Terapia Fonoaudiológica: Estimulação dos fonemas com encontro consonantal /r/
Dicas para a terapia dos fonemas com encontro consonantal /r/:
1. Bombardeamento auditivo: Use o fonemas com encontro consonantal /r/ no
início e meio das palavras, bem como em frases. Utilize instrumentos para
amplificar o som que chegará no ouvido do paciente;
2. Use espelho para o paciente imitar o modelo do terapeuta; 3. Inicie com o treino
do tepe alveolar /r/;
3. Inspire e solte o ar vibrando os lábios :”brrrrrr...” (como o som do carro);
4. Inspire e solte o ar vibrando a língua :”trrrrrr...” (como o som da metralhadora);
5. Para produzir /pr/ treine a produção /pa/ /ta/ rapidamente e repetidamente,e
assim sucessivamente com todas as vogais. Separe as sílabas pa –ra e fale
repetidamente e rapidamente e continue assim sucessivamente com todas as
vogais;
6. Para produzir /tr/ treine a produção /te/ /de/ rapidamente e repetidamente e
assim sucessivamente com todas as vogais. Separe as sílabas te –re e fale
repetidamente e rapidamente e continue assim sucessivamente com todas as
vogais;
7. Use o mesmo raciocínio apresentado no 4 e no 5 para trabalhar outros fonemas
com encontro consonantal /r/; 9. Use atividades lúdicas que contenham
palavras, frases ou expressões que trabalham os fonemas com encontro
consonantal /r/ para automatização, como cruzadinha, jogo da memória, caça
palavras etc;
8. Faça atividades que trabalhem a consciência fonológica e a consciência
sintática com os fonemas com encontro consonantal /r/;
9. Treine a leitura e a compreensão de textos que utilizam os fonemas com
encontro consonantal /r/.
10. Use trava língua: “Um prato de trigo para um tigre Dois pratos de trigo para
dois tigres Três pratos de trigo para três tigres” “Luiza lustrava o lustre
listrado; o lustre lustrado Luzia.” “É preto o prato do pato preto.”
Referências: Mota HL. Terapia fonoaudiológica para os desvios
fonológicos, 2001. Revinter Nascimento, L.C.R, 2009. Brincando
com os sons: jogos para a terapia dos distúrbios articulatórios.
Pró-Fono.
– Quando uma criança não possui o /r/, iniciar por seu treinamento.
Embora não seja o mais frequente, também podem ocorrer casos
em que a criança encontra maior facilidade para utilização do /r/ no
grupo, do que na sílaba simples, de forma que é sempre
conveniente testar sua performance também nesse tipo de
realização.
– Desenvolver a habilidade para efetuar articulações com espaço
de tempo reduzido entre ambos. Pois o trabalho
com diadococinesia (DDC), a habilidade para realizar repetições
rápidas de contrações musculares opostas, permite trabalhar a
maturação e a integração neuromotora. Ex.:
Produzir “te” “de” rápida e repetidamente;
Produzir “pe” “te” rápida e repetidamente;
Produzir “pe” “ke” ” te” rápida e repetidamente.
– Quando a criança possui o /r/, efetuar produções sucessivas do
primeiro e segundo elementos do grupo. Iniciar a produção por
fonemas de área articulatória opostas, pode facilitar essa
produção. Ex.: CRA.
– Desenvolver a produção descrita acima de forma a reduzir o
tempo entre elas.
– Produzindo o /k/ sem vocalizar, elevar a ponta da língua
rapidamente, interrompendo a passagem do ar.
Spinelli VP, Massari IC, Trenche MCB. Temas em Fonoaudiologia.
9ª ed.
São Paulo: Loyola; 1989. Cap. Distúrbios Articulatórios.