e submissão no paciente.
Correta: letra D) A autora cita Winnicott para explicar que: Se estas interpretações são oferecidas, sem
consideração pela capacidade (de maturidade) do paciente, poderão constituir-se em invasões que
reproduzem o padrão ambiental invasivo da origem. A interpretação nesse caso é doutrinação e produz
submissão. Dessa perspectiva, a ética da autonomia, se aplicada a pacientes cujo amadurecimento foi
interrompido nas etapas precoces, torna-se uma antiética, podendo constituir-se numa violência.
Nota: 10.0
Você acertou!
I. Em casos que um indivíduo saudável nos procura para relatar frustrações no relacionamento conjugal.
II. Em casos de pacientes neuróticos que se queixam de serem muito ansiosos ou terem dificuldade de delegar
tarefas para suas equipes no trabalho.
III. Em casos de pacientes idosos hospitalizados em fase terminal de câncer.
IV. Em casos de adolescentes em tratamento para dependência química que foram expulsos de casa e se
encontram em comunidades terapêuticas.
Assinale a alternativa que corresponde aos casos que seria um erro técnico o manejo de acordo com a ética do
cuidado.
A I e II
Correta: Letra A) Na psicanálise freudiana, a teoria foi formulada a partir do estudo das neuroses e supôs
um homem que, embora dilacerado pelo conflito pulsional, permanece inteiro, ciente de si e capaz de se
relacionar com a realidade externa, a despeito da tendência a escapar às frustrações impostas pelo
princípio de realidade e a fazer perpetuar o regime do princípio do prazer. A cura aqui significa,
naturalmente, poder defrontar-se com o princípio de realidade. “Na medida do possível”, diz Freud, “o
tratamento analítico deve ser executado em estado de privação – de abstinência” (Freud, 1919/1989, p.
155). Essa é a ética da autonomia na clínica em Freud. (Tema 2, página 26).
B I, II e IV
C III e IV
D Apenas a I
E Apenas a II
Analise as falas de pacientes apresentadas abaixo e aponte quais delas são exemplos de pessoas com a condição
clínica descrita no trecho apresentado acima?
I. Enquanto eu era policial da ativa eu era respeitado, depois que tomei um tiro nunca mais me recuperei (lesão
permanente na perna em uso de muletas). Algumas pessoas nem me cumprimentam mais. Resolvi cursar teologia
para ocupar minha cabeça com algo bom.
II. Tenho muita saudade da minha mãe, depois que ela morreu minha vida mudou. Não sou mais a mesma.
Passo muito tempo lendo sozinha, pois é a única coisa que me faz bem. Converso com ela em pensamento.
III. Se eu tivesse força não estaria mais aqui, na verdade nunca estive. Quando procuro um motivo para insistir
não encontro nenhum.
IV. Sou a mais nova de 8 filhos, 9 comigo. Usava roupa que os mais velhos deixavam, não importava se era de
menina ou de menino. Ninguém reparava mesmo. Minha mãe morreu cedo e meu pai me deu porque ele dizia que
eu não era filha dele.
A Trata-se de um silêncio absoluto feito pelo analista, a fim de deixar apenas que o paciente fale.
B Trata-se de um lugar de escuta, uma posição do analista, onde ele se coloca numa relação com o
paciente, no sentido de restabelecer o vazio.
Freud explica o método de abstinência, não por uma ausência do analista, mas por um lugar de escuta.
Diz: “Por abstinência, no entanto, não se deve entender que seja agir sem qualquer satisfação - o que seria
certamente impraticável; nem queremos dizer o que o termo popularmente conota, isto é, abster-se da
relação sexual; significa algo diferente, que tem muito mais conexão com a dinâmica da doença e da
recuperação. (pag. 04)
C Refere-se a um método de suspensão, onde o paciente se relaciona apenas com ele mesmo, o analista
não entra nessa relação.
D Refere-se a uma abstinência sexual, onde o paciente é levando a se abster de ter relação sexual
durante o tratamento.
E Refere-se ao conceito onde o paciente não diz nada e o analista observa apenas dando-lhe sua
presença.
Não podemos evitar de aceitar para tratamento determinados pacientes que são tão desamparados e
incapazes de uma vida comum, que, para eles, há que se combinar a influência analítica com a educativa;
e mesmo no caso da maioria, vez por outra surgem ocasiões nas quais o médico é obrigado a assumir a
posição de mestre e mentor. Mas isso deve sempre ser feito com muito cuidado, e o paciente deve ser
educado para liberar e satisfazer a sua própria natureza, e não para assemelhar-se conosco. (pag. 06)
D O indivíduo adulto imaturo tem a estrutura da personalidade intacta, já o indivíduo com infantilismo não
tem.
E Todos nós temos momentos de infantilidade e imaturidade, portanto, a regra da abstinência e a ética da
autonomia devem guiar todos os tratamentos.
A O analista deve criar e manter, para o paciente, um lugar protegido, uma pequena amostra de um
mundo encontrável e previsível, em que ele, a seu tempo, possa começar a ser.
Correto: letra a) A nova provisão ambiental a que Winnicott se refere, diz respeito a criação e manutenção,
para o paciente, de um lugar protegido, uma pequena amostra de um mundo encontrável e previsível, em
que ele, a seu tempo, possa começar a ser. Esse lugar consiste na totalidade dos cuidados que
fornecemos, e que é basicamente em que consiste o setting analítico.
B No processo de análise a cura deve ser tomada no sentido de que, "a saúde se restaura no paciente, a
doença é destruída, exorciza-se o espírito mau", visto que o bem-estar, trata-se de um estado de saúde
psíquica.
C A ética da autonomia tende a suprir a ética do cuidado. Nesse ponto, ocorre um desencontro na
afirmação de Heidegger, pelo qual, o homem essencialmente não consegue lidar consigo mesmo.
D O teor pedagógico da análise, da intolerância deste com anomalias e fraquezas de qualquer tipo, da sua
incapacidade de compreender e tolerar a loucura conduz o sujeito para a “fuga para a sanidade”.
E A analista deve sugerir que o indivíduo supere o que seria a tendência universal ao infantilismo, ou seja,
o apego ao princípio do prazer, e enfrentar o princípio de realidade; deve dominar os instintos.
I. O tratamento e o cuidado não podem estar separados. Embora seja imprescindível conhecer o tratamento, não
se pode perder de vista o cuidado.
II. Quando se inicia um tratamento o que importa é o método aplicado, pois o doente não está em busca de
estabelecer uma relação de confiança, mas sim da cura.
III. Pela ética do cuidado, a responsabilidade do analista não é diretamente com a preservação da vida, a questão
central é a dignidade do paciente.
A I e II estão corretas.
B Se o psicanalista é pós-freudiano significa dizer que ele maneja o tratamento de acordo com o princípio
da ética da autonomia, assim como Freud.
C A ética da autonomia só serve para aqueles indivíduos que têm intacta a estrutura da
personalidade.
Correta: letra C) Conforme está no artigo, tema 3, página 30. [...] à luz da teoria do amadurecimento e no
que refere à tarefa terapêutica, a ética da autonomia só serve para aqueles indivíduos que têm intacta a
estrutura da personalidade, tendo alcançado uma posição a partir da qual viver; essas pessoas podem
precisar de ajuda por padecerem, eventualmente, da ansiedade que surge da vida instintual em meio às
relações interpessoais; elas chegam mesmo a adoecer, mas não de vacuidade ou de ameaça de
aniquilamento, e sim de um enrijecimento das defesas do eu devido às frustrações e à ansiedade.
D Cada psicanalista tem um estilo diferente e ele emprega o seu estilo a todos os pacientes que atende.
A Não produz efeito nenhum, pois o paciente não irá compreender, então, tanto faz falar ou não falar, será
de toda maneira, tempo perdido do analista.
B Se for simplesmente falada não vai produzir sentido, mas se o analista explicar detalhadamente a teoria,
daí sim o paciente vai parar com os sintomas.
C Produzirá um efeito positivo se o analista conseguir mostrar para o paciente o conteúdo que está no
inconsciente, pois assim ele vai entender os seus traumas.
D Poderão constituir-se em invasões que reproduzem o padrão ambiental invasivo da origem. Seria
um ato violento do analista que causa doutrinação e submissão no paciente.
Correta: letra D) A autora cita Winnicott para explicar que: Se estas interpretações são oferecidas, sem
consideração pela capacidade (de maturidade) do paciente, poderão constituir-se em invasões que
reproduzem o padrão ambiental invasivo da origem. A interpretação nesse caso é doutrinação e produz
submissão. Dessa perspectiva, a ética da autonomia, se aplicada a pacientes cujo amadurecimento foi
interrompido nas etapas precoces, torna-se uma antiética, podendo constituir-se numa violência.