[go: up one dir, main page]

0% acharam este documento útil (0 voto)
73 visualizações27 páginas

Módulo 02

Enviado por

Hugo Aguilar
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
73 visualizações27 páginas

Módulo 02

Enviado por

Hugo Aguilar
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 27

Planejamento educacional

Apresentação
Planejar é uma ação que permeia as mais variadas profissões e, tratando-se do âmbito educacional,
com toda sua complexidade, pensar em como organizar diferentes práxis docentes é o ponto de
partida para alcançar os objetivos almejados.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar o planejamento educacional, reconhecendo sua
conceituação, sua relevância para a prática pedagógica, seus princípios e seus norteadores.
Também estudará as especificidades e as relações existentes entre o planejamento educacional, e a
práxis docente, e as do planejamento e do comprometimento ideológico.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Definir planejamento educacional.

• Relacionar o planejamento educacional com a práxis docente.


• Analisar a relação entre planejamento e comprometimento ideológico.
Desafio
O planejamento é uma ferramenta que norteia a práxis pedagógica docente, oportunizando ao
professor uma organização de métodos e currículos que serão desenvolvidos em seu cotidiano
profissional e favorecem os meios para que o aluno se desenvolva com uma aprendizagem
significativa e plena.

Você, professor dos anos finais do Ensino Fundamental, apresentou um excelente trabalho e foi
convidado por uma colega que assumiu a direção dessa escola para ocupar um cargo que por um
bom tempo ficou vago, o de coordenador pedagógico.

Em uma conversa particular entre você e as diretoras geral e adjunta, você ficou sabendo que o
projeto político-pedagógico da escola estava desatualizado e não era utilizado, principalmente
porque a maioria dos professores eram resistentes a ações pedagógicas e não se integravam ao
planejamento educacional. Por isso, você recebeu a incumbência de articular, na próxima reunião, o
corpo docente e a equipe diretiva, a fim de engajá-los no planejamento educacional.

Sendo assim, organize as suas ideias e escreva o argumento que você usará na reunião, explicando
os benefícios que o planejamento e a existência de um Professor Pesquisador Reflexivo (PPR)
oportunizam ao COTIDIANO DOCENTE.
Infográfico
O planejamento educacional foi objeto de estudo ao longo da história educacional brasileira. Essas
contribuições resultaram em diferentes aportes teóricos, que foram construídos de acordo com a
perspectiva de cada especialista que se dedicou a investigar essa temática levando em
consideração o contexto social e histórico em que essas investigações eram realizadas.Veja, no
Infográfico a seguir, alguns dos principais momentos que influenciaram significativamente a história
do planejamento educacional no Brasil.

Clique nos títulos para saber mais sobre cada época:

Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!


Conteúdo do livro
O planejamento educacional é essencial para o êxito educativo, sendo uma prática deliberada que
se apoia em bases pedagógicas, políticas e técnicas.

Este capítulo discute sua importância como um ato intencional de planejamento, indispensável para
responder aos desafios modernos da educação. Ele mostra como um planejamento bem
estruturado é vital para o ensino eficaz e aprendizado significativo, permitindo que educadores
antecipem desafios e moldem uma educação que atenda às necessidades dos estudantes.

Você verá a importância de uma prática educativa consciente e reflexiva, e como a ideologia
influencia o planejamento educacional, sublinhando a necessidade de alinhar intenções e valores
com a missão educativa.Inserir introdução.
DIDÁTICA
Planejamento
educacional
Michelle Espíndola Batista

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Definir planejamento educacional.


> Relacionar o planejamento educacional com a práxis docente.
> Analisar a relação entre planejamento e comprometimento ideológico.

Introdução
O planejamento educacional é uma prática intencional e sistemática, vital para
o sucesso do processo ensino-aprendizagem. Ele fundamenta-se em princípios
pedagógicos, políticos e técnicos, configurando-se como uma ferramenta
essencial para guiar a ação educativa em direção a objetivos claramente de-
finidos. Este capítulo aborda a relevância do planejamento como um exercício
de intencionalidade pedagógica, que não pode ser deixado ao acaso, mas deve
ser cuidadosamente projetado para atender às demandas contemporâneas
da educação.
Ao longo da prática docente, o planejamento educacional atua como um
aliado estratégico, proporcionando uma base para que o ensino seja eficaz e
a aprendizagem, significativa. Ao integrar planejamento e prática, os profes-
sores podem antecipar desafios e oportunidades, garantindo uma experiência
educacional rica e adaptada às necessidades dos alunos.
Neste capítulo, você vai compreender como a consciência e a valorização
da prática escolar cotidiana são fundamentais para um planejamento educa-
cional eficiente. Exploraremos como a reflexão crítica sobre a prática pode
2 Planejamento educacional

aprimorar o planejamento e, por fim, refletiremos sobre a natureza ideológica


do planejamento escolar, destacando a importância de reconhecer as intenções
e valores que orientam a educação.

Fundamentos do planejamento educacional


O planejamento faz parte do nosso cotidiano: quero isto ou aquilo; devo fazer
isto desta maneira para conseguir aquilo; este é o melhor caminho para seguir;
quem pode me ajudar? O que vou precisar para alcançar este objetivo? Neste
caso, muitas vezes o planejamento é intuitivo e não intencional.
No contexto educacional, o planejamento emerge como uma prática
intencional, política e técnica indispensável na orientação das ativida-
des educacionais. É a partir dele que se define a direção a ser seguida,
garantindo que cada ação dentro do campo educacional seja pautada em
objetivos claros e fundamentos sólidos. Nesse sentido, Libâneo (2002)
destaca essa necessidade de intencionalidade, apontando que um plane-
jamento eficaz é aquele que está alinhado com propósitos pedagógicos
definidos e construídos de maneira colaborativa entre todos os envolvidos
no processo educativo.
A dimensão política do planejamento é ressaltada por Gadotti (1994), que
vê na prática do planejar uma decisão estratégica sobre o futuro cidadão que
se deseja formar. Essa perspectiva sublinha o papel do planejamento como
elemento fundamental na promoção de uma educação que se preocupa não
apenas com a transmissão de conhecimentos, mas também com a formação
ética e cidadã dos indivíduos.
Por sua vez, a abordagem técnica, conforme discutida por Vasconcellos
(2000), salienta a importância de adotar métodos e técnicas que contribuam
para a efetividade da aprendizagem. Isso implica a escolha cuidadosa de
conteúdos, a adoção de metodologias de ensino inovadoras e a implementação
de sistemas de avaliação que realmente mensurem o progresso dos alunos.
A partir dessas reflexões, torna-se evidente que o planejamento educa-
cional deve ser visto como um ato de comprometimento com a qualidade do
ensino e com o desenvolvimento integral dos alunos. Freire (1996) reforça
esse ponto ao argumentar que a educação é um ato carregado de intenção.
Cada escolha feita no processo de planejamento reflete uma visão de mundo
e um projeto de sociedade.
Planejamento educacional 3

Vejamos a definição de planejamento educacional para alguns autores.


Primeiramente, segundo Menegolla e Sant’anna (2014, p. 15):

Planejar é uma experiência do ser humano; é um ato de pensar sobre um possível e


viável fazer. E como o homem pensa o seu “que fazer”, o planejamento se justifica
por si mesmo. A sua necessidade é a sua própria evidência e justificativa.

Já para Gandin (2007, p. 19-20), planejar é:

[...] transformar a realidade numa direção escolhida; planejar é organizar a própria


ação (de grupo, sobretudo); planejar é implantar um processo de intervenção da
realidade; planejar é agir racionalmente; planejar é dar clareza e precisão à própria
ação (de grupo, sobretudo); planejar é explicar os fundamentos da ação de grupo;
planejar é pôr em ação um conjunto de técnicas para racionalizar a ação; planejar
é realizar um conjunto de ações, propostas para aproximar a realidade de um
ideal; planejar é realizar o que é importante (essencial) e, além disso, sobreviver.

Essas compreensões nos levam a reconhecer a complexidade do ato de


planejar, que vai além da simples organização de atividades educacionais.
Na verdade, exige também um entendimento profundo das necessidades dos
alunos, um compromisso com a inovação pedagógica e uma reflexão constante
sobre a prática docente. Pimenta (2005), nesse âmbito, destaca a necessidade
de se perceber, valorizar e experimentar a prática escolar cotidiana como
base para um planejamento educacional eficaz.

A experiência direta na prática pedagógica cotidiana é crucial para


um planejamento educacional eficaz. Assim, é preciso estar atento
ao valor de incorporar reflexões e aprendizados obtidos no dia a dia da sala de
aula ao planejar. A interação diária com os alunos revela insights valiosos sobre
seus interesses, desafios e estilos de aprendizagem, permitindo ajustes mais
precisos e efetivos no planejamento. A prática cotidiana, portanto, não é apenas
uma fonte de desafios, mas um rico campo de aprendizado e adaptação, essencial
para enriquecer e orientar o planejamento educacional em direção ao sucesso.
Observe a seguir sugestões de pontos-chave na prática pedagógica cotidiana:
„ Insights diretos – a interação diária oferece percepções valiosas sobre as
necessidades e preferências dos alunos.
„ Adaptação efetiva – use observações cotidianas para ajustar métodos de
ensino e conteúdos, visando maior eficácia.
„ Reflexão e crescimento – encare cada dia como uma oportunidade para
aprender e evoluir na sua abordagem educacional.
„ Integração de experiências – conecte vivências cotidianas ao planejamento
para torná-lo mais relevante e engajador.
4 Planejamento educacional

Ressalta-se a importância da flexibilidade e adaptabilidade no planeja-


mento educacional. Morin (2001) nos lembra que vivemos em um mundo em
constante mudança, o que exige que o planejamento educacional seja capaz
de se ajustar às novas realidades e necessidades dos alunos. A avaliação con-
tínua das estratégias adotadas é essencial para garantir que o planejamento
permaneça relevante e efetivo.
Ao abordar os fundamentos do planejamento educacional, é essencial
reconhecer os diferentes níveis de planejamento e percebemos a interde-
pendência e o papel complementar entre eles: planejamento do sistema
educacional (macro), planejamento escolar (meso) e planejamento do ensino
(micro) (Castro, 2010).
Políticas públicas bem formuladas no nível macro, por exemplo, podem
facilitar um planejamento institucional mais alinhado e efetivo no nível meso,
que por sua vez pode prover aos professores no nível micro um ambiente
mais propício para a implementação de estratégias pedagógicas inovadoras e
eficazes. De fato, Saviani (1987) argumenta que o sucesso educacional está na
capacidade de alinhar esses diferentes níveis de planejamento, garantindo que
as políticas públicas se reflitam em práticas pedagógicas coerentes e efetivas.
Vejamos um comparativo dos diferentes níveis de planejamento para
compreender como operam e interagem no contexto educacional. O Quadro
1 reforça a necessidade de uma abordagem integrada e coesa que reconheça
a importância de cada nível na promoção de uma educação de qualidade e
na realização dos objetivos educacionais.

Quadro 1. Comparativo dos níveis de planejamento educacional

Nível de
Características Objetivos Desafios
Planejamento

Planejamento Abrange as Definir os grandes Alinhar políticas às


do sistema diretrizes objetivos e metas necessidades reais
educacional e políticas da educação para das populações
educacionais em a sociedade, como atendidas,
nível nacional qualidade de garantindo
ou estadual, ensino, inclusão, financiamento
estabelecendo o igualdade de adequado e
quadro geral para acesso, etc. implementação
a educação. efetiva.
(Continua)
Planejamento educacional 5

(Continuação)

Nível de
Características Objetivos Desafios
Planejamento

Planejamento Refere-se ao Adaptar as Integrar visões


escolar planejamento diretrizes macro e necessidades
realizado dentro a contextos de diferentes
de instituições institucionais stakeholders
de ensino, específicos, (gestores,
como escolas e promovendo professores,
universidades, uma educação alunos,
incluindo a que atenda às comunidade),
organização necessidades mantendo a
curricular e locais. coerência com as
pedagógica. políticas macro.

Planejamento Diz respeito ao Promover Manter a


do ensino planejamento aprendizagens flexibilidade e
feito pelo significativas, a capacidade
professor, adaptando o de resposta às
focado no currículo e as dinâmicas de
desenvolvimento estratégias sala de aula,
de planos de de ensino às equilibrando
aula, métodos necessidades os objetivos
de ensino e individuais dos curriculares com
avaliação. alunos. as diversidades
dos alunos.

No nível macro, o desafio está na criação de políticas que sejam ao


mesmo tempo ambiciosas e realistas, capazes de direcionar o sistema
educacional em direção a objetivos de longo prazo sem perder de vista
as necessidades imediatas das comunidades atendidas. O sucesso neste
nível depende de um entendimento profundo das tendências educacio-
nais globais e locais, bem como de uma capacidade de antever desafios
e oportunidades futuras.
No nível meso, a principal questão é como traduzir as diretrizes e objeti-
vos macro em planos de ação concretos que sejam relevantes e aplicáveis à
realidade específica de cada instituição. Isso requer não apenas uma gestão
eficaz e uma liderança visionária por parte dos administradores escolares,
mas também a participação ativa de toda a comunidade escolar no processo
de planejamento.
Finalmente, no nível micro a habilidade dos professores em desenvol-
ver e implementar planos de aula que sejam ao mesmo tempo rigorosos e
adaptáveis é fundamental. Aqui, o desafio é duplo: por um lado, é necessário
manter fidelidade aos objetivos curriculares e às expectativas institucionais;
6 Planejamento educacional

por outro, é essencial reconhecer e responder às necessidades, interesses e


estilos de aprendizagem únicos de cada aluno.
A interação complexa entre os níveis de planejamento destaca a im-
portância de um diálogo constante entre políticas, práticas e pedagogias,
garantindo que o planejamento em todos os níveis esteja alinhado com a
missão de promover uma educação de qualidade para todos. Portanto, o
sucesso do planejamento educacional não reside apenas na competência
técnica ou na visão estratégica, mas também na capacidade de integrar
esses diferentes aspectos em uma abordagem coerente e sustentável para
o ensino e a aprendizagem.
Independentemente do nível do planejamento, é importante atentar para
o fato de que o planejamento educacional é essencialmente intencional,
político e técnico, servindo como bússola para as atividades no campo do
ensino. Essa intencionalidade é o que diferencia o planejamento educacional
de ações aleatórias, garantindo que cada decisão contribua para objetivos
pedagógicos bem definidos.
Ao compreendermos o planejamento como um processo estratégico,
reconhecemos sua capacidade de moldar o ensino e a aprendizagem de
maneiras significativas, sempre alinhado aos valores e metas da comunidade
educativa. Nesta seção, você estudou o conceito de planejamento educacional,
seus níveis e importância. Na próxima seção, aprofundaremos como esse
planejamento se relaciona diretamente com a prática docente, destacando
o nível micro do planejamento educacional. Esse foco no contexto da práxis
docente enfatizará a importância da aplicação prática dos princípios de
planejamento para beneficiar a experiência de aprendizagem dos alunos.

Integração da práxis docente ao


planejamento educacional
A prática docente, enraizada em uma profunda compreensão das necessidades
de aprendizagem dos alunos e dos objetivos didáticos, requer um planeja-
mento educacional cuidadoso e intencional. Esse planejamento serve não
apenas como um roteiro para a ação educativa, mas também como um meio
para alcançar uma educação mais significativa e relevante. O reconhecimento
da prática docente como um componente crucial do planejamento educacio-
nal reforça a ideia de que ensinar é um ato intencional que visa promover o
desenvolvimento integral do aluno.
Planejamento educacional 7

Quando os professores adotam um planejamento intencional, eles estabe-


lecem um caminho claro para não apenas atingir objetivos curriculares, mas
também para responder às necessidades individuais dos alunos. Isso requer
um profundo entendimento das teorias de aprendizagem e uma aplicação
consciente destas na sala de aula.
Ao considerar o planejamento como um aliado, o professor pode antecipar
desafios, identificar oportunidades de aprendizagem e adaptar as estratégias
de ensino às necessidades dos alunos. Isso implica um envolvimento ativo na
reflexão sobre a prática pedagógica e a adaptação contínua do planejamento
para garantir que os objetivos de aprendizagem sejam atendidos de maneira
eficaz. A capacidade de ajustar e refinar o planejamento educacional em
resposta à dinâmica da sala de aula é, portanto, essencial para o sucesso
do processo de ensino-aprendizagem.
A integração da práxis docente ao planejamento educacional é fundamental
para uma abordagem pedagógica eficaz. O planejamento não deve ser per-
cebido apenas como um conjunto de diretrizes administrativas, mas como
um processo contínuo de reflexão e ação que envolve todos os aspectos da
prática docente. Isso significa que o planejamento educacional vai além da
organização do currículo; ele engloba a preparação de atividades, a avaliação
do processo de aprendizagem e a capacidade de adaptação às necessidades
emergentes dos alunos.
Nesse contexto, Freire (1996) enfatiza a importância da reflexão crítica
sobre a prática educativa como meio de transformação. Segundo o autor, o
ato de ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para
a sua própria produção ou construção. Portanto, o planejamento educacional
deve ser visto como uma ferramenta que auxilia os professores a estruturar
essa jornada de descoberta, incentivando um ambiente de aprendizado
dinâmico e interativo.
Libâneo (2002), por sua vez, destaca que o planejamento eficaz deve con-
siderar a realidade concreta da escola e da sala de aula. Isso inclui entender
as características socioculturais dos alunos, as condições de trabalho docente
e as diretrizes curriculares. O autor ainda defende um planejamento que seja
flexível e aberto às adaptações, permitindo que os professores respondam
de forma eficaz às variadas situações de ensino-aprendizagem.
A eficácia do planejamento educacional também reside na capacidade de
prever ações de ensino que sejam significativas para os alunos. Perrenoud
(2000) sugere que um planejamento que antecipa cenários possíveis e consi-
8 Planejamento educacional

dera diferentes trajetórias de aprendizagem permite aos professores serem


mais responsivos e engajados com as necessidades de seus alunos. Dessa
forma, a prática docente se torna mais alinhada com os objetivos educacionais,
facilitando õ alcance de resultados de aprendizagem mais efetivos.
Ademais, Perrenoud (2000) também destaca que a prática reflexiva
é essencial para que o planejamento educacional atenda às necessida-
des de todos os alunos. O autor sugere que a reflexão sobre a prática
docente, integrada ao planejamento, permite ao professor adaptar suas
estratégias pedagógicas para promover uma aprendizagem mais inclusiva
e diferenciada.
Mizukami (2002) reforça a ideia de que o planejamento educacional deve
ser entendido como um processo contínuo de reflexão e ação. Isso significa
que o planejamento não termina com a elaboração de um plano de aula; ele
se estende à avaliação e à revisão constante das estratégias pedagógicas
implementadas, garantindo que o ensino seja sempre relevante e eficaz.
A interação entre planejamento e prática docente também é enfati-
zada por Vasconcellos (2000), que considera o planejamento educacional
como um meio de prever e organizar ações pedagógicas que respondam
às demandas específicas dos alunos e do contexto educacional. O autor
argumenta que um bom planejamento deve sempre ser orientado para
a ação, com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e promover o
sucesso de todos os alunos.
Essas reflexões indicam que a integração do planejamento educacional à
práxis docente é essencial para uma pedagogia eficaz, pois, segundo Menegolla
e Sant’Anna (2014, p. 98):

[...] a ideia é de que o mestre passe a ser um criador, um desafiador, um questio-


nador de metodologias. [...] Temos a pretensão de acreditar que o professor não
deseja ser só teórico ou prático, mas acima de tudo um transformador da realidade.

Ao entender o planejamento como um processo dinâmico e interativo, os


professores podem desenvolver práticas de ensino que são ao mesmo tempo
reflexivas, adaptáveis e orientadas para as necessidades de seus alunos. Esse
enfoque no planejamento como um aliado da prática docente não apenas
melhora a qualidade do ensino, mas também enriquece a experiência de
aprendizagem para todos os envolvidos no processo educativo.
Ao integrar a práxis docente ao planejamento educacional, é fundamental
reconhecer o papel do professor como mediador do conhecimento e facilitador
Planejamento educacional 9

da aprendizagem. Isso requer um compromisso com o desenvolvimento de


estratégias pedagógicas que sejam não apenas eficazes, mas também inova-
doras e inspiradoras. O objetivo é criar uma experiência de aprendizagem que
seja engajadora para os alunos, incentivando a curiosidade, o pensamento
crítico e a capacidade de resolver problemas de forma criativa (Menegolla;
Sant’Anna, 2014).
A importância de estabelecer objetivos claros e alcançáveis não pode
ser subestimada no processo de planejamento educacional. Esses objetivos
servem como guia para a ação docente, ajudando a focar as atividades de
ensino e a avaliação no que é essencial para a aprendizagem dos alunos. Além
disso, objetivos bem definidos proporcionam aos alunos uma compreensão
clara das expectativas de aprendizagem, facilitando o seu envolvimento e
motivação. “Os objetivos indicam as linhas, os caminhos e os meios para toda
a ação. Sem direção, o fim será incerto e duvidoso” (Menegolla; Sant’Anna,
2014, p. 75).
O planejamento educacional eficaz também contempla a diversidade de
estilos de aprendizagem e necessidades dos alunos. Ao adaptar métodos de
ensino e materiais didáticos para atender a essa diversidade, os professores
podem promover uma aprendizagem mais inclusiva e acessível. Isso reforça
a ideia de que o planejamento educacional deve ser flexível e adaptável,
capaz de responder às mudanças nas necessidades dos alunos e no contexto
educacional.
A avaliação, componente integrante do planejamento educacional, deve
ser formativa e contínua. Avaliações bem planejadas fornecem feedback
valioso sobre o progresso dos alunos e a eficácia das estratégias de en-
sino, permitindo ajustes no planejamento para atender às necessidades de
aprendizagem identificadas. “Ao planejar a disciplina, deve ser evidenciado
explicitamente o modo como será realizada a avaliação, ou seja, quais as
formas, os métodos, as técnicas e instrumentos que vão ser empregados”
(Menegolla; Sant’Anna, 2014, p. 93).
Levando em consideração essas perspectivas, a prática docente enri-
quecida por um planejamento educacional bem fundamentado permite que
o professor atue não apenas como transmissor de conhecimento, mas como
facilitador da aprendizagem. O planejamento torna-se assim um instrumento
essencial para a realização de uma educação que seja ao mesmo tempo
desafiadora, inclusiva e transformadora.
10 Planejamento educacional

Ao desenvolver um planejamento educacional eficaz, é essencial


considerar certos pilares que garantem sua efetividade. Primeiro,
o conhecimento da realidade dos alunos permite personalizar o ensino para
atender às suas necessidades específicas. A definição de objetivos claros e
alcançáveis orienta o processo educativo. Estabelecer prazos e etapas ajuda na
organização e na execução do plano. A definição de meios e recursos disponíveis
otimiza o processo de ensino-aprendizagem. Estabelecer critérios de avaliação é
fundamental para medir o sucesso e promover melhorias contínuas. Por último,
o replanejamento, quando necessário, assegura a adaptação às mudanças e
aprimoramentos no processo educativo.

Nesta seção, você estudou a integração essencial entre planejamento


educacional e prática docente, aprofundando-se em como um planejamento
intencional e bem estruturado pode ser um aliado estratégico no ensino. Na
próxima seção, vamos tratar sobre o planejamento educacional e o contexto
ideológico, examinando como as crenças e valores subjacentes influenciam
diretamente as estratégias de ensino e aprendizagem, moldando a experiência
educativa de maneira profunda e significativa.

Planejamento educacional e o contexto


ideológico
Tomando como base Santos (2017), o planejamento educacional apresenta
dimensões essenciais: pedagógica, administrativa e estratégica, cada qual
desempenhando um papel vital na consecução de objetivos educacionais
alinhados com valores e missões institucionais.
A dimensão pedagógica foca em desenvolvimento curricular, seleção
de conteúdo, metodologias de ensino e avaliação. Esta dimensão reflete
diretamente a ideologia educacional ao escolher o que é ensinado e como é
ensinado, influenciando significativamente a formação dos alunos. A seleção
de conteúdos que promovem o pensamento crítico e a conscientização social
exemplifica um compromisso ideológico com a educação emancipatória.
A dimensão administrativa abrange a gestão de recursos, infraestrutura
e logística necessária para implementar o planejamento pedagógico. Embora
possa parecer distante das questões ideológicas à primeira vista, as decisões
administrativas refletem prioridades que podem, por exemplo, ampliar ou
limitar o acesso à educação de qualidade, evidenciando uma postura ideo-
lógica quanto a equidade e inclusão.
Planejamento educacional 11

A dimensão estratégica envolve o planejamento a longo prazo, estabele-


cendo visões e objetivos futuros para a instituição educacional. Esta dimensão,
profundamente influenciada por considerações ideológicas, determina a
direção que a educação tomará, buscando não apenas se adaptar às mudanças
sociais e tecnológicas, mas também moldar ativamente a sociedade de acordo
com certos valores e ideais.
Entendendo a complexidade do planejamento educacional, é fundamental
reconhecer como a questão ideológica se entrelaça com essas dimensões. Essa
intersecção revela que a construção e a implementação de qualquer plano
educacional não são atos isolados de decisões técnicas ou administrativas;
eles são profundamente influenciados por valores, crenças e visões de mundo.
De acordo com Luckesi (2011) o planejamento é ideologicamente compro-
metido, ou seja, não é neutro e desprovido de intencionalidade. A ideologia,
portanto, não apenas perpassa essas dimensões, mas as fundamenta, orien-
tando as decisões pedagógicas, a gestão escolar e a definição de estratégias
longo prazo. Reconhecer essa realidade permite uma abordagem mais cons-
ciente e crítica no desenvolvimento de práticas educacionais que visam não
apenas o sucesso acadêmico, mas também a formação cidadã comprometida
com valores de equidade e justiça social.
Para Chauí (2016), a ideologia contemporânea está montada sobre o mito
da racionalidade do real entendida como razão inscrita nas próprias coisas e
expressa através das ideias de organização e de planejamento. A partir dessa
assertiva, podemos entender que a relação entre ideologia e planejamento é
profunda e complexa. A autora sugere que nossa crença na racionalidade e na
lógica como princípios fundamentais do mundo influencia diretamente como
planejamos e organizamos a sociedade, incluindo a educação. Isso significa
que as ideias que temos sobre como as coisas devem ser organizadas não
são neutras, mas carregadas de valores e crenças específicas. Assim, quando
planejamos a educação ou qualquer outro aspecto da sociedade, estamos
também expressando e reforçando certas ideologias.
Nesse sentido, devemos entender que o planejamento educacional não
pode ser considerado uma prática neutra, desprovida de intencionalidade.
Ao contrário, é profundamente influenciado por contextos ideológicos que
moldam diretrizes, conteúdos e métodos pedagógicos. Gadotti (1994) nos
lembra que a educação é um ato político, capaz de promover transformações
sociais. Portanto, ao planejarem, educadores e gestores devem estar cons-
cientes das ideologias que estão promovendo ou contestando.
12 Planejamento educacional

A reflexão sobre a prática educacional diária, conforme apontada por


Freire (1996), é fundamental para garantir que o planejamento educacional
esteja alinhado com o compromisso de formar cidadãos críticos e atuantes
na sociedade. Esse processo reflexivo permite que os professores repensem
suas práticas pedagógicas e também questionem as estruturas ideológicas
subjacentes que influenciam tais práticas.
O planejamento educacional está intrinsecamente ligado ao compro-
metimento ideológico, visto que cada aspecto do planejamento, desde a
definição de currículo até as práticas de ensino e avaliação, reflete e molda
as perspectivas ideológicas dos alunos. Essa relação é fundamental para
entender como a educação pode ser utilizada tanto como ferramenta de
reprodução social quanto de transformação.
Nesse âmbito, Saviani (1987) argumenta que a escola desempenha um papel
significativo na reprodução das condições sociais existentes, mas também
tem o potencial de transformá-las através de práticas educacionais críticas
e reflexivas. Corroborando, Arroyo (2000) afirma que o reconhecimento das
dimensões políticas e ideológicas do planejamento educacional é crucial para
evitar a reprodução acrítica de desigualdades sociais. A escola, nesse sentido,
deve ser um espaço de questionamento e resistência, onde diferentes visões
de mundo são exploradas e discutidas.
Uma abordagem crítica à educação propõe que tanto educadores quanto
alunos questionem e reflitam sobre as perspectivas apresentadas, promo-
vendo um espaço de aprendizado que valoriza a diversidade de pensamentos e
estimula o desenvolvimento do pensamento crítico. Esse processo de reflexão
e questionamento permite que a educação transcenda a mera transmissão
de conhecimento, tornando-se uma ferramenta poderosa para a transfor-
mação social. Libâneo (2001) argumenta que um planejamento educacional
eficaz deve integrar uma compreensão clara dos fins sociais da educação.
Isso implica não apenas na seleção consciente de conteúdos e métodos, mas
também na criação de um ambiente educacional que promova a igualdade
e o respeito às diferenças.
Para tanto, a formação continuada de professores emerge como um
elemento-chave, possibilitando que esses profissionais desenvolvam uma
postura crítica em relação às suas práticas e ao currículo que implementam,
conforme destacado por Tardif (2002). Esse desenvolvimento profissional deve
enfatizar, além das competências técnicas, a capacidade de análise crítica
das realidades educacionais e sociais.
Nesse contexto, a colaboração entre educadores, gestores e a comunidade
escolar torna-se essencial para construir um planejamento educacional que
Planejamento educacional 13

reflita um compromisso coletivo com a justiça social e a transformação social.


Assim concebida, a educação vai além da transmissão de conhecimentos,
configurando-se como um processo emancipatório. “Isso significa que nossa
ação, seja ela no nível macro, seja no micro, é política; ela está comprometida
com uma perspectiva de construção da sociedade” (Luckesi, 2011, p. 117).
Portanto, ao abordarmos o planejamento educacional sob a óptica ide-
ológica, reconhecemos a educação como uma prática social que está in-
trinsecamente ligada ao desenvolvimento humano e à construção de uma
sociedade mais justa e igualitária. Educadores, nesse processo, atuam como
agentes de mudança, cuja prática reflete e afeta as estruturas sociais em
que estão inseridos.
A questão ideológica no sistema educacional é uma camada complexa
que influencia diretamente o planejamento, a execução e a avaliação do
processo de ensino-aprendizagem. No cerne desse sistema, a escola atua
como um espaço onde diversas ideologias se encontram, se confrontam e são
transmitidas, não apenas através do currículo, mas também nas interações
cotidianas e nas práticas institucionais.
“Além de delimitar ações eficientes, o planejamento tem de cuidar das
finalidades político-sociais da ação” (Luckesi, 2011, p. 121). E os professores,
como mediadores principais desse processo, carregam consigo suas próprias
convicções e valores, que inevitavelmente se refletem em suas metodologias
de ensino, na seleção de conteúdos e na forma como se relacionam com os
alunos.
É crucial, portanto, que o sistema de ensino reconheça e aborde cons-
cientemente sua influência ideológica. Uma abordagem crítica à educação
propõe que tanto educadores quanto alunos questionem e reflitam sobre
as perspectivas apresentadas, promovendo um espaço de aprendizado que
valoriza a diversidade de pensamentos e estimula o desenvolvimento do
pensamento crítico. Esse processo de reflexão e questionamento permite que
a educação transcenda a mera transmissão de conhecimento, tornando-se
uma ferramenta poderosa para a transformação social.
A adoção de práticas educativas que priorizam o diálogo, a problematização
e a investigação sobre as condições sociais existentes facilita a desconstrução
de narrativas unilaterais e promove uma compreensão mais ampla e crítica da
realidade. Essa abordagem, fundamentada nas ideias de educadores como Paulo
Freire (1996), destaca a educação como um ato de liberdade, contrapondo-se à
concepção de educação como um ato de deposição de conteúdo.
Além disso, o comprometimento com uma educação que reconhece e
se engaja com questões ideológicas exige dos educadores uma postura de
14 Planejamento educacional

constante autorreflexão sobre suas práticas pedagógicas e as implicações


ideológicas delas. O desenvolvimento profissional contínuo e o engajamento
em comunidades de prática podem oferecer suporte a esse processo reflexivo,
permitindo que os educadores explorem novas perspectivas e estratégias
para um ensino mais crítico e inclusivo (Luckesi, 2011).
O desafio de integrar conscientemente a dimensão ideológica no plane-
jamento educacional não se limita à sala de aula, pois se estende à estrutura
e políticas educacionais mais amplas. Reconhecer que cada decisão, desde a
formulação de políticas até a prática pedagógica, carrega consigo um peso
ideológico é o primeiro passo para promover uma educação que esteja ver-
dadeiramente alinhada com os princípios de justiça social e igualdade.
Por fim, ao considerar a educação dentro de um contexto ideológico, não
se pode ignorar o papel dos alunos como participantes ativos nesse processo.
Incentivar os alunos a serem questionadores e a desenvolverem sua própria
voz crítica não apenas enriquece o processo de aprendizagem, mas também
os prepara para atuarem como cidadãos conscientes e engajados em uma
sociedade democrática.
A incorporação de uma reflexão crítica sobre o papel da ideologia no
planejamento educacional reforça a visão de que a educação é um ato emi-
nentemente político, cujo objetivo último é a formação de indivíduos capazes
de compreender e transformar a realidade em que vivem (Gandin, 2007).
Neste capítulo, abordamos o conceito e a importância do planejamento
educacional, seus diferentes níveis e como esses se integram à prática docente,
destacando a necessidade de um planejamento consciente para o sucesso
didático. Exploramos também a reflexão crítica na prática educativa e como
a ideologia permeia o planejamento, enfatizando a importância de aborda-
gens que considerem os valores subjacentes. Esse panorama nos permite
compreender a complexidade, mas também a necessidade do planejamento
educacional e seu papel fundamental na formação de aprendizagens signifi-
cativas e na promoção de uma educação transformadora.

Referências
ARROYO, M. G. Ofício de mestre: imagens e auto-imagens. Petrópolis: Vozes, 2000.
CASTRO, A. M. D. A. Planejamento educacional. In: OLIVEIRA, D. A.; DUARTE, A. M. C.;
VIEIRA, L. M. F. Dicionário: trabalho, profissão e condição docente. Belo Horizonte: UFMG,
2010. Disponível em: https://gestrado.net.br/verbetes/planejamento-educacional/.
Acesso em: 3 mar. 2024.
CHAUÍ, M. S. Ideologia e educação. Educação e Pesquisa, v. 42, n. 1, p. 245-257, 2016.
Planejamento educacional 15

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São


Paulo: Paz e Terra, 1996.
GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. São Paulo: Cortez, 1994.
GANDIN, D. Planejamento como prática educativa. São Paulo: Loyola, 2007.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2002.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2001.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. ed. São
Paulo: Cortez, 2011.
MENEGOLLA, M.; SANT’ANNA, I. M. Por que planejar? Como planejar? Petrópolis: Vozes,
2014.
MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 2002.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília:
UNESCO, 2001.
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
PIMENTA, S. G. Didática e formação de professores: percursos e perspectivas no Brasil
e em Portugal. São Paulo: Cortez, 2005.
SANTOS, P. S. M. B. As dimensões do planejamento educacional: o que os educadores
precisam saber. São Paulo: Cengage Learning, 2017.
SAVIANI, D. Escola e democracia. Campinas: Autores Associados, 1987.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-
-pedagógico. São Paulo: Libertad, 2000.

Leituras recomendadas
CASTRO, P. A. P. P.; TUCUNDUVA, C. C.; ARNS, E. M. A importância do planejamento das
aulas para organização do trabalho do professor em sua prática docente. Athena
Revista Científica de Educação, v. 10, n. 10, 2008.
DALMÁS, A. Planejamento participativo na escola. Petrópolis: Vozes, 1997.
GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artmed, 2000.
MEDEIROS, R. M. Planejamento e avaliação educação. Curitiba: Ibpex, 2008.
ORDONEZ, A. M; CARMARGO, F.; HIGASHI, P. Planejamento e gestão da aprendizagem
por competências: além do conteúdo na educação superior. Porto Alegre: Penso, 2023.
VEIGA, I. P. A. O projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 24.
ed. Campinas: Papirus, 1995.
VEIGA, I. P. A. A escola em debate: gestão, projeto político-pedagógico e avaliação.
Revista Retratos da Escola, v. 7, n. 12, p. 159-166, 2013.
Dica do professor
O planejamento educacional participativo oportuniza uma educação de qualidade pensada a partir
das necessidades reais da comunidade escolar, com foco no desenvolvimento integral do aluno e
que seja construído por meio de uma ação em conjunto com todos os atores envolvidos no
processo.

Acompanhe o vídeo da Dica do Professor e entenda os meios de construção desse planejamento,


parte de um processo contínuo, sistematizado e global.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

O planejamento faz parte do nosso cotidiano, mas, nesse caso, muitas vezes o planejamento é
intuitivo e não intencional. E na educação? Por que e como planejar?

No vídeo interativo a seguir, você verá mais sobre os tipos e níveis de planejamento no âmbito da
educação.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Exercícios

1) A prática docente é repleta de ações que buscam relacionar sua práxis aos elementos que
envolvem o processo de ensino-aprendizagem.

Qual das seguintes ações pode ser entendida como um processo de racionalização,
organização e coordenação das atividades pedagógicas na medida que articula a atividade
escolar com os problemas refletidos no contexto social no qual a comunidade escolar está
inserida?

A) Projeto político-pedagógico.

B) Plano de aula.

C) Planejamento curricular.

D) Planejamento educacional.

E) Plano de curso.

2) O planejamento educacional passou por diferentes fases que privilegiaram determinadas


ações e práticas, tais como as observadas no planejamento instrumental, que teve como
característica:

A) os planos serem construídos sem critérios, deixando, assim, algumas falhas nos momentos de
implementação.

B) ser registrado em rascunhos, funcionando basicamente como um roteiro para que o professor
fizesse com que os alunos cumprissem com as tarefas de sala de aula.

C) estar vinculado à uma tendência tecnicista de educação, visando à solução de problemas.

D) ter se originado com objetivo de superar o modelo de planejamento tecnicista.

E) romper com a prática de planejamentos funcionais e normativos, privilegiando a consciência


crítica e reflexiva da práxis docente.

3) Existem diferentes dimensões que norteiam os princípios pautados em um planejamento


educacional.
Qual das opções abaixo apresenta as características da dimensão que se constrói e
desenvolve por meio de um número de pequenos atos no dia a dia educacional?

A) Meio.

B) Processo.

C) Plano.

D) Práxis.

E) Objetivo.

4) Existem, na História Educacional do Brasil, diferentes tendências de planejamento


educacional.

Marque a opção que se caracteriza como uma busca pelo diálogo, pela consciência crítica e
ótica no contexto social da comunidade escolar.

A) Tecnicista.

B) Participativa.

C) Tradicional.

D) Instrumental.

E) Cientificista.

5) Em relação ao planejamento e ao comprometimento ideológico, é correto afirmar que:

A) devem privilegiar a perfeição de técnicas e métodos.

B) para a obtenção de êxito, recomenda-se que sejam construídos por decisões individuais.

C) o planejamento deve ser realizado apenas para funcionar como um suporte, visto que o
principal é a criatividade e o improviso do docente no momento de sua atuação.

D) o planejamento deve ser flexível, pois, nele, tem-se uma ideia prévia do que acontecerá,
porém, ela nem sempre se confirma.

E) devem estar em consonância com tendências presentes em novos aportes teóricos que
ofertam técnicas mais eficazes para lidar com questões da contemporaneidade.
Na prática
O cenário educacional brasileiro é repleto de diferentes modelos educacionais que refletem os
princípios de cada visão educacional de regiões e comunidades escolares.

Veja, no Na Prática, como uma simples troca da equipe diretiva de uma escola pode mudar a prática
docente.
Aponte a câmera para o
código e acesse o link do
conteúdo ou clique no
código para acessar.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Planejamento escolar na perspectiva democrática


Por meio da leitura deste artigo, veja um panorama histórico e diferentes concepções a respeito de
princípios e tendências no campo do planejamento educacional.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NO CONTEXTO


ESCOLAR
Leia aqui mais sobre o planejamento escolar

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

Planejamento escolar e PPP


Veja este vídeo e compreenda qual o papel pedagógico e político do planejamento escolar e do PPP
em uma instituição de ensino.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

Você também pode gostar