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Monografia Sconny

Este documento analisa a planificação e execução orçamental na Academia Militar do Exército de Angola. Apresenta conceitos sobre orçamento público e as regras de execução e controle do orçamento em Angola, com base na lei do orçamento geral do estado. Através de uma entrevista com o chefe da repartição de finanças da academia, o documento descreve como a instituição prepara, elabora, executa e controla o seu orçamento anual, destacando os desafios em atender às necessidades com os recursos disponíveis.

Enviado por

Serafim Cabita
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Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Monografia Sconny

Este documento analisa a planificação e execução orçamental na Academia Militar do Exército de Angola. Apresenta conceitos sobre orçamento público e as regras de execução e controle do orçamento em Angola, com base na lei do orçamento geral do estado. Através de uma entrevista com o chefe da repartição de finanças da academia, o documento descreve como a instituição prepara, elabora, executa e controla o seu orçamento anual, destacando os desafios em atender às necessidades com os recursos disponíveis.

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ACADEMIA MILITAR DO EXÉRCITO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS


MILITARES
CÁTEDRA DE ADMINISTRAÇÃO MILITAR

PLANIFICAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTAL NA


ACADEMIA MILITAR DO EXÉRCITO

POR: 101036760 HILDO QUEIROZ MARIA GULO JUNÇA

LOBITO / 2021
POR: 101036760 HILDO QUEIROZ MARIA GULO
JUNÇA

PLANIFICAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTAL NA


ACADEMIA MILITAR DO EXÉRCITO

Trabalho orientado para a obtenção do grau de


licenciado em ciências militares na especialidade de
administração militar

Orientado por : Tte Elizeth Dalla

LOBITO/2021
I

FOLHA DE APROVAÇÃO

Projecto de pesquisa apresentado ao curso de licenciatura em ciências militares na academia


militar do exército como requisito parcial para a conclusão do curso na especialidade de
administração militar sob orientação da Tenente Elizeth Dalla

Aprovado em : ___/___/___

Cátedra de Administração Militar

Observação

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II

Dedicatória

Dedico este trabalho a mimha falecida mãe aos meus caros coros irmãos. Aos caríssimos
professores que directa ou indirectamente contribuiram e ajudaram-me nesta caminhada e
sobretudo para a realização deste trabalho.
III

Agradecimento

Agradeço ao CRIADOR todo-poderoso pela vida que me concedeu, pela protecção e união dia
após dia, à minha família e todos aqueles que contribuíram para que me engajasse com afinco e
determinação na elaboração do presente trabalho.
IV

Siglas e Abreviações

AMEX: Academia Militar do Exército

FAA: Forças Armadas Angolanas

CIA: Companhia

PTÃO: Pelotão

CMDT: comandante

QP: Quadro Permanente

Nip: número de Identificação pessoal

Sigfe : Sistema Integrado de Gestão do Estado

Ctu : Conta Unica do Tesouro

Minfin : Ministerio das Finanças


Índice
RESUMO:

Este trabalho analisa a planifição e execução orçamental na Academia Militar do Exercito.


Apresenta conceitos variados sobre orçamento estatal ou público, as regras de execução e
controlo do mesmo em Angola, com base naquilo que consta da lei 15/10 de 14 de Julho, a Lei
Quadro do Orçamento Geral do Estado – LQOGE; através da entrevista realizada
particularmente com o Sr coronel chefe da repartição de Finanças, apercebe-se e espelha-se a
maneira como a academia militar do exercito , prepara, elabora, executa avalia e controla o
orçamento à si atribuído. Destacar como principalmente, a atitude que toma e que possibilita ir
resolvendo as necessidades que vivência, mesmo assim, atendendo a especificidade da actividade
que desenvolve, muito fica por se resolver, havendo a necessidade de repensar-se sobre os
valores orçamentais a atribuir.

Palavras-chave: Orçamento estatal. Resoluções Necessidades públicas


Introdução

A academia militar do exercito, instituição dirigida para de entre outros aspectos à formação de
oficias do quadro permanente, orienta como fase final do curso de licenciatura em ciencias
militares, a realização de monográfias, actividade de ingente importância tendo como objectivo
dotar os estudantes finalistas de conhecimentos e habilidades técnico-profissionais para o
exercício cabal das suas missões e actividades.

A presente monografia ilustra as fases de elaboração, execução e controlo de um plano


orçamental afecto à Academia Militar do Exercito (AMEx).

Atendendo a conjuntura política-económica que o País vive em particular e o mundo no geral,


resultante da crise financeira global, este órgão enfrenta dificuldades várias pelo facto de os
valores orçamentais a si atribuídos não corresponderem até a satisfação das despesas mínimas de
funcionamento dos órgãos que o comportam e em certa medida, influem negativamente no
cumprimento de algumas missões operativas.

Para isso, afim de manter funcional de modo eficaz os seus órgãos, a academia tem adoptado
prioridades eficazes no atendimento às preocupações quotidianas de seus efectivos.

Este trabalho aborda portanto, o modo como se elabora, executa e controla um plano orçamental
a nível da Academia Militar do Exercito, a necessidade e importância de atribuição de recursos
que correspondam aos objectivos a que se propõe esta instituição com ingente missão de formar
quadros de nível superior para o Exército.
JUSTIFICATIVA

O tema em questão foi escolhido pôs elucidara A forma de como é feita a planificação e
execução orçamental na (Amex), sendo a mesma crucial para o sucesso ou o fracasso da
instituição, para alcançar os objectivos. Sendo o orçamento um documento de previsão, logo a
sua elaboração deve ser feita com máximo controlo e rigor, nesta esteira de pensamentos o
presente tema vem contribuir para melhor, naquilo que são os métodos usados no processo desde
a planificação até a sua execução do orçamento na Amex.

Tema e Problema
Na administração pública as finanças está condicionada as obrigações legais/normas que
condicionam os procedimentos administrativos no planeamento orçamental. Ao tratar sobre
orçamento público Giacomoni (2005,P.261) destaca que: “ Nas finanças governamentais, não há
semelhante flexibilidade, pelo menos no que diz respeito aos gastos” a execução financeira das
despesas, além de se orientar por meio do orçamento, deve seguir as autorizações constantes do
orçamento.

Relacionados ao tema foram encontrados trabalhos (Monografia e dissertações), dentre os quais


foram seleccionados os que mais se adequaram ao tema, são eles:

Monografia, titulo: “ Relação entre o planeamento e o empenho na execução orçamental do


Ministerio Público de “SC” de Barbara Livramento UFSC (2005-2)

O trabalho procurou demonstrar o planeamento na fase da elaboração do orçamento, da despesa


em relação á execução. Apresentou o planeamento como um processo de elaboração dos
objectivos a serem alcançados durante um determinado período. A autora destacou que poderia
haver melhor alocação dos recursos orçamentais no momento da elaboração do orçamento.com
isto, reduzir as alterações orçamentais.

Monografia, titulo: “ Orçamento público: um instrumento de planeamento” de Daniel de Sousa


Valverde. UFSC (2005-2).
O trabalho abordou os instrumentos de planeamento utilizados no governo público, procurando
evidenciar a necessidade de um planeamento efectivo por parte das organizações
governamentais, com o objectivo de maximizar a alocação dos recursos públicos.

Complementa que, um orçamento bem elaborado, é fundamental para a transparência das contas
públicas, “tanto no que diz respeito á evidenciação aos seus usuários, como no tocante aos
controlos" internos e externos.

a) Dissertação, titulo “ O escritório de gerenciamento de projecto no planeamento estratégico e


orçamentário: Um estudo de caso na indústria de midea sob o enfoque da cibernética”
Mauricio Collecto dos Santos. USP (2007) o seu estudo ressalta que o orçamento público
como instrumento de administração e gestão pública envolve todo um processo interligado:
Planeamento, programação, orçamentação, execução, monitoramento e avaliação para que se
revista da forma orçamentaria, onde o comportamento da instituição financeira pública irá
reflectir os instrumentos de planeamento utilizados.

Neste sentido, percebe-se a importância da compreensão para que haja uma estrutura
administrativa capaz de assegurar a actualização e sistematização na aplicação das técnicas
orçamentais. Isto é, uma estrutura comprometida incondicionalmente com a qualidade no
processo de orçamento.

Portanto, a fim de ampliar as informações prestadas por meio de trabalhos académicos que
divulgam as leis/normas e procedimentos orçamentais, de forma a contribuir no aprimoramento
da utilização dos instrumentos de orçamento dos órgãos públicos, levanta-se a seguinte pergunta
para a pesquisa:
Problema científico

De acordo com o tema formulado, o problema deste trabalho pode ser definido pela seguinte
questão: Como a academia militar do exército desempenha as suas tarefas quanto ao
cumprimento legal para a planificação execução orçamental?

A seguir são apresentados o objectivo geral do trabalho e os objectivos específicos necessários a


sua execução.

Objectivo Geral: Compreender a planificação e execução orçamental na (AMEx) e buscar


mecanismos que permitam executar com maior eficiência e eficácia o orçamento.

Objecto de estudo: Orçamento da (Amex)

Objectivos específicos:

 Identificar e descrever os instrumentos utilizados pela Amex na elaboração do orçamento.

 Explicar os procedimentos adoptados na elaboração do orçamento para os projectos e


actividades da Amex

 Verificar as alterações realizadas na execução orçamental das actividades da Amex

 Identificar conformidades e inconformidades nos procedimentos de execução orçamental.

Metodologia da pesquisa: A utilização da metodologia de pesquisa é de suma importancia para


que os objectivos possam ser alcançados de forma eficiente e eficaz. Para Lakatos e Marconi
(1990, P.15) a pesquisa requer tratamento científico “ se constitui no caminho para se conhecer a
realidade ou descobrir verdades parciais”. Segundo Silva e Menezes (2001), a metodologia
define como e onde será realizada a pesquisa. Dessa forma, são apresentadas primeiramente, as
metodologias científicas utilizadas para atingir os objectivos e os procedimentos utilizados para a
aplicação da pesquisa. Em seguida, a forma de abordagem do problema, que serviu de suporte
para a análise do trabalho.

Esta pesquisa classifica-se, quanto aos objectivos, como uma pesquisa exploratória.

Para Gil (1991,P.45), a pesquisa exploratória visa “ proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vista a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses.

Para a elaboração da pesquisa, utilizou-se a revisão bibliográfica, isto é, o problema da pesquisa


foi respondido com base em referências teóricas publicadas, pesquisa documental de legislação
pertinente e dados orçamentais da Amex.

Quanto aos procedimentos, foi realizado um estudo de caso. O órgão estudado foi a Academia
Militar do Exercito, mais precisamente a área de finanças vinculada à instituição.

De acordo com Gil (1991,P.58), estudo de caso” é caracterizado pelo estudo profundo e
exaustivo de um ou poucos objectos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado
conhecimento”

Para os procedimentos do estudo de caso, primeiramente, as informações colectadas foram os


dados da despesa (créditos autorizados) para a análise do comprovativo da despesa autorizada
com a realizada do orçamento da (Amex). Esses dados foram obtidos por meio de consultas a lei
orçamental do estado Angolano, em visita ao site do ministério das finanças.

Os dados foram elaborados de acordo com os objectivos da pesquisa, na organização, foram


utilizados a tabulação e apresentação dos dados em forma de quadros, tabelas e gráficos. Com
isto, as informações que se encontravam dispersas adquiriram uma nova importância no sentido
de proporcionar melhor visualização do problema e consequentemente melhor interpretação na
descrição dos resultados obtidos. A etapa seguinte foi a abordagem do problema para análise das
fontes documentais que serviram de suporte para o trabalho.

Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, a pesquisa classifica-se como qualitativa


e quantitativa. Neste estudo, predomina a forma qualitativa, segundo Beurem Etal (2006,P.92),
na abordagem “ qualitativa concebem-se analises mais profundas em relação ao fenómeno que
está sendo estudado.
Por sua vez, na abordagem quantitativa, Silva Menezes (2001,P.20) “ considera que tudo pode
ser quantificável, o que significa traduzir em números, opiniões e informações para classificá-los
e analisa-los”.

Assim, para a abordagem do problema foi utilizado a observação, identificação e descrição dos
dados. Na análise e interpretação foi utilizada a tabulação e apresentação dos dados preparados
para a obtenção da resposta ao problema.

Nesse sentido, os estudos estiveram voltados para a verificação da conformidade dos


procedimentos de execução orçamental, em relação aos instrumentos de planeamento utilizado e
formalizado por meio das leis orçamentais.

Limites da pesquisa
A limitação na aplicação da pesquisa diz respeito ao orçamento da Amex. De acordo com Beuren
(2003,P.84) “ O facto de relacionar-se a um único objecto ou fenómeno constitui-se em uma
limitação, uma vez que seus resultados não podem ser generalizados a outros objectos ou
fenómenos”. Desta forma, os resultados obtidos não se estudem para os demais órgãos de
Governo.

Assim sendo, o objecto e o factor tempo também é uma limitação da pesquisa. Por tanto, não são
analisados outros programas ou projectos/actividades tornaria a pesquisa por demais extensa.

Hipóteses:

H1- A planificação e execução orçamental na (amex). É feita seguindo as regras de elaboração


orçamental que constam nos princípios das finanças publicas.

H2- Não é feita seguindo as regras de elaboração orçamental que constam nos princípios das
finanças publicas.

H3- A planificação e execução orçamental na (Amex) é feita de acordo as receitas e despesas


previstas no mesmo documento.
ESTRUTURA DO TRABALHO
Conforme a estrutura de tópicos apresentada, o trabalho está estruturado em três capítulos sendo:

Introdução, onde são apresentados o tema, os objectivos, a justificativa do estudo.

Capitulo I: Debruça-se sobre o orçamento estatal como instrumento de regulação das


actividades públicas:

1.1- Caracterização do orçamento estatal, evolução histórica e situação actual de OGE.

1.2 - O orçamento dos órgãos de segurança e ordem interna e suas tendências actuais na arena
internacional.

1.3- Metodologia para determinação do orçamento estatal nas actividades Militares.


Capitulo II: Apresenta aspectos relacionados com o orçamento estatal, nas actividades dos
órgãos da Academia militar do Exercito.

2.1 - Caracterização da Amex.


- Localização, quadro organico, objectivos do trabalho, missão e visão.

2.2- Elaboração do orçamento da Academia Militar do Exercito.

- Apresentação do plano orçamental do ano de 2020.

2.3- Considerações sobre a elaboração e execução do orçamento de 2020

Capitulo III: Aborda a proposta de aperfeiçoamento do orçamento da Amex 2020.

3.1- Análise do orçamento proposto e aprovado para o ano de 2020:

- Como foi elaborado?

3.2- Aperfeiçoamento do processo orçamental para o ano de 2020:

- Plano de acções para execução, mensuração e controlo do orçamento do ano de 2020.


Conclusões

Recomendações

Bibliografia ,Anexo

Capítulo I: O orçamento estatal como instrumento de regulação das actividades públicas.

1.1- Caracterização do orçamento estatal, evolução histórica e situação actual de OGE.


1.1.1-Conceito de orçamento

O conceito sobre o orçamento não é único, pelo facto de que, ao decorrermo-lo, não se deve
distanciar-se dos objectivos que o norteiam já que, o Governo estima receitas e fixa despesas a
efectuar no exercício seguinte com objectivo de garantir aos cidadãos a satisfação, ao menos, de
suas necessidades básicas para um determinado período; e assim sendo, apresenta-se abaixo
alguns conceitos sobre o mesmo:

O Orçamento Geral do Estado é uma previsão das receitas e despesas anuais do Estado Engloba
um conjunto de documentos que, com forma de lei, apresentam a discriminação das receitas e
despesas a efectuar durante um determinado ano. Inclui ainda a autorização concedida à
Administração Financeira para cobrar receitas e era.

Também pode ser definido, como um instrumento programático aprovado por lei, que serve os
serviços de administração do estado, para gerir os recursos públicos ou negócios públicos de
acordo com os princípios de unidade, universalidade e anualidade. Ou ainda, é o principal meio
de gestão do estado moderno, onde se expressa de um lado, a renda nacional e a arrecadação de
receitas (impostos) e, de outro, a distribuição dos recursos através das despesas públicas; Ele se
destaca pela a sua importância como ferramenta de planificação, gestão e controle dos recursos
públicos, onde ainda, esta importância do orçamento para o gestor público pode ser simplificado
em três razões:

• Somente poderão ser atendidas demandas das comunidades que estiverem contempladas pelo
orçamento;
• Para uma lei regulamentar actividades económicas, sociais, culturais e políticas é necessário
que haja previsão de recursos no orçamento; os do que está autorizado pelo orçamento.
• Os gastos que serão realizados não podem ser desviados;
Também pode se considerar o orçamento público como instrumento central de gestão, pois
traduz a planificação estratégica em programas de trabalho, possibilitando o acompanhamento
gerências das acções durante sua execução e controle dos actos de governo, configurando-se não
apenas em um instrumento contável de gestão e controle, mas fundamentalmente em um
instrumento de alocação de recursos económicos e sociais entre segmentos da sociedade.

O orçamento estatal, caracteriza-se, em alguns requisitos tais como:

Requisitos orçamentais

1- Jurídico: O orçamento do estado reveste a forma de lei aprovado pelo parlamento ou


assembleia nacional, consagrando assim a separação de poderes.

2- Requisito Político: o requisito político, é-lhe atribuído uma finalidade e objectivo de


importância política na base do programa geral do governo.

3- Requisito da forma contabilística: esta forma obriga a utilização de regras que obrigam a
apresentação coordenada do dinheiro de estado, o seu nível de registo, o seu nível de execução e
o de controlo.

4- Requisito temporalidade: O orçamento é feito por um período determinado, equivalendo à 12


meses (1 ano), que é o OGE.

5- Requisito Materialidade: Procurar previsões das cobranças e das despesas feitas pelo governo,
que é responsável político e juridicamente, perante o parlamento ou assembleia nacional.

Objectivo do Orçamento
 O orçamento é um sistema de autorização de despesas do futuro.
 É um meio de projecção e de planeamento (porque é feito para o futuro)
 É um canal de comunicação e de coordenação (porque todos querem saber o que a instituição
ou empresa a de ter e também define as aquisições do que foi devido)
 É um instrumento de motivações.
 É um instrumento de avaliação e controlo.
 A proposta orçamental, compreende:
 A exposição circunstanciada da situação económica do país.
 A evolução das receitas e despesas do vigente exercício.
A previsão da receita e da despesa do vigente exercício.

A avaliação do défice orçamental caso exista.

Na visão económica do País, o orçamento público funciona como importante instrumento


estabilizador, pois age nos gastos do governo, e na economia como um todo. O orçamento
público tem funções a locativa, distributiva e a função estabilizadora. Quanto as funções do
orçamento público, Giacomoni (2005,P.38-41) destacam que Richard Musgrave denomina como
sendo, “ funções fiscais” onde a função a locativa, oferecendo bens e serviços públicos; a função
distributiva como intenção de amenizar desigualdades sociais; e a função estabilizadora como
instrumento de política monetária.

Elementos do Orçamento Geral do Estado:

a) Previsão (elemento económico) – significa que o orçamento se constitui num mapa de


previsão de receitas que o Estado irá cobrar e de despesas que irá realizar. As receitas e despesas
inscritas no OGE não se referem ao passado nem ao presente mas sim ao futuro;

b) Limitação no tempo (elemento jurídico) – Tal como na generalidade da actividade económica


das empresas e dos indivíduos, os Estados também organizam a sua contabilidade no decurso do
período de 1 ano.

c) Autorização (elemento politico) – significa que a cobrança de receitas e a realização de


despesas por parte do Estado carecem de autorização prévia dos representantes do povo
(deputados). - Este procedimento teve inicio na Inglaterra com o “Bill Of the Rights” em que se
estabeleceu o princípio de que os impostos tinham de ser consentidos pelos representantes
daqueles que tinham de pagar; A revolução francesa de 1789 veio consagrar o mesmo principio.
A constituição angolana de 1975 conferia a competência para aprovação do OGE ao Conselho da
Revolução actualmente a competência para aprovar o OGE é exclusiva da Assembleia Nacional
(art. 88, d).
FUNÇÕES DO OGE:

1) Funções económicas: a) Relacionar as receitas com as despesas – na medida em que o Estado


ao orçar (prever) as suas receitas deve assegurar-se que estas bastem para cobrir as suas despesas
(art. 5º n.º 1 da Lei 9/97); permite uma melhor gestão dos recursos públicos), e de eficácia, pois
permite ao Governo conhecerem a política económica global do Estado)

b) Fixação das despesas – significa que o total das despesas do OGE é a soma dos gastos de
todos os serviços do Estado, ficando, deste modo, fixada uma previsão de gastos que os serviços
não poderão ultrapassar (art. 1º n.º 2 )

Exposição do plano financeiro do Estado – é por intermédio do OGE que se fica a saber quanto o
Estado se propõe a gastar com organização e funcionamento de cada um dos seus serviços; com
a previsão das receitas fica demonstrado qual o contributo de cada um dos meios de
financiamento para os cofres do Estado.

2- Funções Políticas: a) Garantia dos Direitos Fundamentais dos cidadãos: assegura-se por
intermédio do OGE que os rendimentos dos cidadãos são tributados para cobrir gastos públicos
mediante autorização dos representantes (deputados) dos titulares destes rendimentos
(trabalhadores, proprietários, capitalistas, etc.), é o equilíbrio de poderes, já que, através do
mecanismo de autorização política, a Assembleia Nacional pode controlar o Governo. b)
Garantia do Equilíbrio e Separação de Poderes – decorre do mecanismo da autorização política, a
cargo das Assembleias Parlamentares, que estas desempenham um papel financeiro, mediante a
autorização e à afectação dos recursos; posteriormente, as contas orçamentais são fiscalizadas
por um órgão judicial (Tribunal de Contas), para além do Parlamento.

3- Funções Jurídicas: a) Limitação Jurídica da administração – os poderes financeiros da


administração devem ser previamente autorizados pelos parlamentos, dai que sejam limitados.
Por outro lado, da eficácia jurídica do Orçamento decorre diversa legislação limitativa dos
poderes financeiros dos gestores orçamentais. É usualmente formalizado por meio de Lei,
proposta pelo Poder Executivo, apreciada e ajustada pelo Poder Legislativo (assembleia) na
forma definida pela Constituição de acordo com os princípios de Unidade, Universalidade,
Anualidade e Publicidade.

REGRAS OU PRINCIPIOS DE ORGANIZAÇÃO DO OGE:

1- Princípio de anualidade – O OGE é um documento anual ou, sua vigência é limitada a um


período anual (n.º 2 do art. 3º), coincidindo o ano económico com o ano civil.

a) Fundamento político: necessidade de se assegurar uma regularidade do controlo por parte do


Parlamento sobre a gestão dos dinheiros públicos;

b) Fundamento económico: o facto de o ano civil ser considerado o período natural para os
cálculos económicos, quer dos particulares quer do Estado.

2- Princípio da plenitude orçamental – Todas as receitas e todas as despesas deverão constar


de um documento único. Concretiza-se em dois sob princípios: da unidade e da universalidade,
consagrados no n.º 1 do art. 3.º. a) Unidade – significa que o orçamento deve ser um documento
único.

b) Universalidade – significa que todas as receitas e todas as despesas deverão estar previstas
no orçamento Fundamento: com a adopção da regra da unidade impõe-se a elaboração de um
único documento, com o propósito de evitar-se a multiplicidade de orçamentos
(desorçamentação), o que provocaria uma fuga às autorizações parlamentares, bem como, ao
controlo administrativo (na fase da execução) e à prestação de contas.

3- Princípios da discriminação orçamental – Deste princípio decorrem três sub-princípios,


designadamente: a) especificação; b) não compensação; c) não consignação.

a) Especificação – significa que as receitas e as despesas previstas no OGE sejam


individualizadas; devem conter suficientemente Especificação das receitas (art.º 7º SS) e das
despesas (art.º 10ss) Fundamento: assenta sobre requisitos de clareza, veracidade e racionalidade
financeira e controlo político.
b) Não compensação – significa que todas as receitas e despesas devem ser inscritas sem
quaisquer deduções ou compensações, isto é, pelo seu valor em bruto e não pelo valor líquido
(n.º 5 do art.º 6.º - quanto as receitas); c) todas as receitas devem servir para cobrir
indiscriminadamente todas as despesas e não qualquer receita afectada à cobertura de despesas
em especial (art.º 18º n.º 1) Não Consignação.

4- Princípio da publicidade – tratando-se o OGE de um documento aprovado por lei e sendo


que esta apenas entra em vigor após a sua publicação, decorre logicamente a regra da
Publicidade (implicitamente art.º 1.º n.º 1) que obriga que a Lei do Orçamento seja objecto de
publicação na 1.ª Série do Diário da República.

Esta é a mais importante e também a mais discutida e controversa regra orçamental.

5- Princípio do equilíbrio orçamental - Traduz-se na igualdade entre todas as receitas e todas


as despesas; é desta forma que o orçamento é elaborado, aprovado e executado, verificando-se
sempre um equilíbrio traduzido numa igualdade contabilística formal entre as receitas e as
despesas - art.º 5.º n.º 1 da Lei 9/97, de 17 de Outubro.
Se formalmente não há orçamentos desequilibrados, por que razão é tão frequente falar-se em
Deficit Orçamental? Porque o conceito de Equilíbrio orçamental abrange duas realidades
contabilísticas distintas:

1. Equilíbrio Orçamental em sentido formal – Traduz-se na circunstância em que há uma


igualdade absoluta entre todas as receitas e despesas previstas no OGE (art.º 5.º n.º 1).
2. Equilíbrio Orçamental em sentido substancial – Afere-se a partir da relação entre
determinadas receitas e determinadas despesas (ex: Receitas Correntes e Despesas Correntes
– art.º 5º n.º 2), e não a partir da igualdade entre todas as receitas e todas as despesas.

CRÉDITOS ORÇAMENTAIS

Podem ser:
- Créditos suplementares: destinados ao reforço orçamental;

- Créditos especiais: destinados para despesas as quais não haja dotação;


-Créditos extraordinários: destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra ou
calamidades públicas e etc;

SISTEMA FISCAL

Artigo 101.o (Sistema fiscal) O sistema fiscal visa satisfazer as necessidades financeiras do
Estado e outras entidades publicas, assegurar a realização da política económica e social do
Estado e proceder a uma justa repartição dos rendimentos e da riqueza nacional.

Artigo 102.o (Impostos) 1. Os impostos só podem ser criados por lei, que determina a sua
incidência, a taxa, os benefícios fiscais e as garantias dos contribuintes.

2. Os activos dos órgãos do poder local, bem como a competência para a sua arrecadação e
normas fiscais não têm efeito retroactivo, salvo as de carácter sancionatório, quando sejam mais
favoráveis aos contribuintes.

3.A criação de impostos de que sejam sujeitos, são determinadas por lei. Artigo 103.o
(Contribuições especiais) 1. A criação, modificação e extinção de contribuições especiais
devidas pela prestação de serviços públicos, utilização do domínio público e demais casos
previstos na lei devem constar de lei reguladora do seu regime jurídico.

2. As contribuições para a segurança social, as contraprestações devidas por actividades ou


serviços prestados por entidades ou organismos públicos, segundo normas de direito privado,
bem como outras previstas na lei, regem- se por legislação específica.

CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DO EQUILIBRIO ORÇAMENTAL

1.º - Critério Clássico;

2.º - Critério do Clássico revisto;

3.º - Critério do activo de tesouraria;

4.º - Critério do Orçamento Corrente e Orçamento de Capital (Critério do património activo do


Estado)
Critério do Orçamento Corrente e Orçamento de Capital Neste critério, faz-se a distinção entre
receitas e despesas correntes e de capital.

1) Receitas Correntes – São as que provêm dos rendimentos gerados durante o período
financeiro. Ex: receitas patrimoniais, impostos e taxas, visto que normalmente são pagos com os
rendimentos dos compradores ou dos contribuintes.

- Despesas Correntes – São aquelas que o Estado faz em bens consumíveis durante o período
financeiro (ex: água, luz, vencimento dos seus funcionários), ou que se vão traduzir na aquisição
de bens consumíveis (subsídios ao pobres ou bolsas de estudo)

-Receitas Correntes· Despesas Correntes; Receitas Patrimoniais· Bens Consumíveis; Taxas·


Transferências Correntes; Impostos· Quotas de Amortização. Transferências Correntes.

- Receitas de Capital – São aquelas que provêm do aforro ou poupança. Por exemplo: os
empréstimos que os detentores de capital concedem ao Estado com o dinheiro que poupam; ou o
produto das vendas pelo Estado de títulos de crédito privados (acções e obrigações), que os
compradores, via de regra, também pagam com as suas poupanças.

- Despesas de Capital – São aquelas que o Estado faz em bens duradouros (estradas, pontes,
despesas com edifícios públicos); que contribuem para a formação de poupança (reembolso dos
empréstimos contraídos); ou que se traduzem na aquisição de bens de investimento (subsídios
aos agricultores para aquisição de maquinaria agrícola).
 Receitas de Capital
 Quotas de Amortização
 Transferências de Capital
 Reembolso dos Empréstimos Concedidos Empréstimos a Contrair
 Despesas de Capital
 Bens Duradouros
 Reembolso dos Empréstimos
 Contraídos Empréstimos a conceder

O EQUILIBRIO ORÇAMENTAL COM BASE NO CRITÉRIO EM ANALISE

Receitas Correntes· Receitas Patrimoniais ------ 10· Taxas -------------------------- 10· Impostos
--------------------- 150· Transferências Correntes ---- 5 ------------------------------------------- 
175 Despesas Correntes· Bens Consumíveis …………. 130· Transferências Correntes ……. 10·
Quotas de Amortização ………10· -------------------------------------------  150 Superavit
-------------- 25

O EQUILIBRIO ORÇAMENTAL COM BASE NO CRITÉRIO EM ANALISE

Receitas de Capital Despesas de Capital Bens Duradouros ------------------- 20 Quotas de


Amortização ---------- 10 Transferências de Capital -------- 5 Reembolso dos Empréstimos
concedidos ------------------------5 Empréstimos a contrair ------- --- 5
--------------------------------------------- 25 Transferências de Capital ----- ----10 Reembolso dos
empréstimos contraídos ---------------------------- 15 Empréstimos a conceder ----------- 5
----------------------------------50 Deficit ------------------------ 25

O EQUILIBRIO ORÇAMENTAL COM BASE NO CRITÉRIO EM ANALISE.


Com base no critério do orçamento corrente/de capital, estaremos perante uma situação de
equilíbrio orçamental, quando: 1.º Cenário: as receitas correntes forem suficientes para cobrir as
despesas correntes (art.º 5.º n.º 1 e 2); e as receitas de capital forem suficientes para cobrir as
despesas de capital; 2.º Cenário: as receitas correntes forem suficientes para cobrir as despesas
correntes e o défice do orçamento de capital; 3.º Cenário: as receitas de capital forem suficientes
para cobrir as despesas de capital e o défice do Orçamento Corrente (legalmente proibido pelo
n.º 2 do art.º 5)

IMPLICAÇÕES DA COBERTURA DO DÉFICE CORRENTE E DE CAPITAL.


1ª - Quando o Estado recorre ao Superavit do orçamento corrente para financiar o Défice do
orçamento de capital, diz-se que está a INVESTIR, porque estará a aplicar rendimentos (receitas
correntes) em bens de investimento (despesas de capital); 2.ª Quando o Estado se socorre do
Superavit do Orçamento de Capital para financiar o Défice Corrente, estará a DESINVISTIR,
porque recorre à receitas derivadas de poupança para cobrir despesas em bens de consumo.

O que são Receitas Públicas?

Receita Pública é o montante total (impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos) em
dinheiro recolhido pela Administração Geral Tributária e depositada no Tesouro Nacional,
incorporado ao Património do Estado, que serve para custear as despesas públicas e as
necessidades de investimentos públicos.

O que são Despesas Públicas?

Despesa Pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para custear os
serviços públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para a realização de
investimentos (despesas de capital). As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder
Legislativo, através do acto administrativo chamado orçamento público.

O que é o Deficit ou Superavit orçamental?

Superavit é quando há um excesso de receita, em relação à previsão, fazendo com que seja
superior à despesa, representando assim um benefício nas contas públicas. Deficit é quando se
regista uma receita inferior à estimativa de receitas num determinado período, fazendo com que
as despesas fixadas sejam maiores às receitas previstas. Em caso de superavit isto significa
poupança, enquanto o deficit, o Governo teria de recorrer a um financiamento adicional,
endividando-se.

O CICLO DE PREPARAÇÃO E ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO GERAL DO


ESTATAL DE ANGOLA.

Como se elabora o OGE?


Sendo o orçamento geral de estado o principal instrumento de gestão, contendo a previsão das
receitas e despesas públicas que, para sua elaboração, todos os aspectos nele a contemplar, são
apresentados por meio de um relatório de fundamentação que constitui a introdução ao projecto
de lei orçamental e contém a situação económico-financeira do País, evolução e previsão das
receitas e despesas orçamentais e avaliação do financiamento do défice orçamental para cada ano
fiscal e de acordo com o artigo 18.º da Lei 15/10 de 14 de Julho- LQOGE deve conter o seguinte:
a) A exposição circunstanciada sobre a situação económico-financeira do País;
b) A evolução das receitas e despesas orçamentais realizadas nos dois últimos exercícios
financeiros;

c) A rê estimação da receita prevista e execução provável da despesa fixada para o exercício


em que a proposta é apresentada;

d) A previsão da receita e despesa fixada para o exercício a que se refere a proposta; e

e) A avaliação do financiamento do défice orçamental, caso exista, no exercício a que se refere


a proposta.
De modo a atender esse requisito legal, o referido Relatório de Fundamentação da proposta
orçamental para cada ano fiscal, inclui, para além desta Introdução, os seguintes capítulos:
• O Capítulo 1. (Contexto Económico Mundial – Evolução Recente, Situação Actual e
Perspectivas) descreve como evoluiu a economia mundial nos últimos anos, a sua situação
actual e as perspectivas, com destaque para o Produto e Inflação, o Comércio Mundial,
incluindo os Termos de Troca e os Preços do Comércio Internacional, e as Taxas de Juro. A
ideia básica é apresentar o contexto mundial em que se dá o desempenho da economia
nacional e a perspectiva futura.
• O Capítulo 2. (Desempenho Recente da Economia Nacional e Situação Actual das
Finanças Nacionais e Dívida Pública) apresenta o desempenho da economia e finanças
nacionais por exemplo nos dois anos anteriores e a situação prospectiva do ano a projectar
ou programar, destacando-se o sector real da economia, o comportamento da inflação, o
desempenho monetário, as finanças públicas e o sector externo.

• O Capítulo3. (Objectivos Nacionais) De um tempo a esta parte, releva os objectivos


nacionais conforme definidos no Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2013-2017 e
que determinam a afectação dos recursos às diversas acções, como contido na proposta
orçamental. Por outro lado, identifica as opções estratégicas feitas e as políticas a
implementar no ano cuja orçamento se projecta nos domínios macroeconómico, do sector
real da economia, do desenvolvimento humano, do desenvolvimento territorial, da defesa e
segurança nacional, das relações exteriores, e da reforma do Estado, justiça, modernização
administrativa e capacitação institucional.

• O Capítulo 4. (Proposta do Orçamento Geral do Estado) inicia efectuando uma


abordagem metodológica, um enquadramento institucional e macroeconómico dos
pressupostos usados para a elaboração do OGE ano em causa. Apresenta a quantificação do
OGE, com a apresentação do Quadro Macroeconómico subjacente à proposta orçamental e a
identificação dos riscos associados às premissas, a descrição da política orçamental a
adoptar no ano em questão e as correspondentes medidas, os valores consolidados da receita
fiscal prevista, da despesa fixada, do saldo orçamental apurado e das operações de
financiamento previstas. Igualmente evidenciam-se os fluxos de origens e aplicações de
recursos, bem como as dotações de verbas aos órgãos do Estado, na óptica funcional,
territorial e por programas.

De igual modo, e em observância do princípio do equilíbrio orçamental estabelecido no artigo 7.º


da Lei do OGE, a proposta do OGE prevê os recursos necessários para cobrir todas as despesas,
nos quais se incluem os recursos do endividamento público – cujo limite líquido ficam nele
fixado e vezes há que, inclui ou excluindo qualquer recurso à criação monetária não permitido
por lei.

Competências:
1. Competência de fiscalização política da execução orçamental Artigo 162.o (Competência de
controlo e fiscalização) Compete à Assembleia Nacional, no domínio do controlo e da
fiscalização:
 Velar pela aplicação da Constituição e pela boa execução das leis;
 Receber e analisar a Conta Geral do Estado e de outras instituições públicas que a lei obrigar,
podendo as mesmas ser acompanhadas do relatório e parecer do Tribunal de Contas, assim
como de todos os elementos que se reputem necessários à sua análise, nos termos da lei;
 Autorizar o Executivo a contrair e a conceder empréstimos, bem como a realizar outras
operações de crédito que não sejam de dívida flutuante, definindo as respectivas condições
gerais, e fixar o limite máximo dos avales a conceder em cada ano ao Executivo, no quadro
da aprovação do Orçamento Geral do Estado;
Nos termos do art. 112,b) da Lei Constitucional angolana a competência para elaboração do
OGE é do Governo;

O processo de elaboração orçamental inicia-se com a publicação pelo Ministério das Finanças
das Instruções Anuais para sua elaboração pela Direcção Nacional do Orçamento do MINFIN
(art. 19.º a) e e) do Decreto-lei n.º 4/98, de 30 de Janeiro). Esta publicação é dirigida há todas
Unidades Orçamentais deve ser feita até ao dia 31 de Maio de cada ano.

Até ao 31 de Agosto cada uma das Unidades Orçamentais deve enviar a sua proposta orçamental
à Direcção Nacional de Orçamento do MINFIN.

Após a consolidação da proposta orçamental pela DNO, o Ministro das Finanças submete-a ao
Conselho de Ministros para efeitos de exame e aprovação, até ao dia 30 de Setembro do ano em
que teve inicio a sua elaboração (art. 19 da LQOGE)

Após a aprovação pelo Conselho de Ministros a proposta orçamental é enviada à Assembleia


Nacional até ao dia 31 de Outubro do ano anterior àquele a que o orçamento é referente (art. 20.º
n.º 1);

A Assembleia Nacional deve proceder a votação da proposta até ao dia 15 de Dezembro (art. 20
n.º 2)

DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DO ORÇAMENTO E CONSEQUÊNCIAS DA SUA NÃO


APROVAÇÃO TEMPESTIVA
1. Caso a AN não vote, ou votando não aprove a proposta orçamental, reconduz-se o orçamento
do ano anterior (regime transitório – art.º 20º n.º 3).

2. Verificando-se a situação descrita acima, o Governo deve apresentar ao Parlamento uma nova
proposta de orçamento no prazo de 90 dias a contar da data da rejeição (art.º 20º n.º 5).

3. Uma vez aprovado, o novo orçamento deve integrar a parte do orçamento anterior
reconduzido, já executada até a data da sua entrada em vigor (cessa o regime transitório) – art.º
20 n.º 6 da LQOGE.

Os documentos para a movimentação dos recursos financeiros no SIGFE são os seguintes:


a) DAR - Documento de Arrecadação de Receitas, que é utilizado para a arrecadação das
receitas;

b) GR - Guia de Recebimento, que é utilizada para o depósito de outras receitas, cauções e


devoluções de recursos;

c) Bordereaux Bancário - que é utilizada para a entrada de recursos provenientes de


financiamentos internos e externos;

d) NRF - Necessidades de Recursos Financeiros, que é utilizada para solicitar à Direcção


Nacional do Tesouro a real necessidade de recursos financeiros;

e) OT - Ordem de Transferência, que é utilizada pela Direcção Nacional do Tesouro para a


transferência de recursos financeiros;

f) OS - Ordem de Saque, que é utilizada para efectuar pagamentos em nome do Estado;

g) NCB - Nota de Cabimentação de Despesa, que serve para identificar a classificação


orçamental e a importância de cada despesa a efectuar em nome do Estado;

h) ACB - Nota de Anulação de Cabimentação de Despesa, que serve para anular a cabimentação
processada, repondo o saldo orçamental da respectiva rubrica orçamental;

i) Mensagens electrónicas padronizadas param a realização de pagamentos, com origem no


pagador, através do sistema de liquidação por bruto em tempo real do Sistema de Pagamentos de
Angola - SPA.

Artigo 3.º (Execução da Receita)

1. Todas as receitas do Estado, incluindo as receitas aduaneiras, as receitas resultantes da venda


do património imobiliário do Estado, os emolumentos e receitas similares, devem ser recolhidas
na conta que o Tesouro Nacional mantém no Banco Nacional de Angola (BNA), denominada
Conta Única do Tesouro (CUT), independentemente de estarem ou não consignadas a alguma
Unidade Orçamental.

2. As receitas Consulares das Missões Diplomáticas, nomeadamente Embaixadas, Consulados e


Representações Comerciais da República de Angola, devem ser recolhidas nas respectivas contas
bancárias.
3. As receitas referidas no número anterior destinam-se a suportar despesas, no limite da
Programação Financeira trimestral autorizada, das respectivas Missões Diplomáticas.

Os excedentes nas contas bancárias sobre a Programação Financeira devem ser transferidos para
a CUT até ao 5.º dia do mês subsequente.

4. Para efeito do número anterior, as Missões Diplomáticas e Consulares devem informar, à


Direcção Nacional do Tesouro do Ministério das Finanças, até ao 5.º dia do mês subsequente,
sobre as suas disponibilidades no final do mês anterior para efeitos de acompanhamento e
controlo.

5. A transferência dos recursos para as Missões Diplomáticas e Consulares é feita, em regra,


trimestralmente, podendo o Ministério das Finanças, quando necessário e justificado, alterar esse
procedimento para transferências mensais.

6. As Missões Diplomáticas, os Institutos Públicos, os Fundos Autónomos, os Governos


Provinciais e as Administrações Municipais, bem como quaisquer Órgãos da Administração
Central e Local do Estado que detenham receitas próprias, ficam obrigados a informar à
Direcção Nacional do Tesouro do Ministério das Finanças, trimestralmente, até ao 10.º dia do
mês anterior ao do início de cada trimestre, sobre as alterações ocorridas na previsão da receita
do trimestre seguinte.

7. As receitas comunitárias dos Governos Provinciais e das Administrações Municipais devem


ser arrecadadas apenas em contas de recolhimento, cuja abertura carece de autorização do
Ministro das Finanças e os seus saldos são transferidos diariamente para a CUT, para a posterior
disponibilização sob a forma de Quota Financeira de despesas orçamentadas.

8. Os valores da Receita Petrolífera da Concessionaria Nacional, que tenham que ser retidos, pela
sua relação com contas de garantia de créditos externos do Estado ou outras despesas, são
registadas de modo escriturar, incumbindo à SONANGOL apresentar, mensalmente, até ao 21.º
dia do mês seguinte aos quais se referem, os correspondentes dados à Direcção Nacional de
Contabilidade Pública do Ministério das Finanças e, contra a confirmação dos mesmos, a
Direcção Nacional de Impostos do Ministério das Finanças deve emitir os correspondentes
Documentos de Arrecadação de Receitas (DAR).
Evolução histórica e situação actual

Origens do Orçamento:
A maioria dos estudiosos apresenta como origem e marco fundamental do orçamento público a
Carta Magna, a qual foi outorgada pelo rei João Sem Terra na Inglaterra em 1215, e na qual
preconizava: “ Nenhum tributo ou subsídio será instituído no Reino, a menos que seja aprovado
pelo conselho do Reino”. Araújo e Arruda (2006,p.67) destacam que o objectivo de tal
documento era limitar os poderes de arrecadação do rei definir a forma de realização dos gastos.
Silva (2009,p.168) ressalta que para muitos autores foi a partir daí que se iniciou a luta pelo
controlo parlamentar.

“ Ainda na Inglaterra, em 1689, após a evolução de 1688 e da Declaração dos Direitos, ficou
estabelecido que: “ A partir desta data nenhum homem será compelido a fazer qualquer doação,
empréstimo ou caridade, ou pagar imposto, sem consentimento comum, através de lei do
parlamento” (Silva, 2009, grifei) Pires e Motta( 2006, p.16) citam que a caminho da técnica do
orçamento formal, por volta de 1706, através da resolução nº 66, da câmara dos comuns,
definiram-se as competências do executivo e do parlamento com relação ao orçamento. Citam
ainda que em 1787 foi aprovada a Lei do Fundo Consolidado, que representou um grande avanço
na organização das finanças na Inglaterra.

“ O fundo consolidado estabelecia tributos fixos para a manutenção da máquina administrativa


do Governo e a autorização legislativa para a criação de novos tributos quando necessária a
expansão da actuação estatal. O parlamento aprovava de forma global o “ orçamento”, não o
discutia. Entretanto, o mesmo possibilitou a contabilização dos fundos públicos e, a partir de
1802, a publicação anual do relatório detalhado das finanças. Alguns autores vêem a lei do
fundo consolidado como a primeira lei que tratou de matéria orçamentária como hoje se
entende,” (Gontijo,2004, grifei).

Pires e Motta (2006,p. 16) ressaltam que somente a partir de 1822 foi formalmente redigido o
primeiro orçamento público na Inglaterra e o executivo passou a prestar contas ao legislativo
(…) “ pode-se considerar essa data como a que marca o inicio do orçamento, plenamente
desenvolvido, na Grã-Bretanha.”
A organização do controle financeiro da Inglaterra completou-se no ano de 1862 quando a Coroa
criou uma comissão de Contas Públicas com a função e responsabilidade de arrecadar e aplicar,
com eficiência, o dinheiro público. A comissão foi efectivada pela Lei do Erário e controle das
Contas públicas de 1866 que, segundo Burkhead (Saturnino,2011), permanece quase inalterada
até o presente.

Segundo Silva ( 2009, p. 168), em 1765 nos Estados Unidos, os colonos de virginiza fizeram a
sua Assembleia Nacional votar que “ somente a Assembleia Geral da colónia tem o direito e
poder de exigir imposto dos seus habitantes”. Para o mesmo autor, essa providência decorreu do
facto de que os colonos ficaram revoltados com a determinação do parlamento de lançar
impostos que seriam cobrados na colónia americana para pagamento de despesas do governo
inglês.

Araújo e Arruda (2006, p. 67) citam que a Declaração de Direitos do Congresso da Filadélfia,
elaborada em 1787, foi que implantou a exigência da prática orçamentária. Silva (2009, p 168)
destaca ainda que tal declaração consagrou o princípio de exclusão de todo imposto interno e
externo, que tivesse por finalidade levantar uma contribuição dos súbditos da América sem o
consentimento do povo.

Em 1789, a autorização para orçar gastos, criar tributos e tomar empréstimos foi concedida pela
constituição do congresso. Nesse mesmo ano, o Congresso repassou ao recém-criado
Departamento do Tesouro a responsabilidade de preparar e relatar as estimativas das receitas e
despesas públicas. (Gontijo, 2004)

Modernamente, a grande novidade ao respeito do tema aconteceu no final da década, com a


substituição da classificação funcional-programática, pelas classificações funcionais e por
programas. Isso não garantira grandes aperfeiçoamentos ao processo orçamental, entretanto, é
necessário se fazer á incorporação de uma autêntica classificação por programa, papel que não
era cumprido pela classificação funcional-programática (Giacomoni 2005) o orçamento público
como instrumento de administração e gestão pública envolve todo um processo interligado de
planeamento, programação, orçamentação, execução, monitoramento e avaliação.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na fundamentação teórica, abordou-se o orçamento publico, características, a finalidade e os
aspectos relacionados a aplicação dos recursos públicos, vistas a través de conceitos e teorias, de
diversos autores, que apresentaram trabalho, sobre o orçamento público ou estatal, “como Silva,
e Cruz”

Orçamento público é conhecido por ser um importante instrumento, um documento legal que
contem a previsão orçamentária (receitas e despesas), capaz de alcançar três objectivos: controle
político da arrecadação e dos gastos públicos, intervenção económica e administração ou gestão
pública, por meio de receitas e despesas.

O controlo político é exercido pelo poder legislativo, em duas ocasiões: na aprovação do


orçamento anual e na análise e apreciação das contas apresentadas pelo poder executivo.

Realçar que o governo actua e intervém de várias formas no mercado, entre elas, a política fiscal,
envolvendo a alocação e distribuição de recursos e estabilização da economia.

A definição de orçamento segundo Silva (2004, P.43), é um plano de trabalho governamental


expresso em termos monetários, que evidencia a política económico-financeira do governo e cuja
a elaboração, foram observadas os princípios da unidade, universalidade, anualidade,
especificação e outros…

Segundo Cruz (1988, P.23), o orçamento público é um meio de prever as intenções da


programação económica e financeira que o poder executivo deseja adoptar no exercício
financeiro seguinte; desta forma, o orçamento apresenta-se como um documento fundamental na
gestão dos recursos públicos, pois representa programações operacionais de governo e meios
para atingir seus objectivos:

Manifesta a política-económica-financeira e sua elaboração apresenta propostas de previsões de


receitas e despesas.

O orçamento tem múltiplas finalidades no sector público, dentre elas destacam-se:

- Estabelecer limites para a receita e a despesa do exercício seguinte;

- Instrumentalizar financeiramente o planeamento;


- Prever o balanço do exercício;

- Autorizar o poder executivo, por certo período, a realização de uma programação definida.

- Possibilitar aos órgãos de representação um controlo político, sobre os executivos.

- Expressar, um plano, o programa de operações do governo e os meios necessários para sua


implementação, etc (Cruz,1988, P.24)

1.2 O Orçamento dos Órgãos de defesa nacional e suas Tendências Actuais na Arena
Internacional.
O orçamento das forças de defesa nacional(FAA), como órgãos do estado obedece aos mesmos
critérios aos demais, salvo em casos muito especiais da situação política, socioeconómico e
militar vigente num determinado contexto conforme consta das metodológias para sua atribuição.
No caso específico de Angola que viveu um longo período de guerra fratecida, no decurso deste
período todos esforços eram mobilizados e direccionados para fazer a guerra e terminar com a
mesma.

Foi assim que, com o alcance da paz em 2002 o executivo lançou mãos à obra de reconstrução
do País tendo para o efeito identificado prioridades para a diversificação da económia uma vez
que, o País tinha como principal fonte das receitas, o petróleo e com o desempenho negativo da
económia mundial resultante da baixa do preço do “ouro negro” no mercado internacional, em
certas ocasiões afectou negativamente os orçamentos até então atribuídas aos órgãos em causa.

Sobre as tendências actuais dos orçamentos desses órgãos importa aqui referir que, a tendência é
decadente, isto vem desde a década de 1980 com derrocada da guerra fria antes vigente entre os
blocos beligerantes o Ocidente (imperialismo) e o do Leste Socialismo). Mas, não obstante à
isso, deve-se ter em conta a realidade de cada nação e sobretudo a situação vigente desde a
ocorrência dos actos terroristas de 11 de Setembro 2011 em Nova York, nos EUA.

Os EUA e o Canadá são até aos momentos alguns dos Países que mantém orçamentos com
índices elevados conforme abaixo se segue:
…Os gastos do governo federal dos Estados Unidos com inteligência (definida stricto sensu)
comprometeram 1,6% do orçamento nacional no ano fiscal de 1999. Mas esta percentagem
representa um valor absoluto enorme segundo qualquer parâmetro internacional. De maneira
inédita e que não se repetiria nos anos seguintes, a Casa Branca divulgou oficialmente em 1997
que o agregado orçamentário das actividades de inteligência para o ano fiscal de 1998 havia sido
fixado pelo Congresso em 26,7 bilhões de dólares. Estima-se extra-oficialmente que, para o ano
de 2003, tenham sido aprovados gastos federais da ordem de mais de 30 bilhões de dólares…(in
ideias sobre a criação de segurança em 6 países).
(…)No mesmo período o governo canadense também aumentou significativamente seu
orçamento de segurança nacional. Dentre as organizações que se beneficiaram destes novos
recursos orçamentários estão justamente a Real Polícia Montada do Canadá (RCMP) e o Serviço
de Inteligência Criminal (CISC). No caso da RCMP, vale notar o uso destes recursos para, dentre
outras iniciativas, criar os novos ‘times integrados’ de segurança nacional e de fronteira: os
Integrated National Security

Enforcement Teams (INSETS) e os Integrated Border Enforcement Teams (IBETS). Estes novos
desdobramentos legais e operacionais são coerentes com a actual doutrina canadense de
policiamento ‘liderado’ pela inteligência.

1.3-Metodologia para Determinação do Orçamento Estatal nas Actividades das Forças de


defesa nacional
O processo de elaboração das propostas A “Metodologia de Orçamentação Por Programas”
orçamentais tem início com atribuição das células orçamentais visando melhorar os padrões de
eficácia e eficiência dos Limites de Despesas aos Órgãos do Sistema despesa nacional,
incentivando uma afectação de recurso Orçamental e estes por sua vez procedem à sos públicos
assente em prioridades e objectivos especifico a afectação do Limite de Despesa de cada
Unidade Orçamental. Ou melhor, após deliberações entre o Minfin, os órgãos de soberania e
titulares dos Órgãos Sectoriais, estes últimos em base à princípios internos atribuem as dotações
às suas Unidades Orçamentais respectivas tendo em conta os pressupostos do desempenho da
política macroeconómica do País concretamente sobre as receitas do ano precedente e todos
outros elementos constantes do relatório de fundamentação do orçamento do estado em previsão
ou do ano seguinte, bem como, se tem em conta a situação operativa que cada província
vivenciou durante o ano anterior e o fluxo de receitas arrecadadas.

Assim é que, (A base de dados do SIGFE, para a recolha específicas, centradas na redução da
pobreza e numa gestão das propostas orçamentais), será aberta com os dados físico-financeiro
baseado em resultados. A Metodologia prevista, poderá criar “Novas Células Orçamentais”.
As células orçamentais do exercício económico anterior de Orçamentação por Programas tem
por objectivo:

 Estruturar as despesas em programas, em função das despesas a propor para o ano,


assegurando assim o melhor equilíbrio entre as células orçamentais do exercício económico
anterior e com valores “zero”, sendo que, cada unidade orçamental no prosseguimento das
melhorias do processo de custo, qualidade e prazo; na elaboração das propostas orçamentais
deve ser observada a metodologia de orçamentação por programas, como modelo de
afectação de recursos orçamentais às instituições do Estado.
Abordagem metodológica

Com a adopção do PND para o quinquénio 2013-2017, entra na história das finanças públicas de
Angola uma nova etapa que se inicia em 2014 e está virada para uma nova metodologia que é a
do orçamento por programa. Fluxograma 1: Síntese Histórica das Finanças Públicas

a partir de Maio 1999: a partir de Janeiro de


até Maio 1999: Instrumentos de Instrumentos de 2014: Sintonia entre o
planeamento e orçamento sem planeamento e instrumentos de sintonia.
Com CUT. Preços não orçamento sem sintonia. planeamento e liberalizados
(preços fixos) Com CUT. Preços Orçamento. Com CUT.
liberaliza Preços liberalizados

A Metodologia de Elaboração do OGE, para as instituições públicas, e os diversos órgãos que


constituem as instituições estatais, e em específico as da força de segurança pública e ordem
interna, em conexão com o Ministério das Finanças, resguarda que o orçamento por programa e
por órgãos direcciona-se nos seguintes objectivos:
a) Estruturar as despesas em programas, assegurando o melhor equilíbrio entre custo, qualidade
e prazo;
b) Assegurar o alinhamento dos programas com os objectivos gerais e áreas estratégicas do
Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017;
c) Proporcionar a afectação de recursos nos orçamentos anuais de modo compatível com os
objectivos estabelecidos no Plano Nacional de Desenvolvimento e no Cenário Fiscal de
Médio Prazo;
d) Melhorar o desempenho na gestão da administração pública, tendo como elemento básico a
definição de responsabilidade por custos e resultados de cada programa;
e) Criar condições para a melhoria contínua e mensurável da qualidade e produtividade dos
bens e serviços públicos;
f) Oferecer elementos para que as acções de controlo interno e externo possam relacionar a
execução física e financeira dos programas aos resultados da actuação do executivo; dar
maior transparência à aplicação de recursos públicos e aos resultados obtidos.
Portanto, a orçamentação por programa dos diversos órgãos estatais e em particular dos serviços
de segurança e ordem pública, visa melhorar os padrões de eficácia e eficiência da despesa
pública através de uma gestão físico-financeira baseada em resultados. Neste sentido,
metodologicamente, foram estabelecidas também novos procedimentos para suportar a
elaboração do orçamento.

O orçamento por programa estabelece a governação por programas a partir de dois pressupostos:
cobrança de resultados e realidade problematizada. Toda a acção do Executivo, e dos órgãos que
a constituem está identificada nos programas conforme PND, tendo em conta os problemas
diagnosticados na sociedade. Assim, o programa torna-se no elo que garante efectivamente a
integração do planeamento e o orçamento (conforme Fluxograma 1 e Ilustração 1).

Fluxograma 1: Encadeamento lógico entre planeamento e orçamento

problemas programas produto

Actividades/projectos

Com esta metodologia, é criado um encadeamento lógico entre planeamento e orçamento uma
vez que se iniciam processo a partir do qual são consideradas as necessidades da sociedade (os
problemas) e definidas umas conjunto de operações (programas) que serão desenvolvidas, tendo
em conta os recursos disponíveis para gerar produtos específicos.

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