OS RISCOS ERGONOMICOS
Verifica-se que algumas vezes que os postos de trabalho não estão bem adaptados ás características do
operador , quer quanto à posição da máquina com que trabalha , quer no espaço disponível ou na posição das
ferramentas e materiais que utiliza nas suas funções .
Para estudar as implicações destes problemas existe uma ciência (Ergonomia) que avalia as condições de
trabalho do operador , quanto ao esforço que o mesmo realiza para executar as suas tarefas .
Segundo um conceito Ergonómico A execução de tarefas deve ser feita com o mínimo de consumo energético
de modo a sobrar “atenção” para o controlo das tarefas e dos produtos , assim como para a protecção do
próprio trabalhador .
Entretanto, se não existir esse ajuste, teremos a presença de agentes ergonómicos que causam doenças e
lesões no trabalhador.
Os agentes ergonómicos presentes nos ambientes de trabalho estão relacionados com:
- exigência de esforço físico intenso,
- levantamento e transporte manual de pesos,
- postura inadequada no exercício das actividades,
- exigências rigorosas de produtividade,
- períodos de trabalho prolongados ou em turnos,
- actividades monótonas ou repetitivas
Movimentos repetitivos dos dedos, das mãos, dos pés, da cabeça e do tronco produzem monotonia muscular e
levam ao desenvolvimento de doenças inflamatórias, curáveis em estágios iniciais, mas complicadas quando
não tratadas a tempo, chamadas genericamente de lesões por esforços repetitivos.
As doenças que se enquadram nesse grupo caracterizam-se por causar fadiga muscular, que gera fortes dores e
dificuldade de movimentar os músculos atingidos.
Há registros de que essas doenças já atacavam os escribas e notários, há séculos. Hoje afectam diversas
categorias de profissionais como funcionários bancários, metalúrgicos, costureiras, pianistas, telefonistas,
operadores informáticos, empacotadores, enfim, todos os profissionais que realizam movimentos automáticos e
repetitivos.
Contra os males provocados pelos agentes ergonómicos, a melhor arma, como sempre, é a prevenção, o que
pode ser conseguido a partir de:
- Rotação do Pessoal
- Intervalos mais frequentes
- Exercícios compensatórios frequentes para trabalhos repetitivos;
- Exames médicos periódicos
- Evitar esforços superiores a 25 kg para homens e 12 kg para mulheres
- Postura correcta sentado, em pé, ou carregando e levantando pesos
Outros factores de risco ergonómico podem ser encontrados em circunstâncias aparentemente impensáveis ,
como :
- falhas de projecto de máquinas,
- equipamentos, ferramentas, veículos e prédios;
- deficiências de layout ;
- iluminação excessiva ou deficiente;
- uso inadequado de cores;
A ergonomia é assim uma forma de adaptar o meio envolvente ás dimensões e capacidades humanas onde
máquinas, dispositivos, utensílios e o ambiente físico sejam utilizados com o máximo de conforto, segurança e
eficácia.
A análise e intervenção ergonómica traduz-se em:
- Melhores condições de trabalho
- Menores riscos de incidente e acidente
- Menores custos humanos
- Formação com o objectivo de prevenir
- Maior produtividade
- Optimizar o sistema homem / máquina
Fonte: Manual formação PME – Higiene e Segurança no Trabalho –