CONCEITO
Neoplasia maligna que se origina nas células
Afeta tanto mulheres quanto homens (+ mulheres).
Série de condições malignas que se desenvolvem no tecido mamário
células anormais na mama começam a se multiplicar de forma desordenada.
ETIOLOGIA
❖ Fatores genéticos e Hereditários: como as mutações BRCA1 e BRCA2,
TP53, PTEN e CHEK2;
❖ fatores hormonais: 1° menstruação antes dos 12 anos, menopausa após
os 55; uso de contraceptivos orais por muito tempo (exposição prolongada
a hormônios);
❖ fatores comportamentais e ambientais: sedentarismo, consumo de
álcool, exposição a radiações ionizantes, obesidade, o tabagismo e idade
avançada.
EPIDEMIOLOGIA (INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA)
No Brasil é o 2° com maior incidência em mulheres e em causa de mortalidade
por câncer na população feminina, sendo as regiões Sul e Sudeste as com taxas
mais altas.
Incidência aumenta com a idade das mulheres, em sua maioria os casos
ocorrem a partir dos 50 anos, sendo raro em jovens mulheres, porém a
incidência nessas jovens tem aumentado
Pode se desenvolver em homens porém a incidência é de 1%.
FATORES DE RISCO
principal fator é ser mulher;
ter parentes de 1° grau com câncer de mama (filha, mãe, irmã, pai, filho ou
irmão) ou com câncer de ovário, no caso de parentes mulheres.
a reposição hormonal, combinação de estrogênio e progesterona;
nunca ter tido filho e/ou amamentado, ter tido filho após os 30 anos;
menstruado precocemente e menopausa tardia;
a dieta e nutrição, consumo de bebidas alcoólicas, sedentarismo e obesidade.
Grande parte dos casos de câncer de mama são esporádicos, ou seja, são os
primeiros casos que aparecem na família, sendo estes representados por 90%
dos casos.
PREVENÇÃO
não garante que o câncer será evitado, mas a adoção dessas práticas pode reduzir
os riscos:
❖ Controlar o peso corporal;
❖ manter uma dieta rica em frutas e vegetais, praticar exercícios físicos;
❖ evitar o tabagismo;
❖ Moderar/evitar o consumo excessivo de álcool;
❖ Realizar mamografia e o autoexame;
❖ se houver histórico de câncer de mama na família, discutir opções de
monitoramento e prevenção com um médico.
SINAIS E SINTOMAS
A maioria dos tumores de mama nas fases iniciais, não apresentam sintomas,
senso detectados em exames de rotina como a mamografia.
Sinais e sintomas na fase + avançada:
❖ Nódulo;
❖ retração da pele – a retração do mamilo que ocorre quando ele se inverte
para dentro da mama;
❖ assimetria mamária;
❖ eritema mamário – caracterizado por deficiência e alteração da textura da
pele ” casca de laranja”;
❖ vermelhidão ou descamação da pele da mama – semelhante a uma
queimadura solar;
❖ saída de líquido anormal das mamas – secreção;
❖ Inchaço nas axilas.
DIAGNÓSTICO
DOS EXAMES
❖ Palpação e expressão das mamas
❖ Mamografia - mulheres que já estão no grupo de risco ou acima dos 40
anos, deve-se fazer pelo menos 1 Vez ao ano. Esse exame tem como
objetivo visualizar o tecido mamário, com baixas doses de raio x.
Atualmente existem dois tipos de mamografia:
❖ a convencional, que é realizada em um aparelho analógico;
❖ digital, que se utiliza um mamógrafo digital.
Mas as novas atualidades do mercado são a tomossíntese ou a mamografia 3D,
uma melhoria da maneira digital.
Benigno e Maligno
As neoplasias benignas crescem de maneira lenta, expressiva e não invadem
os tecidos vizinho.
Tumores benignos geralmente são vistos frequentemente em exames físicos e de
rotina.
*cistos mamários, o fibroadenoma, tumor filoides, lipoma, ectasia ductal e
hamartoma.
Os cistos mamários trata-se de lesões não proliferativas benignas, cheias de
líquido nas unidades lobulares do ducto terminal, com um único revestimento de
epitélio. Entre 7 e 10% das mulheres na faixa etária de 35-50 anos dão positivo
para essa patologia. A ultrassonografia é o método mais sensível para verificação
desses cistos e para concretizar o diagnóstico.
A principal característica da neoplasia maligna é a multiplicação desordenada e
anormal, sendo totalmente agressiva com as células, tem capacidade de invadir
outros tecidos. A melhor forma para se dar o diagnóstico é fazendo a Biópsia
ESTADIAMENTO
Estadiar um câncer envolve avaliar sua extensão e propagação. O sistema de
estadiamento empregado para o câncer de Mama é o TNM, desenvolvido pelo
American Joint Committee on Cancer (AJCC). A versão mais atual do sistema
AJCC (janeiro de 2018) utiliza tanto o estadiamento clínico quanto o patológico
para o câncer de mama. O estágio patológico, também conhecido como
estágio cirúrgico, é determinado pela análise do tecido removido durante a
cirurgia, já o estágio clínico é aplicado quando a cirurgia não é viável, baseado
em exames físicos, biópsias e exames de Imagem. Este estágio é fundamental
para planejar o tratamento, mas quando a doença é disseminada, o
estadiamento patológico tende a ser mais preciso para prever o prognóstico da
paciente.
Critérios principais utilizados pelo sistema:
i. T: Refere-se ao tamanho do tumor primário e se há disseminação para
áreas adjacentes.
ii. N: Indica se a disseminação para os linfonodos regionais.
iii. M: Mostra se há presença de metástases em órgãos distantes, como
pulmões ou fígado.
iv. ER: Indica se o tumor possui receptores de estrogênio.
v. PR: Indica se o tumor possui receptores de progesterona.
vi. HER2: Refere-se à presença da proteína HER2 no tumor.
vii. G: O grau do câncer, que determina o quanto as células cancerígenas
se assemelham às células normais.
Classificação dos estágios:
❖ Estágio 0 (câncer de mama in situ) este é o estágio mais precoce,
também conhecido como carcinoma intraductal, carcinoma ductal in
situ ou câncer não Invasivo. Nesse estágio, o câncer está restrito aos
ductos mamários e não invade outros tecidos ou órgãos. O tratamento
geralmente envolve cirurgia na área afetada e, em alguns casos, pode
Incluir radioterapia e hormonioterapia.
❖ Estágio 1 (câncer de mama inicial) - tende a crescer lentamente e tem
menor probabilidade de se espalhar para outros órgãos. Os tumores sao
≤2 cm e permanecem limitados à mama, sem comprometer os
linfonodos. O tratamento precoce, frequentemente cirúrgico, juntamente
com radioterapia, quimioterapia ou outras terapias pós cirúrgicas.
❖ Estágio 2 (câncer de mama inicial): tumores de até 2 cm com
envolvimento de linfonodos, ou tumores entre 2 e 5 cm, com ou sem
linfonodos, ou ainda tumores maiores que 5 cm sem envolvimento
Linfonodal. Abordagem terapêutica é semelhante à do estágio 1,
ajustando a intensidade e a duração do tratamento conforme
necessário.
❖ Estágio 3 (localmente avançado): câncer se espalhou para os
linfonodos e/ou tecidos da mama, mas não para outras partes do corpo.
Os tratamentos podem ser semelhantes aos dos estágios 1 e 2, com
adaptações conforme a gravidade.
❖ Estágio 4 (câncer de mama metastático) caracteriza-se pela
disseminação do câncer para tecidos distantes. O tratamento envolve
terapias sistêmicas: quimioterapia, imunoterapia, Terapia hormonal ou
terapia direcionada.
TRATAMENTO
Pode ser dividido em duas modalidades:
tratamento local: inclui a cirurgia e a radioterapia;
tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.