FACULDADE UNINASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO E DIREITOS
HUMANOS
ROTEIRO DE ESTUDOS II AVALIAÇÃO
Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso
aprendemos sempre. Paulo Freire
1. Qual a relevância social da Educação e Direitos Humanos?
Os direitos humanos compreendem os direitos fundamentais reconhecidos pelos diferentes ordenamentos
jurídicos, a sociedade tem o dever de proteger e atuar na garantia de tais direitos que são próprios da
natureza humana. No entanto, diante das constantes violações, apresenta-se o papel imprescindível dos mais
diversos instrumentos políticos, jurídicos e sociais a fim de garantir o respeito aos direitos humanos. Dentre
estes instrumentos, destaca-se a educação, que, ao assumir a função reflexiva e questionadora, proporciona a
conscientização humana acerca dos direitos que lhes são inerentes.
1.1 Qual a importância da educação como direito fundamental da pessoa humana?
O papel da educação em direitos humanos é capacitar o homem a desenvolver suas habilidades,
potencialidades e sua consciência crítica. Em decorrência disto, torna-se consciente de seus direitos
e de sua atuação social superando o caráter de reprodução predominante nos sistemas educativos
postos.
Para que os Direitos Humanos se materializem na democracia, é necessário que os sujeitos de
direitos se vejam como tal e que se sintam responsáveis pelo projeto de sociedade do qual fazem
parte, o que requer e justifica uma formação para o desenvolvimento da responsabilidade social,
da autonomia política e da participação cidadã.
Vale diferenciar que os Direitos Humanos são aqueles ligados a liberdade e a igualdade, estão positivados no
plano internacional. Já os Direitos Fundamentais são os direitos humanos positivados na Constituição Federal.
Todavia, como o conteúdo de ambos é essencialmente o mesmo, o que difere é o plano em que estão
consagrados, neste artigo científico serão tratados como se iguais fossem, já que correspondem aos direitos
inerentes ao homem e sua proteção.
2. Quanto ao debate sobre os avanços científicos e tecnológicos, como construir bases científicas e éticas para
projetar uma sociedade mais justa e equitativa? No universo da educação e da cultura, de modo especial, a
reação se faz contundente. Conscientizar-se e conscientizar o povo a respeito de tudo o que se passava e
da necessidade de se romper com a situação de imobilização em que se vivia, era tarefa em que os
educadores se envolviam corajosamente. Fala-se e escreve-se tanto de liberdade e de esperança que o
nosso tempo e o nosso mundo se constituíram em um período de luta por espaços, de pequenos e vigiados,
em nichos de abertura e de participação. Tornou-se lugar comum a afirmação de que nós somos filhos da
ditadura. Sobrevivemos a ela a não sem as marcas do medo e da insegurança. A tão esperada abertura se
concretizou e a possibilidade de se viver de forma mais livre e esperançosa se transformou em realidade.
3. Considerando a pluralidade de saberes, como um/uma educadora em sua prática pedagógica pode utilizar a
transversalidade como metodologia que reflete sobre a intervenção crítica dos educandos/as em sua vida
cotidiana? Obviamente que não falando de um espaço físico, mas um lugar simbólico no qual os indivíduos
se sintam verdadeiramente acolhidos e respeitados. Diante dessa realidade, ensinar e vivenciar os direitos
humanos é um imperativo, que não pode mais ser adiado. Os temas transversais não podem mais ficar
relegados a um segundo plano, como se fossem menos importante que ensino de língua portuguesa ou da
matemática. Se quisermos uma escola realmente democrática e que produz democracia social, precisamos
urgentemente nos perceber como agentes dorsais desse processo.
Porém, algo precisa ser frisado: o ensino dos direitos humanos não passa somente pela transmissão oral
do que se deve ou não ser feito. Passa, principalmente, pelo exemplo cotidiano daqueles que se propõem a
serem os modelos que crianças e jovens devem seguir. Obviamente é o papel da escola é problematizar
temas históricos, sociais e culturais que levem os alunos a construir uma visão crítica do mundo.
4. De que maneira a Educação e Direitos Humanos pode contribuir para combater violências, opressões,
preconceitos e intolerâncias? Os dados desta pesquisa nos mostram que, não só temos no meio escolar um
índice muito grave de preconceito e atitudes de discriminação, como isto também resulta em
consequências diretas tanto para a qualidade do ensino quanto para a eclosão de casos de violência,
dentro e fora do ambiente educacional, decorrentes da intolerância ao diferente. E uma cultura em
direitos humanos, por sua vez, é um dos passos essenciais para que os direitos fundamentais consigam
ultrapassar as barreiras do formalismo e da mera legalidade, e alcancem a vivência cotidiana de todos os
indivíduos, marginalizados ou não.
5. Como futura pedagoga, comente a seguinte afirmativa: " Podemos afirmar que a Educação e Direitos Humanos
representa uma ação que se compromete com a democracia e a justiça social". Para que os Direitos Humanos
se materializem na democracia, é necessário que os sujeitos de direitos se vejam como tal e que se sintam
responsáveis pelo projeto de sociedade do qual fazem parte, o que requer e justifica uma formação para o
desenvolvimento da responsabilidade social, da autonomia política e da participação cidadã. Todos são
iguais perante a lei, mas são direntes nas suas particularidades. Fazendo “jus a justiça social”, preciso
tratar de forma diferente os diferentes.
6. Enquanto cidadã e profissional da educação posso ignorar e violar os direitos universais? Os direitos humanos
consistem em direitos naturais garantidos a todo e qualquer indivíduo, e que devem ser universais, isto é, se
estender a pessoas de todos os povos e nações, independentemente de sua classe social, etnia, gênero,
nacionalidade ou posicionamento político. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os direitos
humanos são “garantias jurídicas universais que protegem indivíduos e grupos contra ações ou omissões dos
governos que atentem contra a dignidade humana”. São exemplos de direitos humanos o direito à vida,
direito à integridade física, direito à dignidade, entre outros. “Direitos universais é inviolavel”
Quando os direitos humanos são firmados em determinado ordenamento jurídico, como nas Constituições,
eles passam a ser chamados de direitos fundamentais.
7. Explique: quando e porque a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi aprovada pelos países membros das
Organizações das Nações Unidas (ONU)? A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), que
delineia os direitos humanos básicos, foi adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de
1948. Foi esboçada principalmente pelo canadense John Peters Humphrey, contando, também, com a ajuda
de várias pessoas de todo o mundo.
Abalados pela recente barbárie da Segunda Guerra Mundial, e com o intuito de construir um mundo sob
novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram como potências no período pós-guerra,
liderados por Estados Unidos e União Soviética, estabeleceram, na Conferência de Yalta, na Rússia, em 1945,
as bases de uma futura paz mundial, definindo áreas de influência das potências e acertando a criação de
uma organização multilateral que promovesse negociações sobre conflitos internacionais, para evitar guerras
e promover a paz e a democracia, e fortalecer os Direitos Humanos.
A concepção atual de Direitos Humanos adveio da Declaração Universal de Direitos Humanos (1948) e
decorreu do fim da Segunda Guerra Mundial, momento muito difícil para a civilização, haja vista que nesta
guerra foram vistas atrocidades inimagináveis. O Nazismo dizimou judeus e demais pessoas consideradas
destoantes dos padrões da Alemanha.
De 1939 a 1945, a segunda grande guerra mostrou o pior lado do homem, as discriminações eram
constantes e no campo de concentração a dor humana foi percebida em sua maior amplitude.
Claro que não só no período nazista que o homem revelou a necessidade de imposição de direcionamentos
de condutas para viver e conviver em sociedade. Momentos atuais como a guerra no oriente médio,
mostram que o ordenamento jurídico é fundamental para restringir o poder de causar mal à
humanidade.
7.1 Quais os direitos previstos na Declaração Universal dos Direitos Humanos? Direitos humanos são os direitos
básicos de todos os seres humanos. São direitos civis e políticos (exemplos: direitos à vida, à propriedade
privada, liberdade de pensamento, de expressão, de crença, igualdade formal, ou seja, de todos perante a lei,
direitos à nacionalidade, de participar do governo do seu Estado, podendo votar e ser votado, entre outros,
fundamentados no valor liberdade); direitos econômicos, sociais e culturais (exemplos: direitos ao trabalho,
à educação, à saúde, à previdência social, à moradia, à distribuição de renda, entre outros, fundamentados
no valor igualdade de oportunidades); direitos difusos e coletivos (exemplos: direito à paz, direito ao
progresso, autodeterminação dos povos, direito ambiental, direitos do consumidor, inclusão digital, entre
outros, fundamentados no valor fraternidade). A Declaração Universal dos Direitos Humanos da
Organização das Nações Unidas afirma que "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e
em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de
fraternidade."
8. Baseado na diversidade cultural e na legislação educativa vigente como podemos explicar a relação entre a
"defesa da igualdade" e "respeito às diferenças"? A questão delineadora do debate centra-se nas políticas de
ação afirmativa no contexto da política educacional e da política curricular na esfera das políticas sociais.
A educação das relações étnico-raciais tem por alvo a formação de cidadãos, mulheres e homens
empenhados em promover condições de igualdade no exercício de direitos sociais, políticos, econômicos,
dos direitos de ser, viver, pensar, próprios aos diferentes pertencimentos étnicoraciais (sic) e sociais.
9. Considerando a reflexão da pesquisadora Celma Tavares sobre "Educar em direitos humanos, o desafio da
formação dos educadores numa perspectiva interdisciplinar". Indique quais são os desafios apontados para
formação dos/as educadores/as atuando numa perspectiva de direitos humanos?
10. Segundo José Sérgio Fonseca de Carvalho "Uma idéia de formação continuada em educação e direitos
humanos", no que se refere a questão da igualdade étnico racial e combate aos preconceitos, é compromisso ético
político do educador/a e da comunidade escolar como temática a ser trabalhada isoladamente e pontual de cada
professor/a, sobretudo em datas comemorativas ou deve ser trabalhada de maneira recorrente, planejada,
interdisciplinar, sistematizada e comprometida com a igualdade/equidade social?
Referências e fontes:
TAVARES, Celma. Educar em direitos humanos, o desafio da formação dos educadores numa perspectiva
interdisciplinar: Disponível em: http://www.dhnet.org.br/dados/livros/edh/br/fundamentos/29_cap_3_artigo_07.pdf. Acesso
em 23 de maio de 2018.
CARVALHO, José Sérgio Fonseca de. Uma idéia de formação continuada em educação e direitos humanos. Disponível em:
http://www.dhnet.org.br/dados/livros/edh/br/fundamentos/28_cap_3_artigo_06.pdf. Acesso em 23 de maio de 2018.
Estatuto da Igualdade Racial 2010, Lei 10639/2003 e 11645/2008 Obrigada o Ensino da História da África, Afro brasileira e
Indígena.
Programa Nacional de Direitos Humanos. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/assuntos/direito-
para- todos/programas/pdfs/programa-nacional-de-direitos-humanos-pndh-3
Plano Nacional de Educação em Direitos
Humanos http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=2191-plano-
nacional- pdf&category_slug=dezembro-2009-pdf&Itemid=30192.