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3-Vida e Obra de Fernando Pessoa

Enviado por

Rita Faianco
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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FERNANDO

PESSOA
VIDA E OBRA
É considerado tendo o seu valor
comparado ao de Camões.
Por ter vivido a maior parte da sua juventude na África do Sul,
, com Pessoa a traduzir, a escrever, a
trabalhar e a estudar no idioma.
Teve uma , em que atuou no jornalismo, na publicidade, no
comércio e, principalmente, na literatura, onde se desdobrou em várias outras
personalidades conhecidas como heterónimos.
na mesma cidade onde nascera,
tendo sua última frase sido escrita na língua inglesa:
(Não sei o que o amanhã trará).
Da sua , na
, na
Rua Luz Soriano, resta a memória do seu
derradeiro escrito, em língua inglesa, na
véspera da morte do poeta:
.
Segundo o poeta, entre o seu
nascimento e a sua morte, todos os dias
são seus.
BILHETE DE IDENTIDADE
Nome completo: Fernando António Nogueira Pessoa.
Idade e naturalidade: Nasceu em Lisboa, freguesia dos Mártires, no prédio n.º 4 do Largo
de S. Carlos em 13 de Junho de 1888.
Filiação: Filho legítimo de Joaquim de Seabra Pessoa e de D. Maria Madalena Pinheiro
Nogueira.
Estado: Solteiro.
Profissão: A designação mais própria será «tradutor», a mais exacta é a de
«correspondente estrangeiro em casas comerciais». O ser poeta e escritor não
constitui profissão, mas vocação.
Morada: Rua Coelho da Rocha, 16, 1º. Dto. Lisboa. (Endereço postal - Caixa Postal 147,
Lisboa).
A obra está essencialmente dispersa, por
enquanto, por várias revistas e publicações
ocasionais.
O que, de livros ou folhetos, considera como
válido, são os seguinte:
1918 – 35 sonets (em inglês);
1922 – English Poems I – II e English Poems III;
1934 – Livro .
: Ganhou o prémio “Rainha Vitória”
de estilo inglês na Universidade do Cabo
da Boa Esperança em 1903, no exame de
admissão, aos 15 anos.
: Cristão gnóstico e portanto
inteiramente oposto a todas as Igrejas
organizadas, e sobretudo à Igreja de Roma.
Fiel à Tradição Secreta do Cristianismo,
que tem íntimas relações com a Tradição
Secreta em Israel (a Santa Kabbalah) e com
a essência oculta da Maçonaria.
A INFÂNCIA
1888
13 de Junho – nasce em Lisboa.
Vivia com o pai, a mãe, a avó (doente mental) e duas criadas.
21 de Julho – foi batizado.

1893
24 de Julho – o seu pai morre com 43 anos vítima de tuberculose,
deixando Pessoa órfão de pai aos 5 anos de idade.
1895
- A sua mãe casa-se pela segunda vez, com o comandante João Miguel Rosa.
- Após o casamento, Pessoa e a sua família foram viver na África do Sul (Durban),
onde Pessoa viria a demonstrar suas habilidades para a literatura.
- A mãe tinha de dividir a sua atenção com os filhos e o padrasto. Pessoa isola-se,
o que lhe propiciava momentos de reflexão.
Em Durban, recebe uma educação britânica.

.
Fez o curso primário na escola de freiras irlandesas da West Street.
Após o falecimento da irmã, Pessoa e a sua família voltam a Portugal,
onde escreve a poesia “Quando ela passa”.
Fernando Pessoa permanece em Lisboa enquanto todos regressam
para a África e volta a juntar-se à família em 1903.
Escreve poesia e prosa em inglês.
Encerra os seus bem sucedidos estudos na África do Sul, após realizar
na Universidade o «Intermediate Examination in Arts», adquirindo bons
resultados.
REGRESSO
ÀS ORIGENS
1905
Deixando a família em África, regressa definitivamente à capital portuguesa. Continua a
produção de poemas em inglês.

1906
Matricula-se no Curso Superior de Letras.

1907
Em Agosto, morre a sua avó Dionísia, deixando-lhe uma pequena herança.

1908
Dedica-se à tradução de correspondência comercial.
1912
Inicia a sua atividade de crítico literário com a publicação, na revista «Águia»,
com o artigo «A nova poesia portuguesa sociologicamente considerada».

1935
Pessoa é internado no dia 29 de Novembro, no Hospital de São Luís dos
Franceses, com diagnóstico de "cólica hepática“.

No dia (associada a uma


provocada pelo óbvio excesso de álcool ao longo da sua vida).

Nos últimos momentos da sua vida pede os óculos e clama pelos seus
heterónimos.
O LEGADO
Podemos dizer que a do poeta foi e que, de tanto criar,

criou outras vidas através dos seus heterónimos.

Alguns críticos questionam se Pessoa realmente teria transparecido o seu

verdadeiro eu, ou se tudo não tivesse passado de mais um produto da sua vasta

criação.

Nas próprias palavras do poeta, ditas pelo heterónimo Bernardo Soares,

.
“Tenho o dever de me fechar em casa no meu espírito e trabalhar
Quanto possa e em tudo quanto possa, para o progresso da
Civilização e o alargamento da consciência da humanidade.”

Sobre Fernando Pessoa, o poeta mexicano premiado com o Nobel da


Literatura, Octavio Paz, diz que "os poetas não têm biografia, a sua obra é a sua
biografia“.

.
A MÍSTICA
PESSOANA
Possuía ligações com o ocultismo e o misticismo, salientando-se a
ea .
O seu poema hermético mais conhecido e apreciado entre os
estudantes de esoterismo intitula-se "No Túmulo de Christian
Rosenkreutz“.
Tinha o hábito de fazer para si mesmo.
Carta astrológica de Fernando Pessoa
PESSOA
ORTÓNIMO
Os têm facetas distintas
entre si, mas que no entanto se completam: captou o lirismo do passado
português e evoluiu deste para o e, depois para o
eo .
A obra ortónima de Pessoa passou por diferentes fases, mas envolve
basicamente a procura de um certo perdido.
O ortónimo foi profundamente influenciado, em vários momentos, por
doutrinas religiosas.
, uma coletânea de
poemas sobre as grandes personagens históricas portuguesas.
Características

Poemas lúcidos: emoções filtradas pela razão;

Meditação introvertida = intimista: interroga o sentido da


existência;

Metalinguagem, versos curtos e rimados.


PESSOA
HETERÓNIMO
Álvaro de Campos

Entre todos os heterónimos, Campos foi

o único a manifestar fases poéticas

diferentes ao longo da sua obra. Era um

e origem

portuguesa, mas sempre com a sensação de

ser um estrangeiro em qualquer parte do

mundo.
Ricardo Reis

Ricardo Reis é descrito como sendo um


médico que se definia como e
monárquico. De certa maneira, simboliza a
,
expressa na simetria, , um certo
, com elementos e
. O fim inexorável de todos os seres
vivos é uma constante na sua obra, clássica,
depurada e disciplinada.
Alberto Caeiro

Caeiro foi o único a não


escrever em poesia. Alegava que
somente a prosa seria capaz de dar
conta da realidade.
CURIOSIDADES
- Numa tarde em que tinha combinado encontrar-se com um
amigo, Pessoa apareceu como de costume, com algumas horas
de atraso, declarando ser Álvaro de Campos, pedindo perdão por
Pessoa não ter podido aparecer ao encontro.

- O assento de óbito de Pessoa indica como causa da morte


"bloqueio intestinal“.
- Existe a Universidade Fernando Pessoa (UFP), com sede no Porto, criada em
homenagem ao poeta.

- Pessoa media 1,73 m de altura, de acordo com o seu Bilhete de Identidade.

- Ophélia Queiroz, a sua namorada, criou um heterónimo para Fernando


Pessoa: Ferdinand Personne. "Ferdinand" é o equivalente a "Fernando" em
alguns idiomas e "Personne" significa "ninguém", sendo um trocadilho pelo
facto de Fernando, criar outras personalidades, não ter um eu definido.

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